Ex-integrante de Conselho diz na CPI que alertou sobre fraudes no INSS

A ex-integrante do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) Tonia Galleti afirmou nesta segunda-feira (20), durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que fez, desde 2019, denúncias a autoridades do Ministério da Previdência e do INSS sobre fraudes em descontos associativos de aposentados e pensionistas. “Eu já estava alertando desde 2019 essas ocorrências. Em todas as oportunidades, poderia ser em qualquer lugar: em reunião com o diretor de benefícios, presidente do INSS, com Ministério do Trabalho, da Previdência, onde eu tinha oportunidade eu dizia: ‘olha, como dizia Tancredo Neves, tem jabuti na árvore’”, disse. Segundo Tonia, que é coordenadora do departamento jurídico do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), ela tomou conhecimento da possibilidade de fraudes a partir de reclamações dos associados. “Tudo começou com os sócios reclamando, não do sindicato, mas de que estavam sendo abordados por outras entidades. A pessoa ia utilizar a farmácia do Sindnapi e quando chegava lá ele não era mais sócio, ele estava filiado a outra instituição”, contou. “Teve até diretor que deixou de ser sócio e foi para uma associação desconhecida e ele não assinou nada”, completou. A ex-integrante do conselho diz que solicitou a inclusão na pauta de uma reunião, em 2023, a discussão sobre os descontos associativos, mas o tema não chegou a ser discutido. Investigação da Polícia Federal (PF) apurou que, de 2019 a 2024, houve um aumento significativo de descontos associativos direto na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS. Em 2020 a 2024, o número aumentou 77 vezes, saindo de 18.690 para 1,4 milhão. “Naquela oportunidade, em junho de 2023, eu alertei para o fato de que estávamos tendo conhecimento de que diversas entidades estavam atuando de forma inadequada e que era importante isso ser tratado no Conselho e que deveria ter sido fornecida a documentação para saber se essas entidades tinham sede, toda a documentação, etc”, afirmou. Questionada pelo relator da CPMI, Alfredo Gaspar (União-AL) se o ex-ministro da Previdência, Carlos Luppi, estava presente na reunião do conselho, Tonia afirmou que sim, que o ministro estava presente. “Acho que todos os diretores [do Conselho] estavam presentes”, disse Tonia, que afirmou ainda que também fez alertas ao ex-diretor de benefícios do INSS, José Carlos Oliveira, em 2021 ou 2022. Ao ser perguntada sobre os desdobramentos das denúncias e se Luppi tomou alguma providência, Tonia afirmou que algumas medidas foram tomadas. “Eu sei que eles abriram procedimentos para investigar algumas dessas entidades, eles disseram que mandaram ofício para a Polícia Federal informar algumas coisas. Nesse meio tempo, teve a auditoria no TCU e, com base nisso, saiu a instrução normativa 162 com alguns procedimentos [para o desconto nas aposentadorias]”, relatou. CMG O relator questionou o crescimento no número de associados do Sindnapi que, segundo Gaspar, a partir de 2019, início da parceria da entidade com a da corretora de seguros CMG, ligada ao Banco BMG, o número de filiados cresceu rapidamente. A entidade é uma das organizações investigadas por fraudes em pensões e aposentadorias, tendo, segundo o relator, arrecadado R$ 600 milhões. Segundo o relator, os descontos automáticos nos benefícios foram operados através de uma parceria e o Sindnapi, por meio da filiação de aposentados e pensionistas, muitas vezes sem autorização. “O sindicato estava estagnado, perdendo filiados e procuraram uma metodologia para inverter essa curva. Aí a vida do Sindnapi se encontrou com a vida do BMG, aí essa linha que era decrescente, a partir do primeiro contrato essa linha começou a aumentar”, afirmou. “De 2008 até 2020 temos um parâmetro muito similar de descontos associativos ano após ano. Aí em 2020 ele começa a crescer num ritmo alucinado, sai de 145 mil associados para 366 mil em 2023”, completou. Ao responder, Tonia afirmou que o crescimento no número de associados ocorreu de forma programada e “orgânica” e que o sindicato nunca fraudou documentos de filiados. “O sindicato vive de mensalidade associativa. O sindicato nunca fraudou fichas ou documentos de aposentados ou de pensionistas para ter esses sócios dentro do sindicato”, disse. Segundo ela, o Sindnapi cresceu organizadamente em torno de 4% ao mês. “Outras entidades que surgiram na calada da noite, elas tinham, por exemplo, zero sócios, em outubro e quando chegava em novembro tinha 80 mil sócios. Quando chegava em dezembro não chegava sócio novo algum, aí chegava em janeiro e ela colocava 250. Eu, como prestei serviço para o sindicato, sei como é difícil você associar alguém, você tem que mostrar serviço, convencer a pessoa”, relatou. Gaspar questionou sobre os repasses de recursos a familiares de Tonia, por meio de empresas e consultorias prestadas ao Sindnapi. Segundo o relator, a família recebeu mais de R$ 20 milhões. Tonia rebateu, afirmando que os trabalhos foram prestados e que não havia impedimento legal para que familiares recebessem pelo trabalho prestado. “Quando eu fiz a denúncia no CNPS, em 2023 e já vinha desde 2019 falando isso, com todas as autoridades. A minha questão é a seguinte, todas as entidades que são honestas vão ser colocadas no mesmo balaio dos picaretas”, criticou. “Vocês estão matando o mensageiro, aí eu vou dizer aos senhores, que vocês tiram do cidadão a coragem de denunciar a corrupção. Vocês colocam não sei quantos milhões, mas a minha família trabalhou, vocês podem falar que houve uma certa imoralidade, mas a minha família trabalhou. Trabalhava dez, onze horas por dia. Fico muito indignada de verdade quando querem jogar sobre mim, a pecha de que sou safada, ladra, de que eu roubei, eu não vou admitir” finalizou. Um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu a Tonia o direito de não ser obrigada a responder a perguntas que possam incriminá-la. Operador de esquema Nesta segunda-feira, também está previsto o depoimento do ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB) Felipe Macedo Gomes, identificado como operador de esquema de fraudes no INSS que, entre 2022 e 2024, movimentou mais de R$ 1,1 bilhão por meio de descontos indevidos em benefícios previdenciários. “A
Fraudes no INSS: PF deflagra nova fase de operação em oito estados

A Polícia Federal (PF) deflagra nesta quinta-feira (9) uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação tem o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU). Em nota, a corporação informou que estão sendo cumpridos 66 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos seguintes estados: São Paulo, Sergipe, Amazonas, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Pernambuco e Bahia, além do Distrito Federal. “A ação de hoje tem o objetivo de aprofundar as investigações e esclarecer a prática de crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”, informou a PF no comunicado. Clique aqui e leia mais sobre a Operação sem Desconto. Entenda Em abril, a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a Operação Sem Desconto com objetivo de combater um esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. O escândalo também motivou a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Investigação para investigar o caso. O cálculo é que entidades investigadas tenham descontado de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. À época, pelo menos seis servidores públicos foram afastados de suas funções. À época, a PF informou que as investigações identificaram a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS. Economia Gov BR
Banco Central passa a bloquear chaves Pix usadas em golpes e fraudes

A partir deste sábado (4), o Banco Central (BC) bloqueará chaves Pix usadas em golpes e fraudes. O bloqueio ocorrerá com base nas informações prestadas pelas instituições financeiras, que atingirão as chaves informadas pelas próprias instituições financeiras que integram o sistema Pix. Segundo o BC, o procedimento pretende fortalecer a segurança do Pix. A novidade foi anunciada na última reunião do Fórum Pix. Comitê consultivo permanente com cerca de 300 participantes do sistema financeiro e da sociedade civil, o Fórum Pix tem como objetivo subsidiar o BC na definição das regras e dos procedimentos que disciplinam o funcionamento do sistema de transferências instantâneas. A novidade representa mais um reforço nas medidas anunciadas nas últimas semanas para coibir as fraudes e os golpes no Pix. No início de setembro, o BC limitou a R$ 15 mil as transferências via Pix e TED para instituições de pagamento, que permitem a movimentação de recursos, mas não emprestam, não autorizadas pela autarquia a funcionar. A medida veio após três operações contra a lavagem de dinheiro pelo crime organizado: Carbono Oculto, Quasar e Tank. Segundo a Polícia Federal (PF), as investigações alcançam mais de R$ 50 bilhões em movimentações financeiras suspeitas via fintechs (tipo de banco digital). Reforço Também em setembro, o BC obrigou instituições de pagamentos a negar transações para contas suspeitas de fraudes. As medidas têm de ser implementadas até 13 de outubro. As instituições devem usar informações de sistemas eletrônicos e bases de dados públicos ou privados para fundamentar a suspeita. O dono da conta que receberia o dinheiro deve ser informado sobre a rejeição da transferência pela instituição em que tem a conta. Por fim, desde quarta-feira (1º), o BC obrigou as instituições financeiras a oferecer, em seus aplicativos, o botão de contestação de transações do Pix. A medida tornou 100% digital o atendimento do Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado em 2021 para ressarcir vítimas de fraudes e de golpes no Pix. Economia Gov BR
Lupi diz que governo acompanhava, mas não tinha dimensão das fraudes no INSS

O ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi disse nesta segunda-feira (8) que o governo federal já acompanhava possíveis irregularidades nas aposentadorias desde 2023, a partir de denúncias que chegavam ao conhecimento do Ministério por meio da ouvidoria e pela plataforma do Meu INSS. Ao depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, Lupi argumentou, no entanto, que não tinha dimensão do tamanho da fraude. “Nunca tivemos a capacidade de dimensionar o tamanho, o volume que esses criminosos fizeram no INSS. Isso só foi possível depois que a Polícia Federal investigou para valer, quando ela não arquivou”, disse Lupi. Ele lembrou que a Polícia Federal abriu investigações em 2016 e em 2020 para apurar fraudes na Previdência, mas ambas foram arquivadas. O ex-ministro garantiu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva só tomou conhecimento das irregularidades no dia da operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) contra os descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. Na CPMI, Lupi admitiu que a instrução normativa elaborada pelo INSS em 2024 para estabelecer critérios para os descontos de mensalidades associativas nos benefícios previdenciários não surtiu o efeito esperado pelo governo. “Falhamos em ter uma ação mais enérgica do INSS para coibir”. Lupi foi ministro da Previdência entre 2023 e 2025 e estava à frente da pasta quando o escândalo de descontos a aposentadorias e pensões foi descoberto. Ele pediu demissão do cargo em maio deste ano após operação. O ex-ministro lembrou que não foi denunciado nem citado nas investigações. “Errar é humano e eu posso ter errado várias vezes, mas má-fé eu nunca tive. Acobertar desvios nunca fiz na minha vida. Pode ter alguém que tenha lutado tanto pelos apostados quanto eu, mais não tem não”, disse Lupi. Consignado Na CPMI, Lupi também defendeu a revisão dos descontos de créditos consignados nos benefícios de aposentados e pensionistas. “É importante ir fundo nesse processo de descontos que se faz junto aos aposentados e pensionistas pelo empréstimo consignado. Agora acabaram com o desconto em folha dos associativos, por que não acabar também com os descontos de crédito consignado?”, questionou. Pedido de suspensão No início da reunião, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) pediu a suspensão do senador Rogério Marinho (PL-RN), por ele ter sido secretário Especial da Previdência Social durante o governo de Jair Bolsonaro. Para Pimenta, Marinho teria acesso a documentos sigilosos sendo parte interessada no objeto da investigação. O pedido foi negado pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), que alegou que Rogério Marinho não é investigado pela CPMI. Pimenta disse que irá recorrer à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Em reuniões anteriores, a CPMI aprovou requerimentos para convidar ou convocar para prestar esclarecimentos todos os ex-ministros da Previdência e ex-presidentes do INSS desde 2015, além de todos os presidentes das entidades associativas acusadas dos desvios. Também foi aprovada a convocação de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e do empresário Maurício Camisotti, apontados pela Polícia Federal como possíveis operadores do esquema de fraudes no INSS. Irregularidades Em abril deste ano, a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a Operação Sem Desconto para combater um esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. O cálculo é que entidades investigadas tenham descontado de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Mais de 4 milhões de beneficiários declararam não ter autorizado os débitos em folha. Segundo o governo federal, cerca de 2 milhões de aposentados e pensionistas já aderiram ao acordo de ressarcimento de descontos indevidos de associações e entidades. Politica
Na CPMI, Lupi diz que governo não tinha dimensão das fraudes no INSS

O ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi disse nesta segunda-feira (8) que o governo federal já acompanhava possíveis irregularidades nas aposentadorias desde 2023, a partir de denúncias que chegavam ao conhecimento do Ministério por meio da ouvidoria e pela plataforma do Meu INSS. Ao depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, Lupi argumentou, no entanto, que não tinha dimensão do tamanho da fraude. “Nunca tivemos a capacidade de dimensionar o tamanho, o volume que esses criminosos fizeram no INSS. Isso só foi possível depois que a Polícia Federal investigou para valer, quando ela não arquivou”, disse Lupi. Ele lembrou que a Polícia Federal abriu investigações em 2016 e em 2020 para apurar fraudes na Previdência, mas ambas foram arquivadas. O ex-ministro garantiu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva só tomou conhecimento das irregularidades no dia da operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) contra os descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. Na CPMI, Lupi admitiu que a instrução normativa elaborada pelo INSS em 2024 para estabelecer critérios para os descontos de mensalidades associativas nos benefícios previdenciários não surtiu o efeito esperado pelo governo. “Falhamos em ter uma ação mais enérgica do INSS para coibir”. Lupi foi ministro da Previdência entre 2023 e 2025 e estava à frente da pasta quando o escândalo de descontos a aposentadorias e pensões foi descoberto. Ele pediu demissão do cargo em maio deste ano após operação. O ex-ministro lembrou que não foi denunciado nem citado nas investigações. “Errar é humano e eu posso ter errado várias vezes, mas má-fé eu nunca tive. Acobertar desvios nunca fiz na minha vida. Pode ter alguém que tenha lutado tanto pelos apostados quanto eu, mais não tem não”, disse Lupi. Consignado Na CPMI, Lupi também defendeu a revisão dos descontos de créditos consignados nos benefícios de aposentados e pensionistas. “É importante ir fundo nesse processo de descontos que se faz junto aos aposentados e pensionistas pelo empréstimo consignado. Agora acabaram com o desconto em folha dos associativos, por que não acabar também com os descontos de crédito consignado?”, questionou. Pedido de suspensão No início da reunião, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) pediu a suspensão do senador Rogério Marinho (PL-RN), por ele ter sido secretário Especial da Previdência Social durante o governo de Jair Bolsonaro. Para Pimenta, Marinho teria acesso a documentos sigilosos sendo parte interessada no objeto da investigação. O pedido foi negado pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), que alegou que Rogério Marinho não é investigado pela CPMI. Pimenta disse que irá recorrer à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Em reuniões anteriores, a CPMI aprovou requerimentos para convidar ou convocar para prestar esclarecimentos todos os ex-ministros da Previdência e ex-presidentes do INSS desde 2015, além de todos os presidentes das entidades associativas acusadas dos desvios. Também foi aprovada a convocação de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e do empresário Maurício Camisotti, apontados pela Polícia Federal como possíveis operadores do esquema de fraudes no INSS. Irregularidades Em abril deste ano, a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a Operação Sem Desconto para combater um esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. O cálculo é que entidades investigadas tenham descontado de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Mais de 4 milhões de beneficiários declararam não ter autorizado os débitos em folha. Segundo o governo federal, cerca de 2 milhões de aposentados e pensionistas já aderiram ao acordo de ressarcimento de descontos indevidos de associações e entidades. Politica
PF deflagra operação contra fraudes em licitações

Jataí/GO. A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (20/8), a Operação Dominus Consortium para desarticular um grupo especializado em fraudar licitações no município de Caçu/GO. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça, nas cidades de Goiânia/GO e Caçu/GO. A investigação revelou um esquema no qual um grupo de empresas atuava de forma coordenada para frustrar a concorrência em licitações, principalmente para o fornecimento de materiais elétricos e de construção. Apurou-se que o grupo atuava entre 2020 e 2024 e criava novas empresas para dar continuidade às práticas criminosas. A investigação prossegue com a análise do material apreendido. Os investigados poderão responder pelos crimes de fraude a licitação e associação criminosa. Policia Federal
Escândalo do INSS e Intimação de Virgínia Fonseca: Fumaça no Lugar do Foco

Enquanto o Brasil enfrenta um grave escândalo de corrupção no INSS, com um esquema bilionário que pode ter desviado até R$ 6,3 bilhões dos benefícios de aposentados e pensionistas, a atenção de parte da mídia e do governo tem sido desviada para outro tema: a intimação da influenciadora digital Virgínia Fonseca para depor na CPI das Bets, que investiga as campanhas publicitárias relacionadas a jogos de apostas online. Virgínia, que possui mais de 50 milhões de seguidores, foi convocada para esclarecer contratos e publicidades feitas para empresas de apostas, e sua defesa afirma que todas as condutas foram legais e formalizadas. No entanto, enquanto debates sobre publicidade e contratos são amplamente explorados, a urgência de apurar o escândalo do INSS, que impacta diretamente milhões de brasileiros, parece ser deixada em segundo plano. O INSS demorou 20 dias para começar a mapear o tamanho exato da fraude, e somente agora os aposentados começam a ser notificados sobre descontos indevidos em seus benefícios. A Polícia Federal investiga dirigentes do INSS e operadores do esquema, que causou prejuízos a cerca de 4,1 milhões de pessoas, incluindo idosos e pessoas incapazes de autorizar os descontos. Enquanto isso, a convocação de Virgínia Fonseca e o foco dado à CPI das Bets acabam funcionando como uma cortina de fumaça, desviando a atenção pública e parlamentar da necessidade urgente de instalação de uma CPI específica para investigar o INSS e garantir ressarcimento às vítimas. A demora em apurar o caso previdenciário e a falta de transparência nas ações do governo contrastam com a exposição midiática da influenciadora. Essa troca de prioridades evidencia um problema maior: o descompasso entre o que realmente afeta a população e os temas que ganham espaço na mídia e no Congresso. O escândalo do INSS envolve bilhões de reais e vidas de milhões de brasileiros, enquanto o debate sobre publicidade em apostas, embora relevante, não deve ofuscar a gravidade da crise previdenciária. Em resumo, o Brasil precisa de foco e ação efetiva para combater a corrupção no INSS e proteger seus aposentados, e não de distrações que apenas jogam fumaça ao vento. A população espera que os parlamentares priorizem a investigação do INSS e deixem de lado temas que desviam o olhar da crise real que o país enfrenta.
Golpes e fraudes deixam rombo de R$ 100 bilhões

Golpes e fraudes deixam rombo de R$ 100 bilhões nos setores de Hospedagem e de Alimentação no Brasil Levantamento da Fhoresp aponta prejuízo de R$ 25 bilhões só no estado de São Paulo; para combater este tipo de crime, entidade sugere a criação de um Cadastro de Estelionatários, com sistema interligado entre órgãos de fiscalização, como a Polícia Civil e o Ministério Público (MP) A Federação dos Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) estima perdas de R$ 100 bilhões nos setores de Hospedagem e de Alimentação, no Brasil, em 2024, por fraudes e golpes. Somente em solo bandeirante, o número chega a R$ 25 bilhões de prejuízos decorrentes destes crimes que, além de lesar consumidores e o setor privado, impacta os cofres públicos, por força de sonegação. A entidade recomenda ações preventivas, a fim de garantir maior proteção nas relações de consumo e evitar o avanço de táticas fraudulentas. Representando 500 mil estabelecimentos no estado de São Paulo, a Fhoresp mapeou o dano econômico sobre hotéis, restaurantes, bares e padarias, via estelionato, no ano passado. Entre os golpes mais comuns, estão o da falsa hospedagem – o consumidor compra diárias para se hospedar, mas, ao fazer o check-in, descobre que não há reserva alguma. Casos deste tipo geraram um rombo de R$ 2,4 bilhões, somente em 2024, no Brasil. O diretor-executivo da entidade, Edson Pinto, faz um alerta: “Agências de viagens não autorizadas vendem diárias de hotel sem confirmação, ou garantia de disponibilidade – e não contam isso para o consumidor. O maior exemplo é a 123 Milhas, que, em 2023, deixou milhares de clientes e de fornecedores sem receber – na época, um prejuízo calculado em mais de R$ 135 milhões somente no estado de São Paulo”, descreve. Situação semelhante acontece com a contratação de bufês, que somem sem prestar o serviço, ou não recebem o pagamento. O prejuízo deixado em 2024 beira os R$ 90 milhões no País e R$ 15 milhões no estado paulista. Também chamam a atenção os golpes virtuais, com R$ 135 milhões em perdas aos brasileiros. O diretor-executivo da Fhoresp explica que fraudes tecnológicas, inclusive, são as mais difíceis de serem identificadas, e cita o falso QR Code: “Golpistas adulteram o QR-Code, para que o cliente faça o pagamento numa outra conta, ou para que consigam instalar aplicativos e, assim, subtrair dados da vítima, ou terem acesso a banco, senhas etc. O mesmo golpe utiliza o sistema de Wi-Fi. Por isso, é importante que se faça conexão apenas em rede confiável”, sugere Edson Pinto. Bebidas alcoólicas adulteradas também causaram prejuízos expressivos no Brasil, em 2024. A Fhoresp estima que, 36% do volume total do produto comercializado no País é falsificado, adulterado ou contrabandeado, gerando perda fiscal de R$ 85,2 bilhões. No estado de São Paulo, a sonegação bate os R$ 23 bilhões. Contrabando e produção clandestina de cigarros preocupam, igualmente. Em território nacional, os cofres públicos já perderam arrecadação estimada em R$ 9 bilhões e no estado de São Paulo, R$ 1,65 bilhão. Ações preventivas A Fhoresp acredita que em 2025 os danos com golpes e fraudes devem se manter, infelizmente, em patamar elevado, e lamenta que não haja no Brasil um sistema maior de proteção para clientes e empresas. Entre as alternativas apontadas pela entidade para combater este tipo de delito está a criação de um Cadastro de Fraudadores, com interligação entre órgãos de fiscalização, como as Polícias Federal e Civil e o Ministério Público (MP). Outras propostas abarcam o uso de Tecnologia, a fim de garantir maior segurança dos contratos e a aquisição de seguros contra a inadimplência e golpes: “Se não tivermos em nosso País uma regulação mais forte e ações integradas e preventivas, o prejuízo vai ficar sempre no bolso dos clientes e na conta das empresas. Precisamos estabelecer um sistema maior de proteção nas relações entre consumidores e fornecedores”, finaliza Edson Pinto.
Black Friday 2024: Dicas de segurança para compras sem golpes

Black Friday a última sexta-feira de novembro, se tornou um dos principais eventos de compras do Brasil, atraindo milhões de consumidores em busca de ofertas e descontos. Desde sua introdução no país em 2010, a data evoluiu significativamente, com comerciantes aproveitando a oportunidade para liquidar estoques e preparar o terreno para as vendas de Natal. No entanto, junto às promoções tentadoras, surgem também os riscos de fraudes e golpes, que exigem atenção redobrada dos consumidores. A evolução da Black Friday no Brasil A Black Friday, que teve sua origem nos Estados Unidos como um dia de grandes liquidações após o feriado de Ação de Graças, foi adotada no Brasil em 2010. Naquele ano, as vendas online movimentaram apenas R$ 3 milhões. Desde então, a data cresceu em popularidade e importância econômica, atingindo R$ 7,2 bilhões em vendas online em 2023. Para 2024, as projeções indicam que o evento deve gerar cerca de R$ 9,3 bilhões no comércio brasileiro. Os produtos mais procurados nesta Black Friday incluem roupas, eletrônicos e itens para o lar. Um levantamento do Google revelou que camisas de times estão entre os itens mais buscados devido ao fim das competições esportivas. Além disso, a expectativa é que os consumidores aproveitem as promoções não apenas para compras pessoais, mas também para presentes de Natal. Censo do saneamento rural em Pindamonhangaba: Participe e faça a diferença! Riscos e golpes durante a Black Friday Com o aumento das vendas e do interesse dos consumidores, os estelionatários também se aproveitam da situação para aplicar golpes. A Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCiber) tem intensificado suas ações para proteger os consumidores. Neste ano, foram cumpridos 585 mandados relacionados à lavagem de dinheiro e operações fraudulentas envolvendo empresas fictícias. A polícia alerta que é fundamental que os compradores estejam atentos a links suspeitos e empresas que não possuem uma reputação estabelecida. A DCCiber enfatiza a importância da cautela durante as compras online. Os consumidores devem verificar a autenticidade dos sites antes de realizar qualquer transação e desconfiar de ofertas que parecem boas demais para serem verdade. Além disso, é recomendado utilizar métodos de pagamento seguros e manter o software de segurança atualizado. Dicas para aproveitar as ofertas com segurança Para garantir uma experiência de compra segura durante a Black Friday, aqui estão algumas dicas essenciais: O impacto econômico da Black Friday A Black Friday não só beneficia os consumidores com descontos significativos como também é uma oportunidade crucial para os comerciantes. Em 2024, espera-se que o comércio eletrônico represente uma parte significativa das vendas totais durante este período. As promoções antecipadas já mostraram um aumento nas vendas físicas e online nas semanas que antecedem a data. Além disso, a Black Friday tem um efeito positivo na economia local ao incentivar o consumo e ajudar pequenos negócios a liquidar estoques. As lojas físicas também se preparam para receber um grande fluxo de clientes durante o evento. A Black Friday se consolidou como um marco no calendário comercial brasileiro, oferecendo oportunidades tanto para consumidores quanto para comerciantes. Contudo, é essencial que todos estejam cientes dos riscos associados às compras durante este período. Com as medidas adequadas de segurança e informação, os consumidores podem aproveitar as melhores ofertas sem cair em armadilhas. Assim, enquanto muitos se preparam para aproveitar as promoções desta sexta-feira (29), é fundamental manter um olhar crítico sobre as ofertas e garantir uma experiência de compra segura e satisfatória. PortalR3:Caixa conclui pagamento da parcela do Bolsa Família de novembro
Mauro Cid Presta novo depoimento à PF: investigação aprofunda-se em casos de fraude e golpe

O tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, se prepara para prestar um novo depoimento à Polícia Federal (PF) na próxima terça-feira, dia 19 de novembro, em Brasília. Este depoimento ocorre em um momento crítico, pois Cid está envolvido em investigações que abrangem uma série de casos polêmicos, incluindo fraudes em certificados de vacinação contra a COVID-19 e tentativas de desestabilização do governo. Contexto da Investigação Mauro Cid foi preso em maio de 2023 durante a Operação Venire, que investiga a inserção de dados falsos nos sistemas do Ministério da Saúde. A operação é um desdobramento das investigações sobre as ações do governo Bolsonaro em relação à pandemia e à vacinação. Após sua prisão, Cid firmou um acordo de colaboração premiada com a PF, o que lhe permitiu ser solto em setembro do mesmo ano.Além das fraudes relacionadas às vacinas, Cid também está colaborando com as investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado que teria sido planejada por membros do alto escalão do governo Bolsonaro. Esse plano incluía medidas drásticas contra o Poder Judiciário e a disseminação de desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro. As Revelações de Cid O advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, afirmou que não há preocupações quanto à validade do acordo de delação. Segundo ele, é comum que novas informações surjam durante as investigações e que a polícia busque novamente os envolvidos. No entanto, se a PF concluir que Cid não cumpriu suas obrigações no acordo, ele poderá enfrentar consequências severas, incluindo a revogação dos benefícios da delação. Apreensão em Pindamonhangaba: Ministério da Agricultura retira 14 Mil mudas de árvores frutíferas e 9 Mil litros de Suco Irregulares As mensagens encontradas no celular de Cid revelaram discussões sobre a segurança das urnas eletrônicas e o planejamento do golpe. Apesar de relatórios garantirem a integridade do sistema eleitoral, as conversas indicam uma continuidade nas tentativas de deslegitimar o processo democrático. Implicações Políticas A situação de Mauro Cid é emblemática das tensões políticas que ainda permeiam o Brasil após o fim do governo Bolsonaro. O ex-presidente e seus aliados continuam sob investigação por diversas irregularidades, e os desdobramentos dos depoimentos de Cid podem ter repercussões significativas para o cenário político nacional.A colaboração de Cid pode trazer à tona informações cruciais sobre outros membros do governo e suas ações durante o mandato. Isso levanta questões sobre a responsabilidade dos líderes políticos e a necessidade de transparência nas instituições públicas. A Reação da Sociedade A sociedade brasileira observa atentamente os desdobramentos desse caso. A confiança nas instituições democráticas foi abalada durante os últimos anos, e muitos cidadãos esperam que as investigações resultem em responsabilizações claras para aqueles que abusaram do poder. O papel da PF e do sistema judicial será fundamental para restaurar essa confiança. Além disso, a repercussão das declarações de Mauro Cid pode influenciar a opinião pública sobre o legado do governo Bolsonaro. A forma como as autoridades lidarem com as informações reveladas pode moldar o futuro político do país e impactar as próximas eleições. O novo depoimento de Mauro Cid à Polícia Federal representa mais um capítulo em uma história marcada por controvérsias e investigações profundas. À medida que mais informações surgem, fica evidente que a luta pela transparência e pela justiça no Brasil ainda está longe de terminar. Todos os olhos estarão voltados para Brasília na próxima terça-feira, quando Cid prestará seu depoimento e poderá revelar detalhes que mudem o rumo das investigações e da política nacional.A sociedade espera respostas claras e ações concretas para garantir que abusos cometidos no passado não se repitam no futuro. O compromisso com a verdade e a justiça será essencial para reconstruir a confiança nas instituições brasileiras.



