SUS realiza primeiras aplicações do zolgensma, medicamento de R$ 7 milhões para crianças com AME

Com modelo inédito, um dos mais caros medicamentos do mundo é ofertado de forma gratuita na rede pública. Expectativa é atender 137 crianças com a condição rara em dois anos O Governo Federal viabilizou, na rede pública de saúde, as primeiras aplicações do zolgensma, medicamento de altíssimo custo utilizado no tratamento de crianças com Atrofia Muscular Espinhal (AME). Essa é a primeira terapia gênica incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Duas bebês, com menos de seis meses de vida, receberam a terapia simultaneamente na quarta-feira, 14 de maio, no Hospital da Criança José Alencar, em Brasília (DF), e no Hospital Maria Lucinda, em Recife (PE). ALTO CUSTO — O zolgensma é considerado um dos medicamentos mais caros do mundo, com custo médio de R$ 7 milhões por dose única. O fornecimento gratuito no SUS foi possível graças a um modelo inovador de Acordo de Compartilhamento de Risco, firmado entre o Governo Federal e a fabricante. O Brasil se tornou o sexto país no mundo a ofertar o medicamento em sistemas públicos de saúde, após Espanha, Inglaterra, Argentina, França e Alemanha. O acordo realizado estabelece que o pagamento só será feito se o tratamento for eficaz, o que garantiu ao Brasil o menor preço lista do mundo. HISTÓRICO — Durante visita ao Hospital da Criança em Brasília, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, celebrou o momento como um marco para a saúde pública no país. “Seria impossível para as famílias arcarem com um custo tão alto. É uma terapia gênica muito importante e inovadora, por isso garantir esse atendimento e poder acolher essas famílias é um momento de muita emoção”, disse o ministro. INDICAÇÃO — O medicamento é indicado exclusivamente a crianças com AME tipo 1, com até seis meses de idade, que não dependem de ventilação mecânica invasiva por mais de 16 horas por dia. As duas bebês atendidas foram priorizadas por estarem próximas do limite de idade para receber a infusão e por cumprirem todos os critérios clínicos previstos no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Atrofia Muscular Espinhal (AME) 5q tipos 1 e 2. “É emocionante, porque a gente nunca perde a esperança como mãe. Ver minha filha, daqui pra frente, poder andar, correr, falar e me chamar de mãe vai ser excelente. Posso viver a maternidade de uma forma diferente” Milena BritoMãe de bebê que recebeu a infusão de zolgensma em Brasília EMOÇÃO — Millena Brito, mãe da bebê que recebeu a infusão em Brasília (DF), descobriu o diagnóstico de AME aos 13 dias de vida da filha. Para ela, o tratamento oferecido pelo SUS foi o melhor presente que poderia receber. “É emocionante, porque a gente nunca perde a esperança como mãe. Ver minha filha, daqui pra frente, poder andar, correr, falar e me chamar de mãe vai ser excelente. Posso viver a maternidade de uma forma diferente”, afirmou Millena, emocionada. Com a garantia do acesso ao medicamento, as crianças poderão ter ganhos motores significativos, como a capacidade de engolir e mastigar, sustentar o tronco e sentar-se sem apoio. A expectativa do Governo Federal é atender 137 pacientes nos primeiros dois anos, impactando diretamente na qualidade de vida. Atualmente, um total de 15 pedidos foram protocolados para acesso ao medicamento no SUS e estão sendo encaminhados, começando por estes dois atendimentos. INTERVENÇÕES — Embora a AME não tenha cura, as terapias disponíveis ajudam a estabilizar sua progressão. Além do zolgensma, de dose única, o SUS oferece nusinersena e risdiplam, de uso contínuo, que atuam para evitar a progressão da doença. Sem essas intervenções, essas crianças enfrentam alto risco de morte antes dos dois anos de idade. Quem recebe o zolgensma não precisa receber outra terapia para AME. COMO TER ACESSO — As famílias devem procurar um dos 36 serviços especializados em doenças raras do SUS. Um médico realizará a avaliação clínica da criança e, caso os critérios de elegibilidade sejam atendidos, o processo de solicitação da terapia será iniciado. Dos 36 serviços, 31 já estão aptos a realizar a infusão da terapia gênica — sendo 22 já habilitados e nove em fase de capacitação. Os serviços estão disponíveis em Alagoas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal. Nos estados que ainda não contam com serviços habilitados para a infusão, o acordo garante, além do medicamento, o custeio de passagens e hospedagem para o paciente e um familiar responsável. ACOMPANHAMENTO — As crianças que recebem o zolgensma serão acompanhadas clinicamente até os cinco anos de idade pelo serviço de referência responsável pela infusão. Esse processo está alinhado com o Protocolo Clínico e com o Acordo de Compartilhamento de Risco. Após a infusão, o paciente deve permanecer internado por no mínimo 24 horas, sob observação clínica contínua. AVANÇOS — Incorporações como a do zolgensma mostram a capacidade do SUS em absorver terapias que envolvem alta complexidade. A adoção do modelo de compartilhamento de risco é uma alternativa para aquisição de medicamentos de altíssimo custo e cujos resultados requerem mais evidências científicas. Como vai funcionar o pagamento pelo governo: Onde encontrar os serviços de referência UFCidadeHospitalALMaceióHospital da CriançaBABahiaHospital Martagão GesteiraCEFortalezaHospital Infantil Alberto SabinDFBrasíliaHospital da Criança de Brasília José AlencarESVitóriaHospital Infantil Nossa Senhora da GlóriaGOGoiâniaCRER GoiâniaMGBelo HorizonteHospital João Paulo IIMGJuiz de ForaHospital Universitário Juiz de ForaMGBelo HorizonteHospital da UFMGMGUberlândiaHC Universidade Federal de UberlândiaMTCuiabáSanta CasaPABelémHospital Universitário Bettina FerroPBCampina GrandeHospital Universitário Alcides CarneiroPERecifeIMIPPERecifeHospital Maria LucindaPITeresinaHospital Infantil Lucídio PortelaPRCuritibaComplexo do Hospital das Clínicas da UFPR HC e MVFAPRCuritibaHospital Pequeno PríncipePRCuritibaHospital Erasto GaertnerPRCampina Grande do SulHospital Angelina CaronRJRio de JaneiroInstituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG)RJRio de JaneiroHospital Universitário Pedro ErnestoRNNatalHospital Onofre LopesRSPorto AlegreHospital das ClínicasSCFlorianópolisHospital Joana de GusmãoSPCampinasHospital da UNICAMPSPRibeirão PretoHC Ribeirão PretoSPSão José do Rio PretoHospital de Base de São José do Rio PretoSPSão PauloHC São PauloSPBotucatuHospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP)SPTaubatéGrupo de Assistência à Criança com Câncer
Atendimentos dos SUS com setor privado devem começar ainda este ano

O Ministério da Saúde vai estabelecer parcerias com a rede privada de saúde para garantir o atendimento especializado no tempo certo. Padilha diz que principal meta é reduzir tempo de espera no SUS. O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que sua prioridade será reduzir o tempo de espera para atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente para o diagnóstico e tratamento de câncer. Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça-feira (29), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o objetivo é “fazer as coisas acontecerem” ainda este ano. “Para a gente dar conta de garantir o tempo adequado ao atendimento, por exemplo, da situação do câncer, que nós temos 30 dias para garantir o diagnóstico e 60 dias para iniciar o tratamento, só será possível fazermos isso se ampliarmos as parcerias com o setor privado”, disse, em conversa com a imprensa no Palácio do Planalto. Segundo Padilha, muitos dos serviços privados tem uma capacidade ociosa que pode ser compartilhada. Além disso, amanhã (30), o Ministério da Saúde deve divulgar estudo feito com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) que mostra uma grande concentração de médicos especialistas atuando nas estruturas privadas de saúde. “É uma verdadeira obsessão do presidente, desde o começo do seu governo, de garantir o atendimento médico especializado no tempo certo, no tempo adequado, reduzindo o tempo de espera que existe hoje no país, que é fruto de um represamento do atendimento durante a pandemia [de covid-19] e da desorganização da rede nos governos anteriores”, disse o ministro. Com a autorização do presidente Lula, as pastas da Saúde e Casa Civil vão discutir com os demais ministérios envolvidos e trabalhar com o setor privado para impulsionar essa rede de atendimento de média e alta complexidade. Segundo ele, “tudo que já vinha sendo programado, nós estamos acelerando”, como a entrega de equipamentos de radioterapia nos serviços em todo o país. Além disso, o governo está em tratativa com o hospital A.C.Camargo, referência em oncologia a cidade de São Paulo, para ajudar no diagnóstico de câncer para pacientes do SUS. No ano passado, o Ministério da Saúde também lançou o Programa Mais Acesso a Especialistas. Baseada na lógica do cuidado integral do paciente, a proposta era reduzir o tempo de espera por cirurgias, exames e tratamentos no âmbito do SUS por meio do fortalecimento do SUS Digital, facilitando o acesso a informações e ampliando o potencial de atendimentos remotos.
“Dia D” de vacinação contra Febre Amarela acontece neste sábado em Ubatuba

No próximo sábado, dia 9, Ubatuba promove o “Dia D” de vacinação contra a Febre Amarela, focando na imunização de pessoas a partir dos nove meses de idade que ainda não possuem uma dose comprovada ou apresentam atraso vacinal. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos bairros Cícero Gomes, Ipiranguinha e Maranduba estão abertas das 8h às 17h para aplicação da vacina. Além disso, equipes volantes atendem, das 9h às 13h, em diversas localidades, incluindo Quilombo da Fazenda, Camburi, Sertão do Ubatumirim, Cambucá, Itamambuca, Casanga, Quilombo da Caçandoca, Corcovado e Folha Seca. Veja mais: Última Etapa do Ubatuba Pro Surf 2024 Agita a Praia Vermelha e Define Campeões Durante o “Dia D”, os profissionais de saúde também disponibilizarão outras vacinas de rotina. Esta ação faz parte da intensificação da campanha, que visa alcançar pessoas não vacinadas ou com doses em atraso, reforçando a importância da imunização gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como principal medida preventiva contra a Febre Amarela. A campanha de vacinação em Ubatuba seguirá até dia 18 de novembro. O esquema de vacinação prevê uma dose inicial aos nove meses de idade, com reforço aos quatro anos. Para adultos e crianças a partir de cinco anos que ainda não foram vacinados, a imunização ocorre em dose única. Para garantir a imunização, basta comparecer à UBS mais próxima com um documento de identificação com foto e atualizar a vacinação.
Mamografia é segura e essencial na prevenção do câncer de mama, afirma CBR em resposta a fake news

O Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) reforçou nesta quinta-feira (31) a importância e segurança do exame de mamografia
Governo de SP lança campanha “VARcina” no Dia Nacional da Imunização para incentivar atualização vacinal

Nesta quinta-feira (17), Dia Nacional da Imunização, o Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES
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