Polícia Federal prende homem em flagrante por crimes sexuais infantis em Campos do Jordão durante operação Anjo Protetor

Na manhã desta terça-feira (8), a Polícia Federal realizou uma operação em Campos do Jordão, interior de São Paulo, que resultou na prisão em flagrante de um homem suspeito de crimes sexuais contra crianças e adolescentes. A ação, denominada “Operação Anjo Protetor”, teve como foco combater o armazenamento, compartilhamento e comercialização de material pornográfico infantojuvenil. O mandado de busca e apreensão foi cumprido em uma residência no bairro Boa Vista. Segundo a PF, o suspeito vinha, desde abril de 2025, baixando e distribuindo milhares de arquivos contendo cenas de abuso sexual infantil por meio de redes sociais. No momento da prisão, ele foi flagrado baixando dezenas desses arquivos em seus dispositivos eletrônicos. Foram apreendidos celulares, notebooks e mídias de armazenamento que passarão por perícia técnica para aprofundar as investigações. A Polícia Federal reforça que crimes dessa natureza são gravíssimos e prevêem penas de até 10 anos de reclusão, além de outras sanções previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. A operação faz parte de um esforço contínuo da PF para reprimir crimes de exploração sexual infantojuvenil no estado de São Paulo, demonstrando o compromisso das autoridades em proteger crianças e adolescentes contra abusos e garantir a responsabilização dos criminosos.
Pai é preso após esfaquear filho em Caçapava; vítima está em estado grave

Um grave caso de violência familiar chocou a cidade de Caçapava, no Vale do Paraíba. Um homem foi preso após esfaquear o próprio filho, que foi socorrido em estado grave e encaminhado ao hospital da região. Segundo informações da Polícia Militar, o crime aconteceu na manhã deste domingo, 6 de julho, em uma residência localizada no bairro Jardim das Nações. A motivação da agressão ainda está sendo investigada, mas testemunhas relataram que houve uma discussão acalorada entre pai e filho momentos antes do ataque. A vítima, um jovem de 22 anos, foi atingida por várias facadas e recebeu atendimento emergencial no local antes de ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Caçapava. Seu estado é considerado grave, e ele permanece internado sob cuidados médicos. O suspeito, pai da vítima, foi detido pela Polícia Militar logo após o ocorrido e encaminhado à delegacia da cidade, onde permanece à disposição da Justiça. A polícia abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do crime e avaliar possíveis antecedentes. Este episódio reforça a necessidade de atenção às questões de violência doméstica e familiar, que ainda são uma triste realidade em muitas regiões do país. Autoridades locais reforçam o pedido para que casos de conflitos familiares sejam denunciados para evitar tragédias como esta.
Polícia Militar age rápido e prende suspeito de estupro em Pindamonhangaba

Na tarde do dia 28 de junho de 2025, a Polícia Militar de Pindamonhangaba realizou a prisão de um indivíduo acusado de estupro na área central da cidade. Após tomar conhecimento do crime, a equipe policial iniciou um patrulhamento tático com o objetivo de localizar e capturar o suspeito. Com rápida atuação, os policiais conseguiram abordar o criminoso, que foi imediatamente conduzido à delegacia local, onde permanece preso à disposição da Justiça. A ação eficiente da Polícia Militar reforça o compromisso com a segurança pública e demonstra que a corporação está empenhada em fazer a diferença na proteção da população de Pindamonhangaba.
Decisão do TCU sobre as Joias de Bolsonaro: Vitória para a Lógica e a Justiça

O Tribunal de Contas da União (TCU) recentemente decidiu que presentes de uso pessoal recebidos por presidentes e vice-presidentes não são patrimônio público, podendo ser mantidos por quem os recebeu. Essa decisão foi um alívio para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrentava acusações relacionadas às joias recebidas durante uma viagem à Arábia Saudita. A decisão do TCU foi baseada na falta de normas legais específicas que determinem a incorporação desses presentes ao patrimônio público. O ministro Jorge Oliveira, relator do caso, destacou que a ausência de uma legislação clara impede que o TCU exija a devolução desses bens à União. Para Bolsonaro, essa decisão é uma vitória significativa, pois reforça sua defesa de que as joias eram presentes pessoais e não bens públicos. Ele foi indiciado pela Polícia Federal por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos, mas a decisão do TCU pode ser usada como argumento em sua defesa. A decisão também beneficia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu um relógio do presidente francês Jacques Chirac em 2005. O TCU entendeu que esse relógio, assim como as joias de Bolsonaro, não é patrimônio público. Críticos argumentam que a falta de regulamentação sobre presentes a presidentes pode levar a abusos e falta de transparência. No entanto, defensores da decisão afirmam que ela respeita a lógica jurídica e a tradição de que presentes pessoais não sejam considerados bens públicos. O TCU recomendou que a Presidência adote critérios mais rígidos para o registro desses presentes, incluindo a catalogação e publicidade no Portal da Transparência. Essa medida visa aprimorar a gestão desses bens e evitar controvérsias futuras. A decisão do TCU pode ter implicações políticas significativas, especialmente no caso de Bolsonaro, que agora tem mais argumentos para defender sua inocência. No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda pode julgar o caso sob uma ótica diferente, considerando as acusações apresentadas pela Polícia Federal. Com essa decisão, o TCU reafirma a importância da clareza jurídica e da lógica na interpretação das leis, evitando a judicialização indevida de questões que não têm base legal sólida.
O batom e a estátua: Corte de Justiça ou sanha inquisitória?

Deputada federal Rosana Valle* A Justiça implacável é a pior das injustiças.” Esta frase joga luz à uma dura verdade: quando a Justiça é fria, sem considerar as circunstâncias humanas, deixa de ser justa. Pois bem, o sentido da Justiça precisa ir além da letra fria da lei. É preciso olhar para o contexto, agir com empatia e discernimento — do contrário, o que deveria ser equilíbrio se transforma em punição desproporcional e cruel. Por 25 anos, fui jornalista. Entrei para a Política, em 2019, com o coração cheio de idealismo e de esperança. Mas estou perplexa. Não imaginava que viveria um momento tão frágil da nossa Democracia. Ver instituições se afastarem dos seus princípios mais básicos, especialmente o Judiciário, é preocupante. O que temos, hoje, são decisões parciais, perseguições seletivas, censura disfarçada — tudo chancelado por quem deveria garantir os direitos do cidadão. A percepção nas ruas vai ficando cada vez mais clara: Todos são iguais perante à lei — menos os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A Suprema Corte, em vez de proteger a Democracia, ganhou superpoderes e está perdendo a medida. Ministros extrapolam limites, violam a imunidade parlamentar, atacam a liberdade de expressão e censuram os críticos. Deputados eleitos pelo povo, com votações expressivas, já perderam mandatos, ou estão prestes a perder, por decisões que não seguem, me parece, o devido processo legal. O direito à ampla defesa tem sido ignorado. Há prisões preventivas sem prazo, penas desproporcionais, brasileiros exilados por medo. Enquanto isso, quem cometeu crimes graves parece ser premiado. André do Rap, apontado como chefão do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi solto pelo STF, desapareceu no mesmo dia e segue foragido, comandando crimes do submundo. O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (MDB), condenado a mais de 400 anos de prisão, está solto e virou, pasmem, influenciador digital. A frase “Perdeu, mané!” virou símbolo de um Supremo que parece ter virado as costas para o povo. Abriram, afinal, as prisões e enterraram a “Lava Jato” — operação que revelou os maiores escândalos de corrupção da História recente de nossa República. Enquanto isso, uma mãe de família é condenada pelo STF a 14 anos de prisão, por pichar com batom uma estátua em frente à sede da Corte. Sim, 14 anos – por um ato sem violência, facilmente removível. A decisão choca o País e reforça a dúvida: estamos diante de uma Corte de Justiça ou de uma sanha inquisitória? A toga, símbolo de imparcialidade, hoje flerta com o autoritarismo. Ministros se colocam acima da crítica, decidindo quem pode falar e o que pode ser dito. A descrença na Justiça tomou as ruas, as redes sociais e os lares brasileiros. Ocorre que, quando a fé nas instituições se rompe, a Democracia se fragiliza. Cabe à Suprema Corte retomar o bom senso e o respeito à Constituição Federal, a qual diz tanto defender. A Justiça, em regra, deve proteger liberdades — não sufocá-las. E, aos que se julgam acima de tudo e de todos, donos da verdade absoluta, deixo um alerta: a História será nosso melhor juiz, e ela, certamente, não vai absolver os que traíram não só nossa Carta Magna, mas, sobretudo, o povo brasileiro! *Rosana Valle é deputada federal pelo PL-SP, em segundo mandato; presidente da Executiva Estadual do PL Mulher de São Paulo; jornalista há mais de 30 anos; e autora dos livros “Rota do Sol” 1 e 2
Mais um caso de Feminicídio

O feminicídio é um tema que vem à tona com frequência nas notícias, refletindo uma realidade alarmante em nossa sociedade. Recentemente, um caso chocante ocorreu em São José dos Campos, onde um homem, em um ato de violência extrema, matou sua esposa a facadas e deixou o filho pequeno aos cuidados de uma vizinha antes de fugir. Este crime, que aconteceu na noite de sexta-feira (06/12) na Rua Anésio Rodrigues Araújo, no Jardim São Vicente, expõe não apenas a brutalidade do ato, mas também a necessidade urgente de discutir as causas e consequências da violência doméstica. O Crime Lucilene Cícera dos Passos Silva, de 38 anos, foi brutalmente assassinada pelo esposo, um homem de 43 anos. Segundo informações preliminares, o motivo do crime teria sido a descoberta de uma relação extraconjugal da vítima. O homem desferiu pelo menos seis golpes de faca contra Lucilene, que não resistiu aos ferimentos. Após cometer o crime hediondo, ele fugiu em um carro Ford Fiesta prata, deixando para trás não apenas a esposa morta, mas também um filho de aproximadamente quatro anos. Antes de escapar, o criminoso entregou seu filho à vizinha e proferiu a frase “fiz m…”, evidenciando a gravidade da situação e sua própria consciência do ato violento que acabara de cometer. O menino foi posteriormente levado para os cuidados dos familiares da mãe. Agressão grave a mulher em Pindamonhangaba A resposta das autoridades Após o ocorrido, a Polícia Civil registrou o caso como feminicídio na Central de Polícia Judiciária (CPJ) em São José dos Campos. As autoridades iniciaram uma investigação para localizar o autor do crime. Durante a apuração, foram apreendidos dois celulares relacionados à Lucilene e um notebook pertencente ao esposo, que podem fornecer informações cruciais sobre os eventos que levaram ao feminicídio. A polícia está mobilizada para encontrar o suspeito e esclarecer todos os detalhes desse crime brutal. A fuga do homem e a maneira como ele abandonou seu filho levantam questões sobre a saúde mental e emocional de indivíduos envolvidos em relacionamentos conturbados. A realidade do feminicídio no Brasil Infelizmente, casos como este não são isolados. O feminicídio é um problema grave no Brasil, onde milhares de mulheres são vítimas de violência doméstica todos os anos. De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2021 foram registrados mais de 1.300 casos de feminicídio no país. Esses números alarmantes refletem uma cultura enraizada de machismo e desigualdade que ainda persiste em nossa sociedade.A falta de apoio adequado para as vítimas e a impunidade para os agressores contribuem para a perpetuação desse ciclo de violência. Muitas mulheres se sentem desprotegidas e sem alternativas quando se encontram em situações abusivas. É fundamental que haja um esforço conjunto entre governo, sociedade civil e instituições para combater essa epidemia. A Importância da conscientização A conscientização sobre os sinais da violência doméstica é crucial para prevenir tragédias como a que ocorreu em São José dos Campos. Campanhas educativas devem ser intensificadas para informar as mulheres sobre seus direitos e os recursos disponíveis para ajudá-las a escapar de relacionamentos abusivos. Além disso, é vital que homens sejam incluídos nessas discussões para que possam entender as consequências de suas ações e aprender a respeitar as mulheres como iguais. As autoridades também precisam garantir que haja mecanismos eficazes para proteger as vítimas e punir os agressores com rigor. Isso inclui treinamento adequado para policiais e profissionais da saúde que lidam com casos de violência doméstica, além da criação de abrigos seguros e acessíveis para mulheres em situação de risco. O caso trágico em São José dos Campos é um lembrete sombrio da realidade enfrentada por muitas mulheres no Brasil. O feminicídio não é apenas uma questão criminal; é uma questão social que exige atenção urgente. Enquanto sociedade, precisamos nos unir para combater essa violência inaceitável e promover um ambiente onde todas as mulheres possam viver com dignidade e segurança.A luta contra o feminicídio deve ser uma prioridade nacional. Somente através da educação, conscientização e ação decisiva poderemos mudar essa triste realidade e garantir que tragédias como essa não se repitam. É hora de agir e exigir mudanças significativas em nossa sociedade.
STF Mantém maioria para manter Robinho preso em julgamento de estupro

O Supremo Tribunal Federal (STF) está em processo de julgamento sobre a manutenção da prisão do ex-jogador de futebol Robinho, que foi condenado a nove anos de prisão na Itália por seu envolvimento em um caso de estupro. A situação gerou ampla repercussão e polarização na sociedade brasileira, refletindo a gravidade das acusações e a busca por justiça em casos de violência sexual. Contexto do Julgamento O julgamento, que teve início no dia 15 de novembro, se concentra em um recurso apresentado pela defesa de Robinho, que busca derrubar a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que homologou a sentença italiana e determinou a prisão imediata do ex-atleta. Robinho foi condenado em 2017 pelo estupro de uma mulher em uma boate em Milão, um crime que ocorreu em 2013. A condenação foi confirmada em janeiro de 2022, e desde então, o Brasil recebeu um pedido da Itália para a execução da pena.Até o momento, cinco ministros do STF já votaram pela manutenção da prisão: Luiz Fux (relator do caso), Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Cristiano Zanin. Apenas Gilmar Mendes se manifestou a favor da soltura de Robinho. O relator Luiz Fux argumentou que não houve irregularidades na decisão do STJ e que todas as normas constitucionais e legais foram respeitadas durante o processo. Uma Mãe em Sofrimento: A Triste Realidade da Violência Familiar em Pindamonhangaba Implicações da decisão A decisão do STF tem implicações significativas não apenas para Robinho, mas também para o tratamento de casos de violência sexual no Brasil. A manutenção da prisão pode ser vista como um passo importante na luta contra a impunidade em crimes sexuais e um sinal claro de que o sistema judicial brasileiro está comprometido em honrar os acordos internacionais e proteger as vítimas.A condenação de Robinho gerou uma onda de indignação e protestos, especialmente entre grupos que defendem os direitos das mulheres. A possibilidade de sua libertação poderia ser interpretada como uma falha do sistema judicial em lidar adequadamente com casos de violência sexual, o que poderia desencadear novas manifestações e debates públicos sobre o tema. O Papel da mídia e da opinião pública A cobertura midiática deste caso tem sido intensa, refletindo não apenas o interesse pelo ex-jogador famoso, mas também as questões sociais mais amplas relacionadas à violência contra as mulheres. A opinião pública está dividida: enquanto muitos apoiam a manutenção da prisão como uma forma de justiça para a vítima, outros argumentam que Robinho deve ter direito a um julgamento justo e à possibilidade de recorrer da decisão.O debate sobre este caso é emblemático das tensões existentes na sociedade brasileira em relação ao tratamento das questões de gênero e à responsabilização dos agressores. As redes sociais têm sido um campo fértil para discussões acaloradas sobre o assunto, com hashtags relacionadas ao caso se tornando tendências. Próximos Passos O julgamento está previsto para ser encerrado no dia 26 de novembro, quando os demais ministros do STF devem se manifestar. Se a maioria decidir pela manutenção da prisão, Robinho continuará cumprindo sua pena no complexo penitenciário de Tremembé, conhecido como a “penitenciária dos famosos”. Caso contrário, ele poderá aguardar o desfecho do processo em liberdade. Enquanto isso, a sociedade observa atentamente os desdobramentos desse caso que transcende o âmbito esportivo e toca questões fundamentais sobre justiça, direitos das mulheres e responsabilidade social. A expectativa é alta quanto à decisão final do STF e suas repercussões na luta contra a violência sexual no Brasil.
Câmara Municipal de Ubatuba anula processo de cassação da prefeita Flávia Pascoal

A Câmara Municipal de Ubatuba (SP) decidiu anular o processo de cassação da prefeita Flávia Pascoal, do PL, em uma votação que ocorreu nesta terça-feira, 19 de novembro de 2024. A decisão foi tomada por nove dos dez vereadores presentes, que votaram a favor da anulação do decreto que havia afastado a prefeita em maio deste ano. Desafio da representação Estadual para Pindamonhangaba e o Vale do Paraíba O processo de cassação teve início em março de 2023, quando a Câmara criou uma comissão para investigar possíveis fraudes na aquisição de materiais e serviços pela prefeitura. Desde então, Flávia Pascoal enfrentou uma série de desafios legais e políticos, incluindo uma suspensão da cassação pelo Tribunal de Justiça, que permitiu seu retorno ao cargo. A anulação do processo foi formalizada e o decreto correspondente será publicado oficialmente ainda nesta quarta-feira. Essa reviravolta política pode ter implicações significativas para a administração municipal e para a estabilidade política na região. Flávia Pascoal expressou sua satisfação com a decisão da Câmara, destacando que sua gestão sempre buscou a transparência e a legalidade nas ações da prefeitura. A prefeita agora espera retomar suas atividades sem as incertezas que cercaram seu mandato nos últimos meses.
Impunidade em Mariana: Justiça ignora as vítimas do maior desastre ambiental do Brasil

A recente decisão judicial que absolveu a Samarco, a Vale e a BHP pelo rompimento da barragem de Mariana, ocorrido em 2015, levanta sérias questões sobre a responsabilidade das empresas em desastres ambientais e a eficácia do sistema judiciário brasileiro. Este evento é considerado o maior desastre industrial da história do Brasil, resultando na morte de 19 pessoas e na devastação de comunidades inteiras, além de causar impactos ambientais irreversíveis na bacia do Rio Doce2 4. Contexto do Desastre No dia 5 de novembro de 2015, a barragem de Fundão, controlada pela Samarco – uma joint venture entre Vale e BHP – rompeu-se, liberando cerca de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração. A lama tóxica inundou o subdistrito de Bento Rodrigues e afetou severamente o ecossistema local, poluindo rios e devastando a fauna e flora da região 2 5. O desastre não apenas causou perdas humanas, mas também destruiu modos de vida e meios de subsistência, resultando em um impacto socioeconômico profundo para as comunidades afetadas4. A decisão judicial A absolvição das empresas envolvidas gera um sentimento de impunidade entre os atingidos e a sociedade civil. A decisão parece ignorar as evidências de negligência e falhas operacionais que levaram ao colapso da barragem. O Ministério Público já havia destacado que a tragédia não foi um mero acidente, mas sim resultado de erros operacionais e falta de monitoramento adequado4. Essa nova sentença pode ser vista como um retrocesso nas tentativas de responsabilização das empresas por suas ações e omissões. Implicações da decisão A absolvição das mineradoras pode ter consequências graves para futuras ações judiciais relacionadas a desastres ambientais no Brasil. Isso pode desencorajar vítimas de buscar reparação judicial, criando um precedente perigoso onde grandes corporações podem operar sem o temor real de consequências legais por danos causados ao meio ambiente e à sociedade. Além disso, essa decisão pode enfraquecer os esforços para implementar regulamentações mais rigorosas sobre segurança em barragens, que são essenciais para prevenir novos desastres34. A absolvição da Samarco, Vale e BHP pelo rompimento da barragem em Mariana é uma decisão que não apenas ignora as lições aprendidas com o desastre, mas também coloca em risco a integridade do sistema judicial brasileiro. É imperativo que haja uma reavaliação das responsabilidades corporativas em casos semelhantes e que se busque garantir justiça para aqueles cujas vidas foram irrevogavelmente alteradas por essa tragédia. O futuro da mineração no Brasil deve ser pautado pela segurança e pela responsabilidade social, evitando que erros do passado se repitam.
Enfermeira é morta a facadas em Pindamonhangaba; ex-namorado é o autor.

Na manhã de terça-feira, 12 de novembro, a cidade de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, foi abalada por um crime brutal que resultou na morte da enfermeira Rubian Luísa de Castro Gregório, de 41 anos. A vítima foi assassinada a facadas dentro de sua própria casa, e o principal suspeito do crime é seu ex-namorado, Sandro de Oliveira, de 49 anos. O caso levanta questões alarmantes sobre a violência doméstica e a eficácia das medidas protetivas. De acordo com informações da polícia, Rubian estava em sua residência localizada na Rua Vitor Buono, no bairro Residencial Campos Maia, quando foi atacada pelo ex-companheiro. O homem invadiu a casa da enfermeira e a agrediu com diversas facadas. Vizinhos relataram ter ouvido gritos de socorro e tentaram chamar a Polícia Militar, mas não conseguiram chegar a tempo para evitar a tragédia. Após o ataque, Sandro tentou fugir do local, mas foi contido por moradores que presenciaram a cena. Ele acabou sendo agredido pela população antes da chegada da polícia, que o prendeu e o levou para o hospital devido aos ferimentos que sofreu durante o linchamento. Rubian havia terminado seu relacionamento com Sandro há mais de dois anos e possuía uma medida protetiva expedida pela Justiça que proibia o ex-namorado de se aproximar dela. A família da vítima expressou sua indignação ao saber que essa medida não foi suficiente para garantir a segurança dela. “Ela fez tudo certo. Tinha uma medida protetiva e ainda assim isso aconteceu”, lamentou um familiar. O caso foi registrado como feminicídio e descumprimento de medida protetiva. A Delegacia da Mulher está investigando o crime, que destaca uma triste realidade: mesmo com mecanismos legais para proteger as vítimas de violência doméstica, muitas ainda enfrentam situações extremas como essa. A morte de Rubian gerou uma onda de comoção na comunidade local e entre os colegas de trabalho da enfermeira. A Santa Casa de Pindamonhangaba, onde ela trabalhava, emitiu uma nota lamentando profundamente o falecimento da colaboradora e expressando solidariedade aos familiares e amigos neste momento difícil. Além disso, o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP) também se manifestou sobre o caso. Em nota, a entidade destacou a gravidade da situação da violência contra as mulheres no Brasil e pediu por políticas públicas mais eficazes para combater esse tipo de crime. “O Brasil registrou um recorde de feminicídios e é urgente implementar medidas que garantam a segurança das mulheres”, afirmou Ana Firmino, diretora do SEESP. O feminicídio é um problema estrutural no Brasil. Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2023 foram registrados 1.467 casos de mortes motivadas por razões de gênero, o maior número desde a promulgação da lei que tipifica o crime em 2015. A situação exige uma resposta contundente das autoridades e uma mobilização social para garantir que as mulheres possam viver sem medo. A tragédia envolvendo Rubian Luísa de Castro Gregório é um lembrete doloroso da necessidade urgente de fortalecer as redes de apoio às vítimas e garantir que as medidas protetivas sejam efetivamente respeitadas. A sociedade deve se unir para exigir mudanças significativas nas políticas públicas voltadas para a proteção das mulheres O assassinato brutal da enfermeira Rubian Luísa não é apenas uma perda pessoal para sua família e amigos; é um reflexo do que muitas mulheres enfrentam diariamente em situações semelhantes. Este caso deve servir como um chamado à ação para todos nós: é necessário lutar contra a violência doméstica e garantir que as vítimas tenham acesso à proteção real e eficaz. Não podemos permitir que mais vidas sejam perdidas devido à ineficácia das leis existentes ou ao descaso com a segurança das mulheres em nosso país.