MP e Polícia Civil fazem operação contra lavagem do PCC

Uma operação conjunta do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Civil mira, nesta quarta-feira, um esquema de lavagem de dinheiro do PCC, o Primeiro Comando da Capital, que usava lojas de pelúcias. Os agentes cumprem seis mandados de busca e apreensão. Entre os endereços, estão quatro lojas em shopping centers: duas na capital paulista, uma em Guarulhos e outra em Santo André. A Justiça também autorizou o sequestro e o bloqueio de bens e valores no total de quatro milhões e trezentos mil reais dos envolvidos. A ação foi batizada de Operação Plush, em referência ao ramo escolhido pelo PCC para lavar dinheiro: o comércio de bichos de pelúcia e brinquedos infantis. Os alvos são pessoas ligadas a um dos chefes do PCC, Cláudio Marcos de Almeida, o “Django”, morto em 2022, após disputas internas na facção. Ele tinha forte atuação no tráfico de drogas e no comércio de armamento pesado. Entre os suspeitos estão a ex-companheira de “Django” e a irmã dela. Segundo as investigações, nenhuma das duas possuía ocupação lícita declarada, mas fizeram altos investimentos para abrir quatro lojas de uma rede de franquias. O nome de “Django” voltou a aparecer em abril de 2024, durante a Operação Fim da Linha. Ele foi apontado como um dos principais cotistas da UPBUS, empresa de transporte por ônibus que operava na capital e que teria sido usada pelo PCC para lavar dinheiro de origem ilegal. Segurança
Em São Paulo, polícia cumpre mandados em investigação contra o PCC

A Polícia Civil de São Paulo cumpriu, nesta terça-feira (21), 17 mandados de prisão preventiva, de um total de 38 concedidos, e 110 mandados de busca e apreensão em cidades da Grande São Paulo, como a capital paulista, Guarulhos e Mogi das Cruzes. A Operação Auditoria foi deflagrada após investigação de uma organização criminosa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Os suspeitos fazem parte da “célula de auditores”, isto é, atuam na fiscalização das atividades da facção voltadas para o tráfico de drogas. Segundo as forças de segurança, um único ponto de tráfico chegava a faturar R$ 700 mil por semana. O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur Dian, falou sobre a estrutura da facção: “Nós tínhamos até licença médica de indivíduos que cuidavam de pontos de tráfico. Indivíduos que estavam enfermos, doentes, e não poderiam estar trabalhando nos pontos de tráfico, eram afastados, e isso era contabilizado pelos auditores. Por isso, a importância desses indivíduos.” Drogas, celulares, dinheiro e documentos foram apreendidos A operação apreendeu drogas, celulares, dinheiro e documentos com informações sobre as atividades da organização criminosa. O delegado-geral, Artur Dian, também divulgou a prisão de mais um suspeito de envolvimento no assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz: “Nós julgamos que ele possa ter sido um dos atiradores. Ainda está sendo constatado isso. O que nós temos a certeza é que ele é um indivíduo que era investigado. Após o crime, ele se dirigiu a uma das residências e serviu de logística para a quadrilha. Nesse momento, ele estava com colete à prova de balas e armado, acompanhado de uma mulher.” Oito suspeitos estão presos por envolvimento no assassinato de Ruy Ferraz e dois continuam foragidos. Segurança
Principal operador do PCC movimentou mais de R$ 4,5 bi em 4 anos

O principal alvo da megaoperação contra a adulteração de combustíveis em São Paulo movimentou mais de R$ 4,5 bilhões, em ao menos 267 postos, entre 2020 e 2024. Ele é considerado um dos mais importantes operadores do PCC, o Primeiro Comando da Capital, e atua há mais de duas décadas no mercado de combustíveis no estado. A Operação Spare cumpre nesta quinta-feira 25 mandados de busca e apreensão na capital e nas cidades de Santo André, Barueri, Bertioga, Campos do Jordão e Osasco. Operação Carbono Oculto Os suspeitos são investigados por utilizar postos, empreendimentos imobiliários, motéis e lojas de franquia para lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e ocultação de patrimônio. O esquema foi revelado na operação “Carbono Oculto” realizada em agosto. Os recursos de origem ilícita eram inseridos no setor formal por meio de empresas operacionais em espécie e por maquininhas via fintechs – empresa digital que atua no mercado financeiro. Depois, o dinheiro lavado era reinvestido em negócios, imóveis e outros ativos, por meio de Sociedades em Conta de Participação. O que motivou a investigação A estrutura foi identificada a partir da concentração de empresas em um único prestador de serviço, que formalmente controlava cerca de 400 postos, sendo 200 vinculados diretamente ao alvo e a seus associados. Também foram detectadas administradoras de postos que movimentaram R$ 540 milhões. Mais de 100 policiais militares e 100 agentes da Receita Federal e do Ministério Público do estado atuam nas ações desta quinta-feira. Segurança
PCC é alvo de operação por lavagem de dinheiro em SP

O Ministério Público de São Paulo e a Polícia Militar cumprem, nesta quinta-feira, 25 mandados de busca e apreensão contra o PCC, o Primeiro Comando da Capital. A Operação Spare busca desarticular um esquema de exploração de jogos de azar, adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro por meio de uma fintech, uma empresa digital que atua no mercado financeiro. Um dos alvos é um dos principais operadores do PCC, que atua há mais de duas décadas no mercado de combustíveis no estado de São Paulo. Os investigados são suspeitos de usar no esquema milionário postos, empreendimentos imobiliários, motéis e lojas de franquias. Mais de 110 policiais militares estão nas ruas da capital paulista, da Grande São Paulo, do Vale do Paraíba e da Baixada Santista. Segundo as investigações, máquinas de cartão apreendidas em casas de jogos clandestinos, em Santos, estavam vinculadas a postos de combustíveis. Esses valores eram transferidos para a fintech, que era usada para ocultar a origem ilícita e movimentar recursos milionários. Essa empresa é a mesma investigada na Operação Carbono Oculto, realizada no final de agosto contra o PCC. Também participam da operação agentes da Receita Federal e equipes da Secretaria da Fazenda e da Procuradoria-Geral de São Paulo. Segurança
Polícia desmantela depósitos de drogas do PCC no Residencial Bem Viver em Pindamonhangaba

Policiais civis do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Delegacia de Investigações Criminais (DEIC) de Taubaté realizaram, na terça-feira (23), uma ação de grande impacto ao desarticular dois apartamentos usados como depósitos de drogas no Residencial Bem Viver, em Pindamonhangaba. A operação teve como objetivo inicial capturar um foragido conhecido como “JP”, integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) procurado na Operação Libertas. Ao chegarem aos endereços, os agentes não encontraram o suspeito, mas apreenderam uma quantidade expressiva de entorpecentes: 15 porções de maconha, 27 porções de flor de maconha, 122 pedras de crack, 114 porções de haxixe, 452 pinos e 220 papelotes a vácuo de cocaína, além de uma balança de precisão, anotações do tráfico. Segundo a investigação policial, parte das drogas estava vinculada a um ponto de venda conhecido como “Box 11” e o restante a outro traficante atuante dentro do residencial. As anotações apreendidas podem contribuir para identificar novos envolvidos no esquema. A Operação Libertas, iniciada em 30 de julho, já resultou na prisão de oito membros do PCC, incluindo nomes conhecidos da facção como “Biguinha”, “Beiço”, “Zé Galinha”, “Perverso”, “Bodinho” e, mais recentemente, “Gu das Pratas” ou “Carranca”. No decorrer das diligências, diversas apreensões de drogas, veículos e equipamentos de comunicação foram realizadas no mesmo conjunto habitacional. Em nota, o DEIC de Taubaté afirmou que continuará intensificando as ações para combater o tráfico no Residencial Bem Viver. Leia também: Polícia desmonta quadrilha de telemarketing que cobrava por “milagres”
Haddad: esquema do PCC pode chegar a centenas de bilhões de reais

Esquema do PCC pode ter movimentado centenas de bilhões de reais, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à Band News, nesse domingo (31). Na última quinta-feira, uma megaoperação contra fraudes no setor de combustível, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro reuniu órgãos federais e estaduais. As investigações apontaram a movimentação de R$ 52 bilhões do PCC no esquema. Segundo Haddad, a sequência da investigação pode chegar a números muito maiores. “Com o aprofundamento das investigações, nós podemos chegar a centenas de bilhões de reais na operação. Porque, só aqui, foram movimentados R$ 52 bilhões. Então, pra chegar a 100, 200, 300 (bilhões), não precisa muita coisa, não”. Para o Ministro da Fazenda, a ação policial inaugura uma nova forma de combate ao crime organizado, com a integração de órgãos. Aí a importância da PEC da Segurança Pública, que está no Congresso Nacional. “A beleza dessa operação é que ela demonstra o objetivo da PEC da Segurança Pública, que tá no Congresso Nacional, de forçar a integração. Chega de vaidade, de órgão, pra órgão, vamos usar o força do Estado, de comum acordo, porque o objetivo só pode ser o de enfrentar a criminalidade”. Fernando Haddad comentou, ainda, a portaria para fiscalização de Fintechs do início do ano, que foi prejudicada pela onda de fake news. A norma equipara as Fintechs a bancos e voltou a valer na semana passada. Segundo ele, as transações do primeiro semestre vão ter que ser informadas. *Com reportagem de Gabriel Brum Segurança
PCC movimentou bilhões com combustíveis e mercado financeiro

As investigações contra fraudes no setor de combustíveis apontam que o Primeiro Comando da Capital (PCC) movimentou mais de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024. A facção foi alvo de megaoperação nesta quinta-feira (28) envolvendo Ministério Público de São Paulo, Receita Federal, polícias e secretarias de fazenda. Com o esquema, a organização teria sonegado R$ 8 bilhões. Segundo as investigações, uma fintech, uma instituição de pagamento, atuava como um banco paralelo da organização, movimentando sozinha R$ 46 bilhões. A facção também controlava pelo menos 40 fundos de investimento com patrimônio de R$ 30 bilhões. O grupo ainda teria comprado um terminal portuário, usinas de álcool e 1,6 mil caminhões-tanque. E também teria adquirido mais de 100 imóveis, como seis fazendas em São Paulo, avaliadas em R$ 31 milhões, e uma casa em Trancoso, na Bahia, por R$ 13 milhões. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou a importância das operações. “Uma das maiores operações da história contra o crime organizado, sobretudo em sua atuação no mercado legal. Ou seja: atacando, neste momento, a apropriação das organizações criminosas em parte do setor de combustíveis e sua ligação com o setor financeiro no que diz respeito à lavagem de dinheiro. Eu ousaria dizer também que é uma das maiores operações em termos mundiais”. O ministro Fernando Haddad destacou o trabalho dos auditores fiscais para entender o caminho do dinheiro. “Se não fosse por isso não teríamos conseguido chegar a mais de mil postos de gasolina, quatro refinarias, mais de mil caminhões à disposição do crime organizado para transportar o combustível – geralmente adulterado. Às vezes a adulteração começa na importação, muitas vezes fraudada. Ou seja: é um esquema extremamente capilar do ponto de vista material, e extremamente sofisticado do ponto de vista financeiro, porque são muitas camadas que precisam ser abertas para se chegar no patrimônio do crime organizado”. Mais operações A Polícia Federal (PF) realizou nesta quinta-feira outras duas ações contra fraudes em combustíveis. A PF cumpriu 14 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão nos estados do Paraná, São Paulo e no Rio de Janeiro. Os suspeitos integram uma das maiores redes de lavagem do Paraná, e teriam movimentado mais de R$ 23 bilhões e lavado pelo menos R$ 600 milhões. Já foram bloqueados mais de R$1 bilhão em bens e valores de 41 pessoas físicas e 255 empresas. Em outra operação, a polícia cumpriu 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Campinas e Ribeirão Preto. A Justiça autorizou o bloqueio de R$ 1,2 bilhão de fundos de investimento utilizados para movimentação ilícita, além do bloqueio de bens e valores. Em nota, a Bioenergia Brasil, o Instituto Combustível Legal, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia reiteraram seu apoio irrestrito às autoridades responsáveis pelas operações. Segurança
Polícia desarticula grupo do PCC que expulsava moradores em conjunto de Taubaté

Nos últimos dias, uma operação conjunta da Polícia Civil e da Polícia Militar desmantelou uma célula do Primeiro Comando da Capital (PCC) que atuava em Taubaté, com suspeitas de expulsar moradores de um conjunto habitacional para dominar uma área e transformá-la em ponto estratégico para o tráfico de drogas. O grupo criminoso, que vendia entorpecentes em locais conhecidos como “biqueiras”, foi alvo de investigações que ocorreram logo após a polícia captar comunicações via rádio entre os criminosos. A partir dessas escutas, as autoridades identificaram pontos de venda e imóveis usados para atividades ilícitas, além de obterem informações sobre a estrutura financeira e logística da facção. Na ação policial, mais de 50 pessoas foram presas, incluindo membros de alta posição do PCC responsáveis por armamentos, contabilidade e administração do tráfico local. Entre os alvos estão criminosos identificados como “Biguinha”, apontado como braço financeiro da facção, e “Irmão B”, administrador de um ponto de venda de drogas de alto valor chamado Box 11, localizado no conjunto Bem Viver, em Taubaté. Durante o cumprimento dos mandados, os policiais encontraram rádios comunicadores em funcionamento usados para monitorar a entrega das viagens policiais em tempo real, tornando a operação mais complexa devido à rede de informantes armados ligados à facção. Esse esquema resultou em moradores sendo forçados a deixar suas casas, ameaças de ameaças e pressão da facção, que pretendia consolidar o domínio territorial para expandir o tráfico. A Polícia Militar e a Polícia Civil seguem reforçando o patrulhamento na região para recuperar a segurança das famílias e coibir a ação criminosa. Essa intervenção policial reflete o combate contínuo das forças de segurança contra a infiltração do PCC em áreas urbanas, especialmente em bairros vulneráveis que resultam em pontos estratégicos para o crime organizado na região do Vale do Paraíba.
Megaoperação da DEIC prende sete integrantes do PCC em Pindamonhangaba

Megaoperação da DEIC prende sete integrantes do PCC em Pindamonhangaba. Na manhã desta quarta-feira (30), a Polícia Civil realizou uma megaoperação no Residencial Bem Viver e em outros pontos de Pindamonhangaba, prendendo sete pessoas suspeitas de integrarem o Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação foi coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) de Taubaté, com o apoio de forças policiais da região, e resultou no cumprimento de 14 mandados de busca domiciliar e 7 de prisão temporária. A operação mirou a desarticulação do núcleo local da facção criminosa, responsável pelo tráfico de drogas e outros crimes associados. Durante as diligências, além das prisões, foram apreendidos celulares, rádios comunicadores, planilhas de controle do tráfico, drogas e um veículo utilizado nas operações do grupo criminoso. Leia também: Moraes faz gesto obsceno em jogo do Corinthians após sanção dos EUA De acordo com informações das autoridades, entre os presos estão indivíduos conhecidos nos meios policiais de Pindamonhangaba, apelidados de “Biguinha”, “Beiço” e “Zé Galinha”, todos apontados como peças-chave nas atividades ilícitas da facção na cidade. Ainda durante o cumprimento dos mandados, a polícia encontrou munições e duas armas de fogo, além de materiais ligados à contabilidade do tráfico. A megaoperação foi possível após intensas investigações, que começaram após a prisão de um traficante ligado à facção em Minas Gerais. O trabalho integrado das forças de segurança segue firme no objetivo de enfraquecer a estrutura criminosa do PCC na região do Vale do Paraíba. Apesar do êxito da operação, outros oito suspeitos ainda não foram localizados e seguem foragidos da Justiça. As ações do DEIC continuarão em Pindamonhangaba, principalmente no Residencial Bem Viver, bairro que se tornou um dos principais pontos de atuação do crime organizado na cidade. O delegado responsável destacou que essas operações são fundamentais para reduzir a criminalidade local e garantir mais sensação de segurança à população.
Polícia Civil desmantela “casa bomba” do PCC e apreende mais de R$ 100 mil em drogas em Pindamonhangaba

Em uma operação realizada na última quinta-feira (5), a Delegacia Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Taubaté desmantelou uma “casa bomba” utilizada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para o armazenamento de drogas em Pindamonhangaba. O local, situado no bairro Cidade Jardim, continha uma grande quantidade de entorpecentes avaliados em mais de R$ 100 mil, segundo informações oficiais da polícia. Apesar da apreensão significativa, nenhum suspeito foi preso no momento da operação. No entanto, três jovens estão sendo investigados pela participação no esquema de tráfico de drogas ligado à facção criminosa. A ação faz parte de um conjunto de operações da DEIC que, somente em 2025, já resultaram na apreensão de mais de R$ 1 milhão em drogas na região do Vale do Paraíba. A “casa bomba” funcionava como um ponto estratégico para o armazenamento e distribuição de entorpecentes, dificultando a atuação policial e ampliando o alcance da organização criminosa na região. A polícia segue com as investigações para identificar e prender os envolvidos, além de desarticular toda a rede de tráfico. Esta operação reforça o compromisso das forças de segurança em combater o tráfico de drogas e reduzir a influência de facções criminosas no Vale do Paraíba, promovendo mais segurança para a população local.



