Eduardo Bolsonaro e Comitiva nos EUA: Articulação por Sanções ao Brasil

Notícia publicada em: 12 de abril de 2024

No início de março, uma comitiva de deputados brasileiros, liderada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), esteve em Washington (EUA) com o objetivo de obter apoio político e convencer parlamentares republicanos sobre a situação política no Brasil. Durante a semana em solo americano, eles defendiam a ideia de que o Brasil não é mais uma democracia e buscavam sanções contra autoridades brasileiras.

A estratégia envolvia persuadir os parlamentares dos EUA a aprovarem uma lei para punir as autoridades brasileiras, alegando violações dos direitos dos conservadores e buscando impor sanções ao Brasil para combater a suposta “ditadura de esquerda”.

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Inicialmente convidados para uma audiência na Comissão Tom Lantos de Direitos Humanos na Câmara dos Representantes, os planos mudaram quando o democrata James P. McGovern, um dos copresidentes da comissão, vetou o evento. McGovern argumentou que os republicanos estavam utilizando o Congresso dos EUA para apoiar negacionistas eleitorais da extrema direita no Brasil.

A comitiva bolsonarista, composta por diversos deputados, tentou obter apoio em outras comissões na Câmara dos EUA, como a de Relações Exteriores e o Comitê de Apropriações. Eles se reuniram com parlamentares republicanos e conservadores, buscando respaldo para suas alegações sobre a situação política no Brasil.

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Além das agendas com parlamentares, a comitiva também se encontrou com representantes de grupos conservadores e de lobby nos EUA, buscando fortalecer sua influência e apoio internacional.

A tentativa de convencer o mundo de que o Brasil não é mais uma democracia faz parte de uma estratégia de longo prazo do bolsonarismo. Os deputados têm viajado para diferentes países, distribuindo materiais e buscando respaldo para suas alegações sobre a situação política brasileira.

A atuação internacional dos bolsonaristas levanta questionamentos sobre o papel do Brasil no cenário global e sobre as relações diplomáticas do país. A influência de grupos conservadores e de extrema direita nos EUA e em outros países torna-se evidente nesse contexto.

A comitiva bolsonarista continua sua agenda internacional, buscando apoio e articulando estratégias para promover sua narrativa sobre a situação política no Brasil. O resultado desses esforços e seu impacto nas relações internacionais do Brasil ainda estão por serem totalmente compreendidos.

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