O Vale do Paraíba registra um cenário preocupante em 2025, ultrapassando a marca de 100 assassinatos nos primeiros quatro meses do ano, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-SP) em 30 de maio. Com 101 mortes violentas contabilizadas até abril, a região lidera o interior paulista em números absolutos de homicídios dolosos e latrocínios.
Crescimento nos índices de violência
Em abril, foram 22 assassinatos registrados no Vale do Paraíba, mantendo a região como a mais violenta do interior paulista, à frente de Ribeirão Preto (75 mortes), Campinas (72) e Sorocaba (63). Apesar do aumento absoluto, houve uma queda de 18,5% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizadas 124 mortes violentas.
Além dos homicídios, outros indicadores criminais também apresentaram alta. As tentativas de homicídio cresceram 8,5%, passando de 117 para 127 casos. O número de estupros aumentou 17,1%, de 257 para 301 ocorrências. Furtos em geral subiram 2,5%, enquanto furtos de veículos tiveram alta de 7,8%, com 736 casos registrados até abril.
Impacto na população e desafios para a segurança pública
O aumento da violência impacta diretamente a sensação de segurança da população do Vale do Paraíba, que engloba municípios importantes como São José dos Campos, Taubaté, Jacareí e Pindamonhangaba. A SSP reforça que os dados divulgados são absolutos e que a taxa de homicídios por 100 mil habitantes será divulgada anualmente, permitindo uma análise mais precisa do cenário.
As autoridades locais têm intensificado ações de combate ao crime, investindo em inteligência policial e operações conjuntas entre municípios para conter a escalada da violência. No entanto, o crescimento de crimes como estupros e furtos evidencia a necessidade de políticas públicas integradas, que envolvam prevenção, educação e assistência social.
Contexto regional
O Vale do Paraíba é uma das regiões mais populosas e economicamente relevantes do interior paulista, o que torna o controle da criminalidade um desafio constante para as autoridades. A região também enfrenta problemas relacionados à saúde pública, como o surto de dengue, que já contabilizou quase 12 mil casos em 2025, intensificando a pressão sobre os serviços públicos.