Unidades de saúde para caminhoneiros ficarão em postos nas rodovias

Unidades de saúde para caminhoneiros ficarão em postos nas rodovias

O modelo de unidades móveis de saúde voltadas para caminhoneiros em rodovias será apresentado na próxima quinta-feira (4). A iniciativa faz parte do programa Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde, que visa terminar com o tempo de filas no Sistema Único de Saúde (SUS). A apresentação de como funcionarão unidades móveis de saúde será feita pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS), instituição sem fins lucrativos que oferece suporte ao Ministério da Saúde na área de atenção primária à saúde. O programa Agora Tem Especialistas foi lançado pelo governo no fim de maio. Um dos pilares é levar o atendimento primário a locais com grande fluxo de caminhoneiros, como pontos de descanso em rodovias, postos de combustíveis e portos. Na ocasião do lançamento, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que a iniciativa é em parceria com o Ministério dos Transportes. “Vamos instalar unidades móveis em áreas de apoio aos caminhoneiros, integradas ao prontuário eletrônico do SUS”, disse. Justificativa Na justificativa para a necessidade de atendimento móvel, o documento cita que muitos deles não possuem moradia fixa, “residem em pequenos municípios com baixo grau de desenvolvimento econômico ou habitam periferias de grandes centros urbanos, frequentemente sem condições mínimas de acesso aos serviços de saúde”. “Além disso, a própria natureza da profissão dificulta o comparecimento regular a unidades de saúde, em razão das longas jornadas de trabalho e da rotina itinerante”, completa o texto. Além das unidades móveis, a estrutura de atendimento contará com unidades semifixas. Audiência pública A audiência pública promovida pela AgSUS , além de apresentar como funcionará o modelo de atendimento, debaterá propostas sobre a forma de credenciamento dos prestadores de serviço que vão oferecer o serviço. A proposta prevê que as unidades sejam devidamente equipadas com materiais, insumos e com equipes assistenciais e de apoio. Podem ser fornecedores empresas privadas com ou sem fins lucrativos. A audiência pública é 100% virtual via Google Meet. Os interessados devem solicitar inscrição e o link de acesso e enviar perguntas e contribuições até as 18h da próxima quarta-feira (3) pelo e-mail credenciamentomovel@agenciasus.org.br. Fonte

DER-SP cria sistema inédito para monitorar e prevenir incêndios nas rodovias 

DER-SP cria sistema inédito para monitorar e prevenir incêndios nas rodovias 

O Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER-SP), órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), passou a utilizar, em todas as suas 14 coordenadorias regionais, o Sistema de Alerta de Risco de Propagação do Fogo (SARP Fogo). A ferramenta permite identificar e classificar trechos de rodovias estaduais conforme o risco de incêndio. A ação reforça a Operação SP Sem Fogo, atualmente em sua fase vermelha e concentra esforços em ações repressivas e preventivas. Desenvolvido por equipes técnicas do DER-SP, o SARP Fogo é uma ferramenta inédita no país, voltada especificamente à prevenção de incêndios nas áreas lindeiras (que ficam na beira da estrada) e faixas de domínio das rodovias. Ele funciona como um painel georreferenciado e interativo, com atualização mensal, que reúne informações em formato de mapa digital, exibido no Centro de Comando e Controle (C2C) do DER-SP — uma moderna sala de monitoramento inaugurada em 2024 para acompanhar os mais de 12 mil quilômetros de rodovias sob gestão do órgão. Inspirada em estudos aplicados originalmente a áreas protegidas da América do Sul, a metodologia do SARP Fogo é inédita no Brasil para uso de monitoramento e direcionamento de equipes em áreas lindeiras e faixas de domínio rodoviárias. Segundo técnicos do DER-SP, não há registro de outro sistema público nacional com estrutura automatizada voltada exclusivamente para o risco de incêndio em rodovias. Como funciona o SARP Fogo A ferramenta cruza múltiplas variáveis ambientais e meteorológicas — como precipitação, umidade do solo, saúde da vegetação e recorrência de incêndios — para classificar as áreas próximas às rodovias em cinco níveis de risco: muito baixo, baixo, moderado, alto e muito alto. Nas análises mais recentes, o sistema registrou poucas ocorrências de risco muito alto, mas todas situadas na região de Ribeirão Preto. Entre as 505 rodovias monitoradas pelo órgão, apenas 14 trechos apresentaram essa classificação: Aramina (SP 330, SP 328), Buritizal (SPA 426/330), Cristais Paulista (SP 334, SPA 420/334), Franca (SP 334, SP 336, SP 345, SPA 407/334), Igarapava (SPA 468/328, SPA 470/328) e Ituverava (SP 385). Em alguns casos, parte do trecho é concedida ou corresponde a rodovias de acesso com extensão reduzida, o que reforça a efetividade das ações preventivas já realizadas pelo DER-SP. As informações são atualizadas com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da NOAA (Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos), da NASA e do MapBiomas. Além disso, imagens de satélite são utilizadas para a validação das ocorrências de fogo registradas pelas próprias coordenadorias do DER-SP e pelo C2C. Essa validação também serve para melhorias constantes do sistema. De forma prática, o sistema indica aos técnicos: “Este trecho apresenta risco alto/moderado de incêndio; priorize ações de prevenção aqui”. A partir dessa classificação, são definidas ações específicas, que incluem comunicação direta com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, intensificação da inspeção rodoviária, roçadas e criação ou umedecimento de aceiros, por exemplo. Investimentos e reforço de estrutura Em paralelo, o DER-SP tem reforçado os investimentos na conservação das áreas lindeiras às rodovias. Somente em junho de 2025, o órgão investiu R$ 14,6 milhões em ações de conservação voltadas ao combate a incêndios nas rodovias não concedidas de São Paulo, como serviços de roçada mecânica (mais de 3,2 mil hectares) e roçada manual (mais de 2,2 mil hectares), além da remoção de massa verde às margens das vias, criação de aceiros e limpeza de sistemas de drenagem. Além disso, entraram em vigor novos contratos de operação, responsáveis por disponibilizar 56 caminhonetes equipadas com autobombas para o combate a incêndios, e pela contratação de 224 brigadistas. “O sistema de alerta SARP Fogo é mais uma ação do DER-SP para enfrentar o risco de incêndios, maior nos meses de estiagem. Durante esse período, reforçamos a atenção e as ações preventivas, mantendo limpas as áreas lindeiras às rodovias, nas faixas de domínio, para que funcionem como verdadeiros aceiros, evitando a propagação dos focos de incêndio”, afirma o presidente do DER-SP, Sergio Codelo. Operação SP Sem Fogo A Operação SP Sem Fogo é uma parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Segurança Pública e Defesa Civil do Estado. Além disso, conta com iniciativas e investimentos do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar Ambiental, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), além da própria Semil e de suas vinculadas: Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e Fundação Florestal (FF). Para cumprir seus objetivos, a Operação São Paulo Sem Fogo desenvolve uma série de atividades de forma permanente ao longo do ano, divididas em fases (verde, amarela e vermelha), conforme as necessidades e priorizações de cada período.

Pesquisadores testam IA para evitar mortes de animais em rodovias

Uma pesquisa do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) focalizou o desempenho de sistemas de detecção de objetos para identificar animais na fauna brasileira em rodovias. A proposta visa utilizar a tecnologia para alertar motoristas e prevenir acidentes.