Taxa ambiental para jatinhos e helicópteros

Vereadores de São Paulo aprovam taxa ambiental para jatinhos e helicópteros particulares Em uma decisão recente, os vereadores de São Paulo aprovaram em primeira votação um projeto de lei que institui uma taxa ambiental a ser cobrada dos donos de aviões e helicópteros particulares em cada pouso ou decolagem no município.  A proposta, conhecida como Taxa de Preservação Ambiental (TPA), tem como objetivo compensar os danos ambientais causados pelas operações dessas aeronaves, especialmente no que diz respeito à emissão de gás carbônico (CO2). Detalhes da taxa A taxa será calculada com base no peso da aeronave, sendo estipulado o valor de R$ 200 por tonelada para helicópteros e R$ 400 por tonelada para aviões particulares, aplicada a cada voo.  Importante destacar que essa tarifa não será aplicada a voos comerciais, aeronaves oficiais de governantes ou em operações médicas, focando principalmente em voos executivos e de lazer. Contexto político e jurídico O projeto, inicialmente apresentado pelo ex-vereador e atual deputado estadual Eduardo Suplicy (PT) em 2022, foi reapresentado na atual legislatura pelos vereadores Luna Zarattini (PT), Nabil Bonduki (PT) e Amanda Paschoal (PSOL).  Nabil Bonduki ressaltou que a taxa representa uma contrapartida justa, já que outros meios de transporte, como carros, motos e ônibus, pagam tarifas à cidade, enquanto o transporte aéreo particular, considerado de luxo, não tinha nenhuma cobrança equivalente. Porém, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sinalizou que pretende vetar o projeto, alegando inconstitucionalidade, uma vez que a regulamentação sobre o tema é competência da União, conforme decisão do Tribunal de Justiça paulista em caso semelhante envolvendo Guarulhos em 2023.  A segunda votação do projeto ainda não tem data prevista, e a Prefeitura optou por não se manifestar oficialmente enquanto o projeto estiver em tramitação. A iniciativa busca alinhar a cidade de São Paulo às políticas ambientais contemporâneas, responsabilizando setores que contribuem significativamente para a poluição e o impacto ambiental. A cobrança visa desestimular o uso excessivo e não regulado de aeronaves particulares, que têm uma pegada de carbono considerável, e gerar recursos para a preservação ambiental local. No entanto, a controvérsia sobre sua constitucionalidade e a posição do prefeito Ricardo Nunes indicam que o tema ainda passará por debates importantes antes de sua efetiva implementação. Para acompanhar essa e outras notícias exclusivas. .