SUS vai ofertar novos tratamentos para endometriose

© Tomaz Silva/Agência Brasil Condição afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva no mundo. Versão em áudio: Mulheres com endometriose terão duas novas opções de tratamento de base hormonal para a doença via Sistema Único de Saúde (SUS): o dispositivo intrauterino liberador de levonogestrel (DIU-LNG) e o desogestrel. Ambos foram recentemente incorporados à rede pública depois de receberem recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Em nota, o Ministério da Saúde detalhou que o DIU-LNG suprime o crescimento do tecido endometrial fora do útero e figura como uma opção para mulheres com contraindicação ao uso de contraceptivos orais combinados. “A nova tecnologia pode melhorar a qualidade de vida das pacientes, uma vez que sua troca só é requerida a cada cinco anos, o que contribui para aumentar a adesão ao tratamento.” Já o desogestrel, segundo a pasta, pode reduzir a dor e dificulta a progressão da doença. Trata-se de um anticoncepcional hormonal que age bloqueando a atividade hormonal, impedindo o crescimento do endométrio fora do útero, e que poderá ser usado como primeira linha de tratamento, ou seja, prescrito já na avaliação clínica até que o diagnóstico se confirme por meio de exames. “Vale destacar que, para estarem disponíveis na rede pública de saúde, é necessário o cumprimento de etapas necessárias, como a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Endometriose”, informou o ministério no comunicado. Entenda A endometriose é uma condição ginecológica inflamatória crônica que ocasiona o crescimento do tecido que reveste o útero fora da cavidade uterina. Nas mulheres com a doença, o tecido semelhante ao endométrio (que reveste o útero) cresce fora do útero em órgãos como ovários, intestino e bexiga, o que causa reações inflamatórias. Cólica menstrual intensa, dor pélvica crônica, dor durante a relação sexual, infertilidade e queixas intestinais e urinárias com padrão cíclico estão entre os principais sintomas da endometriose. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a condição afeta cerca de 10% das mulheres e meninas em idade reprodutiva em todo o mundo, representando mais de 190 milhões de pessoas. No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam aumento de 30% na assistência relacionada ao diagnóstico da endometriose na atenção primária na comparação entre 2022 (115,1 mil atendimentos) e 2024 (144,9 mil). Ao longo dos dois últimos anos (2023 e 2024), foram registrados, segundo a pasta, mais de 260 mil atendimentos. Já na atenção especializada, o SUS registrou aumento de 70% no número de atendimentos por endometriose, passando de 31.729 em 2022 para 53.793 em 2024. Nos dois últimos anos, foram contabilizados 85,5 mil atendimentos. Também houve um aumento de 32% nas internações pela doença, que passaram de 14.795 em 2022 para 19.554 em 2024. No mesmo período (2023 e 2024), o total foi de 34,3 mil internações. SUS vai ofertar novos tratamentos para endometriose Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil Brasília

Governo de SP avança em projetos estratégicos para nacionalização de medicamentos para doenças raras

Com os novos projetos, a FURP dará um salto tecnológico ao incorporar duas plataformas inovadoras: a produção de cápsulas moles e o processo de extrusão para sólidos orais A FURP, laboratório oficial do Estado, é aprovada em dois novos projetos estratégicos do Ministério da Saúde. A Fundação para o Remédio Popular “Chopin Tavares de Lima” (FURP), laboratório farmacêutico oficial do Governo do Estado de São Paulo e unidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES), foi aprovada pelo Ministério da Saúde (MS) em dois novos projetos de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com foco na produção nacional de medicamentos utilizados no tratamento de doenças raras. A iniciativa contempla a transferência de tecnologia para a fabricação de dois medicamentos de alto custo, atualmente importados: o Tafamidis meglumina (20 mg, cápsulas moles), utilizado no tratamento da cardiomiopatia amiloide por transtirretina (CM-TTR), condição progressiva que afeta predominantemente o coração de pessoas idosas; e o Ivacaftor (150 mg, comprimido revestido), indicado para o tratamento da fibrose cística, doença genética rara que compromete os pulmões e o sistema digestivo. Com os novos projetos, a FURP dará um salto tecnológico ao incorporar duas plataformas inovadoras: a produção de cápsulas moles e o processo de extrusão para sólidos orais. Essa modernização amplia a capacidade produtiva da fundação e contribui para a autonomia do parque industrial farmacêutico nacional. “Esses avanços reforçam o papel estratégico da FURP e do Estado de São Paulo no fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, com impactos diretos na redução da dependência externa, na economia para os cofres públicos e, principalmente, no acesso da população a tratamentos essenciais”, afirma Priscilla Perdicaris, secretária Executiva da SES. Atualmente, tanto o Tafamidis quanto o Ivacaftor são disponibilizados no país por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), coordenado pelo Ministério da Saúde em parceria com as secretarias estaduais. Em São Paulo, a SES realiza a dispensação desses medicamentos a pacientes que atendem aos critérios definidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). Política estratégica para o SUS As Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) são uma estratégia do Ministério da Saúde, por meio do Departamento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (DECEIIS), que visa ampliar o acesso a medicamentos e produtos para a saúde considerados estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), ao mesmo tempo em que fortalece o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) no Brasil.

Atendimentos dos SUS com setor privado devem começar ainda este ano

O Ministério da Saúde vai estabelecer parcerias com a rede privada de saúde para garantir o atendimento especializado no tempo certo. Padilha diz que principal meta é reduzir tempo de espera no SUS.  O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que sua prioridade será reduzir o tempo de espera para atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS),  especialmente para o diagnóstico e tratamento de câncer. Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça-feira (29), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o objetivo é “fazer as coisas acontecerem” ainda este ano. “Para a gente dar conta de garantir o tempo adequado ao atendimento, por exemplo, da situação do câncer, que nós temos 30 dias para garantir o diagnóstico e 60 dias para iniciar o tratamento, só será possível fazermos isso se ampliarmos as parcerias com o setor privado”, disse, em conversa com a imprensa no Palácio do Planalto. Segundo Padilha, muitos dos serviços privados tem uma capacidade ociosa que pode ser compartilhada. Além disso, amanhã (30), o Ministério da Saúde deve divulgar estudo feito com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) que mostra uma grande concentração de médicos especialistas atuando nas estruturas privadas de saúde. “É uma verdadeira obsessão do presidente, desde o começo do seu governo, de garantir o atendimento médico especializado no tempo certo, no tempo adequado, reduzindo o tempo de espera que existe hoje no país, que é fruto de um represamento do atendimento durante a pandemia [de covid-19] e da desorganização da rede nos governos anteriores”, disse o ministro. Com a autorização do presidente Lula, as pastas da Saúde e Casa Civil vão discutir com os demais ministérios envolvidos e trabalhar com o setor privado para impulsionar essa rede de atendimento de média e alta complexidade. Segundo ele, “tudo que já vinha sendo programado, nós estamos acelerando”, como a entrega de equipamentos de radioterapia nos serviços em todo o país. Além disso, o governo está em tratativa com o hospital A.C.Camargo, referência em oncologia a cidade de São Paulo, para ajudar no diagnóstico de câncer para pacientes do SUS. No ano passado, o Ministério da Saúde também lançou o Programa Mais Acesso a Especialistas. Baseada na lógica do cuidado integral do paciente, a proposta era reduzir o tempo de espera por cirurgias, exames e tratamentos no âmbito do SUS por meio do fortalecimento do SUS Digital, facilitando o acesso a informações e ampliando o potencial de atendimentos remotos.

Ministério da Saúde Antecipa Distribuição de Vacinas contra a Gripe para Atingir Meta de Imunização

O Ministério da Saúde iniciou a distribuição de 35 milhões de doses da vacina contra a gripe para as regiões Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste, visando iniciar a campanha de imunização em 7 de abril. A meta é vacinar 90% do público-alvo, buscando reduzir o impacto da gripe e suas complicações, especialmente em grupos vulneráveis. Embora a data oficial de início da campanha seja 7 de abril, estados com doses disponíveis e infraestrutura montada podem antecipar a vacinação. No segundo semestre, a região Norte receberá as doses. Além dos grupos prioritários já estabelecidos, como crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos a partir de 60 anos, o público-alvo foi expandido. Agora, incluem-se também trabalhadores da saúde, puérperas, professores dos ensinos básico e superior, caminhoneiros e trabalhadores do transporte rodoviário coletivo, buscando ampliar a proteção contra a gripe em diversos setores da sociedade.

Saúde amplia vacinação contra a dengue para mais 154 municípios

O Ministério da Saúde vai distribuir a vacina contra a dengue para mais 154 municípios brasileiros. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (27). Até então, 521 municípios haviam sido selecionados para receber as doses e iniciar a vacinação contra a doença na rede pública em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.