Governo apresenta formas de combate à manipulação de jogos esportivos

O I Encontro Técnico Nacional sobre Combate à Manipulação de Resultados Esportivos resultou em algumas ferramentas que ajudarão as autoridades brasileiras no combate a esse tipo de prática, bem como em futura consolidação de uma política pública para garantir a integridade do esporte no Brasil. Iniciado na segunda-feira (29) e encerrado nesta quarta-feira (1º), o encontro marcou, segundo o Ministério do Esporte, o início de um “processo contínuo de formação e cooperação, fundamental para a consolidação da Política Nacional de Combate à Manipulação de Resultados Esportivo”. Durante o encontro, autoridades, em especial delegados de todo o país, puderam trocar experiências, na busca por uma atuação uniforme e cooperativa para lidar com as manipulações esportivas. Plataforma e manual No encontro foram apresentadas a primeira versão de uma plataforma digital criada pelo Grupo de Trabalho de Combate à Manipulação de Resultados Esportivos, bem como de um manual de diretrizes para a atuação preventiva e repressiva. Tanto a plataforma como o manual foram elaborados pelo grupo de trabalho formado pelos ministérios do Esporte, da Fazenda, da Justiça, e também pela Polícia Federal. A primeira versão da Plataforma Cívica Digital foi desenvolvida pela Faculdade de Ciências e Tecnologias em Engenharia da Universidade de Brasília (UnB). A ferramenta possibilitará a apresentação de denúncias anônimas, bem como monitoramento em tempo real das competições, painéis interativos de análise de dados; e alertas automáticos com inteligência artificial para identificar atividades suspeitas. Já o Manual de Combate à Manipulação de Resultados Esportivos estabelece diretrizes para atuação preventiva e repressiva, consolidando conhecimento técnico e metodológico. Segundo o diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção da Polícia Federal, Denis Cali, o manual é um ponto de partida, “pois às vezes há dificuldade até mesmo na tipificação do crime esportivo”. Videoaulas Atividades e programação dos três dias de evento foram registradas em vídeo para, nos próximos dias, serem editadas e colocadas à disposição por meio de videoaulas. “Esse material ficará disponível em uma plataforma de formação continuada, com acesso restrito, permitindo que as forças policiais possam estudar, revisar e consultar os conteúdos sempre que necessário”, informou o ministério. Na avaliação do secretário Nacional de Apostas Esportivas e de Desenvolvimento Econômico do Esporte, Giovanni Rocco Neto, a proposta é garantir que a rede formada permaneça ativa. “Nossa ideia é criar essa rede para que vocês possam se comunicar e troquem experiências entre vocês e façam o trabalho da melhor forma. A todo tempo a gente também está fazendo melhorias nesse processo”, disse o secretário. EBC Esporte

Encontro discute combate à manipulação de resultados esportivos

Começou nesta segunda-feira (29) o I Encontro Técnico Nacional sobre Combate à Manipulação de Resultados Esportivos, evento que busca consolidar uma política nacional visando a integridade do esporte no Brasil. Organizado pelo governo federal, o encontro, na sede do Ministério do Esporte, pretende avançar no combate a fraudes em sites de apostas. A expectativa é ao final do encontro, previsto para 1º de outubro, apresentar uma primeira versão de plataforma digital criada pelo Grupo de Trabalho de Combate à Manipulação de Resultados Esportivos, bem como de um manual de diretrizes para a atuação preventiva e repressiva, de forma a ampliar os conhecimentos técnico e metodológico contra esse tipo de prática. Tanto a plataforma como o manual foram elaborados pelo grupo de trabalho formado por diversas pastas ministeriais – Esporte, Fazenda, Justiça, além da Polícia Federal. A primeira versão da Plataforma Cívica Digital foi desenvolvida pela Faculdade de Ciências e Tecnologias em Engenharia da Universidade de Brasília (UnB). A ferramenta possibilitará a apresentação de denúncias anônimas, bem como monitoramento em tempo real das competições, painéis interativos de análise de dados; e alertas automáticos com inteligência artificial para identificar atividades suspeitas. Disponibilizará também conteúdos informativos e educacionais. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Diálogo Durante a abertura do encontro, o secretário Nacional de Apostas Esportivas e de Desenvolvimento Econômico do Esporte, Giovanni Rocco Neto, destacou que a integridade no esporte não é responsabilidade de apenas um só setor. “Ela se faz no diálogo constante entre governo, entidades esportivas, sociedade civil e iniciativa privada”, disse. Rocco, que é também o relator do grupo de trabalho, lembrou dos efeitos positivos do esporte para jovens e adultos e disse que, no caso das crianças, é uma ferramenta que ajuda na educação, em especial em questões relacionadas a disciplina e perseverança. “Um pilar essencial é a educação da base. É entre jovens atletas, treinadores e famílias que devemos semear, desde cedo, os princípios da ética, do respeito e da transparência, para criarmos uma cultura sólida de prevenção e conscientização”, disse o secretário. Regulamentação Também presente no evento, o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, disse que, ao assumir a pasta, em 2023, tomou ciência da necessidade de olhar “todos os buracos decorrentes de um período muito longo sem regulamentação.” “Isso nos trouxe muitos problemas sociais, econômicos e, também, de ordem esportiva”, acrescentou ao explicar que a manipulação de resultados envolve também outros crimes, como os de fraude e lavagem de dinheiro, além de comprometer a proteção das pessoas e da economia popular. Base de conteúdo De acordo com o Ministério do Esporte, o encontro servirá para reunir uma “base de conteúdo que sirva para capacitar agentes públicos”, deixando, como legado, diretrizes e boas práticas a serem seguidas nacionalmente na prevenção e no enfrentamento das fraudes esportivas. Dessa forma, melhorar a qualificação de profissionais como policiais civis e federais, que são considerados, segundo as autoridades , o “eixo central” para a consolidação da resposta estatal à manipulação de resultados, bem como a aprimoramento de técnicas investigativas e de inteligência, com o cruzamento de dados e uso de tecnologias para a identificação de apostas suspeitas. Oficinas, debates e treinamentos “Durante o encontro, delegados de todos os estados e do Distrito Federal participarão de oficinas, debates técnicos e treinamentos voltados à investigação e repressão de fraudes esportivas, com foco em técnicas de inteligência, cruzamento de dados e uso de tecnologias avançadas para identificação de apostas suspeitas”, detalha o Ministério do Esporte. Entre os frutos esperados dessa capacitação estão a padronização de procedimentos; o fortalecimento da cooperação interestadual; e o aprimoramento das atuações conjuntas das forças de segurança, de forma a dar “agilidade na apuração de irregularidades e no encaminhamento de denúncias”. Tema complexo Em nota, o ministro do Esporte, André Fufuca, destacou que o Grupo de Trabalho estabelecerá um fluxo integrado e colaborativo para o recebimento e tratamento de denúncias. “O governo entende a urgência e a necessidade de tratar um tema tão complexo e que impacta a vida de tanta gente. Por isso, é primordial uma atuação conjunta, em nível nacional, que mova esforços na mesma direção a fim de enfrentar a manipulação de competições”, disse, em nota, o ministro. EBC Esporte

STJD pune Bruno Henrique por participação em esquema de manipulação

O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) decidiu punir, na esfera esportiva, o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, com 12 jogos de suspensão e uma multa de R$ 60 mil por participação em um esquema de manipulação de apostas na internet (bets). A decisão, que foi proferida pela Primeira Comissão Disciplinar do Tribunal nesta quinta-feira (4), pode ser alvo de recurso no Pleno. O atleta do Flamengo foi denunciado por forçar um cartão amarelo e beneficiar apostadores na partida entre Flamengo e Santos, disputada em Brasília e válida pela edição 2023 do Campeonato Brasileiro. A Procuradoria denunciou o atacante do Rubro-Negro da Gávea por infração aos artigos 243 (prejudicar sua equipe) e 243-A (atuar de modo a influenciar o resultado da partida) do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva). Bruno Henrique foi absolvido no artigo 243, mas foi punido pela infração ao artigo 243-A. Também foram denunciados pela Procuradoria, por infração ao artigo 243-A do CBJD, o irmão de Bruno Henrique, Wander Nunes Pinto Junior, e mais três amigos de Wander: Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Andryl Sales Nascimento dos Reis e Douglas Ribeiro Pina Barcelos. Wander recebeu uma punição de 12 jogos de suspensão, Claudinei Vitor Mosquete Bassan foi suspenso por sete jogos, enquanto Andryl Sales Nascimento dos Reis e Douglas Ribeiro Pina Barcelos receberam uma pena de seis partidas cada. EBC Esporte