Outubro é o mês dedicado à conscientização e prevenção do câncer de mama, por isso, diversas campanhas ganham destaque em todo o país: “Outubro Rosa”. No entanto, a atenção e o cuidado devem prevalecer o ano todo. Um dos temas que vêm ganhando força nos tratamentos oncológicos é a combinação de terapias, que tem deixado a classe médica bastante otimista. No mês passado, o tema foi amplamente discutido e diversos estudos positivos foram apresentados durante o Congresso Anual da Sociedade Europeia de Medicina Oncológica (ESMO) 2024, realizado em Barcelona, reunindo especialistas de todo o mundo.
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Dentre os avanços na área, a oncologista Vivian Antunes, do Vera Cruz Oncologia, em Campinas (SP), destaca os estudos apresentados que comprovam a eficácia de tratamentos combinados entre quimioterapia e imunoterapia, que consiste em uma terapia alvo-molecular para ajudar o sistema imune do próprio paciente a criar defesas contra o câncer. “A combinação foi usada em um subtipo de câncer bastante agressivo, chamado de câncer de mama triplo negativo, em estágio avançado. Essa nova estratégia resultou no aumento da chance de cura e também na redução de recorrência da doença. Nas pacientes em que a combinação não atingiu a resposta completa, reduziu em 24% as chances de evoluir a óbito em decorrência do câncer de mama”, afirma.
“Existem famílias muito diferentes de doenças dentro desse grande grupo que abrange o câncer de mama. E entender que os tratamentos devem ser individualizados pra cada subtipo é o que tem trazido, na última década, um avanço muito importante nos resultados de eficácia. Considero as terapias combinadas e a individualização do tratamento avanços muito importantes”, adiciona a oncologista.
Com os avanços, a tendência é que novas combinações surjam ao longo dos anos, moldando o futuro do tratamento e combate ao câncer e, principalmente, levando esperança e tranquilidade para pessoas com casos que antes eram considerados sem solução.
Vem mais aí!
De acordo com Vivian, muitos avanços ainda estão por vir. Inclusive, espera-se, em breve, que a Inteligência Artificial (IA) possa contribuir cada vez mais com o tratamento. “No futuro, a IA será capaz de nos auxiliar na identificação mais precisa dos subtipos tumorais, contribuindo cada vez mais para um cuidado personalizado e mais eficaz”, conclui.