veja a história e as principais ações da campanha de prevenção ao suicídio

Foto Noticia Principal Grande


O mês de setembro é marcado pelas ações de prevenção ao suicídio, como parte da campanha Setembro Amarelo. Realizada desde 2015 no Brasil, a iniciativa foi oficializada por meio da Lei nº 15.199/2025, promulgada na última terça-feira (10), no Dia Nacional de Prevenção do Suicídio.

A legislação institui a campanha anual em todo o território nacional, ao longo do mês de setembro. Além disso, a medida também estabelece o Dia Nacional de Prevenção da Automutilação.

Neste ano, o tema adotado pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) é “Setembro Amarelo: Se precisar, peça ajuda”, que busca evidenciar a importância da causa e tornar essa luta cada vez mais coletiva. Em meio a um cenário em que o suicídio ainda é tratado como tabu, a campanha tem o propósito de conscientizar e informar a população de que o erro é não dialogar sobre o assunto, seja nas escolas, nos locais de trabalho ou em espaços públicos.

Em Ilhabela, a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Saúde, preparou uma série de atividades para reforçar a importância do cuidado, da escuta e do diálogo.

Continue a leitura para conhecer a história da campanha e as atividades realizadas ao longo do mês no município.

O que significa o Setembro Amarelo?

Setembro Amarelo é o nome dado à campanha de prevenção ao suicídio, que ocorre anualmente ao longo do mês de setembro. De acordo com a legislação vigente, o período deve contemplar medidas como iluminação de prédios públicos com luzes de cor amarela, promoção de palestras e atividades educativas voltadas para a saúde mental, veiculação de campanhas na mídia e distribuição de informativos à população.

História por trás da campanha Setembro Amarelo: cores e significados em prol da vida

A campanha Setembro Amarelo tem suas origens em 2003, ano em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. A cor amarela é uma referência à mobilização feita nos Estados Unidos após o suicídio do jovem Mike Emme, de 17 anos, no ano de 1994. Ele era muito habilidoso e havia restaurado um automóvel Mustang 68, que foi pintado de amarelo.

Durante o velório, os familiares de Mike distribuíram cartões com fitas amarelas, com a mensagem “Se você precisar, peça ajuda”. A ação resultou na campanha de prevenção ao suicídio, que adotou o laço amarelo como símbolo.

No Brasil, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) foi a responsável pelo início da campanha, junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM) e Centro de Valorização à Vida (CVV). A campanha nasceu com a missão de quebrar tabus, reduzir estigmas e estimular que as pessoas busquem e ofereçam ajuda.

São pessoas, não números: saiba por que é importante falar sobre o tema

As estatísticas são essenciais para compreendermos o cenário atual. Porém, é preciso lembrar que por trás de cada número existe uma vida: um ente querido, um amigo, um familiar, um vizinho. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019 foram registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo. Considerando os casos subnotificados, estima-se que esse número ultrapasse 1 milhão de mortes por ano.

No Brasil, a média é de 14 mil registros anuais, o que significa que cerca de 38 pessoas tiram a própria vida todos os dias. Os dados apontam para a relevância do tema e da promoção ao diálogo, em diferentes contextos.

Atenção aos sinais

Muitos sinais podem passar despercebidos por pessoas próximas, por isso é importante compreender quais são os principais indícios e direcionar um olhar atencioso para quem está ao redor, seja em casa ou no ambiente de trabalho.

A apatia, por exemplo, pode ser comum em alguns momentos, mas merece atenção quando a pessoa passa a se isolar constantemente no quarto; faz listas decidindo com quem deixar seus pertences ou animais de estimação; manifesta falas como “estou cansado da vida” ou “não quero mais viver”; começa a se despedir com frequência; promove encontros em tom de despedida ou até comenta que talvez não esteja presente no próximo dia de trabalho.

Ilhabela em ação pela prevenção: fique por dentro das principais atividades da campanha

Em Ilhabela, a programação do Setembro Amarelo abrange públicos das redes públicas de saúde, das redes municipais e estaduais de ensino e servidores públicos, de modo a contemplar pacientes, professores, alunos, grupos comunitários, agentes de saúde pública, entre outros.
 
As ações incluem palestras, rodas de conversa, exibição de vídeos, oficinas e apresentações.
 
Para mais informações, recomenda-se o contato com o Agente de Saúde ou com a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência.

Lembre-se: falar é sempre a melhor opção.

Se você ou alguém próximo precisa de ajuda, ligue 188 ou acesse www.cvv.org.br.



Prefeitura de Ilha Bela

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