“‘Deus deixou o sertão sem água porque sabia que eu ia trazer’, diz Lula em defesa da transposição do São Francisco”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou recentemente que, se não fosse por sua atuação, o Nordeste brasileiro ainda estaria sem água, destacando a transposição do Rio São Francisco como a solução para um problema histórico da região. Essa declaração, embora carregada de autovalorização, ignora o contexto mais amplo e as críticas legítimas sobre a condução e os impactos dessa obra. Confira o áudio com a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que ele afirma que “Deus deixou o sertão sem água porque sabia que eu ia trazer”, destacando a transposição do Rio São Francisco como solução para a crise hídrica no Nordeste: De um ponto de vista crítico e alinhado à visão de direita, é importante lembrar que a transposição do São Francisco é um projeto que já se arrastava por quase dois séculos antes de ser iniciado efetivamente nos governos petistas. A obra, orçada em bilhões de reais, foi marcada por atrasos, problemas técnicos e gastos elevados, que poderiam ter sido evitados com uma gestão mais eficiente e menos centralizadora. Confira Também o video abaixo. Além disso, a narrativa de Lula de que “Deus deixou o sertão sem água porque sabia que eu ia trazer” soa como uma tentativa de personalizar um problema estrutural e complexo, que envolve gestão pública, políticas regionais e investimentos privados. A verdade é que o Nordeste precisa de soluções duradouras, que incentivem o desenvolvimento econômico sustentável, a geração de empregos e a infraestrutura, e não de discursos populistas que buscam apenas capital político. Veja Também: Comando C4 especializado em assassinatos e espionagem contra autoridades A obra da transposição, apesar de sua importância, não pode ser usada como moeda política para justificar uma gestão marcada por promessas grandiosas e resultados questionáveis. O Nordeste merece políticas públicas que valorizem a iniciativa privada, a eficiência administrativa e o respeito ao dinheiro público, elementos essenciais para o progresso real e duradouro da região. Portanto, mais do que discursos e autopromoção, o que o Nordeste precisa é de um ambiente favorável ao empreendedorismo, investimentos privados e parcerias que realmente transformem a vida das pessoas, sem dependência exclusiva do governo federal ou de projetos que se arrastam por décadas.