Crise no feijão: mosca-branca ameaça produção, provoca alta de preços e uma possível falta nas prateleiras

A mosca-branca tem provocado uma grave crise na produção de feijão no Sul do Brasil, especialmente no Paraná, maior produtor nacional, gerando forte preocupação com a possível falta do alimento nas prateleiras e o aumento significativo dos preços para os consumidores. A praga, que ataca as plantações e transmite viroses como o mosaico dourado, tem dizimado lavouras e reduzido drasticamente a oferta do produto. No Paraná, o atraso no plantio devido à seca e ao calor intenso agravou a situação, com apenas 3% da área prevista para o cultivo de feijão efetivamente plantada, número muito abaixo dos 10% registrados no ano anterior para o mesmo período. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma redução de até 30% na produção, o que deve refletir em uma alta de preços de até 30% nos próximos meses. Veja também:Suspeita de furto provoca quebra-quebra em supermercado no centro de Pindamonhangaba Essa escassez já começa a ser sentida nas gôndolas dos supermercados, onde o feijão, alimento básico e símbolo da dieta brasileira, tem desaparecido ou aparece com preços muito elevados. Especialistas alertam que o aumento do preço impacta principalmente as famílias de menor renda, que podem ser obrigadas a substituir o feijão por alimentos ultraprocessados, menos nutritivos e mais baratos, agravando problemas sociais e de saúde pública. Além da mosca-branca, a redução da área plantada de feijão nos últimos anos, em função da preferência dos produtores por culturas mais lucrativas como soja e milho, contribui para o cenário preocupante. Dados indicam que a área cultivada com feijão no Brasil está na menor marca histórica desde 1976, o que limita a capacidade de reposição da oferta. O Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe) alerta que, apesar de ainda haver feijão no mercado, a tendência é de escassez e preços elevados a partir do final de outubro e durante novembro, período em que a oferta deve diminuir ainda mais. Consumidores já começam a sentir o impacto, com relatos de falta do produto em supermercados e aumento nos valores cobrados. Em resumo, a infestação da mosca-branca no Sul do país, aliada a condições climáticas desfavoráveis e à redução da área plantada, ameaça a disponibilidade do feijão no Brasil, provocando alta nos preços e risco de falta nas prateleiras, o que pode comprometer a alimentação de milhões de brasileiros nos próximos meses

Onda de Calor no Brasil: Temperaturas acima da média até o dia 9

O Brasil está enfrentando uma das ondas de calor mais intensas dos últimos anos, com temperaturas que devem permanecer acima da média até o dia 9 de março. A situação é particularmente crítica no Sul e no Sudeste do país, onde as máximas estão sendo registradas com frequência acima de 35°C e, em alguns casos, ultrapassando os 40°C. A onda de calor é resultado de um bloqueio atmosférico que impede o avanço de frentes frias sobre boa parte do país. Esse fenômeno mantém as temperaturas elevadas, pois não permite a formação de nuvens que poderiam proteger as regiões do calor intenso. Além disso, a combinação de uma “bolha de calor” nas latitudes médias da América do Sul, que afeta principalmente o Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai, tem contribuído para as anomalias de temperatura. Viva o carnaval em Pindamonhangaba 2025: 10 motivos para não perder Sul do Brasil:No Rio Grande do Sul, a onda de calor tem sido particularmente intensa, com temperaturas entre 5°C e 10°C acima da média histórica para o mês de março. Isso tem causado perdas significativas nas lavouras de soja devido à seca e ao calor. Santa Catarina e Paraná também estão enfrentando temperaturas extremamente altas, com máximas frequentemente acima de 35°C. Sudeste:Em São Paulo, a capital registrou uma temperatura máxima de 34,8°C, a mais alta já registrada em março. O interior paulista também está sofrendo com temperaturas que variam entre 35°C e 38°C. No Rio de Janeiro, embora as temperaturas sejam menos extremas, o calor persistente é uma preocupação. Centro-Oeste e Nordeste:Nessas regiões, as chuvas são mais frequentes, mas as temperaturas ainda estão acima da média. Em Goiás e Mato Grosso do Sul, as temperaturas estão entre 3°C e 5°C acima da média histórica. A onda de calor deve se estender até o dia 9 de março, de acordo com a Climatempo. Após essa data, a previsão é de que as frentes frias comecem a avançar pelo Sul e, posteriormente, pelo Sudeste, trazendo um alívio nas temperaturas. No entanto, mesmo com a chegada dessas frentes, as temperaturas devem permanecer acima da média em algumas áreas até o final do mês. A onda de calor que afeta o Brasil é um desafio significativo para a população, especialmente em regiões mais vulneráveis. Além dos impactos na saúde e na agricultura, ela também aumenta a demanda por recursos hídricos e energia elétrica. A importância de medidas preventivas e de adaptação às mudanças climáticas é cada vez mais evidente diante de eventos extremos como este. Valeemacao