Lula finaliza plano aos setores afetados por tarifaço de Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, devem discutir, nesta segunda-feira (11), os últimos detalhes do plano de contingência para socorrer os setores da economia afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros exportados para o país. Alckmin lidera as negociações com as autoridades estadunidenses e também o diálogo com o setor produtivo nacional. Os líderes tem reunião marcada para a tarde de hoje. O plano deve ser divulgado até esta terça-feira (12) e prevê medidas de concessão de crédito para as empresas mais impactadas e aumento das compras governamentais. A prioridade é atender os pequenos produtores que não tem alternativas à exportação aos Estados Unidos. Deverá ser instituído um parâmetro para avaliar os efeitos das tarifas sobre cada setor da economia, baseado no grau de exportações para o país. No último dia 6, entrou em vigor a tarifa de 50% imposta sobre parte das exportações brasileiras para país norte-americano. A medida, assinada no dia 30 de julho pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afeta 35,9% das mercadorias enviadas ao mercado norte-americano, o que representa 4% das exportações brasileiras. Além do socorro aos exportadores, o governo trabalha para ampliar os setores fora do tarifaço de Trump. Cerca de 700 produtos do Brasil não foram afetados e continuam a pagar 10% de tarifa. Entre eles estão suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, incluindo seus motores, peças e componentes.

O governo já devolveu mais de R$ 1 bilhão para as vítimas de descontos ilegais pelo INSS

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou que o governo federal já devolveu mais de R$ 1 bilhão a aposentados e pensionistas que foram vítimas de descontos indevidos realizados por entidades associativas sem autorização entre março de 2020 e março de 2025. O reembolso beneficia cerca de 1,6 milhão de pessoas que contestaram os descontos e negociaram ao acordo firmado com o governo. Os descontos ilegais, identificados após denúncias e contestações, proporcionaram benefícios previdenciários e causaram prejuízos financeiros aos segurados. O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, destacou que o ressarcimento está sendo realizado em parcela única, com correção monetária pelo IPCA, um índice que reflete a inflação oficial e protege os beneficiários contra perdas inflacionárias. Para que o benefício fosse devolvido, os aposentados e pensionistas precisaram aderir ao acordo de ressarcimento, que não requer ação judicial e é simples de acessar via aplicativo Meu INSS ou presencialmente em agências dos Correios. O prazo para adesões vai até pelo menos 14 de novembro de 2025, garantindo que a maioria das pessoas que tiveram descontos irregulares possam ser ressarcidas. O INSS esclarece que essas medidas fazem parte de um trabalho de combate às fraudes, reforçado pela atuação da Advocacia-Geral da União (AGU), que obteve bloqueios de R$ 2,8 bilhões em patrimônio de fraudadores para garantir o pagamento dos valores descontados. O governo também declarou que continuará a investigar e cobrar os responsáveis pelos golpes, garantindo que o Tesouro não arcará com prejuízos futuros. Estima-se que quase 3,3 milhões de beneficiários notificaram o INSS sobre descontos ilegítimos, e o valor total a ser ressarcido pode alcançar até R$ 1,8 bilhão, podendo chegar a R$ 2,1 bilhões com a correção monetária. A previsão inicial era começar os pagamentos em julho de 2025 em duas etapas, de forma escalonada para facilitar a logística. Essa operação é considerada uma medida inédita para reparar a confiança dos beneficiários no sistema previdenciário e aprimorar a transparência e a eficiência no atendimento do INSS.

Redução de impostos aos chineses é um desastre irreversível e desemprego em massa

As quatro maiores montadoras do Brasil — Volkswagen, General Motors (GM), Toyota e Stellantis — enviaram uma carta conjunta ao presidente Lula manifestando forte preocupação com o pedido feito por fábricas chinesas, especialmente a BYD, para reduzir impostos a 5% e 10% sobre automóveis montados no regime CKD e SKD. Os presidentes das empresas assinam a carta alertando que essa medida ameaça diretamente a indústria automobilística nacional, representando risco de perda de até 50 mil empregos em toda a cadeia produtiva, especialmente para fabricantes de autopeças, e comprometendo investimentos que chegam a R$ 180 bilhões (GM, VW, Stellantis, Toyota, carta enviada a Lula, citada pelo portal R7, G1, Terra). Na carta, assinada por Santiago Chamorro (GM), Emanuelle Cappellano (Stellantis), Ciro Possobom (Volkswagen) e Evandro Maggio (Toyota), as montadoras argumentam que permitir a entrada de carros desmontados chineses com redução de impostos não representa uma etapa de transição para o novo modelo industrial, mas um padrão operacional que tenderá a prevalecer, reduzindo o conteúdo local, destruindo empregos e agravando a dependência tecnológica do Brasil. O texto traz um tom ameaçador, alertando para possíveis cortes abruptos de investimentos e demissões em massa caso a proposta seja aprovada. O vice-presidente da BYD, Alexandre Baldy, rebateu a crítica afirmando que o pedido de redução dos impostos tem caráter temporário e é essencial para viabilizar a produção local, com o período de alíquota reduzida válido até 30 de junho de 2028, conforme acordo com o governo da Bahia. A empresa asiática classificou a reação das montadoras tradicionais como típica resistência de “dinossauros contra o meteoro”, acusando-os de tentar manter a posição dominante no mercado sem aceitar a concorrência e a inovação trazidas pelos elétricos chineses. O governo federal está em posição delicada: facilitando a entrada desses kits desmontados, pode favorecer a modernização e redução de preços, mas também prejudicar a indústria nacional tradicional, como apontam as montadoras. A decisão final aguarda análise do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex), que pode definir a redução das tarifas de importação para os regimes CKD e SKD.

Correios em crise suspendem R$ 2,75 bilhões em pagamentos para conter rombo financeiro

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios), estatal vinculada ao governo federal, suspendeu o pagamento de R$ 2,75 bilhões em obrigações financeiras com fornecedores, tributos e benefícios. A decisão foi tomada para preservar o caixa da empresa, que enfrenta sucessivos prejuízos operacionais — já são 11 trimestres seguidos no vermelho. A medida inclui a interrupção de repasses essenciais como vale-refeição, planos de saúde e repasses ao INSS. Segundo documentos internos obtidos por veículos da imprensa, a estatal prevê manter a suspensão até que haja novo equilíbrio nas contas. Visão gráfica: para onde iria o dinheiro suspenso? Abaixo, os principais pagamentos suspensos e seus valores estimados: 💼 Destino do Pagamento 💸 Valor Estimado (em R$ milhões) INSS Patronal 741 mi Fornecedores 652 mi Postal Saúde 363 mi Remessa Conforme 271 mi Vale-alimentação/refeição 238 mi PIS/Cofins 208 mi Fundo Postalis (previdência) 138 mi Franqueadas dos Correios 135 mi Total Suspenso R$ 2,75 bilhões Impactos imediatos O que dizem os Correios? A direção da empresa justificou a suspensão como uma “medida emergencial” para conter a deterioração financeira e ganhar tempo para reestruturar a operação. Afirmam que nenhum serviço postal será interrompido, mas admitem “momento crítico”. Em paralelo, os Correios aguardam liberação de R$ 4,3 bilhões do Novo Banco de Desenvolvimento (o “banco dos BRICS”), que será destinado à renovação da frota e não poderá ser usado para cobrir as obrigações suspensas. A suspensão de pagamentos sinaliza um momento alarmante para uma das maiores estatais do país. Com dificuldades históricas de modernização e queda na demanda de serviços postais, os Correios correm risco de insolvência, pressionando o governo por uma resposta estruturante.

Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 7

Bolsa familia

A Caixa Econômica Federal paga nesta segunda-feira (28) a parcela de julho do Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 7. O valor mínimo do benefício corresponde a R$ 600, mas, com o novo adicional, valor médio sobe para R$ 671,52. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 19,6 milhões de famílias, com gasto de R$ 13,16 bilhões. Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até 6 meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a gestantes e nutrizes (mães que amamentam), um de R$ 50 a cada filho de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a cada criança de até 6 anos. No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco. Os beneficiários de 516 cidades receberam o pagamento no último dia 18, independentemente do NIS. Foram beneficiados moradores dos 497 municípios do Rio Grande do Sul e de algumas cidades em cinco estados: seis de Alagoas, três do Amazonas, três do Paraná, seis de Roraima e um de São Paulo, residente em Diadema. Essas localidades foram afetadas por chuvas ou por estiagens ou têm povos indígenas em situação de vulnerabilidade. A lista dos municípios com pagamento antecipado está disponível na página do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. Desde o ano passado, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes). Regra de proteção Cerca de 2,68 milhões de famílias estão na regra de proteção em julho. Em vigor desde junho de 2023, a regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Em junho, o tempo de permanência na regra de proteção foi reduzido de dois para um ano. No entanto, a mudança só abrange as famílias que entraram na fase de transição desde o mês passado. Quem se enquadrou na regra até maio deste ano continuará a receber metade do benefício por dois anos. Auxílio Gás Neste mês não haverá pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em agosto. Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como as que são vítimas de violência doméstica. Arte EBC/Agência Brasil

Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 4

A Caixa Econômica Federal paga nessa quarta-feira (23) a parcela de julho do Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 4. O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 671,52. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 19,6 milhões de famílias, com gasto de R$ 13,16 bilhões. Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a gestantes e nutrizes (mães que amamentam), um de R$ 50 a cada filho de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a cada criança de até 6 anos. No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco. Os beneficiários de 516 cidades receberam o pagamento na sexta-feira (18), independentemente do NIS. A medida beneficiou os moradores dos 497 municípios do Rio Grande do Sul e moradores de algumas cidades em cinco estados: Alagoas (6 municípios), Amazonas (3), Paraná (3), Roraima (6) e São Paulo (1, cidade de Diadema). Essas localidades foram afetadas por chuvas ou por estiagens ou têm povos indígenas em situação de vulnerabilidade. A lista dos municípios com pagamento antecipado está disponível na página do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.  Desde o ano passado, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes). Regra de proteção Cerca de 2,68 milhões de famílias estão na regra de proteção em julho. Em vigor desde junho de 2023, essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Em junho, o tempo de permanência na regra de proteção foi reduzido de dois para um ano. No entanto, a mudança só abrange as famílias que entraram na fase de transição desde o mês passado. Quem se enquadrou na regra até maio deste ano continuará a receber metade do benefício por dois anos. Auxílio Gás Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em agosto. Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Geraldo Alckmin e suas contribuições para Pindamonhangaba

Vice-presidente da República

Geraldo Alckmin, natural de Pindamonhangaba, tem mantido uma relação próxima com sua cidade natal, mesmo após assumir cargos de destaque no cenário estadual e nacional, incluindo a vice-presidência da República. Ao longo dos anos, ele tem apoiado projetos importantes que visam o desenvolvimento urbano, industrial e logístico da região. Principais ações e projetos em Pindamonhangaba Geraldo Alckmin nasceu em Pindamonhangaba em 1952 e iniciou sua carreira política na cidade, sendo eleito vereador e depois prefeito ainda jovem. Desde então, sua trajetória inclui mandatos como deputado estadual e federal, governador de São Paulo e, atualmente, vice-presidente da República. Mesmo em cargos nacionais, mantém forte ligação com sua terra natal, buscando contribuir para seu desenvolvimento. O vice-presidente Geraldo Alckmin tem sido um importante parceiro para Pindamonhangaba, apoiando obras de infraestrutura, habitação, logística e desenvolvimento industrial. Seu compromisso com a cidade é uma extensão de sua trajetória política iniciada localmente, refletindo uma visão estratégica para o crescimento sustentável da região.

Haddad: bets ganham fortuna, mas mandam dinheiro para fora do país

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta terça-feira (8) que as bets paguem mais impostos no país. Para ele, as casas de apostas virtuais (bets) devem pagar taxas mais elevadas, a exemplo do que ocorre com os cigarros e as bebidas alcoólicas. “O governo anterior tratou as bets como se fosse a Santa Casa de Misericórdia, sem cobrar um centavo de impostos das bets durante quatro anos”, disse ele, em entrevista. “Os caras estão ganhando uma fortuna no Brasil, gerando muito pouco emprego, mandando para fora o dinheiro arrecadado aqui, e que vantagem a gente leva?”, questionou o ministro. “Para mim, tem que tratar as bets na linha do que é o cigarro e a bebida alcoólica. É uma coisa difícil de administrar e há vários casos na história de que, quando proíbe, piora. Temos que enquadrar esse setor de uma vez por todas”, defendeu. De acordo com o ministro, medidas como essa que preveem maior taxação das bets são importantes para o governo.  “Nosso objetivo é um só: depois de 10 anos estamos buscando resultados fiscais robustos para garantir que a economia continue crescendo, com baixo desemprego e inflação em queda. Mas a impressão que dá é que tem algumas pessoas querendo sabotar o crescimento econômico do país a troco da eleição do ano que vem”. IOF Em entrevista na manhã de hoje (8) ao portal Metrópoles, o ministro falou ainda que o impasse entre o governo e o Congresso Nacional pelo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não pode ser encarado como um “Fla x Flu”, disputa clássica do futebol carioca entre Flamengo e Fluminense. “Esse Fla-Flu não interessa a ninguém. Não vejo as coisas assim. Prefiro pensar institucionalmente”, disse ele. Recentemente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, suspendeu tanto os decretos do Executivo que elevam o IOF quanto o decreto que foi aprovado pelo Congresso Nacional e que derruba essa medida. Para resolver o impasse, Moraes determinou a realização de uma audiência de conciliação entre o governo federal e o Congresso Nacional sobre o tema para o próximo dia 15 de julho, em Brasília. Na entrevista de hoje, Haddad disse que não pode se antecipar à decisão que será tomada pelo Supremo em relação ao IOF, mas informou que o governo está trabalhando para que essa questão seja resolvida. Ele ressaltou ainda que o governo está buscando manter o diálogo com o Congresso e afirmou que, em breve, ele deverá se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.  “Quando um não quer, dois não brigam. E nós não vamos brigar porque, no caso, nenhum dos dois quer brigar. Não tenho nem o direito de ter as relações estremecidas porque ele é o presidente da Câmara. Ele é um poder institucional e o Brasil depende da boa condução dos trabalhos dele. Eu sou um ministro, não tenho mandato. Mas ele é poder constituído. Nunca saí de uma mesa de negociação. E só saio com acordo”, afirmou Haddad. Imposto de Renda Durante a entrevista, o ministro disse ainda acreditar que o projeto sobre o Imposto de Renda e que prevê isenção para os que ganham até R$ 5 mil será aprovado. Segundo Haddad, o deputado Arthur Lira, que é o relator do projeto sobre o Imposto de Renda, tem se reunido frequentemente com o governo, seja presencialmente ou de forma virtual. “Eu acredito que esse projeto será aprovado com larga margem de apoio”, falou.

“Dama do Tráfico” é presa em Manaus após cinco meses foragida; causou constrangimento ao governo ao visitar Ministério da Justiça

Luciane Barbosa Farias, conhecida como “Dama do Tráfico” e esposa de Clemilson dos Santos Farias, o “Tio Patinhas”, chefe da facção criminosa Comando Vermelho (CV) no Amazonas, foi presa na manhã desta quarta-feira (28) em Manaus após permanecer foragida por cinco meses. A prisão foi realizada por agentes da Polícia Civil na Zona Norte da capital amazonense, cumprindo mandados expedidos em janeiro pelo Tribunal de Justiça do Amazonas. Condenada a 10 anos de prisão por lavagem de dinheiro, organização criminosa e associação para o tráfico, Luciane ganhou notoriedade nacional em 2023 ao participar de reuniões no Ministério da Justiça, então comandado por Flávio Dino, e em eventos no Ministério dos Direitos Humanos. Na época, ela se apresentava como presidente do Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), uma ONG que, segundo investigações, era financiada com recursos oriundos do tráfico de drogas. Veja Também:Janja da Silva defende regulação rígida das redes sociais e cita modelo chinês O Tribunal de Justiça do Amazonas entendeu que Luciane atuava como braço financeiro da facção, utilizando dinheiro ilícito para manter um estilo de vida luxuoso, incluindo imóveis de alto padrão e veículos de luxo. O Ministério Público do Amazonas denunciou ainda que ela ajudava a encobrir os crimes do marido. A presença da “Dama do Tráfico” em órgãos públicos causou constrangimento ao governo federal, que afirmou na época que sua participação nas reuniões se deu como integrante de uma comitiva de advogados e representantes de direitos humanos, sem que fosse possível identificar previamente seu histórico criminal. Após a prisão, Luciane deve passar por audiência de custódia e poderá ser transferida para o Centro de Detenção Provisória Feminina de Manaus. A Polícia Civil segue investigando a atuação da organização criminosa no estado.

“‘Deus deixou o sertão sem água porque sabia que eu ia trazer’, diz Lula em defesa da transposição do São Francisco”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou recentemente que, se não fosse por sua atuação, o Nordeste brasileiro ainda estaria sem água, destacando a transposição do Rio São Francisco como a solução para um problema histórico da região. Essa declaração, embora carregada de autovalorização, ignora o contexto mais amplo e as críticas legítimas sobre a condução e os impactos dessa obra. Confira o áudio com a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que ele afirma que “Deus deixou o sertão sem água porque sabia que eu ia trazer”, destacando a transposição do Rio São Francisco como solução para a crise hídrica no Nordeste: De um ponto de vista crítico e alinhado à visão de direita, é importante lembrar que a transposição do São Francisco é um projeto que já se arrastava por quase dois séculos antes de ser iniciado efetivamente nos governos petistas. A obra, orçada em bilhões de reais, foi marcada por atrasos, problemas técnicos e gastos elevados, que poderiam ter sido evitados com uma gestão mais eficiente e menos centralizadora. Confira Também o video abaixo. Além disso, a narrativa de Lula de que “Deus deixou o sertão sem água porque sabia que eu ia trazer” soa como uma tentativa de personalizar um problema estrutural e complexo, que envolve gestão pública, políticas regionais e investimentos privados. A verdade é que o Nordeste precisa de soluções duradouras, que incentivem o desenvolvimento econômico sustentável, a geração de empregos e a infraestrutura, e não de discursos populistas que buscam apenas capital político. Veja Também: Comando C4 especializado em assassinatos e espionagem contra autoridades A obra da transposição, apesar de sua importância, não pode ser usada como moeda política para justificar uma gestão marcada por promessas grandiosas e resultados questionáveis. O Nordeste merece políticas públicas que valorizem a iniciativa privada, a eficiência administrativa e o respeito ao dinheiro público, elementos essenciais para o progresso real e duradouro da região. Portanto, mais do que discursos e autopromoção, o que o Nordeste precisa é de um ambiente favorável ao empreendedorismo, investimentos privados e parcerias que realmente transformem a vida das pessoas, sem dependência exclusiva do governo federal ou de projetos que se arrastam por décadas.