61 socos: caso no RN retrata escalada da violência contra mulheres

Os 61 socos desferidos contra Juliana Garcia, na cidade de Natal (RN), no último sábado (26), chocaram o Brasil diante da violência flagrada por uma câmera no elevador do prédio. O autor do crime, o namorado dela, Igor Cabral, foi preso em flagrante. O episódio, que chamou atenção de todo o país, traz à tona a escalada da violência no país contra a mulher: tanto pelo que é registrado, como no caso de Juliana, como também pelos aspectos subjetivos que não são possíveis de contabilizar. Um dos motivos pelo qual o crime chamou atenção foram os repetidos golpes no rosto da vítima, que se encontrava indefesa e caída no chão do elevador. Segundo especialistas ouvidas pela Agência Brasil, o ato carrega um simbolismo ancorado na cultura machista. “Agressores normalmente atacam o feminino do corpo humano, (incluindo) rosto, seios e ventre como um recado de que aquele corpo pertence a eles”, afirma a promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Valéria Scarance. Ela destaca que agressores praticam atos de violência imbuídos de um sentimento de posse e superioridade em relação às mulheres. A antropóloga Analba Brazão, que é educadora do SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia, considera que esses ataques contra a mulher em regiões como o rosto têm como objetivo desfigurar a vítima. “Atingir o rosto também demonstra poder. Ele quer aniquilar aquela mulher e deixar visível a sua marca”, lamenta. Essas violências no corpo da mulher e na expressão do feminino têm uma simbologia marcante, conforme aponta Télia Negrão, pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É o que acontece quando criminosos mutilam, por exemplo, os seios ou a região genitais. “Há até chutes na área da barriga da mulher como forma de destruir a sua capacidade reprodutiva posterior”, diz Télia, que faz parte do Levante Feminista contra o Feminicídio e Transfeminicídio. Quatro mulheres mortas por dia De acordo com o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na semana passada, houve novo aumento no número de feminicídios, que chegou a 1.492 casos em 2024. O número representa quatro mortes de mulheres por dia. É a maior quantidade desse tipo de crime desde 2015, início da série histórica. Segundo o levantamento, 63,6% das vítimas eram negras. Além disso, 70,5% tinham entre 18 e 44 anos e oito em cada dez foram mortas por companheiros ou ex-companheiros. Os feminicídios dentro de casa são maioria (64,3%). Já os casos de tentativa de feminicídio, como o ocorrido com Juliana, em Natal, foram 3870 no ano passado, 19% a mais do que no ano anterior. As agressões registradas contra mulheres foram de 256.584 casos (em 2023) para 257.659 (no ano passado). Para a promotora Valéria Scarance, do MP-SP, desde a Lei Maria da Penha instaurou-se um “novo tempo” no Brasil, em que a violência contra mulheres deixou o âmbito privado e ganhou domínio público. “Antes, era comum que as pessoas não se manifestassem diante de uma ‘briga de casal’. Mas, hoje, a sociedade está atenta a essas violências, inclusive as que eram consideradas menos graves”, contextualiza. Ao mesmo tempo em que a legislação brasileira é considerada uma das melhores do mundo no combate ao feminicídio, as pesquisadoras apontam que discursos de misoginia, até mesmo de autoridades públicas, cresceram com a ascensão de partidos da extrema direita no mundo, incluindo o Brasil. Valéria Scarance analisa que o aumento da violência contra as mulheres seria uma espécie de reação da estrutura machista da sociedade ao empoderamento e ao fortalecimento das mulheres – o que ela chama de fenômeno “backlash ou retaliação”. A antropóloga Analba Brazão vê um movimento antifeminista na sociedade em prol de um machismo estrutural que relega as mulheres a um papel secundário. Ciclo e escalada da violência A promotora Valéria Scarance, que também é pesquisadora da temática de gênero, violência contra mulheres e feminicídio, explica que, no âmbito íntimo, as violências mais severas acontecem quando há o término da relação ou quando a vítima não atende às ordens ou desejos do agressor. “Esses homens são ao mesmo tempo egocêntricos e inseguros porque qualquer conduta da vítima – passar batom, usar roupas novas, trabalhar, ter amigas, sorrir – pode ser interpretada por eles como um ato de desrespeito ou traição”, exemplifica. A promotora contextualiza que, no início, as agressões ocorrem em locais pouco visíveis. “Mas à medida que a violência evolui, agressores dão socos no rosto, chutes no corpo, puxam os cabelos, apertam o pescoço das vítimas”. Um dos dados divulgados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública exemplifica os desafios para garantir a segurança das mulheres brasileiras: ao menos 121 vítimas foram mortas em 2023 e 2024 enquanto estavam sob medidas protetivas de urgência ativa. “A cada 15 segundos, uma mulher está sendo espancada no Brasil. E normalmente não há câmeras como o caso que foi flagrado em Natal. Acontece em áreas isoladas dentro de casa”, diz Analba Brazão, que defende serem necessárias mais políticas públicas para estimular novas denúncias. “Muitos casos não são notificados. A gente precisa saber, por exemplo, quantos órfãos do feminicídio existem”, afirma a pesquisadora, que atua no Recife (PE). “Nesta semana, aqui em Pernambuco, uma manicure foi assassinada a facadas, também no rosto e em outras partes do corpo. Ela estava com medida protetiva de urgência”, lamenta. Télia Negrão entende que são necessárias políticas públicas mais profundas que consigam promover uma mudança cultural. “Nós temos julgamentos que têm elevado as punições devido aos agravantes. E, no entanto, nós não temos uma redução dos feminicídios ou da violência. Nós precisamos de mudança cultural”, acredita a pesquisadora que atua no Rio Grande do Sul. Denúncias Pesquisadora em direito penal e coordenadora da Quilombo, organização do movimento negro no Rio Grande do Norte, Dalvaci Neves conta que mais de mil mulheres foram vítimas de feminicídio no Rio Grande do Norte, entre 2013 e 2023 – 80% eram negras. “É um retrato do nosso quadro social, do racismo e do machismo que nós, mulheres negras, enfrentamos”. De acordo com ela, no estado, existem apenas 12 delegacias especializadas para atendimento das mulheres em mais de 160 municípios. “Há muitas mulheres no interior e sem acesso para fazerem denúncia”.
Mulheres de SP fazem história como primeira equipe feminina na ‘Copa do Mundo’ das polícias

Um grupo de sete policiais civis de São Paulo fez história como a primeira equipe feminina do Brasil a participar do Swat Dubai Challenge, a “Copa do Mundo das Polícias”, em fevereiro deste ano. A competição, realizada nos Emirados Árabes, avalia ações de tática, precisão e trabalho em equipe. Com provas que incluem tiro, rapel e situações de resgate, o torneio envolveu equipes policiais de 46 países divididos em 120 times. A formação do grupo que partiu de São Paulo até Dubai incluiu integrantes do Grupo de Operações Especiais (GOE), do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), entre outros. A maioria das integrantes atua na Região Metropolitana de São Paulo. “Ter uma equipe feminina em uma competição de alto nível como o Swat Dubai Challenge é motivo de grande orgulho. Isso demonstra não apenas a competência técnica e tática das nossas policiais, mas também reforça a importância da presença feminina em todos os espaços da segurança pública”, diz Victorya Lopes Anjo, escrivã da Polícia Civil e integrante da equipe. A Swat Dubai Challenge estreou a participação de times femininos na competição em 2024. Depois do torneio, a Polícia de Dubai mandou um convite ao Grupo de Responsabilidade Tática (GRT) para a participação de mulheres da Polícia Civil de São Paulo. O responsável pelo GRT, que também faz parte do GOE de São Bernardo do Campo, fez a seleção e participou do treinamento do time, que viajou aos Emirados Árabes para o início da competição. O grupo de policiais que foi ao Swat Dubai Challenge era composto pelas investigadoras Carla Regina Nastri, Elaine Rufino, Luciana Saens, Marcelle Rahal, Tainã Castanharo, pela agente policial Denise Lessa e pela escrivã Victorya Lopes Anjo. Obstáculos em Dubai Os desafios que as policiais enfrentaram começaram pela distância. Com 14 horas de voo, a equipe paulista teve que superar o pouco tempo de sono e o desgaste físico logo no começo da jornada. Já nos Emirados Árabes, foram quatro dias treinando para enfrentar cinco dias consecutivos de competição. Tudo isso em meio ao calor, além da cultura e gastronomia diferentes do que as brasileiras estavam acostumadas. A preparação, porém, começou antes: desde julho de 2024 as policiais treinavam para as provas da Swat Dubai Challenge. Nesse tempo, elas ressaltam a importância do apoio de seus superiores, que deram respaldo ao tempo investido no treinamento. Com isso, a equipe conseguiu conciliar os treinos com as atividades do dia a dia, que incluem apoio a operações policiais e até a rotina como mãe. “Todas deram o máximo, muitas vezes tendo de conciliar com questões pessoais. Foram seis meses de preparação para o campeonato”, diz a investigadora Carla Regina Nastri, da Delegacia Seccional de São Bernardo do Campo. Com 35 anos de carreira como policial, Carla foi a primeira mulher a integrar o Garra da Seccional de São Bernardo do Campo. Ela considera a participação no torneio um marco: “[Esse campeonato] Foi para coroar a minha carreira. Tive muito orgulho de ter participado e uma sensação de ter feito a diferença dentro da instituição.” Aprendizados Os esforços levaram muitas das policiais ao limite. Três delas chegaram ao Brasil lesionadas por conta dos esforços exigidos pelas provas. O saldo, no entanto, foi positivo. Com a presença de mais 45 países, a equipe da Polícia Civil de São Paulo pôde trocar experiências e adquirir aprendizados com agentes do mundo todo. “O contato com equipes de elite nos permitiu conhecer novas técnicas, táticas operacionais e estratégias que podem ser adaptadas à nossa realidade. Além disso, a competição reforçou a importância do trabalho em equipe, da tomada de decisões sob pressão e da preparação física e psicológica para situações extremas. Esse intercâmbio fortalece nossas habilidades e contribui para elevar ainda mais o nível das forças policiais brasileiras”, diz Victorya Lopes Anjo. Representatividade Segundo a Secretaria de Segurança Pública, há cerca de 6 mil mulheres na Polícia Civil, o que representa 24% do total da corporação. As participantes do torneio de Dubai esperam que experiências como essas tragam cada vez mais mulheres para a Polícia Civil. “Temos um número muito grande de mulheres em todas as carreiras, com representatividade muito grande. Sabemos que elas podem estar onde quiserem e que é muito do esforço de cada uma conquistar o seu espaço. Esse é o recado que precisamos deixar para as futuras mulheres que queiram ingressar na Polícia”, afirma a Dra. Kelly Cristina Sacchetto, delegada seccional São Bernardo do Campo. SP Por Todas SP Por Todas é um movimento promovido pelo Governo do Estado de São Paulo para ampliar a visibilidade das políticas públicas para mulheres, bem como a rede de proteção, acolhimento e autonomia profissional e financeira para elas. Essas frentes estão nos pilares da gestão e incluem novas soluções lançadas em março de 2024, como o lançamento do aplicativo SPMulher Segura, que conecta a polícia de forma direta e ágil caso o agressor se aproxime; e a criação de novas salas da Delegacia da Defesa da Mulher 24 horas.
Agosto Lilás: A Luta pela Conscientização e Combate à Violência Contra a Mulher

Agosto Lilás é uma campanha nacional que ganhou força no Brasil para reforçar a importância do combate à violência contra a mulher. Instituída oficialmente pela Lei 14.448 de 2022, essa mobilização anual tem como marco o aniversário da Lei Maria da Penha, sancionada em 13 de agosto de 2006, que revolucionou a legislação brasileira ao criar mecanismos para proteger mulheres de abusos, agressões e violência doméstica. O nome “Lilás” faz referência à cor simbólica associada à luta contra a violência de gênero, representando a transmutação, a calma e a proteção, em contraponto à dor e ao sofrimento causados pelos atos violentos. Durante todo o mês de agosto, diversas ações são promovidas em todo o país com o objetivo de alertar a população, estimular a denúncia e fortalecer a rede de apoio às vítimas. Dados recentes mostram que a violência contra a mulher continua sendo um grave problema no Brasil. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, mais de 1.400 casos de feminicídio foram registrados em 2022, com aumento em relação ao ano anterior. A maioria das vítimas conhecia seu agressor, geralmente um parceiro ou ex-parceiro íntimo, e muitas sofreram abusos dentro do próprio lar, que deveriam ser um seguro local. A campanha Agosto Lilás não apenas evidencia a necessidade de proteger as mulheres, mas também promove uma reflexão sobre igualdade de gênero e respeito aos direitos humanos. Ela reforça a importância da denúncia, que pode ser feita por meio do telefone 180 – Central de Atendimento à Mulher – e de delegações especializadas, além de oferecer suporte psicológico, social e jurídico por meio de organizações governamentais e não governamentais. O Agosto Lilás representa, portanto, um chamado urgente à mobilização social para erradicar a violência, dar voz às vítimas e garantir um futuro seguro para mulheres de todas as idades e classes sociais.
Polícia descobre compartimento falso em caminhão com 1,7 tonelada de maconha no interior de SP

A Polícia Militar Rodoviária apreendeu uma carga com 1,7 tonelada de maconha durante fiscalização no km 342 da rodovia Assis Chateaubriand, na altura do município de Santópolis de Aguapeí, na região de Araçatuba. O flagrante ocorreu na quinta-feira (31). As drogas estavam escondidas em um compartimento oculto no caminhão que estava sob a lona que cobria a carroceria. Os agentes do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) encontraram 67 fardos e 185 tijolos de maconha de maconha, além de 25 pacotes de skunk. O veículo com placas do Paraguai era ocupado por um motorista de 30 anos, de nacionalidade estrangeira. Ele foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia Federal de Araçatuba, onde responderá pelo crime de tráfico internacional de drogas. No primeiro semestre deste ano, a região de Araçatuba teve a apreensão de 2,6 toneladas de drogas, de acordo com os dados da Secretaria da Segurança Pública. O número é 28,2% maior em relação ao mesmo período do ano passado, quando 2 toneladas de entorpecentes foram recolhidas. O interior paulista concentra quase 70% do total de drogas apreendidas no estado de São Paulo. O número fez com que as forças de segurança intensificassem as ações para impedir o uso da malha rodoviária estadual pelo crime organizado. Saiba mais aqui.
Megaoperação da DEIC prende sete integrantes do PCC em Pindamonhangaba

Megaoperação da DEIC prende sete integrantes do PCC em Pindamonhangaba. Na manhã desta quarta-feira (30), a Polícia Civil realizou uma megaoperação no Residencial Bem Viver e em outros pontos de Pindamonhangaba, prendendo sete pessoas suspeitas de integrarem o Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação foi coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) de Taubaté, com o apoio de forças policiais da região, e resultou no cumprimento de 14 mandados de busca domiciliar e 7 de prisão temporária. A operação mirou a desarticulação do núcleo local da facção criminosa, responsável pelo tráfico de drogas e outros crimes associados. Durante as diligências, além das prisões, foram apreendidos celulares, rádios comunicadores, planilhas de controle do tráfico, drogas e um veículo utilizado nas operações do grupo criminoso. Leia também: Moraes faz gesto obsceno em jogo do Corinthians após sanção dos EUA De acordo com informações das autoridades, entre os presos estão indivíduos conhecidos nos meios policiais de Pindamonhangaba, apelidados de “Biguinha”, “Beiço” e “Zé Galinha”, todos apontados como peças-chave nas atividades ilícitas da facção na cidade. Ainda durante o cumprimento dos mandados, a polícia encontrou munições e duas armas de fogo, além de materiais ligados à contabilidade do tráfico. A megaoperação foi possível após intensas investigações, que começaram após a prisão de um traficante ligado à facção em Minas Gerais. O trabalho integrado das forças de segurança segue firme no objetivo de enfraquecer a estrutura criminosa do PCC na região do Vale do Paraíba. Apesar do êxito da operação, outros oito suspeitos ainda não foram localizados e seguem foragidos da Justiça. As ações do DEIC continuarão em Pindamonhangaba, principalmente no Residencial Bem Viver, bairro que se tornou um dos principais pontos de atuação do crime organizado na cidade. O delegado responsável destacou que essas operações são fundamentais para reduzir a criminalidade local e garantir mais sensação de segurança à população.
Guarda Municipal apreende adolescente com drogas e prende foragido da Justiça

A Guarda Civil Municipal de Taubaté realizou ações de combate à criminalidade que resultaram na apreensão de drogas e de adolescentes no fim de semana e, na última segunda-feira (28), na captura de um foragido da Justiça na região central da cidade. A Guarda Civil Municipal de Taubaté realizou ações de combate à criminalidade que resultaram na apreensão de drogas e de adolescentes no fim de semana e, na última segunda-feira (28), na captura de um foragido da Justiça na região central da cidade. No sábado, 26, uma equipe do Gtam (Grupamento Tático com Apoio de Motocicletas) realizava patrulhamento preventivo nas proximidades da escola municipal Albertina Lindegger, no Parque Sabará, quando um homem, ao avistar as viaturas, tentou fugir de bicicleta, dispensando uma sacola durante a fuga. Na abordagem, os guardas encontraram três pinos aparentemente de cocaína, e mais 33 pinos do mesmo entorpecente na sacola recuperada. O suspeito foi conduzido à delegacia. Ainda no sábado, durante a noite, uma equipe da Romu (Ronda Ostensiva Municipal) patrulhava o bairro Jardim Paulista quando abordou três pessoas, entre elas dois adolescentes. Com um dos menores de idade, foram localizados 22 pinos de cocaína, 19 pedras de crack, sete porções de maconha, além de dinheiro em espécie. Todos os envolvidos foram encaminhados à delegacia. Já na noite de segunda-feira, 28, em patrulhamento da Romu na região central, dois homens em atitude suspeita foram abordados no Parque Doutor Barbosa de Oliveira. Durante a identificação, um deles forneceu dados falsos, tentando se passar pelo próprio irmão, o que gerou desconfiança nos agentes. Após ser novamente questionado, o homem confessou a verdadeira identidade, e foi constatado que havia um mandado de prisão em seu nome, sendo assim conduzido para a delegacia.
Deputada Carla Zambelli é presa na Itália

A deputada federal Carla Zambelli foi presa pela polícia italiana na tarde desta terça-feira (29), em Roma. A informação foi confirmada por fontes da Polícia Federal. A deputada tinha fugido do Brasil logo após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em maio deste ano, a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Desde então, ela estava foragida da Justiça brasileira e na lista de procurados da Interpol. Em nota, a Polícia Federal afirma que “a presa era procurada por crimes praticados no Brasil e será submetida ao processo de extradição, conforme os trâmites previstos na legislação italiana e nos acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário”. O deputado italiano Angelo Bonelli disse em sua conta no X que denunciou à polícia italiana um endereço em Roma no qual Zambelli estaria hospedada. “Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Dei o endereço à polícia, e a polícia já está identificando Zambelli”, publicou Bonelli na rede X. Em junho, o deputado havia solicitado ao governo italiano urgência na extradição de Zambelli. À época ele defendeu que não se pode usar a cidadania italiana para escapar de uma condenação. Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), episódio ocorrido em 2023. Segundo as investigações, a invasão foi executada pelo hacker Walter Delgatti, que confirmou ter realizado o trabalho a mando da parlamentar. Duas semanas após ser condenada, a deputada deixou o Brasil para evitar o cumprimento da pena. Outro lado Em vídeo publicado na internet, o advogado de defesa da parlamentar, Fabio Pagnozzi, afirma que ela decidiu se entregar às autoridades italianas para colaborar administrativamente com os pedidos das autoridades. Segundo ele, Zambelli nunca foi foragida na Itália, mas estava esperando um posicionamento oficial para se apresentar. No mesmo vídeo, Zambelli afirma que se apresentaria às autoridades italianas e que estava segura dessa decisão. A parlamentar do PL disse ainda que não voltará ao Brasil para cumprir a pena estabelecida pela condenação imposta a ela pelo STF. “Se eu tiver que cumprir qualquer pena, vai ser aqui na Itália, que é um país justo e democrático. Estou segura que, analisando todos os processos de cabo a rabo, eles vão perceber que eu sou inocente.” Porte de armas Carla Zambelli responde também a um processo criminal no STF. Em agosto de 2023, Zambelli virou ré no Supremo pelo episódio em que ela sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. A perseguição começou após Zambelli e Luan trocarem provocações durante um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo. Até o momento, o Supremo registrou placar de 6 votos a 0 para condenar a parlamentar a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto. No entanto, um pedido de vista do ministro Nunes Marques adiou a conclusão do julgamento. Agência Brasil
Polícia Civil prende segundo suspeito de envolvimento na morte do peão de boiadeiro Matheus

Polícia Civil prende segundo suspeito de envolvimento na morte do peão de boiadeiro Matheus Expedito de Campos em Lagoinha Em uma importante ação policial, a Polícia Civil de Lagoinha prendeu o segundo suspeito relacionado ao assassinato de Matheus Expedito de Campos, de 24 anos, ocorrido em 30 de abril de 2025, na região central da cidade. Matheus, que era peão de boiadeiro e borracheiro, foi morto a tiros em frente a uma borracharia, um crime que chocou a comunidade local. O assassinato aconteceu em plena luz do dia, por volta das 10h da manhã, na Rua Maria do Carmo Gouvêa Rocha. Segundo testemunhas, Matheus estava retornando para a borracharia após sair de uma pastelaria, quando foi abordado por dois homens em uma motocicleta. O garupa perguntou seu nome e, em seguida, efetuou disparos que atingiram a vítima. Apesar de tentar fugir, Matheus não resistiu aos ferimentos e faleceu no local. A prisão do segundo suspeito ocorreu dentro de uma residência em Lagoinha, por volta das 15h30 de um sábado, sem resistência ao ser detido. A polícia apreendeu o celular do indivíduo, cujo conteúdo está sendo analisado para identificar possível participação de outros envolvidos no crime. O delegado responsável mantém as investigações em sigilo para não comprometer os desdobramentos do caso. Matheus Expedito de Campos era um jovem promissor no meio dos rodeios, tendo sido campeão da Feira Agropecuária de Santa Branca em 2024 e prestes a disputar um rodeio em Cajamar (SP). Além de seu trabalho como borracheiro, ele participava ativamente de competições e fazia parte de uma liga de montaria. Matheus deixa uma filha e é lembrado pela comunidade como um atleta em ascensão. Este caso segue sendo investigado pela Polícia Civil de Lagoinha, que busca esclarecer a motivação do homicídio e responsabilizar todos os envolvidos, reafirmando o compromisso com a segurança pública na região.
Ubatuba notifica Google Brasil e Meta por disseminação de fake news

Prefeitura de Ubatuba notifica Google Brasil e Meta por disseminação de fake news sobre bactéria necrosante nas praias Na última semana, a Prefeitura de Ubatuba protocolou notificações extrajudiciais junto às plataformas Google Brasil e Meta Platforms (Facebook e Instagram), solicitando a retirada imediata de conteúdos considerados falsos, sensacionalistas e prejudiciais à imagem turística da cidade. Essas publicações associavam equivocadamente a presença de uma suposta “bactéria necrosante” às praias do município, especialmente na região do Perequê-Mirim. Os conteúdos, geralmente provenientes de perfis anônimos e influenciadores digitais, difundiram a ideia de um surto infeccioso na cidade, chegando inclusive a atribuir a morte de um homem à contaminação em águas marinhas. Entretanto, a Prefeitura enfatiza que não existem laudos laboratoriais, registros oficiais ou investigação que comprovem a existência dessa bactéria ou qualquer surto similar na região. A Secretaria Municipal de Saúde esclareceu, em audiência pública, que o caso mencionado foi devidamente apurado sem nenhuma ligação comprovada entre o óbito e o contato com a água do mar. Além disso, a Vigilância Epidemiológica estadual não identificou ocorrências semelhantes em Ubatuba ou nos demais municípios do litoral paulista. A disseminação dessas informações falsas causou um impacto econômico significativo em Ubatuba, refletido na forte redução do turismo local, cancelamentos de reservas em hotéis e pousadas, queda nas vendas do comércio e prejuízos a trabalhadores informais e microempreendedores ligados ao setor. A situação foi confirmada por órgãos como a Secretaria de Turismo e o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Ubatuba. Diante disso, a notificação extrajudicial exigiu que Google e Meta retirem os conteúdos listados em até 48 horas, publiquem comunicado oficial de retratação e preservem os dados dos responsáveis pelas postagens para possibilitar futuras responsabilizações civis e penais. Caso as plataformas não cumpram com os pedidos, a Prefeitura informa que recorrerá ao Poder Judiciário com pedido de tutela de urgência e eventual ação por danos morais coletivos. O secretário municipal de Assuntos Jurídicos, Álvaro Marton Barbosa Junior, destacou que “a liberdade de expressão é um direito constitucional, mas não pode ser usada como escudo para disseminar desinformação que cause danos coletivos. Ubatuba merece respeito.” A administração municipal reforça o compromisso com a transparência e a segurança pública, mantendo protocolos rigorosos de vigilância sanitária e hospitalar, e orienta a população a buscar informações oficiais para evitar a propagação de boatos prejudiciais.
BAEP prende traficante e apreende mais de 6 kg de cocaína em Moreira César, Pindamonhangaba

Em uma ação rápida e eficaz no dia 25 de julho de 2025, policiais do 3º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) realizaram a prisão de um traficante no distrito de Moreira César, em Pindamonhangaba. A ocorrência teve início em Taubaté, quando um veículo em atitude suspeita fugiu durante uma tentativa de abordagem, pela Rodovia Presidente Dutra, no sentido Norte. Durante a fuga, o motorista jogou objetos pela janela, que levantaram suspeitas de serem drogas. A perseguição ocorreu no km 87, na praça do pedágio de Moreira César, onde o veículo foi interceptado. Embora nada de ilícito tenha sido encontrado no carro ou com o suspeito, os objetos descartados foram encontrados e certificados como seis tijolos de cocaína, totalizando 6.420 kg. Além da droga, foram descobertos dois celulares e o veículo utilizado na ação. O traficante foi encaminhado para a Delegacia de Moreira César, onde permanece à disposição da Justiça. Esta compreensão reforça o comprometimento do BAEP no combate ao tráfico de drogas na região, garantindo maior segurança para a população local. Apreensões: