Maria Clara Pacheco é campeã mundial de taekwondo na China

Após duas décadas de espera, a lutadora Maria Clara Pacheco colocou o Brasil de volta ao topo do pódio do Campeonato  Mundial de taekwondo. Nesta sexta-feira (24), ela faturou a medalha de ouro na categoria dos 57 quilos, ao derrotar na final a sul-coreana Yu-Jin Kim, campeã olímpica em Paris 2024, em Wuxi (China). O primeiro título mundial do Brasil na modalidade foi conquistado por Natália Falavigna, em 2005. A competição vai até a próxima quinta-feira (30), em  Wuxi (China). “É uma emoção que eu não consigo explicar, é a primeira vez que eu ganho um título tão importante e era realmente o objetivo do ano. Estou muito feliz, agradeço a todos que estavam na torcida! E mando um abraço especial para a minha mãe, para o meu pai, dedicar essa vitória para o meu treinador que está aqui e tornou tudo possível e agradecer grandemente à CBTKD e ao Time Brasil por todo o suporte que eles me deram durante esse ano e nos últimos anos para que esse ciclo seja o melhor possível”, disse  Maria Clara, de 22 aos, após cravar a segunda vitória do ano sobre a campeã conquista – a primeira foi na casa da adversária, na final do Grand Prix de Muju. O ano de 2025 está sendo especial para a campeã mundial, que lidera o ranking dos 57kg. Foram dois títulos de Grand Prix – o primeiro em Charlotte (Estados Unidos) e o segundo em Muju (Coreia do Sul) –  além do ouro inédito para Brasil nos nos Jogos Mundiais Universitários, em Essen (Alemanha). “A Maria é uma atleta que, há algum tempo, já nos desperta essa atenção. A gente vem trabalhando junto com a Confederação, investindo na Maria nos últimos anos. E, principalmente nesse ano, ela deu um salto de performance incrível. Foi um ano muito bom, em que ela ganhou tudo o que disputou. Pude estar aqui e acompanhá-la. Estou acompanhando a equipe brasileira, pelo COB. E vê-la entregar um nível de performance que ela colocou hoje, muito acima das demais, é muito gratificante”, comemorou a ex-atleta Falavigna, atual gestora esportiva do Comitê Olímpico do Brasil.  >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp A campanha de Maria Clara, principal cabeça de chave na disputa dos 57 kg, começou na segunda rodada com vitória sobre a portuguesa Leonor Correia, por 2 a 0, em dois rounds  (13×0 e 13×0). Depois, nas oitavas, a paulista de São Vicente travou uma batalha acirrada contra a espanhola Laura Rodriguez Maquina, campeã europeia júnior em 2024. A adversária levou o primeiro round por 6×5, mas Maria Clara se recuperou e venceu de virada, por 2 a 1,  ganhando os outros dois rounds (10×5 e 5×2). Nas quartas, a brasileira superou outra adversária de peso, a norte-americana Faith Dilon, campeã pan-americana, por 2 a 0 (8×6 e 8×4). Já semifinal, foi em clima de revanche: Maria Clara reencontrou a chinesa Luo Zongshi, que eliminou a brasileira nas quartas de final de Paris 2024.  A paulista não deu chances à rival: levou a melhor por 2 a 0 (4×1 e 10×2) e avançou à final contra a sul-coreana Kim Yu-jin. Com o título desta sexta(24), o Brasil chega a 24 medalhas em Mundiais, com dois ouros, oito pratas e 14 bronzes. EBC Esporte

Atleta do taekwondo se despede de seu último JUBs com tricampeonato

Atleta se despede dos Jubs com chave de ouro   A estudante Laura Paiva encerrou esta semana a última participação dela nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) com ouro. Aos 25 anos, ela foi a grande vencedora da categoria até 49kg no taekwondo e se tornou tricampeã dos Jubs. Dessa vez com uma grande diferença. A competição aconteceu em Natal e Laura pôde contar com a torcida da família e dos amigos. “Eu participo dos Jubs desde 2019, eu fechei um ciclo, eu fechei com chave de ouro, eu sou tricampeã, e contei com a minha torcida, com os meus pais, meus colegas de treino, então não teve sensação melhor”, festeja ela. Laura é formada em Geografia e atualmente cursa o sexto período de Pedagogia na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e está no primeiro período do mestrado em Geografia na mesma universidade. Além das horas dedicadas ao estudo e aos treinos, ela também é professora de uma escola pública da comunidade quilombola de Coqueiros, no município de Ceará Mirim. Uma rotina agitada. “Não é fácil, e eu acredito que eu só consigo fazer tudo isso porque eu tenho realmente uma rede de apoio. Eu tenho meus pais, eu não moro mais com eles, mas eu tenho eles a todo momento, a toda hora que eu preciso. Eu tenho meu companheiro que também está pra cima e pra baixo comigo na hora que eu preciso. Sem eles eu não conseguiria˜, explica. Além das horas dedicadas ao estudo e aos treinos, Laura Paiva também é professora de uma escola pública da comunidade quilombola de Coqueiros, no município de Ceará Mirim (RN) – Paulo José/CBDU/Direitos Reservados Mesmo com as dificuldades para encaixar tudo na agenda, Laura não abre mão da prática esportiva e acredita que ela traga muitos benefícios pra rotina. “A mente do atleta eu vejo como uma mente diferenciada. A gente pratica não porque espera um resultado financeiro, mas pelo que a gente sente, pelo que a gente quer alcançar, pelos sonhos. Quando a gente coloca algo na cabeça, está acima de tudo. A gente vai realmente atrás daquilo que a gente quer. E eu acredito que hoje eu só consigo fazer tudo isso, tanto na vida esportiva, de atleta profissional, quanto na acadêmica, por causa do esporte”, revela. O amor da Laura pelo esporte acabou contagiando também os alunos dela. “A gente tem que pensar muito no esporte para além do alto rendimento, mas o esporte como parte do desenvolvimento humano”, acredita. Laura conta que começou um projeto de taekwondo na escola em que trabalha e mais de 25 alunos conseguiram se classificar para a fase final dos Jogos Escolares do Rio Grande do Norte (Jerns). “Isso vindo de uma escola pública que é uma escola rural dentro de uma comunidade quilombola”, completa ela. Laura destaca que é gratificante ver o empenho dos alunos no esporte. “Eles conseguem viver ali aquela prática esportiva para além do que hoje em dia é muito comum pra adolescente, que são as redes sociais, as telas e tudo mais”, conclui. * Verônica Dalcanal viajou a Natal à convite da Confederação Brasileira de Desportos Universitários. EBC Esporte

Brasileira supera campeã olímpica e vence Grand Prix de taekwondo

A brasileira Maria Clara Pacheco alcançou novamente o topo do pódio de um Grand Prix, uma das principais competições do taekwondo mundial. Neste domingo (31), a paulista de São Vicente (SP) venceu a etapa de Muju, na Coreia do Sul, na categoria até 57 quilos, com direito a triunfo sobre a anfitriã Kim Yu-jin, atual campeã olímpica, na final. A lutadora de 22 anos já tinha sido campeã do Grand Prix de Charlotte, nos Estados Unidos, em junho, tornando-se a primeira brasileira a vencer um torneio deste nível. Antes dela, somente o mineiro Maicon Andrade, bronze na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, na categoria acima de 80 quilos, havia alcançado esse feito para o taekwondo do Brasil.   A brasileira Maria Clara Pacheco superou a campeã olímpica Kim Yu-jin – Foto: World Taekwondo/Divulgação Maria Clara fez cinco lutas para chegar ao título em Muju. Os atletas disputam três rounds, e vence quem ganhar dois deles, conforme a pontuação dada pelos golpes, que pode variar de um ponto (soco ou chute no tórax) a quatro pontos (chute giratório na cabeça). Na final contra Yu-Jin, a brasileira foi soberana, levando o primeiro round por 10 a 0 e o segundo por 5 a 4. Medalhista de bronze no Campeonato Mundial de 2023, em Baku, no Azerbaijão, Maria Clara conquistou, em julho, o primeiro ouro do Brasil nos Jogos Mundiais Universitários de Essen, na Alemanha. Naquela decisão, a paulista venceu a tunisiana Chaima Toumi, a quem também superou neste domingo, na semifinal. Na Olimpíada de Paris, na França, a brasileira ficou em sétimo. EBC Esporte