AVC mata uma pessoa a cada seis minutos no Brasil

O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, figura atualmente como uma das principais causas de morte e incapacidade física no mundo. Dados da consultoria especializada em gestão de saúde e custos hospitalares Planisa indicam que, a cada 6,5 minutos, uma pessoa morre em razão do AVC no país. Os números revelam ainda custos hospitalares relacionados ao tratamento do AVC no sistema de saúde brasileiro. Entre 2019 e setembro de 2024, foram contabilizadas 85.839 internações, com permanência média de 7,9 dias por paciente, resultando em mais de 680 mil diárias hospitalares. Desse total de diárias, 25% foram em unidades de terapia intensiva (UTI) e 75% em enfermarias. No período analisado, os gastos acumulados chegaram a R$ 910,3 milhões, sendo R$ 417,9 milhões em diárias críticas e R$ 492,4 milhões em diárias não críticas. Apenas em 2024, até setembro, o montante já ultrapassava R$ 197 milhões. O levantamento mostra que, ao longo dos anos, houve crescimento constante dos custos, que praticamente dobraram entre 2019 e 2023, passando de R$ 92,3 milhões para R$ 218,8 milhões. O aumento acompanha a alta no número de internações por AVC, que saltou de 8.380 em 2019 para 21.061 em 2023. >>Organização Mundial do AVC alerta que 90% dos derrames são preveníveis Entenda De acordo com o Ministério da Saúde, o AVC acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. O quadro acomete mais homens e, quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento, maiores as chances de recuperação. A pasta classifica como primordial estar atento a sinais e sintomas como confusão mental; alteração da fala e da compreensão; alteração na visão (em um ou em ambos os olhos); dor de cabeça súbita, intensa e sem causa aparente; alteração do equilíbrio, tontura ou alteração no andar; e fraqueza ou formigamento em um lado do corpo. O diagnóstico do AVC é feito por meio de exames de imagem que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral – isquêmico ou hemorrágico. A tomografia computadorizada de crânio, segundo o ministério, é o método mais utilizado para a avaliação inicial, demonstrando sinais precoces de isquemia. Os fatores de risco listados pela pasta incluem hipertensão; diabetes tipo 2; colesterol alto; sobrepeso; obesidade; tabagismo; uso excessivo de álcool; idade avançada; sedentarismo; uso de drogas ilícitas; e histórico familiar, além de ser do sexo masculino. Dia Mundial de Combate ao AVC – Arte/EBC Fonte
Brasil lidera desinformação sobre vacina na América Latina, diz estudo

Um estudo divulgado nesta sexta-feira (17), no Dia Nacional da Vacinação, apontou que o Brasil lidera a desinformação sobre vacinas na América Latina, concentrando 40% de todo esse tipo de material que circula pela rede social Telegram. Chamado de Desinformação Antivacina na América Latina e no Caribe (Anti-vaccine Disinformation in Latin America and the Carribean) o estudo mapeou 81 milhões de mensagens que foram publicadas em 1.785 comunidades de teorias da conspiração do Telegram que circularam entre 2016 e 2025 em 18 países da América Latina e do Caribe. E identificou 175 supostos danos que teriam sido atribuídos às vacinas e 89 falsos antídotos que estavam sendo vendidos como uma forma de neutralizar seus efeitos. Elaborado pelo Laboratório de Estudos sobre Desordem Informacional e Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas, o levantamento apontou que o Brasil lidera o volume de mensagens e o número de usuários ativos que participam de comunidades conspiratórias sobre vacinas, sendo responsável por mais de 580 mil conteúdos falsos ou com desinformação sobre imunização. Para Ergon Cugler, coordenador do estudo e pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Desordem Informacional e Políticas Públicas (DesinfoPop/FGV), o Brasil aparece na liderança porque ainda carece de regulação. “Temos um ambiente digital ainda pouco regulado, com plataformas que lucram com o engajamento por meio do medo. Temos também uma sociedade polarizada, o que cria um terreno fértil para o discurso conspiratório”, disse à Agência Brasil. Entre os líderes desse ranking também estão a Colômbia, com 125,8 mil mensagens falsas; o Peru, com 113 mil, e o Chile, com 100 mil publicações com conteúdos falsos. Conteúdos falsos mais comuns Entre as alegações falsas mais comuns que circularam nesses grupos de conspiração estava a de que a vacina provoca morte súbita (15,7% do total das mensagens mencionavam isso) ou altera o DNA de quem a toma (8,2%). Também houve falsas menções de que a vacina provoca Aids (4,3%), envenenamento (4,1%) ou câncer (2,9%). Além disso, os grupos de teorias conspiratórias apontam possíveis “antídotos” contra as vacinas, misturando pseudociência, espiritualidade e consumo. Entre essas falsas alegações estavam a de que era preciso ficar descalço no solo para limpar energias do corpo (2,2% das mensagens mencionavam isso) ou comprar dióxido de cloro (1,5%) ou outras substâncias químicas. Segundo o Ministério da Saúde, essas informações são totalmente erradas e podem, inclusive, provocar danos à saúde da população. O dióxido de cloro tem venda controlada e é categorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como saneante, ou seja, destinado à higienização, desinfecção ou desinfestação domiciliar, em ambientes coletivos e públicos, e no tratamento de água. “Usado em produtos de limpeza, a substância, conhecida também pelos nomes MMS, CDS e Solução Mineral Milagrosa, foi muito propagada durante a pandemia de covid-19, mesmo sem nenhuma eficácia comprovada. O importante é entender o perigo de usar a substância, que é altamente reativa e tóxica, podendo levar as pessoas a graves riscos à saúde”, informou o ministério da saúde em uma publicação feita no ano passado, alertando que essa substância pode, inclusive, levar à morte. Segundo Cugler, a desinformação é um mercado lucrativo e uma grande ameaça à saúde pública. “Ela [a desinformação] funciona como um funil de vendas: primeiro, espalha medo com alegações falsas sobre vacinas e, depois, oferece produtos, cursos e terapias como supostas ‘curas’. O antivacinismo virou um mercado, onde o pânico é transformado em lucro. Essas comunidades exploram o medo, misturam pseudociência com espiritualidade e vendem soluções milagrosas sem base científica”, disse ele. Esses conteúdos falsos, explicou o coordenador do estudo, utilizam jargões científicos para parecem sérios, mas não têm qualquer embasamento científico. “O objetivo é plantar dúvida e medo, minando a confiança na ciência”, esclareceu. Vacinação infantil na Creche Sempre Viva, na cidade satélite de Ceilândia, DF Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil Pandemia O volume de desinformação sobre vacinas foi ainda mais intenso durante a pandemia de covid-19. O levantamento feito pelo DesinfoPop mostrou que as postagens sobre vacinas em comunidades conspiratórias nos países da América Latina e Caribe cresceram 689,4 vezes entre os anos de 2019 e 2021, passando de 794 posts em 2019 para 547.389 em 2021. Depois desse pico, o volume voltou a diminuir, mas não voltou ao que era antes: em 2025, com dados até o mês de setembro, ainda circulam 122,5 vezes mais conteúdo antivacina do que em 2019, somando cerca de 97 mil postagens. Para o coordenador do estudo, essa desinformação é um projeto que atrapalha as políticas públicas de saúde e pode colocar a vida das pessoas em risco, abrindo espaço para o reaparecimento de doenças que já estavam controladas. Por isso, ele orienta que as pessoas devem sempre desconfiar de conteúdos que apelam para o medo ou a emoção e, depois, checar a fonte de informação, ou seja, de onde veio essa notícia. “Se [o conteúdo] não vem de uma instituição científica, de saúde pública ou de jornalismo profissional, é melhor não compartilhar [a notícia]. E o mais importante: sempre busque informação em fontes oficiais, converse com profissionais de saúde e lembre-se que vacina é uma conquista coletiva, não um risco individual”, ressaltou. Vacinas são seguras O Ministério da Saúde ressalta que a propagação de fake news é um dos fatores que mais impacta na adesão da população às campanhas de imunização. Para tentar reverter isso, o Ministério da Saúde lançou o programa Saúde com Ciência, uma iniciativa em defesa da vacinação e voltada ao enfrentamento da desinformação. Pelo site da iniciativa, a população brasileira pode obter informações confiáveis sobre vacinação e também sobre as fake news que circulam na internet. Também é possível enviar informações duvidosas para que a equipe do Ministério da Saúde possa responder sobre essas dúvidas em seus canais. O site traz ainda um passo a passo sobre como cada um pode denunciar, nos canais oficiais das plataformas digitais, os conteúdos enganosos, contribuindo para reduzir a sua disseminação na internet. Fonte
Brasil e Índia firmam acordo para fortalecer produção de vacinas

O Ministério da Saúde firmou acordo de parceria internacional com a empresa indiana Biological E Limited que estabelece cooperação mútua em pesquisa tecnológica e de inovação. De acordo com o governo federal, o foco é fortalecer as plataformas de vacinas virais e bacterianas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no contexto de cooperação entre países do Sul Global. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que a assinatura do acordo foi feita durante agenda do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na República da Índia. “A missão em Nova Délhi integra os esforços do governo brasileiro para ampliar o comércio, os investimentos e a cooperação bilateral em áreas estratégicas, alinhados aos compromissos firmados entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro Narendra Modi”, diz o comunicado. Desenvolvimento conjunto Segundo o Itamaraty, o acordo cria as bases para o desenvolvimento conjunto de pesquisas científicas e estudos sobre vacinas virais e bacterianas produzidas por Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz responsável por imunobiológicos. Entre os projetos prioritários está a vacina pneumocócica 24 valente, cuja eficácia e segurança serão avaliadas em estudos colaborativos, além de ações para formalizar a transferência de tecnologia da vacina pneumocócica 14 valente. “Essa transferência garantirá produção nacional e fornecimento ao Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando a autonomia brasileira na fabricação de imunizantes”, destacou o ministério no comunicado. Cooperação técnica e científica O acordo prevê ainda cooperação técnica e científica em temas ligados à produção e ao desenvolvimento de vacinas, além de parcerias de prestação de serviços técnicos que possam ampliar a capacidade produtiva nacional e assegurar o atendimento às demandas do Programa Nacional de Imunizações (PNI). “O documento estabelece como objetivos específicos o intercâmbio de conhecimento e experiências em pesquisa, desenvolvimento e inovação, o apoio a análises de vigilância epidemiológica, e a criação de um ambiente colaborativo para fomentar propriedade intelectual e novos projetos de inovação”, informou o Itamaraty. A Biological E Limited, segundo a pasta, vai contribuir com experiência em pesquisa, desenvolvimento e dados técnicos da vacina pneumocócica, além de capacidade instalada de produção. Já Bio-Manguinhos participará com estrutura produtiva, expertise em biotecnologia, rede de pesquisa e integração com o SUS e as agências regulatórias brasileiras. “O acordo é considerado um passo estratégico para fortalecer a soberania tecnológica do Brasil na área de imunobiológicos, garantindo o fornecimento imediato de vacinas essenciais e impulsionando o desenvolvimento de novas gerações de imunizantes que reforcem o PNI e ampliem o acesso da população brasileira a vacinas seguras e eficazes”, concluiu a nota. Fonte
Governo acerta com empresa chinesa para produção de insulina no Brasil

Uma parceria firmada entre o Ministério da Saúde e biofarmacêutica chinesa Gan & Lee Pharmaceuticals vai tornar possível a produção nacional da insulina glargina, que tem ação prolongada e é usada no tratamento do diabetes tipo 1 e 2. A parceria, assinada pelo ministro Alexandre Padilha, reúne Bio-Manguinhos (Fiocruz), Biomm e a Gan & Lee, com previsão inicial de produzir 20 milhões de frascos para abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Transferência de tecnologia O acordo estabelece, inclusive, transferência de tecnologia e cooperação científica para o Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, a parceria é estratégica para reduzir a dependência externa de insulinas e ampliar a oferta do medicamento no sistema público de saúde. O governo acrescentou que, inicialmente, o envase e a rotulagem ocorrerão no Brasil sob supervisão da Biomm, com uso de insumo farmacêutico ativo (IFA) importado da Gan & Lee. Depois, o produto passará a ser fabricado no país, no Centro Tecnológico em Insumos Estratégicos (CTIE) da Fiocruz, em Eusébio (CE). O ministro da Saúde considera que há um empenho dos governos do Brasil e da China para que essa parceria seja produtiva e capaz de gerar conhecimento conjunto a fim de garantir mais medicamentos ao povo brasileiro. Economia O governo entende que a parceria vai fortalecer a cadeia nacional de insumos estratégicos, com efeitos multiplicadores em fornecedores, logística, insumos químicos e biotecnologia. O acordo ainda deve gerar economia para o SUS, já que a produção nacional deve reduzir custos logísticos e de importação. A vice-presidente da Fiocruz, Priscila Ferraz, também assinou o acordo e defendeu que a iniciativa vai ampliar possibilidades de tratamento de doenças importantes para a saúde pública como cânceres e doenças autoimunes. “A insulina glargina já é utilizada na China há mais de 20 anos e essa cooperação abre novas possibilidades de desenvolvimento tecnológico e de estudos clínicos”, destacou, em divulgação do governo. Produto O governo informou que essa insulina glargina já é comercializada em mais de 30 países e deve impulsionar a produção local de medicamentos estratégicos. O objetivo é ainda que a parceria colabore no desenvolvimento de pesquisas e produtos para tratamento de cânceres, diabetes, obesidades e doenças autoimunes no SUS, além de reforçar estudos clínicos no Brasil. Tratamento da obesidade O diretor da empresa chinesa, Wei Chen, disse ao governo brasileiro que o acordo simboliza um novo patamar de cooperação tecnológica. “Acreditamos que este projeto será um modelo de colaboração internacional, capaz de incentivar novas alianças entre empresas chinesas e brasileiras.” A ideia, segundo Chen, é contribuir para que mais pacientes tenham acesso a terapias seguras e modernas. Outro exemplo de resultado do acordo é a possibilidade de desenvolvimento de pesquisas e medicamentos análogos ao hormônio GLP-1 produzido naturalmente no intestino que ajuda a regular o apetite, a glicose no sangue e a saciedade. Esses medicamentos imitam o hormônio para o tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade. Fonte
Intoxicação por metanol: Brasil tem 36 casos confirmados e sete mortes

O Brasil contabiliza 36 casos confirmados de intoxicação por metanol após a ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas – quatro a mais do que o registrado na última segunda-feira (13). O número de mortes confirmadas por intoxicação por metanol também subiu, passando de cinco para sete, sendo cinco notificadas no estado de São Paulo e duas em Pernambuco. Ao todo, outros 156 casos estão em investigação e pelo menos 362 são considerados suspeitos até então eles foram descartados. Há ainda 11 mortes em análise.. >>Metanol: Entenda como é feita a análise de bebidas adulteradas Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (15) pelo diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, Edenilo Baltazar Barreira Filho, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. “Pela curva epidêmica, percebemos uma desaceleração no número de notificações, mas isso não nos faz baixar a guarda, não nos faz dizer que a situação está sob controle”, disse, durante o debate. “Pelo contrário, estamos cada vez mais alertas, cada vez mais atentos a isso e estamos monitorando isso dentro da Sala Nacional de Situação”, completou. arte-metanol – Arte/Agência Brasil Fonte
Brasil registra 34 casos de sarampo; Ministério da Saúde emite alerta

O Ministério da Saúde publicou, nessa segunda-feira (13), um alerta para que os estados e municípios reforcem a vigilância e ações para indivíduos que apresentem sinais e sintomas de sarampo. De acordo com a pasta, 34 casos foram confirmados este ano até a Semana Epidemiológica 38, que vai de 29 de setembro a 5 de outubro. A preocupação do ministério é evitar a reintrodução do vírus no país. Dos casos confirmados, nove foram trazidos por pessoas que retornaram do exterior, 22 tiveram contato com indivíduos infectados lá fora e três são compatíveis geneticamente com vírus em circulação em outros países. Até o momento, os estados do Tocantins, Maranhão e de Mato Grosso estão qualificados como em surto de sarampo. A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, aponta que a falta de cobertura vacinal da população tem possibilitado o retorno do sarampo ao país. “Os casos importados aconteciam, tanto um estrangeiro vindo para cá, quanto um brasileiro que viajou e voltou com sarampo, porém, a situação era resolvida porque a nossa vigilância era boa. O sarampo antes entrava e encontrava todo mundo vacinado e não causava surto. Agora ele chega e encontra várias pessoas suscetíveis,” aponta a especialista. Surtos No Tocantins, o surto teve início no município de Campos Lindos, na região nordeste do estado, em julho. O caso está associado ao retorno de quatro brasileiros que estiveram na Bolívia durante um mês. A comunidade que os infectados habitam possui um baixo nível de adesão à vacinação, o que permitiu uma rápida transmissão entre os moradores. No Maranhão, há apenas um caso confirmado, o de uma mulher de 46 anos, não vacinada, habitante do município de Carolina, que teve contato com membros da comunidade em Campos Lindos. Os dois municípios ficam na divisa entre os estados do Maranhão e de Tocantins. Os casos em Mato Grosso não estão ligados à comunidade de Campos Lindos, mas também foram iniciados por brasileiros que estiveram na Bolívia. O surto começou no município de Primavera do Leste e afetou três pessoas que fazem parte da mesma família, todas não vacinadas. Cobertura vacinal Segundo informações da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), em 2024, o Brasil apresentou uma cobertura vacinal de tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) de 95,7%, na primeira dose, e 74,6% na segunda. Em 2025, houve uma queda, o que colocou o índice abaixo da meta de 95%. Os dados apontam para cobertura vacinal das doses 1 e 2, respectivamente, de 91,2% e 74,6%. Segundo o Ministério da Saúde, os percentuais abaixo da média evidenciam a vulnerabilidade para a ocorrência do vírus do sarampo, reforçando a importância da intensificação vacinal. O enorme espaço geográfico do Brasil dificulta uma vacinação hegemônica em cada município, como explica Isabella. “As coberturas estão no limite, na meta. Mas o que acontece aqui no Brasil, em razão do nosso tamanho, é que não há homogeneidade das coberturas vacinais nos municípios. Se você olha as coberturas vacinais dentro do estado, são realidades muito diferentes. No Rio de Janeiro, por exemplo, a cobertura da cidade é boa, mas, quando olhamos a cobertura do estado, já se tornou a segunda mais baixa do Brasil.” A diretora da SBIm aponta que um fator que dificulta a vacinação é a falta de percepção de risco por parte da população. “A ciência do comportamento mostra que, se você não vê risco, pode estar na primeira página do jornal que ‘eu não ligo’. Agora, se eu vejo o risco e estou vendo todo mundo correndo para o posto, ‘eu vou também’. Aconteceu com a febre amarela, que a cobertura vacinal no Brasil era de 40%. De repente, surto de febre amarela, morte de febre amarela, jornal, televisão… eram filas.” Casos de sarampo no mundo Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, desde o início do ano até 9 de setembro, foram notificados 360.321 casos suspeitos de sarampo, dos quais 164.582 foram confirmados, em 173 países. As regiões do mundo que representaram os maiores números de casos são o Mediterrâneo Oriental, com 34% das ocorrências; África, com 23%; e Europa, com 18%. Nas Américas, 11.691 casos foram confirmados de sarampo, com 25 mortes em dez países. Os casos mais numerosos ocorreram no Canadá (5.006), México (4.703) e Estados Unidos (1.514). Na América do Sul, há surtos ativos na Bolívia (320 casos), Paraguai (50) e Peru (quatro). A Argentina também teve um surto, com 35 casos confirmados. *Estagiário sob supervisão de Odair Braz Junior Fonte
Brasil recebe lote de medicamento para tratar câncer de mama no SUS

O Ministério da Saúde recebeu, nesta segunda-feira (13), o primeiro lote do medicamento trastuzumabe entansina, incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS), em 2022, para o tratamento do câncer de mama. O remédio é indicado para quem ainda continuou com a doença após a quimioterapia inicial, geralmente em casos de câncer de mama HER2-positivo em estágio 3, informou a pasta. Nesta primeira remessa, chegaram 11.978 unidades. Ao todo, serão quatro lotes do medicamento, sendo que as próximas entregas estão previstas para dezembro deste ano, março e junho do ano que vem. Segundo o ministério, os insumos atenderão a 100% da demanda atual pelo medicamento no SUS. Ainda em 2025, 1.144 pacientes devem ser beneficiados. O medicamento será repassado às secretarias estaduais de Saúde, que farão a distribuição de acordo com os protocolos clínicos vigentes. O investimento total do governo federal é de R$ 159,3 milhões para a compra de 34,4 mil frascos-ampola do medicamento. O diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde, José Barreto Campello Carvalheira, falou à imprensa, no local em que a carga foi recebida, no almoxarifado do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). “É gigantesco o avanço para a oncologia nacional. É uma medicação que vai reduzir em 50% a mortalidade das pacientes que têm HER2- positivo, que é um tipo de câncer de mama. É uma grande vitória do povo brasileiro. O Ministério da Saúde fica orgulhoso de poder estar fazendo essa entrega hoje dentro do Outubro Rosa”, disse o diretor. “Nas pacientes que ficam com restos tumorais, no câncer de mama, você pode colocar [esse medicamento] agora à disposição para fazer um novo tratamento. Ele garante 50% de redução de mortalidade, 50% menos recidiva local, é realmente um grande avanço, é diminuição de mortalidade”, explicou. Segundo Carvalheira, a previsão é que o medicamento chegue aos pacientes já a partir deste mês, até o começo de novembro. Fonte
Brasil Open de Apneia Indoor começa amanhã na Piscina Municipal – Prefeitura Municipal de Ubatuba

Ubatuba recebe, neste fim de semana, o 10º Brasil Open AIDA de Apneia Indoor, competição em piscina com homologação internacional da AIDA Brasil (seção nacional da Associação Internacional para o Desenvolvimento da Apneia). A edição é especial por marcar o décimo Open e a terceira realização consecutiva no município, com disputas na Piscina Municipal. O evento contará com atletas da Argentina e Espanha além de apneístas de ao menos cinco estados brasileiros. O atual campeão da etapa passada, o paraense Machado Sub, estará presente. Em 2023, o belga Lancelot participou do Open em Ubatuba e cravou o recorde nacional da Bélgica (179 m) na dinâmica com nadadeiras bifins (DYNB) — demonstrando o nível técnico e o caráter internacional do torneio. “Ubatuba reúne tradição esportiva, público apaixonado e estrutura de segurança de padrão internacional. O Brasil Open AIDA é mais que um campeonato: é vitrine do alto rendimento, porta de entrada para novos praticantes e motor de desenvolvimento esportivo, cultural e turístico para a cidade”, destacou o apneísta e organizador, Carlos Tiozzo. Formato e disciplinas O 10º Brasil Open AIDA de Apneia Indoor terá categorias masculina e feminina, com troféus no Open e no Estadual, nas seguintes disciplinas: – Estática (STA) — permanência em apneia – Dinâmica com nadadeiras bifins (DYNB) — distância horizontal – Dinâmica sem nadadeiras (DNF) — distância horizontal – Dinâmica com monofin (DYN) — distância horizontal Programação – 10/10 (sexta-feira) — 13h30–16h: treino de reconhecimento de piscina + congresso técnico – 11/10 (sábado) — 07h30–12h: Estática (STA) | 13h–17h: DYNB – 12/10 (domingo) — 08h–12h: DNF | 13h–15h: DYN | 15h–20h: solenidade de premiação Horários sujeitos a alterações. Sobre a AIDA Brasil Fundada em 2000, a AIDA Brasil é a seção nacional da AIDA International (criada em 1992, na Suíça), maior referência mundial do esporte. Nos últimos anos, os AIDA OPENs no país homologaram marcas de diversas nacionalidades e passaram por cinco regiões, em sete estados e mais de 10 cidades. Informações sobre o Brasil Open – Evento: 10º Brasil Open AIDA de Apneia Indoor – Data: 10 a 12 de outubro de 2025 – Local: Piscina Municipal de Ubatuba Prefeitura de Ubatuba
Brasil recebe 2,5 mil unidades de fomepizol, antídoto contra metanol

O Ministério da Saúde recebeu nesta quinta-feira (9), no Aeroporto de Guarulhos (SP), uma remessa com 2,5 mil unidades do antídoto fomepizol, usado no tratamento de pacientes com metanol no organismo. A substância detectada tem sido ingerida junto com bebidas alcoólicas adulteradas, produzidas de maneira clandestina. É a primeira remessa desse antídoto a chegar ao Brasil. Ao todo, 1,5 mil unidades já começam a ser distribuídas ainda hoje, sendo priorizado o estado de São Paulo, que registra o maior número de casos de intoxicação pela substância. A unidade federativa receberá 288 unidades do medicamento. O restante do lote será destinado a outras localidades com ocorrências confirmadas: Pernambuco (68 unidades), Paraná (84), Rio de Janeiro (120), Rio Grande do Sul (80), Mato Grosso do Sul (20), Piauí (24), Espírito Santo (28), Goiás (52), Acre (16), Paraíba (28) e Rondônia (16). O envio terá continuidade amanhã (10), estendido a todo o país, inclusive em locais sem casos comunicados às autoridades. A pasta ainda manterá mil ampolas de fomepizol guardadas em estoque. Os estados poderão demandar novas remessas, conforme sua necessidade e surgimento ou alta de casos. Em nota, o ministério esclarece que o quantitativo foi definido a partir de dados demográficos oficiais, do último Censo, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Etanol farmacêutico Além do fomepizol, outra substância capaz de reverter a intoxicação é o etanol farmacêutico, que pode ser administrado por equipes de saúde antes mesmo da confirmação do quadro por exame laboratorial. O etanol farmacêutico exige prescrição e monitoramento médico, não devendo ser comprado e aplicado pela população em geral. A pasta irá receber 12 mil ampolas desse tipo de antídoto como doação da empresa brasileira Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos. As unidades se somarão às 4,3 mil entregues aos estoques do SUS pelos hospitais universitários federais, em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Fonte
Brasil tem 24 casos confirmados de intoxicação por metanol

O Ministério da Saúde divulgou, nesta quarta (8), que foram confirmados, até agora, 24 casos de intoxicação por metanol por ingestão de bebidas adulteradas no Brasil. Cinco mortes foram confirmadas, todas em São Paulo. Outros 11 casos estão em investigação (seis em São Paulo, uma em Mato Grosso do Sul, três em Pernambuco e uma na Paraíba). Notificações Na segunda-feira (6), existiam 17 confirmações de contaminação por metanol e 217 notificações. Esse número subiu para 259 suspeitas, sendo que, nesse momento, há 235 em investigação. Outras 145 suspeitas foram descartadas. Ainda de acordo com o governo, os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul são os únicos que registraram casos confirmados de intoxicação pela substância. Suspeitas Entre os casos confirmados, são 20 pessoas em São Paulo, três no Paraná e uma no Rio Grande do Sul. A respeito das suspeitas em investigação, a maioria está em São Paulo (181 registros). Ainda há avaliação de casos em: Pernambuco (24), Paraná (5), Rio de Janeiro (5), Rio Grande do Sul (4), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (4), Espírito Santo (3), Goiás (2), Acre (1), Paraíba (1) e Rondônia (1). Fonte



