Apagão em São Paulo já causou pelo menos R$ 1,65 bilhão em prejuízos ao varejo e aos serviços da cidade

A falta de eletricidade em parte significativa da cidade de São Paulo, que já dura três dias.

A cidade de São Paulo enfrenta uma crise de energia elétrica que já dura três dias, resultando em prejuízos significativos para os setores de varejo e serviços. De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), as perdas acumuladas ultrapassam R$ 1,65 bilhão, sendo R$ 536 milhões apenas no varejo e R$ 1,1 bilhão nos serviços.

Os números alarmantes refletem a gravidade da situação. O comércio paulistano, que normalmente fatura cerca de R$ 1,1 bilhão por dia durante os fins de semana, viu suas operações paralisadas. A falta de eletricidade também comprometeu serviços essenciais, como o fornecimento de água, já que muitos edifícios dependem de bombas hidráulicas que não funcionam sem energia.

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Além dos prejuízos diretos, muitos estabelecimentos tiveram que arcar com custos adicionais para locar geradores e contratar mão de obra extra.

Responsabilidade da Enel A concessionária responsável pela distribuição de energia em São Paulo, a Enel, não forneceu um cronograma claro para o restabelecimento do serviço. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, exigiu que a empresa normalizasse o fornecimento em até três dias e criticou sua falta de comunicação.

A situação é ainda mais preocupante considerando que a cidade já passou por episódios semelhantes no passado recente, incluindo uma interrupção que durou uma semana no final de 2023.

Reações e Consequências A Fecomercio SP está em diálogo com autoridades locais e federais para pressionar a Enel a agir rapidamente. A federação considera inaceitável que a maior metrópole do Brasil enfrente cortes frequentes de energia.

Críticas à gestão da empresa têm aumentado, com o Tribunal de Contas apontando falhas graves na prestação do serviço e um histórico de investimentos insuficientes na infraestrutura elétrica.

O prefeito Ricardo Nunes e o governador Tarcísio de Freitas também manifestaram descontentamento com a situação. Nunes chegou a solicitar o cancelamento do contrato da Enel, afirmando que a cidade não merece continuar sob sua gestão.

Conclusão A crise atual não apenas afeta a economia local, mas também levanta questões sobre a eficiência da gestão pública e privada dos serviços essenciais. A necessidade urgente de uma reforma administrativa é evidente, pois tanto os setores econômicos quanto as populações mais vulneráveis estão sendo severamente impactados pela falta de um serviço básico como a eletricidade.

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