PF indicia Carlos Bolsonaro e Ramagem no inquérito da “Abin Paralela”

A Polícia Federal (PF) indiciou o vereador Carlos Bolsonaro e o deputado federal Alexandre Ramagem no inquérito que investiga um suposto esquema de espionagem montado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro. À época, Ramagem era o diretor-geral da Abin. Entre os indiciados também está a cúpula atual da Abin, que tem Luiz Fernando Corrêa como diretor-geral. Com isso, a PF concluiu a investigação e enviou o inquérito da chamada “Abin Paralela” ao Supremo Tribunal Federal (STF). A lista entregue ao Supremo inclui 36 nomes O principal alvo da investigação é o uso da Abin para monitorar ilegalmente autoridades públicas durante o governo Bolsonaro. De acordo com a PF, policiais e delegados da corporação que estavam cedidos à Abin, além de servidores do órgão, teriam participado de uma organização criminosa para cumprir ações ilegais de espionagem. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Durante a apuração, os investigadores da PF descobriram que foi realizada uma ação para obtenção de informações sigilosas de autoridades do Paraguai envolvidas nas negociações do contrato de energia da usina hidrelétrica de Itaipu, operada pelos dois países. Alexandre Ramagem não comentou o indiciamento, mas já negou anteriormente a existência do esquema. Carlos Bolsonaro se manifestou nas redes sociais e alegou que a operação da PF tem motivação política, visando as eleições de 2026. A Abin afirmou que não vai se manifestar sobre os indiciamentos. Em abril, o diretor-geral da agência publicou uma nota em que dizia estar à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos, seja no âmbito administrativo, civil ou criminal. Agência Brasil

Policia Federal prende quase 100 kg de skunk e cocaína em cápsulas

PF prende sete pessoas no Aeroporto de Guarulhos com quase 100 kg de skunk e cocaína em cápsulas; investigações avançam sobre rede criminosa Guarulhos/SP – O Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos foi palco de mais uma grande operação da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (6/5), resultando na prisão de nove pessoas, sendo sete por tráfico internacional de drogas e duas por mandados de prisão em aberto. As apreensões somaram quase 100 quilos de skunk e cápsulas de cocaína ingeridas por passageiros, em ações que evidenciam a sofisticação e ousadia de grupos especializados no transporte internacional de entorpecentes. As investigações continuam para identificar possíveis integrantes da rede criminosa responsável pelos carregamentos. Detalhes da operação A operação, realizada ao longo de todo o feriado prolongado do Dia do Trabalhador, reforçou a rotina de fiscalização intensiva no maior aeroporto do país, porta de entrada e saída de milhões de passageiros todos os anos. Os agentes federais conseguiram flagrar e deter suspeitos que utilizavam métodos variados para ocultar a droga, desde cápsulas ingeridas até embalagens de tecidos e malas com fundos falsos. Em uma das operações, cinco brasileiros – um homem e quatro mulheres – confessaram ter ingerido cápsulas contendo cocaína antes de embarcar para a França. Devido ao alto risco de vida, todos foram encaminhados ao Hospital Geral de Guarulhos, onde permanecem sob custódia da Polícia Penal do Estado de São Paulo (PPESP) até a eliminação total das cápsulas e receberem alta médica. A prática de ingerir cápsulas é considerada uma das mais arriscadas, pois qualquer ruptura do invólucro pode causar overdose fatal. Já em outra ação, a PF flagrou dois passageiros, que haviam desembarcado de um voo procedente de Bangkok, Tailândia, com seis malas repletas de skunk, uma variedade de maconha de alto potencial de THC. O carregamento, avaliado em quase 100 quilos, tinha como destino o mercado interno brasileiro, evidenciando a diversificação das rotas e dos produtos traficados internacionalmente. Métodos de ocultação e perfil dos suspeitos Os suspeitos detidos apresentaram perfis variados, incluindo brasileiros, estrangeiros e pessoas com histórico de viagens frequentes ao exterior. Um dos presos, por exemplo, é um alemão que já havia realizado mais de 90 entradas e saídas do Brasil, indicando possível envolvimento em atividades criminosas de longo prazo.  Além das cápsulas ingeridas, a cocaína também foi encontrada fixada nas pernas de suspeitos e dentro de embalagens de tecidos, demonstrando a criatividade dos criminosos para burlar a fiscalização. Entre os detidos, dois foram capturados durante procedimentos migratórios por mandados de prisão em aberto, mostrando que o aeroporto também é utilizado por criminosos procurados pela Justiça para tentar fugir do país ou entrar clandestinamente. Impacto das apreensões e próximos passos A apreensão de quase 100 quilos de skunk e cápsulas de cocaína representa um duro golpe contra o tráfico internacional de drogas, mas também evidencia a persistência e a capacidade de adaptação das organizações criminosas. Segundo a PF, a cocaína apreendida tinha como destino a França, enquanto o skunk seria comercializado no Brasil, indicando a diversificação das rotas e dos mercados atendidos pelos traficantes. Todos os detidos foram levados para a delegacia da PF no aeroporto e, após interrogados, poderão responder por tráfico internacional de drogas (no caso dos sete envolvidos com as drogas) ou cumprirão mandados judiciais pendentes. As investigações continuam em ritmo acelerado, com o objetivo de identificar e desarticular a rede criminosa responsável pelos carregamentos, incluindo possíveis funcionários do aeroporto e empresas aéreas que possam estar envolvidos. Contexto nacional e internacional O Aeroporto de Guarulhos tem sido alvo constante de operações da PF devido à sua localização estratégica e ao grande fluxo de passageiros internacionais. Nos últimos meses, diversas ações resultaram na apreensão de grandes quantidades de drogas e na prisão de dezenas de suspeitos, muitas vezes utilizando métodos semelhantes de ocultação, como cápsulas ingeridas, fundos falsos de malas e embalagens de tecidos. Além do tráfico de drogas, a PF também registrou, no mesmo período, casos de assédio sexual durante voos domésticos, mostrando a complexidade e a diversidade dos crimes que ocorrem no ambiente aeroportuário.

PF prende condenado pelo 8/1 que estava foragido na Argentina

A Polícia Federal (PF) informou que prendeu no último sábado (9) um dos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 que estava foragido na Argentina. Moacir José dos Santos estava foragido desde abril deste ano, mas foi capturado ao retornar ao Brasil. Ele foi preso em Cascavel (PR) e ficará detido na cadeia pública da cidade. O acusado foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 17 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado. No mês passado, o ministro Alexandre de Moraes determinou a extradição de investigados pelos atos golpistas que estão foragidos no exterior. A medida do ministro envolve cerca de 60 brasileiros que fugiram para a Argentina após romperem a tornozeleira eletrônica e o blogueiro Oswaldo Eustáquio, que está na Espanha. A tramitação dos pedidos de extradição é longa e não há previsão para que os acusados sejam presos e enviados ao Brasil. Os pedidos de extradição foram feitos ao ministro  Alexandre de Moraes pela Polícia Federal. Após a autorização da medida, os processos seguiram para o Ministério da Justiça e o Ministério das Relações Exteriores. Caberá à diplomacia brasileira e ao ministério realizarem os trâmites internacionais do caso. O STF já condenou mais de 200 envolvidos no 8 de janeiro.