A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (12) o deputado federal André Janones (Avante-MG) em um inquérito que investiga sua suposta participação em um esquema de “rachadinha”, no qual funcionários de seu gabinete seriam obrigados a devolver parte de seus salários.
O relatório final foi encaminhado ao ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelo caso.
Além de Janones, dois ex-assessores foram indiciados pelos crimes de peculato, associação criminosa e corrupção passiva. A investigação foi aberta após solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR) em dezembro do ano passado, com base em notícias-crime protocoladas por políticos de oposição e reportagens publicadas na imprensa.
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Segundo as denúncias, o deputado teria enviado áudios via WhatsApp aos ex-assessores, pedindo o repasse de parte dos salários para financiar suas campanhas eleitorais. Os supostos crimes teriam começado em 2019. A PF identificou variações no patrimônio de Janones nos anos de 2019 e 2020, com valores a descoberto de R$ 64,4 mil e R$ 86,1 mil, respectivamente.
No relatório, a PF destacou que esses indícios, somados a outros elementos investigados, reforçam a prática conhecida como “rachadinha” no gabinete de Janones. A Agência Brasil entrou em contato com o gabinete do deputado, que ainda não se manifestou.
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