A pesquisa VII Estudo Global sobre o uso da tecnologia na educação – relatório Brasil 2022, desenvolvida com o apoio do Ministério da Educação (MEC), apontou que 83% dos quase 43 mil professores que responderam o questionário entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023 usam algum tipo de material digital nas aulas. Além disso, 80% deles também acreditam que a motivação dos estudantes pode melhorar com a tecnologia, por conta dos conteúdos que ficam mais atraentes, dinâmicos e interativos.
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No entanto, tal evolução digital traz como desafio a capacitação de professores e alunos em seu uso, sendo uma tarefa essencial para a modernização do ensino e a melhoria dos processos de aprendizagem. Para Vagner Antiqueira, coordenador pedagógico do Colégio Anglo Leonardo da Vinci, para que isso aconteça é necessário um esforço coordenado entre gestores educacionais, docentes e estudantes, visando a implementação de um plano abrangente e contínuo na formação tecnológica.
“Vemos que essas ferramentas estão cada vez mais presentes na rotina dos alunos e é crucial realizar um diagnóstico das necessidades e habilidades tecnológicas dos professores para identificar aqueles que possuem facilidade e aqueles que necessitam de suporte. A partir disso, podem ser organizados programas de formação contínua, que inclui workshops, cursos online e presenciais, bem como grupos de estudo e troca de experiências”, complementa Vagner.
Já em relação aos alunos, o coordenador diz que a capacitação deve ser igualmente estratégica, sendo importante desenvolver competências digitais desde cedo por meio de atividades que estimulem o pensamento crítico e a resolução de problemas.
“Oficinas de programação, projetos colaborativos online e o uso de plataformas educacionais são algumas iniciativas que podem ser adotadas pelos estudantes. Promover um ambiente que incentive a curiosidade e a exploração tecnológica também é vital para que os alunos se sintam motivados a utilizar essas ferramentas de forma autônoma e criativa”, pontua Antiqueira.
A infraestrutura dos colégios e a cultura escolar que valorize e incentive o uso das tecnologias educacionais também é indispensável, segundo o pedagógico, com acesso a equipamentos de qualidade, conexão estável à internet e colaboração de práticas inovadoras no ambiente de aprendizagem.
“Estamos na era digital, onde os jovens vivem de plataformas tecnológicas em sua rotina. Saber utilizá-las de forma correta e direcionada para o local de estudo é muito necessário. Precisamos fazer com que essa prática seja melhor explorada entre os docentes e a turma, visando um ensino inovador e de qualidade”, finaliza o coordenador.