Violência nas Universidades

A universidade como terreno fértil para a violência

Historicamente, as universidades se construíram como espaços de livre circulação e convivência, herdeiros do ideal de um ambiente aberto ao conhecimento e à diversidade social. No entanto, este ideal romântico choca-se com a dura realidade social brasileira atual, onde as ondas de violência penetraram com força nos campus, gerando medo e insegurança para quem deveria estar nestes espaços em busca de aprendizado e crescimento pessoal. A ausência de sistemas efetivos de controle de acesso — portões, vigilância presencial, câmeras de monitoramento, frequência controlada — cria oportunidades irresistíveis para a ação de agressores e criminosos. Como apontam pesquisas, crimes frequentes em universidades incluem roubos, furtos, assédio e agressões, que deixam a comunidade acadêmica desprotegida e vulnerável.

O descaso das instituições e o custo para os jovens estudantes

O caso do Centro Universitário FASC não é acidente; é consequência clara de um descaso crasso das instituições de ensino que, em nome de uma falsa liberalidade ou por economia de recursos, negligenciam a segurança dos estudantes e funcionários. Deixar uma universidade aberta a qualquer um, sem mecanismos básicos de prevenção, é um convite para a violência — violência essa que recai sobretudo sobre as mulheres jovens, as mais vulneráveis dentro desse contexto.

Cada episódio de agressão gera um ciclo vicioso de medo, insegurança e diminuição da qualidade do ambiente acadêmico. O jovem, que deveria se sentir protegido e incentivado, passa a perceber a universidade como um lugar de risco, o que impacta no aprendizado, na frequência e no desenvolvimento pessoal. É um fracasso coletivo que poderia ser evitado com ações eficazes de segurança, controle de acesso, iluminação adequada, presença de vigilantes treinados e um compromisso real das gestões universitárias.

Exigimos segurança, não migalhas de proteção

A sociedade precisa exigir das instituições de ensino superior uma postura firme e resoluta: a segurança deve ser prioridade inegociável. Não se trata de criar uma prisão, mas de garantir que o conhecimento e a educação não sejam ameaçados por marginais dentro do campus. Os jovens merecem mais do que discursos vazios; precisam de políticas concretas que enfrentem a violência e assegurem ambientes acadêmicos dignos e protegidos.

O episódio em Pindamonhangaba é um alerta sombrio que ecoa para todas as instituições: o silêncio e a passividade são cúmplices da violência. É hora de romper com práticas obsoletas e amadoras e adotar uma política de segurança robusta, porque nenhum estudante deve pagar o preço da negligência com sua integridade física e emocional.

Compartilhe esse post :

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest