A cidade de São Sebastião, no litoral norte paulista, está investindo em um projeto inovador que utiliza drones para o reflorestamento de áreas devastadas.
Com a atuação da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP), o programa visa recuperar 851 áreas afetadas pelas chuvas de fevereiro de 2023, que causaram danos em mais de 200 hectares da Mata Atlântica.
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O método escolhido para a recuperação ecológica é a dispersão aérea de sementes de árvores nativas em biocápsulas sustentáveis. Este processo, que começou em janeiro deste ano, já resultou na dispersão de 750 quilos de sementes, totalizando aproximadamente 77 milhões de grãos. As espécies priorizadas incluem guapuruvu, embaúba, crindiúva e quaresmeira, que são naturais da região.
“O projeto envolve uma colaboração entre empresas públicas e privadas, demonstrando que a sinergia entre os diversos atores pode gerar impactos positivos para a sociedade e para o meio ambiente”, afirma Danilo Leme Souza, especialista de Meio Ambiente da Tamoios. A iniciativa é parte do projeto “Restaura Litoral Norte”, coordenado pela ONG Instituto Conservação Costeira (ICC), em parceria com a concessionária Tamoios.
A recuperação de áreas degradadas, além de contribuir para o restauro da vegetação, também é uma estratégia para aumentar a segurança frente à crise climática. A tecnologia utilizada é 100% brasileira, desenvolvida pela Ambipar Group, e promove o reaproveitamento de materiais que seriam descartados pela indústria farmacêutica. As biocápsulas são feitas de material biodegradável, e o nitrogênio contido nelas auxilia na germinação das sementes.
Atualmente, 144,95 hectares já foram reflorestados, e 70% do projeto de semeadura está concluído. Paralelamente, ações de Educação Ambiental estão sendo realizadas nas escolas da região, em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemanden), com o objetivo de conscientizar a população sobre a prevenção de riscos climáticos.
“Por meio de palestras e oficinas, capacitamos os jovens a monitorar chuvas e criar mapas de áreas de risco, reduzindo sua vulnerabilidade frente às mudanças climáticas”, explica Fernanda Carbonelli, diretora executiva do ICC. O projeto “Restaura Litoral Norte” é patrocinado por uma rede de apoiadores e conta com o suporte de diversas instituições, incluindo o Ministério Público Federal e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).
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