STF retoma julgamento sobre revisão da vida toda de aposentadorias do INSS
Notícia publicada em: 20 de março de 2024
O Supremo Tribunal Federal (STF) deverá retomar nesta quarta-feira (20) o julgamento crucial sobre a revisão da vida toda de aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A sessão está marcada para iniciar às 14h.
Caso a discussão seja retomada, os ministros decidirão possíveis alterações na decisão anterior da Corte, que reconheceu, em 2022, a revisão da vida toda, permitindo que aposentados busquem o recálculo do benefício considerando todas as contribuições feitas ao longo da vida.
O contexto histórico da revisão da vida toda de aposentadorias do INSS remonta a mudanças significativas na legislação previdenciária brasileira. Antes da Lei 9.876/99, o cálculo dos benefícios do INSS era baseado nas 36 últimas contribuições nos 48 meses antes do pedido de aposentadoria. Essa regra foi modificada com a introdução do fator previdenciário, que foi posteriormente abolido com a reforma da Previdência de 2019.
Recomendado para você: Projeto de Lei de Regulamentação para Motociclistas de Aplicativo em Debate
Apesar da decisão favorável, a revisão ainda não foi aplicada devido a um recurso do INSS, que busca limitar seus efeitos.
O INSS defende a exclusão da revisão a benefícios previdenciários já extintos, decisões judiciais prévias e a proibição de pagamento de diferenças antes de 13 de abril de 2023.
O último movimento no processo ocorreu em 1° de dezembro do ano passado, quando o ministro Alexandre de Moraes interrompeu o julgamento no plenário virtual, agora a continuidade se dará de forma presencial.
Até o momento, ministros como Edson Fachin e Cármen Lúcia votaram por estabelecer o recálculo a partir de dezembro de 2019, enquanto outros como Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso votaram pela anulação da decisão do STJ.
O processo julgado pelo STF refere-se a um recurso do INSS contra uma decisão do STJ que garantiu a um segurado do RGPS a possibilidade de revisão do benefício com base nas contribuições anteriores a 1994.
Durante a tramitação, associações de aposentados defenderam a consideração das contribuições antes de julho de 1994 no cálculo dos benefícios, alegando redução injusta dos benefícios devido à exclusão dessas contribuições.
Câmara aprova projeto que viabiliza isenção do IR para quem ganha até dois salários mínimos