O hábito que pode proteger o cérebro e melhorar a memória

O hábito que pode proteger o cérebro e melhorar a memória Com o avanço da idade, uma das maiores preocupações para a saúde é o declínio cognitivo, que inclui o enfraquecimento da memória, dificuldade de concentração e até quadros mais severos, como demências e Alzheimer. Felizmente, pesquisas recentes apontam que certos hábitos simples, quando incorporados à rotina, podem proteger o cérebro, preservar a memória e manter a mente ágil por mais tempo. A importância de cuidar do cérebro desde cedo O envelhecimento cerebral é um processo natural que começa a mostrar sinais já a partir dos 35 anos, quando a velocidade de processamento das informações começa a diminuir, conforme explica o neurologista Eduardo Mutarelli. No entanto, o que os especialistas ressaltam é que processos de envelhecimento cognitivo podem ser adiados e até parcialmente revertidos com estímulos adequados à mente e ao corpo. Para isso, não é necessário esperar pelos primeiros sinais de esquecimento para agir. A prevenção ativa inclui cuidados com a saúde geral, alimentação, atividades físicas, e estímulos cognitivos que desafiem o cérebro constantemente. O poder da meditação e do yoga para a memória Um dos hábitos que vêm ganhando destaque pela sua eficiência em proteger o cérebro é a prática regular de yoga, combinada com meditação. Estudos científicos, como o realizado pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, mostraram que a prática regular de hatha-yoga — que inclui posturas físicas, exercícios respiratórios e meditação — pode preservar a espessura do córtex pré-frontal, região cerebral central para a memória de trabalho, que retém informações temporárias essenciais para as atividades diárias. Além disso, a meditação sozinha também exerce efeito protetor, por exigir concentração e foco, atividades que estimulam a memória e o controle emocional. Por exemplo, universitários que praticaram mindfulness por 10 minutos antes e depois das sessões de estudo retiveram mais detalhes do conteúdo estudado em comparação aos que não meditaram. Exercício físico: uma fonte de saúde cerebral Outro pilar essencial para manter o cérebro saudável é a prática regular de exercícios físicos. Pesquisadores demonstraram que atividades como caminhada, corrida e ciclismo aumentam o fluxo sanguíneo cerebral e estimulam a formação de novos neurônios, especialmente no hipocampo, área ligada à memória e aprendizado. Além disso, movimentos simples como levantar-se e evitar longos períodos sentado também beneficiam a memória de trabalho. Um estudo publicado no British Journal of Psychology destacou que a memória de trabalho funciona melhor durante a atividade física e em posições que ativam o cérebro, como ficar em pé. Alimentação saudável e controle das doenças cardiovasculares A boa saúde do cérebro depende diretamente do bom funcionamento cardiovascular. Doenças como diabetes, hipertensão e níveis elevados de colesterol prejudicam a circulação sanguínea, reduzindo o fornecimento de oxigênio e nutrientes ao cérebro. Isso pode acelerar problemas de memória e aumentar o risco de demência. Por isso, hábitos alimentares equilibrados, que evitem o consumo excessivo de açúcar, gorduras saturadas e bebidas industrializadas, são fundamentais para preservar a cognição. Um exemplo é o impacto negativo das bebidas açucaradas, que foram associadas a menor volume cerebral e declínio da capacidade cognitiva. A nova fronteira: o hormônio Klotho Pesquisas recentes também têm investigado moléculas específicas, como o hormônio Klotho, que regula funções essenciais do organismo e tem um papel fundamental na comunicação entre neurônios, importante para a formação e recuperação de memórias. A produção natural de Klotho diminui com a idade, o que pode explicar parte do declínio da memória em idosos. Experimentos com macacos idosos que receberam injeções de Klotho mostraram uma melhora significativa na capacidade de lembrar novas informações, com resultados que perduraram por semanas. Apesar de ainda estar em fase experimental, essa descoberta abre caminhos promissores para o desenvolvimento de terapias que possam proteger o cérebro contra o envelhecimento cognitivo. Exemplos práticos para o dia a dia Incorporar esses hábitos pode parecer simples, mas seu impacto na preservação da memória e das funções cognitivas ao longo da vida é imenso. O investimento em saúde cerebral garante mais qualidade de vida e autonomia na terceira idade.

6 hábitos perigosos que disparam o açúcar no sangue

O controle do açúcar no sangue é fundamental para a saúde, principalmente para prevenir o diabetes tipo 2 e suas complicações cardiovasculares e neurológicas. Pesquisas recentes mostram que certos hábitos adotados especialmente após as 17h podem dificultar a manutenção de níveis saudáveis de glicose no organismo. 1. Consumo excessivo de carboidratos refinados à noiteApós o final do dia, o metabolismo tende a desacelerar, e ingerir alimentos ricos em carboidratos simples, como pães brancos, doces e massas, pode elevar rapidamente o açúcar no sangue. Isso acontece porque a insulina, hormônio responsável por levar a glicose às células, tem sua ação menos eficiente no período noturno, aumentando o risco de hiperglicemia. 2. Ingestão de açúcares escondidos em ultraprocessadosMuitas pessoas não percebem que alimentos ultraprocessados consumidos à noite — como molhos, biscoitos, bebidas industrializadas e até alimentos aparentemente salgados — contêm grandes quantidades de açúcares escondidos. Esse consumo contribui para a sobrecarga do sistema de regulação da glicemia, tornando mais difícil equilibrar os níveis de açúcar após o entardecer. 3. Sedentarismo no final do diaA falta de atividade física após as 17h implica menor captação de glicose pelas células musculares. O exercício ajuda a aumentar a sensibilidade à insulina e promove o uso do açúcar como fonte de energia, reduzindo os riscos de hiperglicemia. Permanecer parado após o trabalho potencializa a elevação do açúcar no sangue. 4. Consumo de bebidas alcoólicas ou ricas em cafeína à noiteO álcool e bebidas cafeinadas influenciam negativamente o metabolismo da glicose, provocando flutuações bruscas nos níveis de açúcar. O álcool pode inicialmente reduzir o açúcar, mas seu efeito rebote aumenta o risco de hiperglicemia. Já a cafeína pode estimular a liberação de hormônios do estresse, que elevam a glicemia. 5. Uso de medicamentos que alteram o metabolismo da glicoseAlguns medicamentos, como corticoides e certos antidepressivos, interferem no metabolismo do açúcar no corpo, elevando a produção de glicose pelo fígado ou dificultando sua captação pelas células. Se tomados no período da tarde ou à noite, podem agravar o controle glicêmico. 6. Comer em horários próximos à hora de dormirRefeições muito próximas da hora de deitar podem elevar a glicose no sangue durante o sono, período em que o metabolismo basal é mais lento. Esse cenário favorece o armazenamento de gordura e o desenvolvimento da resistência à insulina, desencadeando uma cascata de problemas metabólicos que levam a doenças crônicas como diabetes e doenças cardiovasculares. Por que é importante controlar o açúcar no sangue à noite? O açúcar no sangue precisa ser mantido em níveis estáveis para evitar sobrecarga no pâncreas, órgão responsável pela produção de insulina. O desequilíbrio prolongado pode levar à resistência à insulina, favorecendo o desenvolvimento do diabetes tipo 2, obesidade, inflamação crônica e doenças cardíacas.  Além disso, elevações constantes de glicose são associadas a danos nos vasos sanguíneos do cérebro, aumentando o risco de AVC e demência, incluindo Alzheimer. Dicas para melhorar o controle do açúcar após as 17h: Conclusão O cuidado com os hábitos noturnos é essencial para manter o açúcar no sangue equilibrado. Pequenas mudanças podem evitar complicações graves e promover uma melhor qualidade de vida. Um estilo de vida saudável, que inclui alimentação adequada, prática regular de exercícios e atenção ao sono, é o caminho mais eficaz para prevenir o diabetes, doenças cardiovasculares e neurológicas associadas ao excesso de glicose no sangue.