Audiência promove debate sobre campanha Setembro Amarelo

A campanha Setembro Amarelo de combate ao suicídio foi pauta de uma audiência pública realizada pela Câmara de Taubaté na quarta-feira, 10. A condução dos trabalhos foi dividida entre os vereadores Jessé Silva (Podemos) e Talita (PSB), autores do requerimento de convocação do debate. “Prezemos pelo diálogo, a informação é sempre importante. O Poder Legislativo tem a obrigação com a sociedade de abrir o espaço e colocar a estrutura da Casa para ser usada em prol da população. Setembro se destaca nessa questão, mas estamos aqui o ano todo, buscando promover ações para prevenir o suicídio”, afirmou Jessé. “A saúde mental não é assunto individualizado que se restringe a um consultório médico, é também um problema coletivo. Hoje vivemos uma epidemia do cansaço, e isso está relacionado a como nos organizamos em sociedade. Quero trazer a reflexão sobre como a sociedade se organiza em relação à mão de obra e como isso prejudica especialmente as mulheres, que têm além das 40 ou 44 horas semanais, ainda têm todos os deveres domésticos. Além de pensar na remediação, precisamos pensar na prevenção”, pontuou Talita. A psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde, Claudia Fabiana de Jesus, ressaltou a importância da escuta e do acolhimento de pessoas em sofrimento. Lembrou que Taubaté tem um grupo de prevenção ao suicídio, criado em 2018, que realiza visitas por meio de notificações sobre pessoas que tentaram suicídio. Acrescentou que nos três Centros de Apoio Psicossocial (Caps) há grupos que atendem pessoas neste contexto. “As pessoas têm medo de falar sobre o assunto. Até mesmo profissionais como professores e os da área da saúde. O preconceito é impeditivo da prevenção”, disse Claudia. A psicóloga da Universidade de Taubaté, Mariana Vilela Abrantes, ressaltou a iniciativa desenvolvida pela Pró-Reitoria Estudantil, voltada aos alunos, no Núcleo de Bem-Estar e Saúde Mental, chamada de Projeto de Apoio Psicossocial (Paps). “Depois da pandemia, a incidência de suicídio e doenças mentais aumentou muito. Fazemos um espaço de escuta para alunos e professores. A ideia é falar mais de saúde mental e dar apoio.” A neuropsicóloga Silvia Marcondes ressaltou o preconceito que impede as pessoas de procurarem ajuda. Ela afirmou que a prevenção ao suicídio consiste em tirar os olhos das telas e olhar pessoas, se relacionar. “Como analista existencialista ou neuropsicóloga, digo às pessoas: vamos trazer para fora essa energia, essa dor, vamos compartilhar para que isso possa trazer um ajuste para que você consiga valorizar a sua vida e ver o valor que ela tem tanto para você quanto para as pessoas que te cercam.” O médico psiquiatra Iago Fernandes de Almeida relatou sua experiência pessoal com problemas de depressão e ansiedade diante da sensação de não pertencimento, por conta da demora para receber diagnósticos de autismo e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). “Prevenção é vida e deve acontecer durante o ano todo. Segundo a última estimativa feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 727 mil pessoas tiraram a própria vida. Precisamos interpretar esses números não como estatísticas distantes, mas como pessoas que deixaram lacunas irreparáveis nas famílias”, afirmou. Os vereadores Nicola Neto (Novo), Nunes Coelho (Republicanos) e Rodson Lima Bobi (PRD) participaram da audiência. O vídeo está disponível no canal da TV Câmara Taubaté no Youtube.
Setembro Amarelo: Prefeitura promove III Fórum de Prevenção ao Suicídio

O setor de Saúde Mental da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Taubaté promove na quarta-feira (10), das 8h às 12h, o III Fórum de Prevenção ao Suicídio, no auditório do campus Bom Conselho da Unitau (Universidade de Taubaté). O setor de Saúde Mental da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Taubaté promove na quarta-feira (10), das 8h às 12h, o III Fórum de Prevenção ao Suicídio, no auditório do campus Bom Conselho da Unitau (Universidade de Taubaté). A ação está relacionada ao “Setembro Amarelo”, mês de conscientização da prevenção ao suicídio e a promoção da saúde mental. Na rotina de saúde, os serviços de acolhimento acontecem nas unidades do Caps (Centro de Atenção Psicossocial), por meio de grupos de escuta qualificada em reuniões com duração de 1h30, realizadas uma vez por semana. Os grupos acontecem com uma média de 10 participantes por semana: “Grupo Lua” no Caps I, “Valorização da vida” no Caps AD e “Vida sem tabu” no Caps II. Programação – III Fórum de Prevenção ao Suicídio Foto: Divulgação/Unitau
Lei nº 125/2025 institui a Semana Municipal de Conscientização da Saúde do Cérebro em Pindamonhangaba

A Câmara de Vereadores de Pindamonhangaba aprovou, no dia 9 de junho de 2025, a Lei nº 125/2025, de autoria do vereador Renato Cebola, que institui a Semana Municipal de Conscientização da Saúde do Cérebro no Calendário Oficial de Festas e Eventos do Município. A data será comemorada anualmente, na 3ª semana do mês de setembro. Veja também:Requerimento do vereador Renato Cebola garante retorno do atendimento da Sabesp ao Centro de Pindamonhangaba O objetivo da iniciativa é promover informação, prevenção e conscientização sobre a importância da saúde cerebral, incentivando o autocuidado, o diagnóstico precoce e o acesso adequado ao tratamento. Durante a semana, poderão ser realizados eventos, palestras, campanhas educativas e ações comunitárias, em parceria com órgãos públicos, instituições de saúde e ensino, empresas privadas e organizações da sociedade civil. De acordo com o vereador Renato Cebola, a proposta surge da necessidade de ampliar o debate sobre condições que afetam milhões de pessoas em todo o mundo, como depressão, ansiedade, Alzheimer, AVC e TDAH, doenças que impactam diretamente a qualidade de vida da população. A criação da semana temática também reforça o compromisso do poder público com a saúde integral dos cidadãos e segue as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), que destaca a atenção à saúde mental e neurológica como parte essencial do bem-estar coletivo. Vereador Renato Cebola
Acolher e incluir: Novo espaço de atendimento para pacientes com TEA

A Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Saúde, reafirma seu compromisso com a inclusão e o cuidado humanizado ao anunciar um conjunto de ações voltadas para pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suas famílias. O objetivo é oferecer um atendimento mais acolhedor, especializado em ambiente preparado para receber todos com dignidade e respeito. Confira as principais novidades que já estão em funcionamento: Contratação de 2 Neuropediatras: Agora, nosso município conta com dois profissionais especializados, agilizando o diagnóstico e o acompanhamento contínuo. Atendimentos Transferidos para o Centro de Diagnose: As consultas e avaliações agora acontecem em um espaço exclusivo dentro do Centro de Diagnose. O local foi pensado para ser um ambiente lúdico, sensorialmente adaptado e tranquilo, garantindo mais conforto e bem-estar durante os atendimentos. Acessibilidade Garantida: Vaga de Estacionamento Exclusiva para facilitar o acesso das famílias. As ações foram adotadas após um trabalho de escuta ativa dos familiares dos pacienetes. Um compromisso com o cuidado que vai além da saúde. É sobre acolher, incluir e respeitar a singularidade de cada um.
Por unanimidade, vereadores aprovam a Política de identificação e Coibição de Violência de Crianças e Adolescentes em Pindamonhangaba

Denominação de praça do Loteamento Residencial Village do Sol e instituição do Programa ‘Cidade Amiga do Circo’ em Pindamonhangaba também foram aprovados pelo plenário da Casa Legislativa O Plenário “Dr. Francisco Romano de Oliveira” recebeu nesta terça-feira, 19 de agosto, a 27ª sessão ordinária deste ano com a participação de todos os vereadores e da vereadora. Na Ordem do Dia estavam listados para apreciação e votação 3 Projetos de Lei e dois Vetos do Executivo. Os Projetos foram aprovados e os Vetos foram rejeitados. O Plenário também confirmou – em aprovação unânime – os inúmeros Requerimentos, Indicações e Moções apresentadas durante a sessão ordinária. Crianças e Adolescentes Tema atualmente em discussão no País, os trabalhos da tarde foram abertos com a análise do Projeto de Lei Ordinária nº 156/2025, da vereadora Ana Paula Goffi, que “Institui a Política Municipal de Prevenção, Identificação e Coibição de Práticas de Violência ou de Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Município de Pindamonhangaba e dá outras providências”. A aprovação foi por 10 votos. O projeto com a política pública tem por finalidade dotar a rede municipal de ensino, de saúde e de assistência social, de ações e serviços, capazes de identificar indícios de práticas de violência ou de exploração sexual de crianças e de adolescentes, assim como proceder aos encaminhamentos à rede de proteção e permitir o acompanhamento das crianças e adolescentes que estejam integradas à rede. De acordo com o artigo 2º, a Política Municipal de Prevenção, Identificação e Coibição de Práticas de Violência ou de Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes irá ser orientada pelos seguintes princípios: garantia da inviolabilidade da sua integridade física, psicológica e moral; entendimento de que a rede de ensino, de saúde e de assistência social são locais privilegiados para as ações de identificação de indícios de práticas de violência ou de exploração sexual de crianças e adolescentes; ação permanente e articulada entre entes públicos e privados e a sociedade; combinação entre ações preventivas, educativas, de inserção social e de punição aos que cometem abuso, explorem, colaborem, ou contribuam, de alguma forma, para o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes e a garantia do sigilo sobre a identidade da pessoa molestada. O artigo 6º impõe a obrigatoriedade de comunicação imediata à autoridade policial ou ao Ministério Público ou ao Conselho Tutelar ou ao gestor escolar, ou ao gestor hospitalar ou médico, por qualquer pessoa que tenha testemunhado ou tenha conhecimento da prática de ato de violência ou exploração sexual contra criança ou adolescente. Denominação de praça A seguir, os parlamentares avaliaram – e aprovaram por unanimidade – o Projeto de Lei Ordinária nº 228/2025, do vereador Professor Everton, que “Denomina de Antonio Puppio Salgado, a praça do Loteamento Residencial Village do Sol, localizado no bairro Loteamento Industrial Água Preta, e dá outras providências”. Biografia Antônio Puppio Salgado nasceu em 12 de dezembro 1940 e era filho do fazendeiro Geraldo Lessa Salgado. Cresceu no ambiente rural, ajudando desde cedo nas atividades da fazenda da família, onde trabalhou intensamente até os 18 anos, quando foi convocado para o serviço militar. Durante seu tempo no Exército, além da disciplina e da responsabilidade exigidas pela vida militar, aprendeu a profissão que viria a definir sua trajetória: a de motorista de caminhão. Inicialmente, trabalhou com a entrega de leite na região onde morava. Com o tempo, economizou o suficiente para adquirir seu próprio caminhão. A partir de então, passou a trabalhar como autônomo, realizando entregas de mercadorias diversas por todo o Brasil. Atravessou cidades, estados e diferentes realidades, sempre movido pelo compromisso com seu trabalho e com sua família. Em 1969, casou-se com Maria Rodrigues da Costa e construiu uma família com quem teve três filhos. Após quase duas décadas como caminhoneiro autônomo, em 1987, sofreu um enfarte que o levou a se aposentar. A trajetória de Antônio Puppio Salgado é marcada pela resiliência, dedicação e espírito empreendedor. Faleceu em 06 de agosto de 2021. Cidade Amiga do Circo Na sequência das atividades, os vereadores aprovaram por 10 votos o Projeto de Lei Ordinária nº 241/2025, do vereador Marco Mayor, que “Institui o Programa Cidade Amiga do Circo no Município de Pindamonhangaba e dá outras providências”. O projeto tem como objetivo, a valorização, o incentivo e o apoio das atividades circenses itinerantes, reconhecendo seu papel histórico, artístico, cultural e social. Além disso, o programa visa facilitar a permanência temporária dos circos no município, garantindo acesso à infraestrutura adequada; estimular a integração dos circos com as escolas municipais, promovendo atividades pedagógicas e culturais; garantir a dignidade e bem-estar dos profissionais do circo durante sua estadia no município e preservar e promover a tradição circense como patrimônio cultural imaterial. Segundo o autor do projeto, a criação do programa “Cidade Amiga do Circo” transforma Pindamonhangaba em um território de acolhimento, respeito e incentivo à arte popular, reforçando nosso compromisso com a cultura, com a dignidade humana e com a promoção de políticas públicas inclusivas. Vetos são rejeitados Dois Vetos propostos pelo Poder Executivo foram apreciados pelo pleno da Casa. O Veto nº 22/2025 ao Projeto de Lei Ordinária nº 81/2025, que “Comunica Veto Total ao Autógrafo nº 68/2025, que ‘Dispõe sobre a instalação e manutenção de semáforos sonoros no município de Pindamonhangaba e dá outras providências’” e o Veto nº 23/2025 ao Projeto de Lei Ordinária nº 188/2025, que “Comunica Veto Total ao Autógrafo nº 74/2025, que ‘Dispõe sobre a obrigatoriedade da Farmácia Pública Municipal disponibilizar medicamentos mediante apresentação de Receita Médica Particular e dá outras providências’”foram rejeitados pelos vereadores por unanimidade. Entrega de Diploma e Moções Durante a sessão ordinária, a Câmara de Pindamonhangaba outorgou honrarias a personalidades da cidade. Por meio do Decreto Legislativo nº 16/2025 foi concedido o Diploma “Dr. José Alberto Monteclaro César” à Dra. Maria Aparecida Granato de Azeredo, por sua significante atuação como advogada no município de Pindamonhangaba. Pelo mesmo motivo e, de acordo com o Decreto Legislativo nº 17/2025, o advogado, Dr. Paulo Fernando da Silva Ribeiro Lima Rocha, também foi agraciado com o Diploma
Saúde de Tremembé avança com participação na 3ª Oficina de Regionalização em São Paulo

Na última semana, representantes e técnicos da Secretaria Municipal de Saúde de Tremembé participaram da 3ª Oficina de Regionalização da Saúde de São Paulo, realizada em São José dos Campos, ao lado de especialistas e autoridades estaduais. O evento fez parte do terceiro ciclo de Regionalização da Saúde promovido pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que visa aprimorar a organização dos serviços de saúde por região, garantindo maior eficiência e acesso à população. Entre os principais objetivos do escritório seriam a ampliação do financiamento da saúde pública, a criação e padronização de protocolos regionais, além do desenvolvimento de novas estratégias para melhorar o atendimento à população local e regional. A regionalização da saúde é um passo fundamental para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) na região, promovendo uma gestão compartilhada e integrada entre municípios. Com a participação de técnicos de diversos municípios, o encontro buscou identificar os principais desafios e gargalos enfrentados pelas microrregiões, propondo ações conjuntas para a superação das dificuldades no acesso e na qualidade dos serviços. A faz parte do processo iniciado em 2023, que conta com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (COSEMS/SP). O secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, destacou a importância da regionalização como forma de garantir uma assistência mais equilibrada e eficaz para a população paulista, permitindo a adaptação dos serviços conforme as necessidades locais e ampliando o financiamento dos municípios para o setor. Para Tremembé, a participação nesse workshop representa um avanço estratégico no planejamento municipal de saúde, possibilitando acesso a recursos e suporte técnico que irá contribuir diretamente para o desenvolvimento de um sistema de saúde público mais humanizado e resolutivo na cidade e na região do Vale do Paraíba.
Nova Moda ou Sinal dos Tempos? Adultos Adotam Chupetas para Aliviar Estresse e Ansiedade

Nos dias atuais, onde a ansiedade e o estresse são condicionantes constantes na rotina de muitos adultos, surgem tendências inusitadas para tentar amenizar esses homens. Uma delas é a crescente adoção do uso de chupetas — práticas acessórios de bebês — por adultos que pretendem encontrar conforto emocional e alívio para a insônia e momentos difíceis. A moda, que teve origem na China e vem ganhando força globalmente, incluindo Estados Unidos e Brasil, tem grupos e perfis inteiros dedicados à prática nas redes sociais, especialmente no TikTok. Produtos especializados com tamanho adulto são vendidos em plataformas de negociação eletrônica a preços que variam de R$ 5 a até R$ 380, dependendo do modelo e sofisticação. Médicos dentistas, porém, alertam para os riscos da prática contínua. O uso prolongado da chupeta pode causar alteração na mordida, movimentação dos dentes e até dor ao mastigar, além de condições climáticas limitadas à abertura da boca. “O impacto pode ser ainda mais preocupante para quem possui predisposição a disfunções na articulação temporomandibular”, explica a cirurgiã-dentista Dra. Diana Fernandes. Mas como resistir à pressão do trabalho, da vida moderna e da cobrança incessante? Para muitos, chupar uma chupeta é uma espécie de botão mágico que aciona a nostalgia da infância e traz uma falsa sensação de segurança. Será que Freud estaria surpreso ou já previra tudo isso? Talvez ele só precise de uma chupeta, afinal. Nas redes, a adoção da chupeta por adultos já virou meme. O venerado ator Ary Fontoura não poupou críticas em seu vídeo, chamando essa moda de “loucura” e pedindo, com bom humor, que Alexa lance um meteoro na Terra para dar um fim nessa insanidade. Comentários engraçados e ácidos pipocam: “E eu aqui tentando tirar a chupeta do meu bebê de 2 anos”, “O mundo acabou, sobramos só nós”, são alguns dos destaques. No fim das contas, essa nova mania acaba por colocar em debate o quanto a sociedade contemporânea está disposta a aceitar comportamentos excêntricos para manter a sanidade — ou mais provavelmente a excentricidade virou uma nova sanidade. Afinal, por que seguir as normas convencionais, quando podemos todas ser eternas crianças chupando chupetas, pregando pijamas e fugindo da vida adulta? Uma coisa é certa: se essa moda continuar, o próximo passo será o uso de fraldinhas aplicadas em reuniões de trabalho.
O hábito que pode proteger o cérebro e melhorar a memória

O hábito que pode proteger o cérebro e melhorar a memória Com o avanço da idade, uma das maiores preocupações para a saúde é o declínio cognitivo, que inclui o enfraquecimento da memória, dificuldade de concentração e até quadros mais severos, como demências e Alzheimer. Felizmente, pesquisas recentes apontam que certos hábitos simples, quando incorporados à rotina, podem proteger o cérebro, preservar a memória e manter a mente ágil por mais tempo. A importância de cuidar do cérebro desde cedo O envelhecimento cerebral é um processo natural que começa a mostrar sinais já a partir dos 35 anos, quando a velocidade de processamento das informações começa a diminuir, conforme explica o neurologista Eduardo Mutarelli. No entanto, o que os especialistas ressaltam é que processos de envelhecimento cognitivo podem ser adiados e até parcialmente revertidos com estímulos adequados à mente e ao corpo. Para isso, não é necessário esperar pelos primeiros sinais de esquecimento para agir. A prevenção ativa inclui cuidados com a saúde geral, alimentação, atividades físicas, e estímulos cognitivos que desafiem o cérebro constantemente. O poder da meditação e do yoga para a memória Um dos hábitos que vêm ganhando destaque pela sua eficiência em proteger o cérebro é a prática regular de yoga, combinada com meditação. Estudos científicos, como o realizado pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, mostraram que a prática regular de hatha-yoga — que inclui posturas físicas, exercícios respiratórios e meditação — pode preservar a espessura do córtex pré-frontal, região cerebral central para a memória de trabalho, que retém informações temporárias essenciais para as atividades diárias. Além disso, a meditação sozinha também exerce efeito protetor, por exigir concentração e foco, atividades que estimulam a memória e o controle emocional. Por exemplo, universitários que praticaram mindfulness por 10 minutos antes e depois das sessões de estudo retiveram mais detalhes do conteúdo estudado em comparação aos que não meditaram. Exercício físico: uma fonte de saúde cerebral Outro pilar essencial para manter o cérebro saudável é a prática regular de exercícios físicos. Pesquisadores demonstraram que atividades como caminhada, corrida e ciclismo aumentam o fluxo sanguíneo cerebral e estimulam a formação de novos neurônios, especialmente no hipocampo, área ligada à memória e aprendizado. Além disso, movimentos simples como levantar-se e evitar longos períodos sentado também beneficiam a memória de trabalho. Um estudo publicado no British Journal of Psychology destacou que a memória de trabalho funciona melhor durante a atividade física e em posições que ativam o cérebro, como ficar em pé. Alimentação saudável e controle das doenças cardiovasculares A boa saúde do cérebro depende diretamente do bom funcionamento cardiovascular. Doenças como diabetes, hipertensão e níveis elevados de colesterol prejudicam a circulação sanguínea, reduzindo o fornecimento de oxigênio e nutrientes ao cérebro. Isso pode acelerar problemas de memória e aumentar o risco de demência. Por isso, hábitos alimentares equilibrados, que evitem o consumo excessivo de açúcar, gorduras saturadas e bebidas industrializadas, são fundamentais para preservar a cognição. Um exemplo é o impacto negativo das bebidas açucaradas, que foram associadas a menor volume cerebral e declínio da capacidade cognitiva. A nova fronteira: o hormônio Klotho Pesquisas recentes também têm investigado moléculas específicas, como o hormônio Klotho, que regula funções essenciais do organismo e tem um papel fundamental na comunicação entre neurônios, importante para a formação e recuperação de memórias. A produção natural de Klotho diminui com a idade, o que pode explicar parte do declínio da memória em idosos. Experimentos com macacos idosos que receberam injeções de Klotho mostraram uma melhora significativa na capacidade de lembrar novas informações, com resultados que perduraram por semanas. Apesar de ainda estar em fase experimental, essa descoberta abre caminhos promissores para o desenvolvimento de terapias que possam proteger o cérebro contra o envelhecimento cognitivo. Exemplos práticos para o dia a dia Incorporar esses hábitos pode parecer simples, mas seu impacto na preservação da memória e das funções cognitivas ao longo da vida é imenso. O investimento em saúde cerebral garante mais qualidade de vida e autonomia na terceira idade.
Detox digital

O detox digital é uma prática que consiste em reduzir ou interromper temporariamente o uso de aparelhos eletrônicos, como smartphones, computadores e redes sociais, com o objetivo de aliviar efeitos negativos causados pela hiperconectividade no cérebro e na saúde mental. Em tempos de aumento exponencial do uso de telas — com brasileiros conectados, em média, por cerca de 9 horas e 32 minutos diários —, o detox digital surge como uma estratégia indispensável para recuperar o equilíbrio pessoal e a qualidade de vida. Quanto tempo offline realmente ajuda o cérebro? Estudos indicam que já períodos curtos, como algumas horas por dia, podem oferecer benefícios significativos. Um estudo recente mostrou que duas semanas de detox digital promoveram melhorias expressivas em saúde mental, bem-estar e capacidade de atenção. O tempo ideal, contudo, pode variar conforme o perfil e rotina de cada pessoa, sendo eficaz tanto pequenas pausas diárias — uma hora após acordar ou algumas horas antes de dormir — quanto a realização de um dia completo sem internet ou redes sociais. Os benefícios do detox digital vão desde a redução da ansiedade e do estresse causados pela sobrecarga de informações, até a melhora da qualidade do sono — fundamental para a restauração cerebral, já que as luzes emitidas por telas prejudicam os ciclos naturais do sono, provocando insônia e cansaço. Além disso, o detox estimula a criatividade, pois ao se afastar dos estímulos digitais, o cérebro tem espaço para desenvolver ideias originais e conscientes, o que muitas vezes fica prejudicado pelas distrações virtuais. Outro ponto importante é o aumento da produtividade e concentração, pois sem as constantes interrupções causadas pelas notificações e atualizações, o indivíduo consegue focar melhor no trabalho, estudos e tarefas cotidianas, reduzindo a procrastinação e melhorando o desempenho geral. Para uma prática eficiente, especialistas recomendam estabelecer metas realistas na rotina (como desconectar diariamente por pequenos intervalos ou escolher dias específicos para um detox mais completo). Também sugerem substituir o uso do celular por atividades prazerosas e offline, como exercícios físicos, meditação, leitura e convívio social presencial, reforçando a conexão com o mundo real e consigo mesmo. Em resumo, o detox digital por períodos que variam de algumas horas a duas semanas já pode ajudar o cérebro a se recuperar dos efeitos do uso excessivo de tecnologia, promovendo saúde mental, criatividade e qualidade de vida, além de um maior equilíbrio entre o on e o off.
Como a IA está mudando nossas relações e colocando a saúde mental em risco

A telefobia e o impacto da automação por IA na geração Z A crescente integração da inteligência artificial (IA) nos serviços de atendimento telefônico transformou a relação da sociedade — em especial da Geração Z — com as chamadas de voz. O medo de falar ao telefone, conhecido como telefobia, atinge uma parcela considerável dos jovens e já começa a causar efeitos profundos no bem-estar individual e coletivo. A telefobia na geração Z Estudos mostram que até 23% dos jovens da Geração Z relatam ansiedade significativa ao falar ao telefone. O desconforto ocorre não apenas pelo medo do desconhecido — como quem está ligando ou o que será dito —, mas também pela ausência de recursos visuais na comunicação de voz, o que diminui o senso de controle e aumenta o temor de julgamento. Entre os principais comportamentos observados estão: Consequências emocionais e sociais A aversão às ligações não se limita ao desconforto momentâneo. A preferência pela comunicação assíncrona pode acarretar: Isolamento social A diminuição de interações por voz — e, consequentemente, de conversas espontâneas e não roteirizadas — contribui para a perda de habilidades de socialização e para o aumento do isolamento social. Pesquisas recentes apontam que os jovens passam mais tempo sozinhos do que as gerações anteriores, o que pode comprometer o desenvolvimento de laços sociais e afetar o sentimento de pertencimento à coletividade. Ansiedade e depressão A falta de interação presencial e por voz já foi associada a impactos negativos na saúde mental: O papel da automação por IA Assistentes virtuais e sistemas automatizados baseados em IA oferecem conveniência ao fazer ligações e obter informações, principalmente para quem sente ansiedade social. Entretanto, ao automatizar tarefas como reservas, consultas e negociações telefônicas, há impactos ambíguos: Efeitos positivos Riscos no longo prazo Impacto na sociedade O alto grau de automação por IA altera, lentamente, o tecido social: Apesar dos benefícios evidentes da automação por IA — especialmente para quem sofre ansiedade ao telefone — é fundamental observar o lado sombrio dessa tendência: o risco de fomentar isolamento social e desgaste da saúde mental na Geração Z. A sociedade, empresas e educadores devem buscar um equilíbrio entre conveniência tecnológica e promoção ativa de conexões humanas, estimulando atividades que desenvolvam as capacidades de diálogo, empatia e resiliência.