Trump anuncia tarifa de 50% ao Brasil em meio a tensões comerciais; Lula sinaliza resposta

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta semana a imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para o mercado americano. A medida, que entra em vigor em 1º de agosto, foi justificada por Trump como resposta direta à “perseguição” sofrida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente réu no Supremo Tribunal Federal por suposta tentativa de golpe, além de críticas ao que Trump classificou como censura a empresas de tecnologia americanas no Brasil. Em carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump foi enfático: “Os 50% são muito menos do que seria necessário para termos igualdade de condições em nosso comércio com seu país. E é necessário ter isso para corrigir as graves injustiças do sistema atual”. Trump ainda alertou que, caso o governo brasileiro adote retaliações, novas tarifas poderão ser implementadas. O republicano também destacou que a relação comercial entre os países tem sido “injusta” e criticou a atuação do Judiciário brasileiro contra redes sociais e a liberdade de expressão, em especial após decisões que afetaram plataformas como X (antigo Twitter). O governo Lula foi pego de surpresa e convocou uma reunião de emergência com ministros e o vice-presidente Geraldo Alckmin para discutir os impactos econômicos da medida. Em resposta pública, Lula afirmou que “o Brasil é uma nação soberana, com instituições independentes, e não aceitará nenhum tipo de tutela”. O presidente brasileiro prometeu retaliar à altura, utilizando a Lei de Reciprocidade Econômica para impor tarifas semelhantes sobre produtos americanos. Apesar do tom duro, a reação do mercado foi imediata e negativa: o real despencou quase 3% frente ao dólar e a bolsa brasileira também registrou queda expressiva. A incerteza sobre o futuro das exportações brasileiras para o segundo maior parceiro comercial do país acendeu o alerta em setores produtivos e industriais. Para setores da direita brasileira, a atitude de Trump é vista como um gesto de solidariedade a Bolsonaro e uma defesa da liberdade de expressão, ameaçada por decisões judiciais no Brasil. Muitos consideram que Lula, ao atacar plataformas digitais e perseguir adversários políticos, acabou provocando uma crise desnecessária com os Estados Unidos, prejudicando a economia nacional e a imagem do país no exterior. Os apoiadores de Bolsonaro destacam que o ex-presidente sempre buscou relações comerciais francas e transparentes com os EUA, enquanto o atual governo prioriza alianças ideológicas e interfere no livre mercado. Para eles, a resposta de Lula foi mais uma demonstração de autoritarismo e incapacidade de dialogar com grandes potências, colocando interesses ideológicos acima do bem-estar econômico do Brasil. O episódio marca uma escalada sem precedentes nas relações entre Brasil e Estados Unidos, com consequências diretas para a economia brasileira e para o ambiente político nacional. Enquanto Trump se posiciona como defensor da liberdade e do aliado Bolsonaro, Lula insiste na retórica da soberania, mas enfrenta críticas crescentes por sua postura intervencionista e pelo impacto negativo de suas decisões no comércio internacional

Post de Trump reacende esperança bolsonarista em sanções dos EUA contra Moraes

A recente postagem do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas redes sociais, reacendeu a expectativa entre apoiadores de Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de sanções americanas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua mensagem, Trump afirmou que “Bolsonaro e sua família estão sendo vítimas de uma perseguição política injusta”, e ressaltou que “os Estados Unidos devem agir contra aqueles que violam os direitos humanos e a liberdade de expressão, incluindo Alexandre de Moraes”. Essa declaração fortaleceu a articulação bolsonarista, que há meses busca apoio internacional para pressionar o governo americano a impor sanções contra Moraes, acusado por esse grupo de abuso de poder e censura. A base para essas possíveis sanções é a Lei Global Magnitsky, que permite aos EUA restringir vistos, congelar bens e proibir a entrada de estrangeiros envolvidos em violações de direitos humanos. O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro tem sido um dos principais interlocutores dessa causa junto a parlamentares republicanos e ao próprio governo Trump, defendendo que Moraes é responsável por ações autoritárias contra opositores políticos no Brasil. Para os bolsonaristas, a manifestação de Trump representa um reconhecimento internacional da suposta injustiça cometida contra o ex-presidente e seus aliados. Por outro lado, o governo brasileiro, sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, mantém uma postura de cautela e prepara uma resposta diplomática, visando preservar as relações bilaterais. Especialistas destacam que, apesar do impacto simbólico, as sanções têm efeitos limitados e podem ser revertidas por futuras administrações americanas. De toda forma, o post de Trump reacende a polarização política no Brasil e coloca Alexandre de Moraes no centro de uma disputa que ultrapassa as fronteiras nacionais, envolvendo interesses geopolíticos e ideológicos.

Ato em SP reúne apoiadores de Bolsonaro contra julgamento no STF

Com o mote de “Justiça Já”, uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, reuniu apoiadores do ex-presidente da República Jair Bolsonaro. O ato protesta principalmente contra o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), no qual o ex-chefe do Executivo é acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Há apenas dois dias, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, abriu prazo para as alegações finais do processo que investiga a trama golpista. Durante o ato realizado na tarde deste domingo (29), os manifestantes também exibiram faixas pedindo anistia aos condenados pelo STF pelos ataques de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes, além de bandeiras de apoio a Israel e aos Estados Unidos. Eles também criticaram as mudanças do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) propostas em decreto do governo federal e as fraudes no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) descobertas pela Polícia Federal. Além de Bolsonaro, o ato contou com a presença do pastor evangélico Silas Malafaia, principal organizador do ato, e dos governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais) e Jorginho Mello (Santa Catarina). Todos eles subiram ao caminhão de som que foi posicionado ao lado do Parque Trianon, no cruzamento entre a Avenida Paulista e a Rua Peixoto Gomide. Vestidos de verde e amarelo, os apoiadores do ex-presidente estiveram concentrados na tarde deste domingo em apenas um quarteirão da Avenida Paulista, em frente ao Parque Trianon, entre a Rua Peixoto Gomide ─ onde estava o caminhão com as autoridades ─ e o Museu de Arte de São Paulo (Masp). Havia também uma concentração de apoiadores em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Conforme o Monitor do Debate Político do Cebrap e a ONG More in Common, o ato contou com 12,4 mil pessoas. O cálculo é feito por imagens capturadas por drones e softwares de inteligência artificial, que calculam a quantidade de manifestantes. O mesmo método foi utilizado no ato anterior do ex-presidente, em 6 de abril, quando foi registrada a presença de 44,9 mil pessoas na avenida Paulista.  Discursos Saudado com gritos de “mito”, o ex-presidente subiu ao palco para pedir aos seus apoiadores que ajudem a eleger 50% da Câmara e do Senado nas eleições de 2026 para “mudar o Brasil”. Segundo o ex-presidente, se a direita quer que o “nosso time seja campeão, temos que investir e acreditar” e entender que “as coisas não acontecem de uma hora para outra”. Em seu discurso, o ex-presidente também defendeu a anistia aos manifestantes condenados pelos atentados do 8 de janeiro. “Apelo aos três poderes da República para pacificar o Brasil. Liberdade para os inocentes do 8 de janeiro”, falou. Segundo ele, a anistia “é um remédio previsto na Constituição” e o caminho para a pacificação. Antes de Bolsonaro, também discursaram o pastor Silas Malafaia e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o mais aplaudido pelo público durante o ato. Em seu discurso, Malafaia criticou as prisões determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes durante o processo que investiga a tentativa de golpe no dia 8 de janeiro e chamou o ministro de ditador. Ele também criticou o fato de a investigação sobre Bolsonaro estar baseada em delações do ex-ajudante de Bolsonaro, o coronel Mauro Cid. “Ele [Moraes] pensou rápido: se eu prender o coronel [Mauro] Cid, a delação dele cai, e se a delação dele cai, toda a sustentação da denúncia do PGR [Procurador-Geral da República] Paulo Gonet, que está jogando a reputação dele na lata do lixo, está sustentada na delação fajuta do coronel Cid”, disse Malafaia. Já o governador de São Paulo defendeu a anistia aos condenados pelos ataques contra as sedes do Legislativo, Executivo e Judiciário, no 8 de janeiro, e centrou críticas no governo do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Estamos aqui para pedir justiça, anistia, pacificação e para orar pela esperança e pelo futuro”, disse ele. “Em dois anos e sete meses, [o atual governo] destruiu tudo. O Brasil não aguenta mais. O Brasil não aguenta mais o gasto desenfreado, a corrupção, o governo gastador e o juro alto. O Brasil não aguenta mais o PT”, falou o governador. Para o governador, a missão de Bolsonaro “não acabou” e ele ainda vai fazer diferença no país. “Volta, Bolsonaro”, disse Tarcísio. Bolsonaro, no entanto, foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral e declarado inelegível até 2030 por abuso de poder. Alegações finais O julgamento de Bolsonaro e dos outros integrantes no núcleo 1 do processo entrou no período de alegações finais a partir de despacho do Ministro Alexandre de Moraes, publicado na última sexta-feira. Pelo despacho, a partir da intimação, a Procuradoria-Geral da República (PGR) terá o prazo de 15 dias para apresentar sua versão final dos fatos investigados. Após esse tempo, o delator do complô golpista, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, terá o mesmo tempo para apresentar suas próprias alegações finais. Por último, as defesas dos outros sete réus da Ação Penal 2.668 terão também 15 dias para apresentar ao Supremo sua última manifestação antes do julgamento do caso pela Primeira Turma, composta por cinco ministros: além de Moraes, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino. Todos os oito réus, incluindo o próprio Bolsonaro, foram denunciados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, pelos mesmos cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. Somadas, as penas podem ultrapassar os 40 anos de prisão. 

Lula deveria cuidar do Brasil em vez de atacar EUA e se meter na guerra entre Israel e Irã enquanto o país afunda na crise dos Correios e no roubo bilionário do INSS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se mostrado mais preocupado em criticar os Estados Unidos e se envolver no conflito entre Israel e Irã do que em resolver os problemas reais do Brasil. Recentemente, o governo brasileiro condenou “com veemência” os ataques dos EUA a bases nucleares do Irã, classificando-os como violação da soberania iraniana e do direito internacional, e alertou para os riscos de “danos irreversíveis” na região. Lula chegou a republicar essa nota oficial em suas redes sociais, reforçando sua posição contrária aos Estados Unidos, enquanto ignora a crise interna que afeta milhões de brasileiros. Enquanto isso, o Brasil enfrenta uma grave crise nos Correios, que acumularam prejuízos de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre de 2025, um aumento de 115% em relação ao ano anterior, e já somam 11 trimestres consecutivos no vermelho. A estatal, sob gestão do governo, anunciou cortes de gastos que impactam diretamente os 86 mil funcionários, com redução de jornada, suspensão de férias e retorno obrigatório ao trabalho presencial, prejudicando a qualidade do serviço postal para a população. Além disso, o país convive com o escândalo do roubo bilionário no INSS, que expõe a fragilidade da administração pública e a falta de controle sobre recursos essenciais para a seguridade social, prejudicando aposentados e beneficiários. Lula, em vez de focar nesses problemas, prefere se alinhar a regimes autoritários e criticar os EUA, país que é parceiro histórico do Brasil em diversas áreas. Essa postura ideológica fragiliza a política externa brasileira e não traz nenhum benefício prático para a população. O Brasil não tem poder militar nem influência para intervir no conflito entre Israel e Irã, e o governo deveria manter uma postura neutra e prudente, concentrando-se em resolver os desafios internos, como segurança pública, economia e infraestrutura. Por outro lado, o ex-presidente Jair Bolsonaro sempre defendeu que o Brasil deve priorizar sua soberania e resolver seus próprios problemas antes de se envolver em disputas internacionais complexas e perigosas. Bolsonaro alertava para a necessidade de fortalecer o país internamente, especialmente diante de crises como a dos Correios e a corrupção no INSS. O momento exige responsabilidade e foco no Brasil. Lula deveria abandonar seu ativismo internacional e voltar sua atenção para os problemas domésticos, garantindo segurança, emprego e serviços públicos de qualidade para os brasileiros. A guerra no Oriente Médio é um conflito distante e complexo, e o Brasil deve cuidar do que realmente importa: seu próprio povo.

PF indicia Carlos Bolsonaro e Ramagem no inquérito da “Abin Paralela”

A Polícia Federal (PF) indiciou o vereador Carlos Bolsonaro e o deputado federal Alexandre Ramagem no inquérito que investiga um suposto esquema de espionagem montado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro. À época, Ramagem era o diretor-geral da Abin. Entre os indiciados também está a cúpula atual da Abin, que tem Luiz Fernando Corrêa como diretor-geral. Com isso, a PF concluiu a investigação e enviou o inquérito da chamada “Abin Paralela” ao Supremo Tribunal Federal (STF). A lista entregue ao Supremo inclui 36 nomes O principal alvo da investigação é o uso da Abin para monitorar ilegalmente autoridades públicas durante o governo Bolsonaro. De acordo com a PF, policiais e delegados da corporação que estavam cedidos à Abin, além de servidores do órgão, teriam participado de uma organização criminosa para cumprir ações ilegais de espionagem. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Durante a apuração, os investigadores da PF descobriram que foi realizada uma ação para obtenção de informações sigilosas de autoridades do Paraguai envolvidas nas negociações do contrato de energia da usina hidrelétrica de Itaipu, operada pelos dois países. Alexandre Ramagem não comentou o indiciamento, mas já negou anteriormente a existência do esquema. Carlos Bolsonaro se manifestou nas redes sociais e alegou que a operação da PF tem motivação política, visando as eleições de 2026. A Abin afirmou que não vai se manifestar sobre os indiciamentos. Em abril, o diretor-geral da agência publicou uma nota em que dizia estar à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos, seja no âmbito administrativo, civil ou criminal. Agência Brasil

Ex-presidente Bolsonaro presta depoimento em apuração sobre atuação polêmica do filho Eduardo nos EUA

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento nesta quinta-feira (5) à Polícia Federal, em Brasília, no âmbito de uma investigação que apura a atuação de seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos. O inquérito foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O que está sendo investigado A investigação tem foco nas ações de Eduardo Bolsonaro desde que se mudou para os Estados Unidos, em março deste ano. O parlamentar, que tirou licença do mandato, passou a se reunir com congressistas republicanos e aliados do ex-presidente Donald Trump, defendendo que o governo norte-americano imponha sanções a ministros do STF, integrantes da PGR e da Polícia Federal. Segundo a PGR, essas ações teriam como objetivo pressionar e intimidar autoridades brasileiras, interferindo em investigações e processos que envolvem Jair Bolsonaro e seus aliados. Entre as possíveis sanções defendidas por Eduardo estariam a cassação de vistos, bloqueio de bens e restrição de transações financeiras de autoridades brasileiras nos EUA. As manifestações do deputado, feitas em entrevistas e postagens nas redes sociais, foram classificadas pela PGR como tendo “tom intimidatório” e sendo parte de uma estratégia para embaraçar o andamento de investigações e julgamentos, especialmente a Ação Penal 2.668, na qual Jair Bolsonaro é acusado de liderar uma organização criminosa que tentou romper a ordem democrática após as eleições de 2022. Por que Bolsonaro foi ouvido O depoimento de Jair Bolsonaro foi solicitado porque a PGR entende que ele seria diretamente beneficiado pelas ações do filho. O ex-presidente chegou a declarar publicamente que ajudaria a bancar a permanência de Eduardo nos EUA, o que reforça a suspeita de envolvimento ou apoio nas estratégias do filho para pressionar o STF. O ministro Alexandre de Moraes, ao autorizar a oitiva, destacou que Bolsonaro deveria prestar esclarecimentos “dada a circunstância de ser diretamente beneficiado pela conduta descrita e já haver declarado ser o responsável financeiro pela manutenção do sr. Eduardo Bolsonaro em território americano”. Possíveis crimes investigados A PGR aponta indícios de crimes como: Esses crimes estariam relacionados não só às ações de Eduardo Bolsonaro, mas também ao possível envolvimento do ex-presidente, que é réu em ação penal no STF por supostamente chefiar uma organização criminosa que tentou um golpe de Estado para mantê-lo no poder após a derrota eleitoral em 2022. Desdobramentos e contexto internacional A investigação enfrenta limitações quanto à jurisdição, já que Eduardo Bolsonaro está fora do Brasil. Por isso, o ministro Alexandre de Moraes autorizou que ele preste esclarecimentos por escrito e determinou que o Ministério das Relações Exteriores informe sobre diplomatas brasileiros aptos a colaborar com a apuração nos EUA. O caso também ocorre em meio a movimentos do governo Trump, que anunciou a intenção de cassar vistos de quem promova “censura” de cidadãos americanos — medida vista como uma possível retaliação a ministros do STF e interpretada como parte das articulações de Eduardo Bolsonaro nos EUA. O que dizem os envolvidos Eduardo Bolsonaro justifica sua atuação afirmando que busca “sanções aos violadores de direitos humanos” e o “resgate de liberdades perdidas” no Brasil, criticando especialmente o ministro Alexandre de Moraes. Já a defesa de Jair Bolsonaro ainda não se manifestou publicamente sobre o depoimento desta quinta-feira. Além de Bolsonaro, outros parlamentares e diplomatas brasileiros nos EUA também devem ser ouvidos. O monitoramento das redes sociais de Eduardo Bolsonaro foi determinado para preservar provas e apurar o alcance de suas declarações. A investigação pode resultar em sanções diplomáticas e criminais, incluindo a cassação de vistos, bloqueio de bens e restrições comerciais para os envolvidos, caso sejam comprovadas as tentativas de coação e obstrução da Justiça. “A busca por sanções internacionais a membros do Poder Judiciário visa interferir sobre o andamento regular dos procedimentos de ordem criminal, inclusive ação penal em curso contra o sr. Jair Bolsonaro”, afirmou o procurador-geral Paulo Gonet

O que dizem as defesas dos denunciados por tentativa de golpe no núcleo 4

Os denunciados por tentativa de golpe no chamado “núcleo 4” têm apresentado suas versões e argumentos diante das acusações que pesam sobre eles. As defesas, em geral, contestam a narrativa do Ministério Público e das autoridades responsáveis pela investigação, alegando falta de provas concretas, distorção de fatos e até perseguição política. Em nota, os advogados dos principais envolvidos afirmam que confiam na Justiça e que todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas para garantir o direito de defesa e o devido processo legal. Eles ressaltam que qualquer tentativa de criminalizar manifestações políticas pacíficas representa um risco à democracia e às liberdades individuais. O processo segue em tramitação, com a análise das respostas das defesas e a possibilidade de novas diligências. O Judiciário deverá decidir, nas próximas semanas, se aceita ou não as denúncias e se os acusados irão a julgamento. O caso do núcleo 4 segue gerando repercussão nacional, com opiniões divididas entre a necessidade de punir eventuais excessos e a garantia dos direitos fundamentais dos acusados. As defesas seguem firmes na tentativa de demonstrar inocência e afastar a tese de golpe, apostando no contraditório e na ampla defesa como pilares do Estado de Direito.

Prisão de Bolsonaro: revolução ou resignação política?

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou Jair Bolsonaro réu por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público. Caso condenado, as penas podem somar até 40 anos de prisão, além de inelegibilidade permanente e perda de direitos políticos. O processo ainda está na fase de produção de provas e oitiva de testemunhas, com julgamento final previsto para ocorrer ainda em 2025. A prisão imediata, no entanto, só ocorrerá após o trânsito em julgado (quando não houver mais recursos), a menos que haja um pedido de prisão preventiva por obstrução de justiça – hipótese que a Procuradoria-Geral da República (PGR) avalia após convocações recentes de atos pró-anistia. E se a prisão acontecer? Três cenários possíveis 1. Radicalização e protestos Bolsonaro mantém uma base fiel, parte da qual já aderiu a narrativas de “perseguição política”. A deflagração de protestos, como os de 8 de janeiro de 2023, não é descartada, mas analistas apontam que o desgaste do bolsonarismo e a atuação enérgica das forças de segurança reduzem riscos de convulsão social. 2. Judicialização como precedente A condenação reforçaria a tese de que crimes contra a democracia não ficam impunes, criando um marco legal para futuras ações contra autoridades. Por outro lado, críticos argumentam que a politização do Judiciário pode alimentar discursos de vitimização. 3. “Business as usual” na política A história brasileira sugere que escândalos não alteram estruturas de poder de forma permanente. A menos que haja mobilização popular massiva, é possível que o sistema político absorva o impacto sem grandes reformas – como ocorreu após casos como o Mensalão e a Lava Jato. A pergunta central: revolução ou resignação? A prisão de um ex-presidente é um evento simbólico sem precedentes recentes. Porém, a fragmentação partidária e a agenda econômica dominante indicam que mudanças profundas dependeriam menos de um julgamento e mais de pressão social organizada. Enquanto isso, a descrença nas instituições – alimentada por ambos os lados do espectro político – segue como combustível para crises cíclicas. O que os juristas destacam Conclusão: entre o simbolismo e o pragmatismo A eventual prisão de Bolsonaro não será um ponto final, mas um capítulo na tensão entre Justiça e política. Seu legado dependerá menos do tribunal e mais da capacidade da sociedade de exigir accountability – ou de normalizar a exceção.

Filho de Bolsonaro é acusado de integrar esquema de lavagem de dinheiro com falsificação de documentos

Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, tornou-se réu por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso, conforme denúncia aceita pela 5ª Vara Criminal de Brasília. As investigações apontam que ele e seus associados criaram uma “pessoa fictícia” para obter empréstimos bancários fraudulentos, utilizando documentos adulterados. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Jair Renan e o empresário Maciel Alves forjaram um faturamento de R$ 4,6 milhões entre 2021 e 2022 para a empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, valor que nunca existiu. Os investigados teriam usado dados de contadores sem autorização e inserido declarações falsas em documentos para conseguir empréstimos, incluindo um do Santander no valor de R$ 360 mil. A fraude envolveu a criação de Antonio Amancio Alves Mandarrari, identidade falsa usada para abertura de contas bancárias e registro de empresas como “laranja”. Parte dos recursos obtidos teria sido destinada ao pagamento de dívidas da empresa e a transferências suspeitas para o exterior. O Ministério Público do DF (MPDFT) formalizou a denúncia em março de 2024, após conclusão das investigações. O advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, criticou vazamentos de informações à imprensa, afirmando que prejudicam a presunção de inocência. Já a defesa de Maciel Alves declarou confiança na absolvição, citando decisões anteriores favoráveis. Não é a primeira vez que um filho de Bolsonaro enfrenta acusações de irregularidades financeiras. Flávio Bolsonaro, irmão de Jair Renan, foi denunciado em 2020 por lavagem de dinheiro e organização criminosa no caso da “rachadinha”, que desviava salários de funcionários públicos. O caso de Jair Renan segue sob sigilo judicial, e o MPDFT aguarda decisão sobre a ação penal. O banco Santander já obteve uma decisão favorável para cobrar a dívida de R$ 360 mil. Se condenado, o filho do ex-presidente pode enfrentar penas que incluem prisão e multas pelos crimes de lavagem e falsificação

Bolsonaro apresenta piora clínica na UTI com elevação de pressão e alterações hepáticas

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, com piora clínica registrada nesta quinta-feira (24). Segundo boletim médico, o quadro inclui elevação da pressão arterial e alterações nos exames hepáticos, exigindo novos exames de imagem para reavaliação. Detalhes do quadro clínico