O cenário eleitoral de 2024 no Brasil está marcado por uma escalada preocupante de violência. Dados do Observatório da Violência Política e Eleitoral revelam que, entre abril e junho deste ano, foram registrados 128 casos de violência contra lideranças políticas, um aumento de mais de 100% em relação ao primeiro trimestre do ano.
A região Sudeste foi a mais afetada, com 47 incidentes (36,7%), sendo São Paulo o estado mais violento, com 21 casos.
Entre os casos de violência, os homicídios se destacam, totalizando 25 ocorrências.
Boulos tem 29,4%, Marçal, 25,4%, e Nunes, 22,9%, em SP, diz pesquisa AtlasIntel
O estado do Rio de Janeiro foi palco de seis desses episódios, incluindo o assassinato de Joãozinho Fernandes, candidato a vereador em Nova Iguaçu, que foi morto a tiros no dia 25 de setembro após uma caminhada de campanha.
Segundo Jean Menezes de Aguiar, professor da FGV e especialista em segurança, a violência na política reflete a brutalidade presente na sociedade brasileira. O professor aponta para o crime organizado como um fator que influencia diretamente o ambiente político, citando o aumento da influência de facções criminosas como o PCC nos debates eleitorais, especialmente em São Paulo.
Outro ponto de destaque é o acirramento da polarização nas últimas eleições. Esse fenômeno tem gerado tensões emocionais e físicas nos debates públicos, como o episódio em que o candidato à prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena, agrediu Pablo Marçal com uma cadeirada durante um debate televisionado.
Diante desse cenário alarmante, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou o envio da Força Federal para 12 estados, atendendo ao pedido dos Tribunais Regionais Eleitorais. A ação tem como objetivo reforçar a segurança e garantir que o processo eleitoral ocorra de maneira pacífica.
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