Oficial de Justiça tenta notificar Bolsonaro em hospital após live na UTI

Nesta quarta-feira (23/04/2025), uma oficial de Justiça foi ao Hospital DF Star, em Brasília, onde Jair Bolsonaro está internado, para notificá-lo sobre a abertura de processo no STF que o julgará por tentativa de golpe de Estado. A iniciativa ocorreu após o ex-presidente realizar uma live direto da UTI na noite anterior, o que levou o tribunal a considerar viável a citação. Detalhes da notificaçãoA oficial não conseguiu entregar pessoalmente o documento a Bolsonaro, que permanece na UTI há nove dias após cirurgia abdominal. A defesa do ex-presidente nega as acusações de conspiração para impedir a posse de Lula em 2022. O STF justificou a medida afirmando que a live de Bolsonaro “demonstrou possibilidade de ser citado”. Contexto da ação penalO processo inclui oito réus acusados de articular um golpe após as eleições de 2022. Os ex-comandantes das Forças Armadas já relataram ao STF que rejeitaram propostas de Bolsonaro para interromper a transição de poder. A citação dos demais envolvidos ocorreu entre 11 e 15 de abril. Situação de saúdeBoletins médicos indicam que Bolsonaro apresenta evolução clínica positiva, com retomada de funções intestinais, mas segue em nutrição parenteral (alimentação pela veia). Esta é sua sétima cirurgia desde o atentado de 2018. Repercussão políticaO episódio ocorreu no mesmo dia em que Bolsonaro recebeu Valdemar Costa Neto, presidente do PL, no hospital. Aliados classificaram a tentativa de notificação como “inacreditável”. O STF mantém a exigência de que o ex-presidente apresente defesa prévia no prazo legal após a citação efetiva. A defesa de Bolsonaro terá oportunidade formal de se manifestar após a conclusão da notificação. O caso deve seguir para análise de provas e eventual julgamento na Primeira Turma do STF
Boletim médico aponta boa evolução clínica de Jair Bolsonaro após cirurgia intestinal

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) em um hospital particular de Brasília, com quadro clínico considerado estável e em boa evolução. A informação foi confirmada em boletim médico divulgado na manhã desta quinta-feira (17). Segundo o hospital, Bolsonaro está sem dor, consciente e sem intercorrências desde o procedimento cirúrgico realizado no último domingo (13), que durou cerca de 12 horas. A cirurgia teve como objetivo tratar uma suboclusão intestinal – uma obstrução parcial do intestino provocada por aderências internas, consequência de múltiplas intervenções cirúrgicas realizadas desde a facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018. Ainda de acordo com a equipe médica, os exames laboratoriais indicam melhora progressiva, mas ainda não há previsão para alta da UTI. A permanência na unidade intensiva é considerada uma medida de precaução, visando o monitoramento contínuo do quadro clínico do ex-presidente. Bolsonaro já passou por diversas internações e cirurgias desde o atentado sofrido em Juiz de Fora (MG), que perfurou órgãos internos e deixou sequelas duradouras. As aderências intestinais, como as que motivaram a cirurgia atual, são comuns em pacientes que enfrentam múltiplos procedimentos abdominais. Desde o fim do seu mandato, em 2022, o ex-presidente tem enfrentado idas frequentes ao hospital, e sua condição de saúde continua sendo motivo de preocupação entre aliados e familiares. Nas redes sociais, aliados políticos do ex-presidente pediram orações e manifestaram otimismo quanto à recuperação. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro agradeceu o apoio e informou que ele está sendo bem assistido pela equipe médica. A equipe médica deve divulgar novos boletins ao longo dos próximos dias. A possível transferência de Bolsonaro para um quarto dependerá da evolução contínua dos exames e da resposta do organismo à fase de recuperação pós-cirúrgica. A situação de saúde do ex-presidente segue sendo acompanhada com atenção por autoridades, apoiadores e a imprensa nacional.
Bolsonaro Passa Mal no Rio Grande do Norte e é Internado

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrentou um episódio de saúde preocupante na madrugada desta sexta-feira (11) no Rio Grande do Norte. Segundo o ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto, Bolsonaro passou mal e foi medicado com antiinflamatórios e remédios para gases. Após o incidente, ele foi levado para um hospital em Santa Cruz, na região Agreste potiguar, e posteriormente transferido de helicóptero para o Hospital Rio Grande, em Natal. De acordo com o ex-ministro Gilson Machado Neto, Bolsonaro passou a noite toda sem dormir e, às 5 horas da manhã, chamou por ajuda. Machado Neto entrou em contato com o médico Antônio Luiz Macedo, que orientou a aplicação de medicamentos para aliviar os sintomas. Na manhã seguinte, Bolsonaro passou mal novamente, apresentando dores abdominais, e foi levado para atendimento médico imediato. Bolsonaro tem um histórico de problemas de saúde relacionados ao intestino desde a facada que sofreu em 2018, durante um evento de campanha. As sequelas incluem aderências no abdome, que podem causar obstrução intestinal. Em várias ocasiões, ele precisou ser internado para tratar essas complicações, incluindo cirurgias para desobstrução intestinal e a retirada de uma bolsa de colostomia. A internação ocorreu enquanto Bolsonaro estava no Rio Grande do Norte para a inauguração do projeto “Rota 22”, uma iniciativa do seu partido para ampliar o alcance de pautas da oposição no Nordeste. Entre os temas abordados, estava a anistia para os presos pelo 8 de Janeiro. O ex-presidente está sendo acompanhado pelo senador Rogério Marinho no hospital. A família de Bolsonaro também está a par da situação, com Flávio Bolsonaro confirmando que o pai passou mal com dores abdominais e está sendo medicado. A situação de saúde de Bolsonaro tem gerado preocupação entre seus apoiadores e atenção da mídia nacional. A equipe médica continua monitorando sua condição, e novas atualizações são aguardadas nos próximos dias.
Decisão do TCU sobre as Joias de Bolsonaro: Vitória para a Lógica e a Justiça

O Tribunal de Contas da União (TCU) recentemente decidiu que presentes de uso pessoal recebidos por presidentes e vice-presidentes não são patrimônio público, podendo ser mantidos por quem os recebeu. Essa decisão foi um alívio para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrentava acusações relacionadas às joias recebidas durante uma viagem à Arábia Saudita. A decisão do TCU foi baseada na falta de normas legais específicas que determinem a incorporação desses presentes ao patrimônio público. O ministro Jorge Oliveira, relator do caso, destacou que a ausência de uma legislação clara impede que o TCU exija a devolução desses bens à União. Para Bolsonaro, essa decisão é uma vitória significativa, pois reforça sua defesa de que as joias eram presentes pessoais e não bens públicos. Ele foi indiciado pela Polícia Federal por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos, mas a decisão do TCU pode ser usada como argumento em sua defesa. A decisão também beneficia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu um relógio do presidente francês Jacques Chirac em 2005. O TCU entendeu que esse relógio, assim como as joias de Bolsonaro, não é patrimônio público. Críticos argumentam que a falta de regulamentação sobre presentes a presidentes pode levar a abusos e falta de transparência. No entanto, defensores da decisão afirmam que ela respeita a lógica jurídica e a tradição de que presentes pessoais não sejam considerados bens públicos. O TCU recomendou que a Presidência adote critérios mais rígidos para o registro desses presentes, incluindo a catalogação e publicidade no Portal da Transparência. Essa medida visa aprimorar a gestão desses bens e evitar controvérsias futuras. A decisão do TCU pode ter implicações políticas significativas, especialmente no caso de Bolsonaro, que agora tem mais argumentos para defender sua inocência. No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda pode julgar o caso sob uma ótica diferente, considerando as acusações apresentadas pela Polícia Federal. Com essa decisão, o TCU reafirma a importância da clareza jurídica e da lógica na interpretação das leis, evitando a judicialização indevida de questões que não têm base legal sólida.
Bolsonaro reúne quase 60 mil apoiadores em ato pró-anistia na Avenida Paulista

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou mais uma vez sua força política ao reunir quase 60 mil apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (6 de abril de 2025). O ato pró-anistia contou com a presença de sete governadores e diversas lideranças políticas, consolidando o papel de Bolsonaro como um dos principais nomes da direita brasileira. O evento teve como principal objetivo pressionar o Congresso Nacional pela aprovação de um projeto de lei que busca anistiar os cidadãos investigados ou condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Durante seu discurso, Bolsonaro destacou a importância da união do povo brasileiro e dos parlamentares para garantir justiça aos patriotas que, segundo ele, foram injustamente perseguidos por exercerem seu direito à manifestação. “Estamos aqui para mostrar que o Brasil não aceita perseguições políticas. Há uma saída, e ela passa pelo apoio do povo e pelo trabalho dos nossos representantes no Congresso”, afirmou Bolsonaro em um discurso que foi recebido com entusiasmo pelos presentes. A força política do ex-presidente foi evidenciada pela presença de sete governadores que participaram do ato e se reuniram com Bolsonaro no Palácio dos Bandeirantes antes da manifestação. Entre os líderes estaduais estavam: A presença desses governadores reforça o alinhamento político entre Bolsonaro e importantes lideranças estaduais, destacando a força do movimento conservador no país. Estima-se que cerca de 59.900 pessoas participaram do ato na Avenida Paulista, segundo análise do Poder360. A mobilização foi marcada por discursos emocionados e pela exibição de bandeiras nacionais, além de palavras de ordem contra o atual governo federal e o Supremo Tribunal Federal (STF). Para muitos apoiadores presentes, o ato representou um grito por liberdade e justiça diante do que consideram perseguições políticas contra Bolsonaro e seus aliados. Bolsonaro enfrenta desafios legais após ser acusado pelo STF de liderar uma organização criminosa que teria planejado ações golpistas em 2023. Apesar disso, ele segue firme em sua defesa contra as acusações e busca reverter sua inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE até 2030). Durante o ato, o ex-presidente reafirmou sua intenção de disputar as eleições presidenciais de 2026. Enquanto Bolsonaro mobilizou uma multidão na Avenida Paulista em defesa da anistia, grupos opositores realizaram um protesto menor no mesmo local contra a proposta. Liderado pelo deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), o ato reuniu cerca de 5.500 pessoas. A diferença entre os números evidencia a força do movimento conservador liderado por Bolsonaro e sua capacidade de atrair grandes públicos em momentos decisivos. O ato pró-anistia reforça o papel central de Jair Bolsonaro na política brasileira. Mesmo diante das adversidades jurídicas e da tentativa de silenciá-lo politicamente, ele continua sendo uma figura capaz de mobilizar milhões em torno das pautas conservadoras e patrióticas. Sua liderança é vista como essencial para a defesa dos valores tradicionais do Brasil e para a luta contra o que seus apoiadores chamam de “perseguição ideológica”. Com amplo apoio popular e político, Bolsonaro segue como um símbolo da resistência conservadora no país. A mobilização deste domingo deixa claro que ele continuará sendo uma peça-chave na construção do futuro político do Brasil.
Lula e Bolsonaro Empatam, e Presidente Vence Outros 7 Candidatos em Cenários de 2º Turno em 2026

Uma pesquisa recente realizada pela Genial/Quaest, divulgada na última quinta-feira (3), aponta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão tecnicamente empatados em um eventual segundo turno das eleições presidenciais de 2026. No entanto, Bolsonaro está inelegível até 2030, o que o impede de concorrer nas próximas eleições. Cenários de 2º Turno A pesquisa estimulada, que apresenta os nomes dos candidatos aos entrevistados, revela que Lula lidera em todos os outros cenários de segundo turno contra adversários da direita. Aqui estão os resultados detalhados: A pesquisa foi realizada entre os dias 27 e 31 de março, ouvindo 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em 120 municípios. O nível de confiança é de 95%, com uma margem de erro de dois pontos para mais ou para menos. Apesar de Lula liderar em todos os cenários, a pesquisa também revela que 62% dos entrevistados acham que o presidente não deveria se candidatar novamente em 2026. Além disso, há uma preocupação significativa entre os brasileiros, com 44% temendo a volta de Bolsonaro e 41% temendo uma recondução do petista. Esses resultados indicam que, apesar das incertezas políticas e da crise de popularidade enfrentada por Lula, ele mantém uma vantagem significativa em relação a outros potenciais candidatos da direita. No entanto, a inelegibilidade de Bolsonaro e a resistência à reeleição de Lula podem influenciar o cenário eleitoral de 2026 de maneiras imprevisíveis.
STF mantém multa por Bolsonaro impulsionar “Lula Flix”

A maioria dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) votou por manter uma multa de R$ 40 mil do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e sua coligação nas Eleições de 2022. Bolsonaro foi condenando pela Justiça Eleitoral por ter impulsionado, durante a corrida presidencial de 2022, o portal “Lula Flix”, com material negativo ao seu então adversário Luiz Inácio Lula da Silva. Em sessão virtual, votaram por rejeitar recurso de Bolsonaro e manter a multa os ministros Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia, formando maioria entre os cinco ministros que compõem a Primeira Turma. O ministro Cristiano Zanin, presidente do colegiado, declarou-se impedido de votar no caso, por ter atuado como advogado da campanha de Lula em 2022. O ministro Luiz Fux, por sua vez, tem até o fim da próxima sexta-feira (4) para votar. A maior parte dos ministros confirmou decisão monocrática de Dino, relator do caso, que já havia negado andamento ao recurso, afirmando que a defesa não conseguiu apontar quais teriam sido as condutas inconstitucionais do TSE. A defesa de Bolsonaro e sua coligação alegam que o material impulsionado não foi produzido pela própria campanha, mas tratavam-se de reportagens jornalísticas publicadas em veículos de ampla circulação, sendo dessa forma protegidas pela liberdade de expressão e imprensa. Na internet, o chamado impulsionamento é um serviço em que plataformas de buscas ou de redes sociais cobram para que determinado material ganhe maior alcance entre os usuários. Pelas regras eleitorais, esse tipo de serviço é permitido para destacar material positivo do próprio candidato, mas nunca para disseminar material negativo contra algum adversário político. Durante a campanha de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu que Bolsonaro e sua coligação violaram as regras ao terem inserido no site favorável ao então candidato à reeleição, em destaque, material compilado pelo portal apócrifo “Lula Flix”, que à época surgiu na internet com a proposta de ser um agregador de informações negativas sobre o candidato do PT. A campanha de Bolsonaro contratou dez inserções de material em destaque no Google, plataforma de buscas dominante no país. Pelo contrato, quem buscasse por determinados termos recebia entre os primeiros resultados o site favorável ao candidato, mas quando acessava esse portal se deparava, na página de abertura, com material negativo sobre Lula, e era direcionado ao canal do YouTube “Lula Flix”. Para o TSE, tratou-se de um “ardil” e “notória burla” às normas eleitorais. Pelo acórdão (decisão colegiada) sobre o caso, Bolsonaro e sua campanha “lançaram mão de propaganda eleitoral a princípio regular visando em tese se promover na internet, mas que, ao fim e ao cabo, direcionava os usuários a sítio eletrônico no qual estampada de forma ostensiva publicidade em desfavor de concorrente político”. O valor da multa, de R$ 40 mil, foi a máxima prevista como punição para violação das regras de impulsionamento. A campanha de Lula chegou a pedir a derrubada do Lula Flix, apontando que o canal estava registrado sob o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da campanha de Bolsonaro. O TSE, contudo, negou a retirada do ar de toda a página, derrubando somente as notícias já reconhecidas como sendo falsas pela Justiça Eleitoral.
Perseguição ao Ex-Presidente Jair Bolsonaro: Uma Ameaça à Democracia e à Liberdade

O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta uma intensa perseguição política, com a possibilidade de ser preso em breve devido a acusações infundadas de envolvimento em uma trama golpista. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncias contra Bolsonaro e outros 33 indivíduos, incluindo ex-ministros e militares de alta patente, por crimes que seus defensores consideram fabricados. As acusações surgiram após uma investigação que muitos veem como tendenciosa e politicamente motivada. A PGR afirma que Bolsonaro liderou uma organização criminosa que buscava derrubar o governo democraticamente eleito de Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, Bolsonaro e seus apoiadores argumentam que essas acusações são parte de uma “perseguição política” orquestrada para silenciar um dos principais opositores do governo atual. O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento da denúncia contra Bolsonaro e sete outros acusados em 24 de março de 2025. A decisão do STF determinará se eles se tornarão réus e responderão a uma ação penal. Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro poderá enfrentar uma pena de até 43 anos de prisão, o que seus defensores consideram uma tentativa de cassar sua liberdade e direitos políticos. Bolsonaro e seus apoiadores veem essa perseguição como uma ameaça à democracia e à liberdade de expressão no Brasil. A prisão de Bolsonaro poderia gerar um clima de tensão política e mobilizar ainda mais seus seguidores, que já se sentem marginalizados pelo governo atual. A oposição ao governo Lula pode se unir em torno da defesa dos direitos de Bolsonaro, o que poderia influenciar o cenário eleitoral de 2026.
Bolsonaro em Brasília: Resistência e União em Tempos de Julgamento

Hoje, o ex-presidente Jair Bolsonaro desembarcou em Brasília, onde a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. Bolsonaro, que ainda não definiu onde assistirá ao julgamento, tem como opções a sede do Partido Liberal (PL) ou a casa do líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS). O julgamento, que começa às 9h30, é um marco importante na história política do Brasil. A PGR acusa Bolsonaro e outros sete aliados de envolvimento em uma trama golpista após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. Entre os acusados estão ex-ministros e militares de alta patente, como Walter Braga Netto e Augusto Heleno. Bolsonaro tem afirmado que não está preocupado com as acusações, considerando-as parte de uma “perseguição político-judicial” contra ele e sua família. Aliados do ex-presidente preveem uma decisão unânime do STF, mas temem possíveis “cortes” nas redes sociais durante o julgamento. A presença de Bolsonaro em Brasília durante o julgamento é vista como um ato de resistência e união com seus aliados. Parlamentares de direita planejam se reunir na capital para discutir a pauta legislativa e o projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Informações Adicionais
STF Julgará Bolsonaro por Tentativa de Golpe em 2025

O cenário político brasileiro ganha contornos dramáticos com a iminente análise, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado. Ministros do STF, em declarações obtidas, indicam que o julgamento deve ocorrer ainda em 2025, sob a justificativa de evitar que o caso contamine o processo eleitoral. A Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizou a denúncia, alegando o papel central de Bolsonaro na alegada trama golpista. A denúncia aponta que Bolsonaro teria editado a versão final de um decreto golpista, pressionado militares a aderirem à trama e até concordado com um plano para assassinar o atual presidente Lula (PT). A Defesa Contra-Ataca: Perseguição Política e Delação Premiada Em resposta, o núcleo político de Bolsonaro articula uma estratégia para “esticar a corda”, utilizando o processo como ferramenta de mobilização política. A narrativa central é a de uma suposta perseguição política, com o ex-presidente mantendo o discurso de que pretende disputar a presidência em 2026, apesar de sua inelegibilidade. No front jurídico, a defesa de Bolsonaro concentrará esforços na tentativa de anular a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, buscando deslegitimar as acusações. A tese de que Bolsonaro não se beneficiaria de um eventual golpe bem-sucedido também será utilizada para reforçar a narrativa de perseguição. Julgamento no STF: Composição e implicações Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro se tornará réu e será julgado pela 1ª Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Flávio Dino e Cristiano Zanin. A expectativa é que a Corte aceite a denúncia e torne os acusados réus até o fim de março. A análise da denúncia caberá à Primeira Turma do STF, que avaliará se há indícios suficientes de materialidade e autoria dos crimes. O ministro Gilmar Mendes, que não integra a Primeira Turma, declarou que a Corte deverá analisar e julgar o processo ainda em 2025 para não tumultuar 2026, ano de eleição presidencial. Veja também: Bolsonaro e a OEA: Um encontro que pode mudar o cenário político no Brasil Implicações políticas e jurídicas A denúncia da PGR e a possível aceitação pelo STF abrem um novo capítulo na já conturbada história política brasileira. O julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado tem o potencial de polarizar ainda mais a sociedade e gerar instabilidade institucional. Para os apoiadores de Bolsonaro, o processo é visto como uma manobra para impedir seu retorno à Presidência. A defesa do ex-presidente argumenta que as acusações são infundadas e que não há provas de seu envolvimento em qualquer tentativa de golpe. Por outro lado, seus opositores defendem que o julgamento é fundamental para responsabilizar Bolsonaro por seus atos e para fortalecer a democracia brasileira. Acreditam que a condenação do ex-presidente enviaria uma mensagem clara de que tentativas de subverter a ordem constitucional não serão toleradas. A narrativa de Bolsonaro Desde que foi indiciado pela PF, Bolsonaro tem reiterado que “sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição” e que jamais participou, cooperou ou incentivou quaisquer atos que atentassem contra o Estado com um golpe ou uma tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. O desfecho desse caso terá um impacto significativo no futuro político do Brasil. Resta saber se o STF irá priorizar a celeridade do julgamento em detrimento de um processo mais aprofundado, e se a estratégia da defesa de Bolsonaro será suficiente para reverter as acusações. Valeemacao