Mais de 500 cidades iniciam adesão ao Muralha Paulista

Programa de segurança do Governo de São Paulo conecta sistemas municipais para identificar foragidos, veículos roubados e desaparecidos Com o avanço da integração entre Estado e municípios, mais de 500 prefeituras paulistas já iniciaram o processo de adesão ao Muralha Paulista, programa de segurança que usa tecnologia para monitoramento e combate à criminalidade em tempo real. A ferramenta, criada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), já opera em quatro cidades — entre elas São Paulo, Praia Grande, São Carlos e Indaiatuba — e deve chegar a outras localidades nos próximos meses. A política pública integra câmeras de monitoramento dos municípios ao sistema estadual, permitindo a identificação automática de foragidos da Justiça, pessoas desaparecidas e veículos roubados ou furtados. Praia Grande e São Carlos já contam com cobertura de 100% do território. “Esse é um grande avanço em segurança pública com uso de tecnologia. O sistema gera alertas em tempo real e tem sido fundamental para o controle da mobilidade criminal, fortalecendo a atuação das nossas forças policiais”, afirma o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. O processo de integração passa por etapas de análise jurídica e compatibilidade tecnológica. A meta é cadastrar todos os municípios interessados até o fim de 2025. A solicitação de adesão pode ser feita via formulário no site do Muralha Paulista. Além da integração de imagens, o Muralha Paulista disponibiliza aplicativo exclusivo para agentes das polícias Civil, Militar e Guardas Municipais, permitindo consultas imediatas: o app revela se um suspeito está foragido, cadastrado em plataformas de entrega, verifica o IMEI de celulares, o registro de armas e mais. A tecnologia do programa faz cruzamento de dados com o Banco Nacional de Mandados de Prisão e usa reconhecimento facial para identificar suspeitos. Em caso de correspondência, um alerta é enviado ao centro de operações responsável. “É a primeira vez que o Estado conecta os municípios em um sistema unificado de segurança pública, funcionando como um grande concentrador de dados”, destaca Rafael Ramos, subsecretário de projetos da SSP. A governança e a proteção de dados são garantidas por decreto. O programa opera com acesso restrito, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e é acompanhado pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).

Projeto do Governo de SP registra mais de 24 mil observações de animais silvestres no Parque Estadual Fontes do Ipiranga

Iniciativa promove a observação da fauna silvestre, a ciência cidadã e a valorização da terceira maior reserva de Mata Atlântica da capital paulista Nesta terça-feira (27), em que se celebrou o Dia Nacional da Mata Atlântica, o projeto Bichos do P.E.F.I. ganha destaque como uma iniciativa que fortalece a valorização do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (P.E.F.I.). O projeto tem como objetivo estimular a observação e o registro de animais silvestres nessa Unidade de Conservação de Proteção Integral. A proposta central é construir, de forma colaborativa, um banco de dados sobre a diversidade da fauna nativa do parque, acessível à sociedade, permitindo que qualquer pessoa interessada contribua com a produção de conhecimento e conheça mais sobre as riquezas preservadas nesse importante patrimônio da capital paulista. Considerado a terceira maior reserva de Mata Atlântica no município de São Paulo, o P.E.F.I. ocupa 526 hectares, uma área equivalente a 3,3 vezes a do Parque do Ibirapuera. LEIA TAMBÉM: Governo de SP inicia ampla programação na Semana do Meio Ambiente; confira Desenvolvido pela Diretoria de Biodiversidade e Biotecnologia (DBB) da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), o projeto já contabiliza mais de 24 mil registros feitos por 480 pessoas que fotografaram a natureza durante suas visitas ao P.E.F.I. Além disso, mais de 1.600 pessoas de diversas partes do mundo colaboraram com a identificação das espécies, esforço que resultou em mais de 1.200 espécies identificadas até o momento. Os grupos com maior número de observações até agora são os insetos (16 mil registros) e as aves (3.882). Entre as espécies identificadas, o macaco bugio (Alouatta guariba clamitans) é o mais registrado pelos observadores. “Como se trata de um projeto colaborativo e dinâmico, esses números estão em constante atualização. Assim como na ciência, muitas observações ainda precisam ser revisadas para alcançar um grau maior de confiabilidade científica. Ainda assim, o crescimento do engajamento público nessa ação de ciência cidadã é um dos principais resultados que buscamos alcançar”, afirma Bruno Aranda, responsável pelo projeto e assistente técnico da DBB. Para ele, o Dia Nacional da Mata Atlântica é uma oportunidade para reforçar o papel do P.E.F.I. na conservação de um dos biomas mais ameaçados do país. “Essa data é um momento de reflexão sobre a importância da preservação do bioma. O projeto contribui diretamente para isso, pois além de gerar dados de relevância cientifica, fortalece uma rede de pessoas interessadas em contribuir com ações de conservação no parque”. A diretora da DBB, Patrícia Locosque Ramos, também destaca o impacto positivo do engajamento cidadão: “O Bichos do P.E.F.I. é uma forma de aproximar as pessoas da natureza e revelar a riqueza da fauna que vive no parque. Além de gerar dados fundamentais para a conservação, a iniciativa promove o envolvimento da sociedade na valorização desse patrimônio natural e no fortalecimento do senso de pertencimento”, explica. Plataforma iNaturalist O Projeto Bichos do P.E.F.I utiliza a plataforma gratuita iNaturalist. A ferramenta permite que qualquer pessoa registre e compartilhe fotos ou áudios, acompanhados das respectivas localizações geográficas, de espécies observadas em qualquer lugar do mundo, enquanto especialistas auxiliam na identificação dos registros, os quais ficam disponíveis para a sociedade Interessados em contribuir podem acessar o site www.inaturalist.org ou baixar o aplicativo iNaturalist no celular, criar um perfil e se juntar ao projeto Bichos do P.E.F.I.. A iniciativa também reforça a importância do uso responsável da plataforma e o respeito às normas da Unidade de Conservação: não deixar resíduos, não coletar organismos vivos e não alimentar os animais silvestres. O projeto é um exemplo prático de engajamento da sociedade e geração de conhecimento científico voltado à conservação de um dos biomas mais ricos e ameaçados do país. Veja imagens dos animais observados:

Comando C4 especializado em assassinatos e espionagem contra autoridades

Polícia Federal desarticula grupo extremista “Comando C4” especializado em assassinatos e espionagem contra autoridades A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (28) a 7ª fase da Operação Sisamnes, que teve como alvo o grupo extremista autodenominado “Comando de Caça aos Comunistas, Criminosos e Corruptos” (C4). A organização criminosa, formada por civis, militares da ativa e da reserva, atua nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais, e é especializada em assassinatos sob encomenda, espionagem e ameaças contra autoridades brasileiras, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e parlamentares do Congresso Nacional. Estrutura e modus operandi do grupo Segundo a PF, o C4 possui uma estrutura paramilitar e atua com extrema violência, cobrando valores que variam entre R$ 100 mil e R$ 250 mil para executar assassinatos, conforme a importância da vítima. Documentos apreendidos revelaram uma tabela de preços para execuções, com o valor mais alto destinado a ministros do STF, que custariam R$ 250 mil.  Além disso, o grupo realizava espionagem contra autoridades, monitorando suas rotinas e informações sigilosas. A investigação teve início após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em dezembro de 2023 em Cuiabá (MT). Zampieri era conhecido como “lobista dos tribunais” e estava envolvido em um esquema de venda de sentenças judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. As apurações indicam que o homicídio está diretamente ligado a essa rede criminosa. Operação Sisamnes e medidas judiciais A operação, autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do STF, cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão, além de medidas cautelares como monitoramento eletrônico, recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato entre investigados e apreensão de passaportes. Cinco pessoas foram presas, incluindo militares da reserva, suspeitos de integrar o grupo e participar das ações criminosas. Impacto e contexto histórico O nome do grupo, “Comando de Caça aos Comunistas, Criminosos e Corruptos”, remete ao “Comando de Caça aos Comunistas” (CCC), organização paramilitar de extrema-direita que atuou durante a ditadura militar brasileira nas décadas de 1960 e 1970, promovendo perseguições e violência contra militantes de esquerda, artistas e estudantes. A desarticulação do C4 representa um avanço significativo no combate a grupos extremistas que ameaçam a democracia e a segurança pública no Brasil, evidenciando a atuação conjunta das forças de segurança para desmantelar organizações criminosas que utilizam violência e intimidação para atingir autoridades e instituições.

São Paulo lança prontuário digital inovador para integrar políticas sociais de combate à pobreza

O Governo do Estado de São Paulo vai disponibilizar gratuitamente aos municípios um prontuário eletrônico familiar integrado para apoiar a implementação do SuperAção SP — programa estadual de superação da pobreza lançado no dia 20 de maio, no Palácio dos Bandeirantes. Com essa iniciativa, São Paulo passa a ser o primeiro estado no país a ofertar uma ferramenta inovadora na gestão de políticas sociais. A proposta do prontuário é permitir que os municípios que aderirem ao programa tenham acesso a uma plataforma digital unificada, onde será possível registrar e acompanhar, de forma contínua e organizada, a trajetória de cada família atendida. Os dados incluirão informações de diversas áreas, como assistência social, saúde, educação, habitação, qualificação profissional e inserção no mercado de trabalho, sempre pela ótica da assistência social. LEIA TAMBÉM: ‘SuperAção SP cria planos individuais e conecta famílias a serviços’, diz secretária Além de fortalecer o planejamento das ações, a ferramenta também permitirá maior integração entre as políticas públicas estaduais e municipais, evitando sobreposições e lacunas no atendimento. O sistema será utilizado pelos Agentes de SuperAção, profissionais que farão o acompanhamento individualizado das famílias participantes do programa, e por todas as equipes e profissionais do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) nos municípios que aderirem ao sistema. Esses agentes serão capacitados pelo Governo de SP e atuarão de forma próxima aos beneficiários, construindo com cada família um plano de desenvolvimento com metas e etapas personalizadas. Entenda aqui como será a atuação dos agentes do SuperAção SP. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social, o prontuário será obrigatório para os municípios que aderirem ao programa, funcionando como instrumento central para a gestão e monitoramento das ações. LEIA TAMBÉM: SuperAção SP: atendimento personalizado para famílias é diferencial do programa SuperAção SP O SuperAção SP é um programa inédito, integrado e intersetorial com o objetivo de dar condições para que famílias vulneráveis tenham apoio e acesso às oportunidades para a efetiva superação da pobreza no estado de São Paulo. Trata-se de uma jornada completa e estruturada, que leva à emancipação e à autonomia dessa população. Com aporte inicial de R$ 500 milhões para operacionalização, o SuperAção SP integra ações de proteção social, capacitação profissional e inclusão no mundo do trabalho, em parceria com os municípios. As famílias são selecionadas pelo CadÚnico e acompanhadas por agentes sociais por até dois anos, com planos personalizados, auxílios financeiros, bonificações por metas e acesso a políticas públicas de assistência social, educação, saúde, habitação e geração de renda. LEIA TAMBÉM: SuperAção SP: entenda como funciona o programa do Governo de SP para romper o ciclo de pobreza no estado O programa avaliou mais de 60 experiências internacionais bem-sucedidas e foi construído com apoio de especialistas globais ao longo de um ano. Será estruturado em ondas, atendendo, nessa primeira etapa, 105 mil famílias em situação de vulnerabilidade social. Os benefícios variam conforme a etapa e podem chegar a R$ 10,4 mil por família ao longo do percurso.

Governo de SP anuncia a SP House no SXSW 2026

Em um novo espaço privilegiado, a casa será maior e vai oferecer ainda mais oportunidades para marcas e parceiros Pelo terceiro ano consecutivo, o Governo de São Paulo marcará presença no South by Southwest (SXSW), o maior evento de inovação do mundo. Sucesso de público, com mais de 15 mil visitantes em 2025, a SP House retorna ao evento em 2026, em um novo local, com um espaço maior e privilegiado, oferecendo ainda mais oportunidades para marcas e parceiros. A programação do espaço será realizada entre os dias 13 e 16 de março de 2026. O anúncio foi feito durante evento para parceiros, realizado nesta segunda-feira (26), na Pinacoteca. A SP House é  organizada pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, InvestSP (agência de promoção de investimentos vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico) e Prefeitura de São Paulo, e em 2026 segue focada no objetivo de promover São Paulo como um polo global de inovação e economia criativa, além de atrair investimentos estrangeiros. LEIA TAMBÉM: Governo de São Paulo abre inscrições para o 18º Prêmio São Paulo de Literatura “A SP House é um grande sucesso, e estamos muito felizes em anunciar que retornaremos ao SXSW em 2026. Este é um projeto muito importante para que possamos seguir mostrando ao mundo toda a potência que é o estado de São Paulo. Em 2024 e 2025 reunimos milhares de pessoas, de diversos países, mostramos histórias e todas as possibilidades que o nosso estado tem a oferecer e em 2026 estamos lá novamente em uma estrutura ainda maior”, ressaltou a secretária da Cultura, Economia e Indústrias Criativas, Marilia Marton. O lançamento da SP House 2026 contou com a presença de diversos parceiros, patrocinadores e representantes do Governo de SP. Além disso, quem marcou presença foi a embaixadora do SXSW no Brasil, Tracy Mann, que falou um pouco sobre a proposta do evento em 2026 e a localização privilegiada do espaço do Governo de SP. “Para quem pensou em participar da Casa e não participou ainda, deve repensar, porque vai ser uma localização ótima e muito bem vista pelo ecossistema do SXSW”, destacou Tracy Mann.  Em 2026,  o SXSW será realizado entre os dias 12 e 18 de março, em Austin, Texas. A SP House estará em um novo e privilegiado espaço, a poucos metros do palco que receberá as atrações principais do evento, na Congress Avenue.

São Paulo restaura mais de 20 mil campos de futebol de Mata Atlântica

O estado de São Paulo atingiu um marco histórico na restauração ambiental: nos últimos dois anos e meio, foram restaurados mais de 20 mil campos de futebol de áreas de Mata Atlântica, o que corresponde a cerca de 21 mil hectares de vegetação nativa recuperada em todo o território paulista.  Essa conquista foi apresentada durante o 10º Encontro das Secretarias Estaduais da Mata Atlântica, realizado em maio de 2025, e representa um avanço significativo nas políticas de proteção ambiental e sustentabilidade no estado. Detalhes da restauração florestal De acordo com dados da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), apenas em 2024 foram restaurados 10,4 mil hectares, enquanto em 2023 o número chegou a 6,6 mil hectares. Em 2025, já são quase 4 mil hectares recuperados, totalizando 21 mil hectares no período analisado.  O trabalho envolve ações monitoradas, apoiadas ou conduzidas pelo governo estadual, em parceria com entidades da sociedade civil, empresas e proprietários rurais. O levantamento da Semil também destaca que 8,1 mil hectares foram recuperados por meio de restaurações ecológicas, como exigências da Cetesb, projetos voluntários e aplicação de multas ambientais. Outros 6,4 mil hectares resultaram de reparação de danos ambientais, principalmente por meio da fiscalização e aplicação de autos de infração. Iniciativas da sociedade civil responderam por 3,3 mil hectares, enquanto 2,9 mil hectares foram restaurados por meio de ações de conservação e manejo, dentro do Programa Refloresta-SP. Impacto ambiental e metas futuras A maior parte das áreas restauradas está localizada em regiões de Mata Atlântica, bioma predominante em São Paulo e considerado um dos mais ameaçados do Brasil. A restauração contribui diretamente para a preservação da biodiversidade, mitigação das mudanças climáticas e proteção dos recursos hídricos, além de gerar serviços ecossistêmicos essenciais para a população. Segundo a secretária de Meio Ambiente, Natália Resende, a meta do governo paulista é restaurar 37,5 mil hectares até 2026, reforçando o compromisso com a sustentabilidade e a economia verde. O Programa Refloresta-SP, principal iniciativa do estado, integra diferentes linhas de ação, como o Programa Nascentes, que protege áreas próximas a cursos d’água e fomenta o plantio de espécies nativas. Reconhecimento nacional O avanço na restauração florestal em São Paulo foi reconhecido por organizações como a Fundação SOS Mata Atlântica e o MapBiomas. Pela primeira vez em 16 anos, a regeneração da Mata Atlântica no estado superou o desmatamento do bioma, destacando exemplos como o Parque Ecológico Guarapiranga, na capital paulista. O esforço conjunto do governo, sociedade civil e setor privado coloca São Paulo na vanguarda da restauração ambiental no Brasil, servindo de referência para outros estados no enfrentamento dos desafios ambientais e na promoção da sustentabilidade. A ampliação da cobertura vegetal não só protege a biodiversidade, mas também fortalece a resiliência do estado frente às mudanças climáticas e garante melhor qualidade de vida para as futuras gerações.

Estado de SP cria mais de 500 mil empresas em um ano

O Estado de São Paulo registrou a abertura de 516.767 empresas no acumulado dos últimos 12 meses. Estudo da Fundação Seade, com base nos dados do CNPJ, da Receita Federal, aponta que, de abril de 2024 a março de 2025, o estado de São Paulo registrou a abertura de 516.767 empresas no acumulado dos últimos 12 meses. O setor de serviços liderou, com 358.548 novos empreendimentos, correspondendo a 69,4% do total. O comércio ocupou a segunda posição, com 105.518 empresas. Em seguida aparecem indústria (23.643), construção (26.639) e agropecuária (2.419). Por regiões, quem liderou a criação de empresas no acumulado dos últimos 12 meses foi a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), com 307.356, representando 59,5% do total do estado. Na sequência, aparecem em destaque as regiões administrativas de Campinas (67.873), Sorocaba (23.261) e São José dos Campos (22.927). Outras regiões em evidência são Santos (16.242), Ribeirão Preto (14.651), São José do Rio Preto (14.302) e Bauru (8.641). Já em março de 2025, foi registrada a criação de 35.151 empresas no estado de São Paulo. Na comparação com o mês imediatamente anterior, houve retração de 13,3%, quando o total de empreendimentos alcançou 40.521 novos negócios. Entre fevereiro e março, todos os setores apresentaram queda no desempenho. O setor de serviços recuou 14,6%, passando de 28.980 para 24.745 novas empresas, seguido pela indústria (-13,9%), construção (-13,1%), comércio (-8,2%) e agropecuária (-6,5%). Microempreendedores Individuais (MEIs) Em março de 2025, o Estado de São Paulo registrou 85.268 novos MEIs, representando uma leve retração de 0,8% em relação a fevereiro (85.972). O setor de serviços foi responsável por 57.097 novos MEIs em março de 2025, seguido por comércio (14.695), construção (5.956), indústria (7.142) e agropecuária (378). No acumulado dos últimos 12 meses, de abril de 2024 a março de 2025, o estado de São Paulo registrou 841.300 novos MEIs. O setor de serviços concentrou a maior parte, com 554.720 MEIs, correspondendo a 65,9% do total. Na sequência, aparecem comércio (154.338), indústria (69.050), construção (59.434) e agropecuária (3.758). No período de abril de 2024 a março de 2025, o maior número de novos MEIs ficou concentrado na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), com 417.124 registros, representando 49,6% do total estadual. Em seguida, aparecem as RAs de Campinas (131.589), São José dos Campos (47.039), Sorocaba (46.832) e Santos (45.181). Entre outras regiões que figuram em destaque aparecem São José do Rio Preto (26.560), Ribeirão Preto (25.660) e Bauru (18.597).

Estado de São Paulo registra 44 casos de febre de Oropouche e risco de epidemia cresce

O estado de São Paulo já contabiliza 44 casos confirmados de febre de Oropouche em 2025, segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE). A doença viral, transmitida principalmente pelo mosquito Culicoides paraensis — conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora —, tem sintomas semelhantes aos da dengue, como dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. Os casos foram registrados principalmente na região de Registro (incluindo municípios como Cajati, Juquiá, Miracatu, Eldorado, Pedro de Toledo, Itariri e Sete Barras) e no litoral Norte, em Ubatuba. Uma morte está em investigação no estado, o que eleva a preocupação das autoridades de saúde. No Brasil, a febre de Oropouche já atingiu mais de 10 mil casos em 2025, um aumento de mais de 50% em relação ao mesmo período do ano passado. O Espírito Santo lidera os registros, seguido pelo Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraíba e Ceará. Em 2024, o país registrou as primeiras mortes pela doença no mundo, e neste ano já foram confirmados quatro óbitos, três no Rio de Janeiro e um no Espírito Santo. A febre de Oropouche é causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus e, além do maruim, outros mosquitos também podem transmitir o vírus em áreas urbanas e silvestres. A doença pode se espalhar rapidamente em regiões onde o vetor está presente, e a Organização Pan-Americana da Saúde já emitiu um alerta epidemiológico de alto risco para a febre de Oropouche no continente. Como se prevenir: Sintomas da febre de Oropouche: Diante do aumento expressivo dos casos e do risco de surto, a população deve redobrar os cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor e procurar atendimento médico imediato caso apresente sintomas compatíveis com a doença. As autoridades de saúde reforçam a importância da vigilância epidemiológica e da conscientização comunitária para conter a disseminação da febre de Oropouche e evitar uma possível epidemia no estado de São Paulo e em outras regiões do país.

Estado de São Paulo Registra Maior Taxa de Homicídios Ocultos do País, Revela Estudo

O estado de São Paulo apresentou em 2023 a maior taxa de homicídios ocultos do Brasil, com 4,8 mortes por 100 mil habitantes, superando em muito a média nacional de 1,7, segundo dados do Atlas da Violência 2025, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O que são homicídios ocultos? Homicídios ocultos são mortes violentas classificadas oficialmente como “causa indeterminada” – ou seja, casos em que não se consegue identificar se a morte foi causada por homicídio, acidente ou suicídio. Essas mortes, chamadas tecnicamente de Mortes Violentas por Causa Indeterminada (MVCI), não são contabilizadas como homicídios nos registros oficiais, o que leva a uma subnotificação significativa. Dados alarmantes em São Paulo Em 2023, São Paulo concentrou 60,6% das mortes por causa indeterminada no país, totalizando 2.277 casos. Essa cifra representa mais da metade dos homicídios ocultos nacionais, que somaram 3.755 naquele ano. Nos últimos dez anos, o número de homicídios ocultos em São Paulo aumentou 130,2%, passando de 989 em 2013 para 2.277 em 2023. Esse crescimento evidencia problemas na qualidade dos registros e na identificação correta das causas das mortes violentas. Oficialmente, São Paulo apresenta a menor taxa de homicídios do país, com 6,4 mortes por 100 mil habitantes, bem abaixo da média nacional de 21,2. No entanto, ao incluir os homicídios ocultos, a taxa estimada para o estado sobe para 11,2, o que o coloca como o segundo estado menos violento, atrás de Santa Catarina. Somando os homicídios oficiais e ocultos, o total de assassinatos em São Paulo em 2023 chega a 5.320, um número significativamente maior do que o registrado oficialmente. Isso mostra que os dados oficiais não refletem plenamente a realidade da violência letal no estado e no país. Especialistas apontam que a precariedade na emissão e análise dos atestados de óbito, além da dificuldade dos legistas em diferenciar entre homicídio, acidente e suicídio, contribuem para a alta taxa de homicídios ocultos em São Paulo. A subnotificação compromete a formulação de políticas públicas eficazes para o combate à violência. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo afirmou que utiliza dados de natureza jurídica e criminológica diferentes dos usados pelo estudo, coletados pelo DataSUS, e que realiza monitoramento e análise minuciosa dos casos com vítimas fatais para evitar classificações errôneas. Contudo, a disparidade entre os dados oficiais e os do Atlas da Violência indica a necessidade de melhorias nos processos de registro e investigação. No Brasil, entre 2013 e 2023, foram identificados 51.608 homicídios ocultos, o que representa cerca de 38% das mortes violentas registradas no período. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia concentram dois terços dessas mortes sem causa determinada, evidenciando um problema estrutural na qualidade dos registros de violência letal no país. O levantamento do Atlas da Violência 2025 revela que a realidade da violência no Brasil, especialmente em São Paulo, é mais grave do que indicam os dados oficiais. A existência de um alto número de homicídios ocultos compromete a compreensão da violência e a efetividade das políticas públicas, exigindo aprimoramento na identificação e registro das causas de mortes violentas para um combate mais eficaz à criminalidade

Golpes e fraudes deixam rombo de R$ 100 bilhões

Golpes e fraudes deixam rombo de R$ 100 bilhões nos setores de Hospedagem e de Alimentação no Brasil Levantamento da Fhoresp aponta prejuízo de R$ 25 bilhões só no estado de São Paulo; para combater este tipo de crime, entidade sugere a criação de um Cadastro de Estelionatários, com sistema interligado entre órgãos de fiscalização, como a Polícia Civil e o Ministério Público (MP) A Federação dos Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) estima perdas de R$ 100 bilhões nos setores de Hospedagem e de Alimentação, no Brasil, em 2024, por fraudes e golpes. Somente em solo bandeirante, o número chega a R$ 25 bilhões de prejuízos decorrentes destes crimes que, além de lesar consumidores e o setor privado, impacta os cofres públicos, por força de sonegação. A entidade recomenda ações preventivas, a fim de garantir maior proteção nas relações de consumo e evitar o avanço de táticas fraudulentas. Representando 500 mil estabelecimentos no estado de São Paulo, a Fhoresp mapeou o dano econômico sobre hotéis, restaurantes, bares e padarias, via estelionato, no ano passado. Entre os golpes mais comuns, estão o da falsa hospedagem – o consumidor compra diárias para se hospedar, mas, ao fazer o check-in, descobre que não há reserva alguma. Casos deste tipo geraram um rombo de R$ 2,4 bilhões, somente em 2024, no Brasil. O diretor-executivo da entidade, Edson Pinto, faz um alerta: “Agências de viagens não autorizadas vendem diárias de hotel sem confirmação, ou garantia de disponibilidade – e não contam isso para o consumidor. O maior exemplo é a 123 Milhas, que, em 2023, deixou milhares de clientes e de fornecedores sem receber – na época, um prejuízo calculado em mais de R$ 135 milhões somente no estado de São Paulo”, descreve. Situação semelhante acontece com a contratação de bufês, que somem sem prestar o serviço, ou não recebem o pagamento. O prejuízo deixado em 2024 beira os R$ 90 milhões no País e R$ 15 milhões no estado paulista. Também chamam a atenção os golpes virtuais, com R$ 135 milhões em perdas aos brasileiros. O diretor-executivo da Fhoresp explica que fraudes tecnológicas, inclusive, são as mais difíceis de serem identificadas, e cita o falso QR Code: “Golpistas adulteram o QR-Code, para que o cliente faça o pagamento numa outra conta, ou para que consigam instalar aplicativos e, assim, subtrair dados da vítima, ou terem acesso a banco, senhas etc. O mesmo golpe utiliza o sistema de Wi-Fi. Por isso, é importante que se faça conexão apenas em rede confiável”, sugere Edson Pinto. Bebidas alcoólicas adulteradas também causaram prejuízos expressivos no Brasil, em 2024. A Fhoresp estima que, 36% do volume total do produto comercializado no País é falsificado, adulterado ou contrabandeado, gerando perda fiscal de R$ 85,2 bilhões. No estado de São Paulo, a sonegação bate os R$ 23 bilhões. Contrabando e produção clandestina de cigarros preocupam, igualmente. Em território nacional, os cofres públicos já perderam arrecadação estimada em R$ 9 bilhões e no estado de São Paulo, R$ 1,65 bilhão. Ações preventivas A Fhoresp acredita que em 2025 os danos com golpes e fraudes devem se manter, infelizmente, em patamar elevado, e lamenta que não haja no Brasil um sistema maior de proteção para clientes e empresas. Entre as alternativas apontadas pela entidade para combater este tipo de delito está a criação de um Cadastro de Fraudadores, com interligação entre órgãos de fiscalização, como as Polícias Federal e Civil e o Ministério Público (MP). Outras propostas abarcam o uso de Tecnologia, a fim de garantir maior segurança dos contratos e a aquisição de seguros contra a inadimplência e golpes: “Se não tivermos em nosso País uma regulação mais forte e ações integradas e preventivas, o prejuízo vai ficar sempre no bolso dos clientes e na conta das empresas. Precisamos estabelecer um sistema maior de proteção nas relações entre consumidores e fornecedores”, finaliza Edson Pinto.