Campanha Mundial de Amamentação promove a preservação da vida

A campanha deste ano da Semana Mundial da Amamentação (SMAM) destaca a importância do apoio à amamentação para a construção de um ambiente mais sustentável e para a redução dos impactos ambientais associados à alimentação artificial. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) destaca que o aleitamento é uma prática natural, renovável e ambientalmente segura, que não gera resíduos, não depende de cadeias industriais poluentes e contribui para reduzir o impacto climático causado pela produção de fórmulas infantis. “Ao promovermos e protegermos a amamentação estamos investindo em sistemas de cuidado que respeitam o meio ambiente, preservam a vida e reforçam os compromissos com a saúde pública global. Precisamos unir esforços para garantir um suporte contínuo e eficaz à amamentação, por meio da construção de redes de apoio sólidas e duradouras”, diz o coordenador da Rede de Bancos de Leite Humano (RBLH), João Aprígio Guerra de Almeida. Rede de Leite humano A RBLH, articulada por meio da Fiocruz, é uma das mais expressivas iniciativas de cooperação internacional em saúde pública, contribuindo de forma significativa para a redução da mortalidade neonatal em escala global. A rede também atua ativamente em projetos de cooperação técnica internacional, voltados para o fortalecimento das políticas públicas de saúde neonatal. Esse modelo de cooperação solidária, desenvolvido no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), tornou-se uma referência global em inovação social, equidade e saúde pública. Incidência no Brasil A campanha  foi iniciada no último dia 1º. Em 2024, os 234 bancos de leite humano e os 249 postos de coleta da rede realizaram mais de 2,3 milhões de atendimentos a nutrizes em todo o país. O levantamento nacional aponta, ainda, 460,5 mil atendimentos em grupo e 281,3 mil visitas domiciliares, reforçando a capilaridade e a importância do serviço no enfrentamento ao desmame precoce. Todos os atendimentos são gratuitos e integram as ações do SUS. Além do acolhimento e da orientação individualizada ou em grupo, a rede também coordena e estimula a doação de leite humano, prática essencial para a sobrevivência de recém-nascidos internados em Unidades de Terapia Intensivas Neonatais (UTINs), especialmente os prematuros de baixo peso. Em 2024, foram doados 245,8 mil litros de leite humano aos bancos de leite humano em todas as regiões do Brasil. Qualidade de vida Promover a amamentação é garantir direitos e qualidade de vida. Para o bebê, os benefícios incluem a redução da incidência de infecções respiratórias e gastrointestinais, além de menor risco de doenças metabólicas e cardiovasculares. Para a mulher, a amamentação favorece a recuperação no pós-parto e ajuda a reduzir o risco de câncer de mama, entre outras condições. Repórter da Agência Brasil

Ministério da Saúde anuncia mais de R$ 400 milhões para ampliar ações do Agora Tem Especialistas no país

Oministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta sexta-feira (1º), no Rio de Janeiro (RJ), um investimento de R$ 440 milhões por meio do programa Agora Tem Especialistas para a habilitação de novos serviços especializados no SUS. Dez estados e o Distrito Federal serão beneficiados. Do total de recursos, a capital fluminense receberá R$ 200 milhões. Destinados ao Hospital da Mulher Fernando Magalhães, ao Hospital Municipal Barata Ribeiro e ao Super Centro Carioca de Saúde, esses recursos devem aumentar a capacidade de atendimento na rede pública do município em ginecologia, ortopedia e oftalmologia, que estão entre as áreas prioritárias do programa. O objetivo é reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias para os pacientes da rede pública. O Ministério da Saúde investirá R$ 131 milhões para transformar a antiga Maternidade Fernando Magalhães em Hospital da Mulher, com foco em sangramento uterino, endometriose e prevenção do câncer do colo de útero. Além disso, a unidade será integrada à Rede Alyne, programa voltado à garantia de cuidado integral a gestantes e bebês no SUS. Com o investimento, o hospital vai passar a realizar atendimento ambulatorial especializado, de urgência ginecológica, cirurgias ginecológicas e atendimento intensivo. “O Agora Tem Especialistas vai mobilizar tudo que a gente puder da saúde pública e privada para reduzir o tempo de espera. Nós criamos, inclusive, mecanismos inovadores para parceria com a rede privada. Vamos trocar as dívidas dos planos de saúde e dos hospitais por mais cirurgias, mais exames, mais consultas especializadas”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Para se consolidar como referência regional na atenção às urgências e procedimentos eletivos em Ortopedia, o Hospital Barata Ribeiro contará com investimento de R$ 71,4 milhões do Ministério da Saúde. A expectativa é realizar 3 mil novas consultas ortopédicas e mais de 900 novos procedimentos cirúrgicos por mês, além de reduzir o tempo de espera por cirurgias de 12 para 5 dias. Já o Hospital Municipal Lourenço Jorge vai receber R$ 3 milhões para habilitação de UTI e leitos de unidade de terapia intensiva adulto. Os Hospitais Cardoso Fontes e do Andaraí receberão R$ 150 milhões referentes ao acordo do governo federal para a municipalização dos hospitais federais do Rio de Janeiro. O Ministério da Saúde também investirá R$ 50,5 milhões por ano para aumentar o número de cirurgias oftalmológicas realizadas no Super Centro Carioca de Saúde, que conta com uma unidade especializada em oftalmologia – o Centro Carioca do Olho. “Esse modelo do Super Centro Carioca, que reduz o tempo de espera para atendimento especializado, é o que o presidente Lula quer levar para todo o país”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O Super Centro já realizou mais de 2 milhões de atendimentos realizados na unidade. O tempo de espera para diagnóstico oftalmológico na unidade foi reduzido de 172 para 71 dias nos últimos dois anos. Agosto Dourado e vacinação No Rio de Janeiro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou R$ 41 milhões para fortalecer e qualificar os serviços dos 226 bancos de leite de todos os estados do país. A ação marca o Dia Mundial da Amamentação – celebrado em 1º de agosto –, para promover o aleitamento materno e seus benefícios para a saúde de bebês e mães. Ainda na capital fluminense, o ministro Padilha assinou acordo de cooperação técnica com a Petrobras para realizar campanhas de vacinação dos mais de 52 mil trabalhadores da empresa estatal, dentro das instalações da instituição, nos próximos cinco anos. Os imunizantes disponibilizados são Hepatite B; Difteria e Tétano (DT); Influenza; Difteria, Tétano e Coqueluche (DTPA); Febre Amarela e Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola). Foto: Walterson Rosa/MS Medidas para fortalecer o Agora Tem Especialistas em 10 estados e DF Nesta sexta-feira (1), representantes do Ministério da Saúde também estiveram em outros estados para o anúncio de ações do programa Agora Tem Especialistas. Somados aos recursos destinados às unidades de saúde do estado do Rio de Janeiro, a pasta vai investir o total de R$ 440 milhões para a ampliação do atendimento especializado no SUS em: Bahia, Ceará, Goiás, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo, Piauí, Paraná, Pará, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Ministério da Saúde

Casos de síndrome nefrótica já somam mais de 2,5 mil internações de crianças em SP nos últimos três anos

Mais de 2,5 mil crianças foram internadas com síndrome nefrótica no Estado de São Paulo entre 2022 e 2025, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP). Os casos envolvem pacientes de até 12 anos, com tendência de crescimento ano a ano. A condição rara que afeta os rins e compromete a filtração adequada de proteínas no organismo é mais comum na infância, requer diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo. Segundo o nefrologista Lazaro Silva, médico-assistente da Divisão de Nefrologia do Departamento de Clínica Médica do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP), tanto crianças quanto adultos podem ter síndrome nefrótica, tendo alta prevalência em crianças, sendo considerada a doença renal mais comum nesta população. “As crianças com síndrome nefrótica apresentam maior risco de infecções devido ao próprio status da doença e ao uso de medicações imunossupressoras que reduzem ou inibem a resposta do sistema imunológico do corpo, destacando a necessidade do acompanhamento médico”, pontuou. O diagnóstico é realizado por meio de exames laboratoriais simples, como a análise de urina (para detecção de proteinúria) e a dosagem de albumina sérica, ambos disponíveis na rede de atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento inicial é medicamentoso, com a utilização de corticosteroides, terapêutica amplamente disponível na rede pública de saúde. Devido ao risco aumentado de infecções, associado tanto à própria síndrome quanto à imunossupressão, é importante manter o esquema vacinal atualizado e garantir acompanhamento contínuo com nefropediatra. Embora seja uma condição potencialmente grave, a síndrome nefrótica pode ser controlada e, na maioria dos casos pediátricos, curada, desde que diagnosticada precocemente e tratada de forma adequada.

Tabela SUS Paulista

O investimento anual adicional do Tesouro Estadual no primeiro ano do programa foi de R$ 4,3 bilhões. Foto: Governo de SP Atualização dos valores chegou a ser até cinco vezes maior do que a tabela nacional. Três critérios foram levados em consideração: defasagem, fila de espera e estratégia em saúde. Desde 2024, o Governo de São Paulo complementa, com recursos próprios, o valor pago pelo Ministério da Saúde a hospitais e instituições filantrópicas pelos procedimentos. A iniciativa inédita, chamada de Tabela SUS Paulista, remunera até cinco vezes mais do que a tabela nacional do Sistema Único de Saúde (SUS). Os recursos corrigem uma defasagem histórica provocada pela ausência de reajuste da tabela nacional por cerca de 20 anos. LEIA TAMBÉM: Saiba como a Tabela SUS Paulista acelerou cirurgias e exames O investimento anual adicional do Tesouro Estadual no primeiro ano do programa foi de R$ 4,3 bilhões. A iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde visa equilibrar a remuneração dos procedimentos de saúde pública com a realidade do mercado e garantir que hospitais e entidades filantrópicas possam continuar prestando serviços essenciais. A medida foi baseada em uma análise criteriosa, levando em conta a defasagem dos valores, a demanda reprimida e a prioridade de determinados atendimentos. Reajustes expressivos Com base nesses critérios, os reajustes foram aplicados de forma diferenciada. Procedimentos considerados críticos, como partos e cirurgias oncológicas, receberam aumentos substanciais: LEIA TAMBÉM: Após Tabela SUS Paulista, HC de Ribeirão Preto aumenta em 35% a capacidade de atendimento Critérios para o reajuste O primeiro critério adotado foi a defasagem histórica de cada procedimento. “Ao longo das últimas duas décadas, alguns procedimentos receberam algum reajuste do Ministério da Saúde. Outros, no entanto, não receberam nenhuma atualização. Obviamente, esses têm uma defasagem maior. Então, esse foi o primeiro critério”, explicou Renilson Rehem, coordenador do programa Regionalização da Saúde da Secretaria de Estado da Saúde e consultor da OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde. Outro fator relevante foi a estratégia de saúde pública, priorizando procedimentos considerados essenciais, como os relacionados ao diagnóstico e tratamento de câncer. LEIA TAMBÉM: Governo de SP lança painel para monitorar casos de hepatite A “Aquilo que é mais estratégico, por exemplo, câncer, é uma prioridade. Procura-se dar uma complementação maior para que o hospital tenha realmente condições de fazer o diagnóstico do paciente em caso de suspeita da doença e, confirmado o diagnóstico, possa tratar.” A terceira diretriz foi a necessidade de reduzir filas de espera em procedimentos de alta demanda. Procedimentos com longas filas tiveram seus valores reajustados para tornar a remuneração mais atrativa e aumentar a oferta de serviços. “Onde tem mais filas, é preciso tornar a remuneração mais atraente para aumentar a oferta e, com isso, diminuir essas filas.” Impacto na rede de saúde A iniciativa tem como objetivo corrigir um problema histórico e permitir que hospitais filantrópicos e entidades privadas possam continuar prestando serviços pelo SUS. A Tabela SUS Paulista viabiliza a prestação de serviços por essas entidades, já que, anteriormente, quanto mais atendiam, maior era o prejuízo. O novo modelo busca não apenas corrigir distorções financeiras, mas também garantir que os pacientes tenham acesso mais rápido e eficiente a tratamentos essenciais. Por meio da Tabela SUS Paulista, o Estado registrou a expansão das internações nas instituições filantrópicas, o que equivale à oferta de mais 3.207 leitos do SUS, garantindo atendimento nas comunidades atendidas.

SUS vai ofertar novos tratamentos para endometriose

© Tomaz Silva/Agência Brasil Condição afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva no mundo. Versão em áudio: Mulheres com endometriose terão duas novas opções de tratamento de base hormonal para a doença via Sistema Único de Saúde (SUS): o dispositivo intrauterino liberador de levonogestrel (DIU-LNG) e o desogestrel. Ambos foram recentemente incorporados à rede pública depois de receberem recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Em nota, o Ministério da Saúde detalhou que o DIU-LNG suprime o crescimento do tecido endometrial fora do útero e figura como uma opção para mulheres com contraindicação ao uso de contraceptivos orais combinados. “A nova tecnologia pode melhorar a qualidade de vida das pacientes, uma vez que sua troca só é requerida a cada cinco anos, o que contribui para aumentar a adesão ao tratamento.” Já o desogestrel, segundo a pasta, pode reduzir a dor e dificulta a progressão da doença. Trata-se de um anticoncepcional hormonal que age bloqueando a atividade hormonal, impedindo o crescimento do endométrio fora do útero, e que poderá ser usado como primeira linha de tratamento, ou seja, prescrito já na avaliação clínica até que o diagnóstico se confirme por meio de exames. “Vale destacar que, para estarem disponíveis na rede pública de saúde, é necessário o cumprimento de etapas necessárias, como a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Endometriose”, informou o ministério no comunicado. Entenda A endometriose é uma condição ginecológica inflamatória crônica que ocasiona o crescimento do tecido que reveste o útero fora da cavidade uterina. Nas mulheres com a doença, o tecido semelhante ao endométrio (que reveste o útero) cresce fora do útero em órgãos como ovários, intestino e bexiga, o que causa reações inflamatórias. Cólica menstrual intensa, dor pélvica crônica, dor durante a relação sexual, infertilidade e queixas intestinais e urinárias com padrão cíclico estão entre os principais sintomas da endometriose. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a condição afeta cerca de 10% das mulheres e meninas em idade reprodutiva em todo o mundo, representando mais de 190 milhões de pessoas. No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam aumento de 30% na assistência relacionada ao diagnóstico da endometriose na atenção primária na comparação entre 2022 (115,1 mil atendimentos) e 2024 (144,9 mil). Ao longo dos dois últimos anos (2023 e 2024), foram registrados, segundo a pasta, mais de 260 mil atendimentos. Já na atenção especializada, o SUS registrou aumento de 70% no número de atendimentos por endometriose, passando de 31.729 em 2022 para 53.793 em 2024. Nos dois últimos anos, foram contabilizados 85,5 mil atendimentos. Também houve um aumento de 32% nas internações pela doença, que passaram de 14.795 em 2022 para 19.554 em 2024. No mesmo período (2023 e 2024), o total foi de 34,3 mil internações. SUS vai ofertar novos tratamentos para endometriose Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil Brasília

Saúde inicia credenciamento de serviços privados para reforçar atendimento especializado e reduzir tempo de espera no SUS

Expandir os atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) com o apoio da rede privada é uma das grandes inovações do programa Agora Tem Especialistas, que, nesta quarta-feira (2/7), abriu o prazo de credenciamento para hospitais, clínicas e empresas prestadoras de serviços de saúde. Isso significa que esses estabelecimentos já podem solicitar adesão ao programa para oferecerem serviços especializados aos pacientes da rede pública a partir de agosto. Realizada em caráter complementar, a iniciativa objetiva aumentar a oferta dos serviços especializados, reforçar os mutirões em finais de semana e feriados e turnos estendidos nos hospitais da rede pública. Viabilizado por quatro editais do Agora Tem Especialistas, o novo modelo de credenciamento foi apresentado hoje pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O reforço também incluirá unidades móveis para levar atendimento às regiões mais remotas do país, como territórios indígenas e quilombolas. Estas medidas se somam a um conjunto de ações do programa, que objetiva reduzir o tempo de espera no SUS para quem mais precisa. “O Governo Federal está mobilizando toda a estrutura do SUS — pública e privada — para enfrentar um dos maiores desafios da saúde pública no Brasil, que é a fila por atendimento especializado. Estamos criando instrumentos de apoio aos estados e municípios, com contratação direta de serviços de média e alta complexidade. Não se trata de competir com a rede existente, mas de apoiar onde há escassez de profissionais ou de capacidade instalada”, afirmou o ministro Alexandre Padilha. Para a realização do credenciamento, o Ministério da Saúde conta com a parceria da Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS) e do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). O presidente do GHC, Gilberto Barichello, destacou a importância da união de esforços com os editais e todas as medidas do programa. “A construção coletiva do Agora Tem Especialistas é um grande diferencial, com impacto direto na vida das pessoas. O programa garante que exames, consultas e cirurgias aconteçam no tempo certo, antes que os problemas de saúde se agravem”, afirmou. Foto: João Risi/MS A AgSUS e o GHC atuarão em diferentes frentes, apoiando o Ministério da Saúde na contratação de excedentes e na articulação com estados e municípios, conforme as modalidades previstas nos editais. “Estamos envolvidos com as três modalidades de credenciamento previstas, nesse esforço civilizatório de reduzir o tempo de espera por atendimento especializado no SUS”, ressaltou o presidente da AgSUS, André Longo. Mutirão em 45 hospitais universitários neste sábado (5/7) Com a mobilização de toda a estrutura de saúde do Brasil, pública e privada – estratégia central do programa -, a expectativa do governo federal é reduzir o tempo de espera para a população que usa o SUS, garantindo o cuidado especializado de forma equânime em todas as regiões do país. Para isso, um mutirão do Agora Tem Especialistas será realizado de forma simultânea, neste sábado (5/7), pelos 45 hospitais federais universitários administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação. Quase 8 mil atendimentos devem ser realizados em todas as regiões do país: 1 mil cirurgias, 1,2 mil consultas e 5,5 mil exames. O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou o papel estratégico dos hospitais universitários em ações como essa: “Nosso objetivo é otimizar a eficiência dos hospitais universitários, com mais dignidade, humanização e rapidez no atendimento. Não há nada pior para uma mãe, um idoso ou uma família inteira do que esperar meses — ou até anos — por um exame, uma consulta ou uma cirurgia.” O presidente da Ebserh, Arthur Chioro, reforçou o compromisso da rede com o esforço nacional liderado pelo Governo Federal: “O gargalo no atendimento especializado, agravado após a pandemia de Covid-19, está sendo enfrentado de forma concreta com o programa Agora Tem Especialistas. A rede de hospitais universitários federais já vem atuando intensamente para ampliar o acesso a cirurgias, consultas e exames. E agora, no sábado, teremos o Dia E — uma resposta direta à angústia da população: o tempo de espera na fila.” Credenciamento universal para todo o país O novo modelo de credenciamento possui três modalidades. Na primeira, o Ministério da Saúde destinará R$ 2 bilhões/ano para que estados e municípios façam contratação direta de hospitais, ambulatórios e centros de especialidades privados, com ou sem fins lucrativos. No âmbito do programa Agora Tem Especialistas, a medida tem potencial para a realização de mais de 282 mil cirurgias, 5 mil consultas e 10,2 mil exames. Para ofertarem cerca de 1,2 mil diferentes tipos de cirurgia, os estabelecimentos deverão se credenciar segundo as normas do edital publicado pelo Ministério da Saúde. Ao se credenciarem, informarão os serviços especializados que têm para oferecer, por região. Assim, será criada uma matriz de oferta, que funciona como uma prateleira de serviços em áreas prioritárias para o SUS, como oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia. A partir dessa matriz, os gestores municipais e estaduais poderão realizar a contratação de acordo com a necessidade local ou regional. Subsidiariamente, AgSUS e GHC poderão contratar os estabelecimentos credenciados não aproveitados pelos gestores locais. Mais mutirões e atendimentos em hospitais do SUS com capacidade ociosa Na modalidade 2, o programa contará com R$ 2,5 bilhões/ano para credenciar serviços privados para prestação da assistência nas unidades de saúde públicas ou conveniadas, dentro da capacidade ociosa do SUS. Vão, também, reforçar a realização de mutirões em todo o país. AgSUS e GHC lançam um edital cada. As empresas de saúde volantes credenciadas atuarão nas unidades públicas em períodos do dia em que há ociosidade de atendimento ou nos finais de semana. Para garantir mais consultas, exames, cirurgias eletivas e outros procedimentos, vão disponibilizar profissionais, equipamentos, insumos e medicamentos. Também poderão ofertar serviços de telessaúde. A expectativa é ampliar em 2 a 3 vezes os atendimentos especializados nos estados e municípios nestas áreas: oftalmologia, ginecologia, ortopedia, otorrinolaringologia, cardiologia, cirurgia geral, oncologia, proctologia vascular e urologia; em um rol de cerca de 300 procedimentos cirúrgicos. A AgSUS será responsável pelo credenciamento e pela contratação das empresas nas regiões Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Já a atuação do

SUS realiza primeiras aplicações do zolgensma, medicamento de R$ 7 milhões para crianças com AME

Com modelo inédito, um dos mais caros medicamentos do mundo é ofertado de forma gratuita na rede pública. Expectativa é atender 137 crianças com a condição rara em dois anos O Governo Federal viabilizou, na rede pública de saúde, as primeiras aplicações do zolgensma, medicamento de altíssimo custo utilizado no tratamento de crianças com Atrofia Muscular Espinhal (AME). Essa é a primeira terapia gênica incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Duas bebês, com menos de seis meses de vida, receberam a terapia simultaneamente na quarta-feira, 14 de maio, no Hospital da Criança José Alencar, em Brasília (DF), e no Hospital Maria Lucinda, em Recife (PE).  ALTO CUSTO — O zolgensma é considerado um dos medicamentos mais caros do mundo, com custo médio de R$ 7 milhões por dose única. O fornecimento gratuito no SUS foi possível graças a um modelo inovador de Acordo de Compartilhamento de Risco, firmado entre o Governo Federal e a fabricante.  O Brasil se tornou o sexto país no mundo a ofertar o medicamento em sistemas públicos de saúde, após Espanha, Inglaterra, Argentina, França e Alemanha. O acordo realizado estabelece que o pagamento só será feito se o tratamento for eficaz, o que garantiu ao Brasil o menor preço lista do mundo.  HISTÓRICO — Durante visita ao Hospital da Criança em Brasília, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, celebrou o momento como um marco para a saúde pública no país. “Seria impossível para as famílias arcarem com um custo tão alto. É uma terapia gênica muito importante e inovadora, por isso garantir esse atendimento e poder acolher essas famílias é um momento de muita emoção”, disse o ministro. INDICAÇÃO — O medicamento é indicado exclusivamente a crianças com AME tipo 1, com até seis meses de idade, que não dependem de ventilação mecânica invasiva por mais de 16 horas por dia. As duas bebês atendidas foram priorizadas por estarem próximas do limite de idade para receber a infusão e por cumprirem todos os critérios clínicos previstos no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Atrofia Muscular Espinhal (AME) 5q tipos 1 e 2.  “É emocionante, porque a gente nunca perde a esperança como mãe. Ver minha filha, daqui pra frente, poder andar, correr, falar e me chamar de mãe vai ser excelente. Posso viver a maternidade de uma forma diferente” Milena BritoMãe de bebê que recebeu a infusão de zolgensma em Brasília  EMOÇÃO — Millena Brito, mãe da bebê que recebeu a infusão em Brasília (DF), descobriu o diagnóstico de AME aos 13 dias de vida da filha. Para ela, o tratamento oferecido pelo SUS foi o melhor presente que poderia receber. “É emocionante, porque a gente nunca perde a esperança como mãe. Ver minha filha, daqui pra frente, poder andar, correr, falar e me chamar de mãe vai ser excelente. Posso viver a maternidade de uma forma diferente”, afirmou Millena, emocionada.  Com a garantia do acesso ao medicamento, as crianças poderão ter ganhos motores significativos, como a capacidade de engolir e mastigar, sustentar o tronco e sentar-se sem apoio. A expectativa do Governo Federal é atender 137 pacientes nos primeiros dois anos, impactando diretamente na qualidade de vida. Atualmente, um total de 15 pedidos foram protocolados para acesso ao medicamento no SUS e estão sendo encaminhados, começando por estes dois atendimentos.  INTERVENÇÕES — Embora a AME não tenha cura, as terapias disponíveis ajudam a estabilizar sua progressão. Além do zolgensma, de dose única, o SUS oferece nusinersena e risdiplam, de uso contínuo, que atuam para evitar a progressão da doença. Sem essas intervenções, essas crianças enfrentam alto risco de morte antes dos dois anos de idade. Quem recebe o zolgensma não precisa receber outra terapia para AME.  COMO TER ACESSO — As famílias devem procurar um dos 36 serviços especializados em doenças raras do SUS. Um médico realizará a avaliação clínica da criança e, caso os critérios de elegibilidade sejam atendidos, o processo de solicitação da terapia será iniciado.  Dos 36 serviços, 31 já estão aptos a realizar a infusão da terapia gênica — sendo 22 já habilitados e nove em fase de capacitação. Os serviços estão disponíveis em Alagoas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal.  Nos estados que ainda não contam com serviços habilitados para a infusão, o acordo garante, além do medicamento, o custeio de passagens e hospedagem para o paciente e um familiar responsável.  ACOMPANHAMENTO — As crianças que recebem o zolgensma serão acompanhadas clinicamente até os cinco anos de idade pelo serviço de referência responsável pela infusão. Esse processo está alinhado com o Protocolo Clínico e com o Acordo de Compartilhamento de Risco. Após a infusão, o paciente deve permanecer internado por no mínimo 24 horas, sob observação clínica contínua.  AVANÇOS — Incorporações como a do zolgensma mostram a capacidade do SUS em absorver terapias que envolvem alta complexidade. A adoção do modelo de compartilhamento de risco é uma alternativa para aquisição de medicamentos de altíssimo custo e cujos resultados requerem mais evidências científicas.  Como vai funcionar o pagamento pelo governo: Onde encontrar os serviços de referência UFCidadeHospitalALMaceióHospital da CriançaBABahiaHospital Martagão GesteiraCEFortalezaHospital Infantil Alberto SabinDFBrasíliaHospital da Criança de Brasília José AlencarESVitóriaHospital Infantil Nossa Senhora da GlóriaGOGoiâniaCRER GoiâniaMGBelo HorizonteHospital João Paulo IIMGJuiz de ForaHospital Universitário Juiz de ForaMGBelo HorizonteHospital da UFMGMGUberlândiaHC Universidade Federal de UberlândiaMTCuiabáSanta CasaPABelémHospital Universitário Bettina FerroPBCampina GrandeHospital Universitário Alcides CarneiroPERecifeIMIPPERecifeHospital Maria LucindaPITeresinaHospital Infantil Lucídio PortelaPRCuritibaComplexo do Hospital das Clínicas da UFPR HC e MVFAPRCuritibaHospital Pequeno PríncipePRCuritibaHospital Erasto GaertnerPRCampina Grande do SulHospital Angelina CaronRJRio de JaneiroInstituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG)RJRio de JaneiroHospital Universitário Pedro ErnestoRNNatalHospital Onofre LopesRSPorto AlegreHospital das ClínicasSCFlorianópolisHospital Joana de GusmãoSPCampinasHospital da UNICAMPSPRibeirão PretoHC Ribeirão PretoSPSão José do Rio PretoHospital de Base de São José do Rio PretoSPSão PauloHC São PauloSPBotucatuHospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP)SPTaubatéGrupo de Assistência à Criança com Câncer

Atendimentos dos SUS com setor privado devem começar ainda este ano

O Ministério da Saúde vai estabelecer parcerias com a rede privada de saúde para garantir o atendimento especializado no tempo certo. Padilha diz que principal meta é reduzir tempo de espera no SUS.  O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que sua prioridade será reduzir o tempo de espera para atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS),  especialmente para o diagnóstico e tratamento de câncer. Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça-feira (29), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o objetivo é “fazer as coisas acontecerem” ainda este ano. “Para a gente dar conta de garantir o tempo adequado ao atendimento, por exemplo, da situação do câncer, que nós temos 30 dias para garantir o diagnóstico e 60 dias para iniciar o tratamento, só será possível fazermos isso se ampliarmos as parcerias com o setor privado”, disse, em conversa com a imprensa no Palácio do Planalto. Segundo Padilha, muitos dos serviços privados tem uma capacidade ociosa que pode ser compartilhada. Além disso, amanhã (30), o Ministério da Saúde deve divulgar estudo feito com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) que mostra uma grande concentração de médicos especialistas atuando nas estruturas privadas de saúde. “É uma verdadeira obsessão do presidente, desde o começo do seu governo, de garantir o atendimento médico especializado no tempo certo, no tempo adequado, reduzindo o tempo de espera que existe hoje no país, que é fruto de um represamento do atendimento durante a pandemia [de covid-19] e da desorganização da rede nos governos anteriores”, disse o ministro. Com a autorização do presidente Lula, as pastas da Saúde e Casa Civil vão discutir com os demais ministérios envolvidos e trabalhar com o setor privado para impulsionar essa rede de atendimento de média e alta complexidade. Segundo ele, “tudo que já vinha sendo programado, nós estamos acelerando”, como a entrega de equipamentos de radioterapia nos serviços em todo o país. Além disso, o governo está em tratativa com o hospital A.C.Camargo, referência em oncologia a cidade de São Paulo, para ajudar no diagnóstico de câncer para pacientes do SUS. No ano passado, o Ministério da Saúde também lançou o Programa Mais Acesso a Especialistas. Baseada na lógica do cuidado integral do paciente, a proposta era reduzir o tempo de espera por cirurgias, exames e tratamentos no âmbito do SUS por meio do fortalecimento do SUS Digital, facilitando o acesso a informações e ampliando o potencial de atendimentos remotos.

“Dia D” de vacinação contra Febre Amarela acontece neste sábado em Ubatuba

No próximo sábado, dia 9, Ubatuba promove o “Dia D” de vacinação contra a Febre Amarela, focando na imunização de pessoas a partir dos nove meses de idade que ainda não possuem uma dose comprovada ou apresentam atraso vacinal. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos bairros Cícero Gomes, Ipiranguinha e Maranduba estão abertas das 8h às 17h para aplicação da vacina. Além disso, equipes volantes atendem, das 9h às 13h, em diversas localidades, incluindo Quilombo da Fazenda, Camburi, Sertão do Ubatumirim, Cambucá, Itamambuca, Casanga, Quilombo da Caçandoca, Corcovado e Folha Seca. Veja mais: Última Etapa do Ubatuba Pro Surf 2024 Agita a Praia Vermelha e Define Campeões Durante o “Dia D”, os profissionais de saúde também disponibilizarão outras vacinas de rotina. Esta ação faz parte da intensificação da campanha, que visa alcançar pessoas não vacinadas ou com doses em atraso, reforçando a importância da imunização gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como principal medida preventiva contra a Febre Amarela. A campanha de vacinação em Ubatuba seguirá até dia 18 de novembro. O esquema de vacinação prevê uma dose inicial aos nove meses de idade, com reforço aos quatro anos. Para adultos e crianças a partir de cinco anos que ainda não foram vacinados, a imunização ocorre em dose única. Para garantir a imunização, basta comparecer à UBS mais próxima com um documento de identificação com foto e atualizar a vacinação.