“Mais de 60 Corpos Recuperados em Mata Após Operação Policial no Rio; Mortes Podem Ultrapassar 100”

Moradores dos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, recuperaram mais de 60 corpos em uma área de mata próximo às comunidades, um dia após a megaoperação policial considerada a mais letal da história da cidade. Essa contagem adicional pode fazer o número total de mortos passar de 100, muito além dos 64 oficialmente reconhecidos pelo governo até o momento. A operação, que mobilizou cerca de 2.500 agentes para combater o Comando Vermelho, teve confrontos violentos, inclusive com o uso de drones e barricadas levantadas por criminosos contra as forças policiais. O saldo oficial divulgado na terça-feira (28) refere-se a 60 suspeitos e 4 policiais mortos, com 81 presos. No entanto, a Polícia Militar afirmou que os corpos encontrados e levados por moradores para a Praça São Lucas, no Complexo da Penha, não constam na contagem oficial e ainda não se confirmou se estão ligados diretamente à operação. Veja também:“Rapper Oruam Repudia Megaoperação Policial no Rio: ‘Minha Alma Sangra’ após 64 Mortos na Favela” A intensidade dos conflitos gerou pânico entre moradores, que relataram troca intensa de tiros durante toda a madrugada. Testemunhas descreveram uma verdadeira cena de guerra, e o local ficou marcado por uma tragédia que evidencia os riscos de operações de segurança pública em áreas controladas por facções criminosas. O caso levanta sérias questões sobre o controle das operações e a transparência na divulgação dos números de vítimas, além do impacto humanitário nas comunidades afetadas. Organizações de direitos humanos já manifestam preocupação com a situação e cobram investigações rigorosas para esclarecer o que realmente ocorreu e garantir justiça para as famílias das vítimas.
“Rapper Oruam Repudia Megaoperação Policial no Rio: ‘Minha Alma Sangra’ após 64 Mortos na Favela”

O rapper Oruam expressou forte indignação contra a megaoperação policial realizada nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, considerada uma das mais letais da história do estado. Chamando a ação de “chacina”, ele publicou em suas redes sociais: “Minha alma sangra, tira o fuzil, existe o ser humano. Nunca vou achar normal a polícia entrar em uma favela e matar 70 pessoas quando o que sempre faltou foi oportunidades”. Oruam também criticou o tratamento dado às favelas, questionando se “favela é campo de concentração” e ressaltou que “a caneta mata mais do que o fuzil”. A operação, batizada de “Operação Contenção“, mobilizou cerca de 2.500 policiais civis e militares, com o objetivo de combater o Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do país. Segundo dados oficiais, a ação resultou em pelo menos 64 mortos — sendo 60 suspeitos e quatro policiais — e 81 presos. Foram apreendidos cerca de 75 fuzis, além de outras armas e veículos. Este número representa a operação policial mais letal dos últimos anos no Rio, gerando ampla repercussão e críticas quanto aos métodos de segurança pública empregados em áreas vulneráveis. Moradores das comunidades vivenciaram medo e prisões em massa, com relatos de balas perdidas atingindo civis, incluindo uma mulher que foi ferida de raspão numa academia. A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) manifestou preocupação e anunciou que vai oficiar autoridades para apurar as circunstâncias da ação, que transformou novamente as favelas em “cenário de guerra e barbárie”. Oruam, que havia sido preso em julho por sete crimes e teve sua prisão revogada em setembro pelo Superior Tribunal de Justiça, se tornou voz ativa contra o que chama de violência desmedida contra comunidades pobres, alertando para o impacto devastador dessas operações nas famílias e na vida social dessas regiões.
Aumenta a intervenção estatal em setores privados

Aumenta a intervenção estatal em setores privados: o caso da obrigatoriedade do cardápio físico em restaurantes O avanço de legislações que obrigam restaurantes e estabelecimentos alimentícios a disponibilizar cardápios físicos, mesmo diante da popularização e praticidade dos cardápios digitais via QR code, reflete uma crescente e preocupante interferência estatal no setor privado. A recente Lei 6.114, válida em um município brasileiro, que proíbe o uso exclusivo do cardápio digital e força a presença do cardápio impresso, não é um caso isolado. Outras localidades já adotaram medidas similares. No Rio de Janeiro, por exemplo, a Lei 8.224 impõe a todos os bares, restaurantes, lanchonetes e casas noturnas a obrigação de manter uma versão física de seus cardápios, sob pena de multas que chegam a R$ 2 mil, justificando a norma como meio de garantir acessibilidade, especialmente a idosos e pessoas sem acesso à internet. A justificativa oficial é evitar exclusão social, mas a imposição legal cria custos e inflexibilidade para os empresários que buscam inovação e eficiência através das tecnologias digitais. No Ceará, a Lei Estadual nº 18.543 determina também a disponibilidade de cardápios físicos nos estabelecimentos, permitindo o uso do QR code, porém exigindo que exista ao menos uma opção em papel. Embora haja uma flexibilização para quem oferece aparelhos eletrônicos próprios para acesso digital, a sanção do Estado sobre um detalhe operacional revela uma postura intervencionista que traz insegurança jurídica e dificuldades no andamento dos negócios. Esse padrão de leis que regulam detalhes operacionais do setor privado – sejam eles cardápios, preços, ou outras modalidades – remete ao modelo intervencionista que, embora tenha a intenção de proteger o consumidor, acaba tratando o cidadão como alguém incapaz de escolher por si mesmo. O Estado domina a agenda, e o setor privado se vê obrigado a cumprir regras que nem sempre refletem a realidade do mercado e dos consumidores. Se toda questão social ou econômica fosse resolvida na base da legislação punitiva, nunca haverá real segurança jurídica. O que se observa são conflitos contínuos entre interesses políticos, demandas de consumidores e liberdade empresarial, que não encontram solução equilibrada. Impor leis para microgestão das relações entre empresas e consumidores tende a aumentar a burocracia e gerar custos que poderão ser repassados ao público. Além disso, essa abordagem perde de vista que a conscientização social e a educação para o uso das tecnologias seriam mecanismos muito mais efetivos para promover inclusão e acesso. Ao invés de criar barreiras legais, os políticos deveriam focar em campanhas educativas e apoiar o desenvolvimento de soluções que atendam, com flexibilidade, as necessidades de todos os públicos, inclusive os mais vulneráveis. Outro aspecto preocupante é a monetização política destas regulamentações. Projetos que tratam de exigências para o setor privado frequentemente são apresentados como soluções milagrosas para problemas sociais, mas no fundo servem para acionar mecanismos de multas e sanções, beneficiando economicamente a máquina pública, enquanto empresários e consumidores vivem um ambiente de conflito e insegurança. A estabilidade jurídica e o respeito à autonomia do indivíduo e das empresas só se consolidam com o Estado agindo de forma moderada, estimulando a autorregulação do mercado e a responsabilidade social das partes. A imposição permanente via legislação detalhista é um passo para um Estado paternalista, que não confia na capacidade do cidadão decidir e conviver com as mudanças tecnológicas e mercadológicas.
Ato no RJ com Caetano, Chico e Gil repudia anistia e PEC da Blindagem

Milhares de pessoas ocuparam neste domingo (21) a Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, para protestar contra a PEC da Blindagem e a anistia a golpistas condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e aliados. A proposta de emenda à Constituição repudiada pelos manifestantes foi aprovada pela Câmara dos Deputados na última terça-feira (16). Na prática, a medida dificulta a abertura de processos criminais contra parlamentares, ao impor que as casas legislativas devem aprovar a abertura desses processos. Aos gritos de “Sem Anistia” e “Viva a democracia”, os manifestantes se reuniram na altura do Posto Cinco da Orla de Copacabana, para assistir aos shows dos cantores Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Djavan, entre outros, e para escutar os discursos de lideranças políticas. Caetano Veloso disse, durante o ato musical, que a democracia no Brasil resiste. Segundo ele, a cultura nacional apresenta grande vitalidade. “Não podemos deixar de responder aos horrores que vêm se insinuando à nossa volta”. Gilberto Gil lembrou que o Brasil já passou por momentos semelhantes em sua história. “Passamos por momentos parecidos sempre em busca da autonomia, o bem maior do nosso povo”, afirmou. De estudantes a aposentados A servidora pública federal aposentada Regina de Brito, de 68 anos, foi uma das primeiras a chegar para ficar bem perto dos cantores do ato musical. Ela disse ser muito importante apoiar o movimento contra os que tentaram planejar um golpe no país. “Eu fui criada na ditadura militar. Sei como era isso. Esses caras acabaram de ser condenados, nem estão cumprindo pena e já querem anistia? E esse Congresso vilão, da direita, em vez de votar pautas do povo como a isenção do imposto de renda até R$ 5 mil, é um Congresso que não pensa no povo em nenhuma instância, só pensam no próprio umbigo”. O estudante da rede pública estadual de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Caio dos Santos, de 16 anos, contou estar no ato por achar muito importante a movimentação do povo brasileiro contra “o desserviço à população feito pelo Congresso Nacional”. “Acho que essa PEC da Bandidagem é um total desrespeito com a nossa cara. O povo brasileiro não pode assistir calado o que estão fazendo. Eu, como estudande da rede pública, tenho obrigação de ser contra pessoas como o Bolsonaro, que só torcem para o mal da educação, da saúde. Não adicionam nada de bom à nossa população, à nossa sociedade”, criticou. “Do que eu estudo da ditadura, eu tento espalhar essa consciência entre meus amigos para o não retorno da extrema-direita e para a consciência na hora do voto”, acrescentou Caio. Acompanhado da esposa, o policial penal aposentado Edson Enio Martins Tonnel, de 75 anos, também chegou cedo ao ato para protestar contra a Câmara dos Deputados. “Se a gente não reagir, a Câmara vai se tornar um antro de bandidos. Eu acho que, essa PEC, o Senado deve barrar. Qualquer bandido vai se candidatar, vai ser deputado e piorar a situação. O crime vai para Brasília mais do que já está. Independente da nossa idade, cada um tem que colaborar para o bem do Brasil, da nossa família. Que o Bolsonaro apodreça na cadeia, quem fez o que fez em Brasília tem que pagar”. Com os amigos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em Seropédica, a estudante de arquitetura Letícia Rocha, de 20 anos, afirmou que a história não pode se repetir. ” A gente não pode esquecer nunca do passado. Uma vitória que a gente teve foi a condenação do Bolsonaro”. Politica
Esquerda mobiliza manifestações em diversas capitais contra anistia e PEC da Blindagem

Movimentos de esquerda voltaram às ruas em diversas capitais brasileiras neste domingo, 21 de setembro de 2025, para protestar contra o Projeto de Lei da Anistia e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que recentemente foi aprovado na Câmara dos Deputados. As manifestações ocorreram em pelo menos 30 cidades e 22 capitais, incluindo Brasília, Salvador, Belo Horizonte, Maceió, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Organizadas por frentes como o Povo Sem Medo e Brasil Popular, além de partidos como PT e PSOL, as mobilizações receberam apoio de centros sindicais, movimentos sociais, artistas e políticos. Um dos principais lemas das manifestações foi “Congresso inimigo do povo”, com críticas à aprovação da PEC que dificulta a abertura de processos criminais contra deputados e senadores, exigência de autorização prévia das casas legislativas para levantamento do foro privilegiado. Os manifestantes também se posicionaram contra o Projeto de Lei da Anistia, que propõe anistiar condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento em tentativa de golpe de Estado, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão pelo STF. Segundo os organizadores, a aprovação desses projetos representa um retrocesso na luta contra a impunidade política e o fortalecimento de uma “cegueira” para parlamentares corruptos. Em Brasília, o ato começou em frente ao Museu Nacional da República, com apresentações culturais e uma marcha em direção ao Congresso Nacional. No Rio de Janeiro, artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Djavan participaram das manifestações em Copacabana. Já em São Paulo, os protestos aconteceram na Avenida Paulista, contando com representantes como Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB). As mobilizações refletem o clima de tensão política do país em meio à tramitação dos projetos controversos no Senado Federal, onde a PEC da Blindagem deverá enfrentar forte resistência. Os movimentos sociais destacam a importância da participação popular para barrar o que se classifica como um ataque à justiça e à democracia brasileira. Foto: Agência Brasil/EBC
Novas Vagas Abertas no PAT Pindamonhangaba: Oportunidades para Todos os Perfis Nesta Semana

O Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) de Pindamonhangaba abriu novas vagas de emprego em diversas áreas para esta semana. São oportunidades para profissões como auxiliar administrativo, vendedor, eletricista, entre outros. O PAT oferece também orientação profissional e encaminhamento para cursos gratuitos que podem ajudar os candidatos a melhorar suas habilidades e aumentar as chances de contratação. Atualizado em: 15-09-2025 08:05:19 Nr Vaga Ocupação Observações Nr vagas Nível de instrução Exige experiência 8501246 Açougueiro – 1 Indiferente 06 meses 8501295 Ajudante Geral vaga masculina – das 14h às 22h30 1 Ensino Médio 06 meses 8501291 Atendente de Lanchonete vaga em Tremembé 1 Ensino Médio 06 meses 8501293 Auxiliar de almoxarifado ter condução própria (carro ou moto) 1 Ensino médio 06 meses 8501262 Auxiliar de Churrasqueiro Morar próximo à Faculdade Anhanguera ou ter condução própria 1 Ensino Médio 06 meses 8501261 Auxiliar de Garçom Morar próximo à Faculdade Anhanguera ou ter condução própria 1 Ensino Médio 06 meses 8501277 Auxiliar de mecânico de ônibus ter curso de mecânica 1 Ensino médio 06 meses 8501299 Auxiliar de mecânico industrial conhecimento em ferramentas 4 Ensino fundamental 06 meses 8501282 Caldeireiro – 1 Ensino fundamental 06 meses 8501292 Cozinheira vaga em Tremembé 2 Ensino Fundamental 06 meses 8501288 Cuidador Vaga masculina – cuidar de adolescentes entre 12 e 18 anos 1 Ensino Médio 06 meses 8501294 Doméstica morar próximo ao shopping 1 Indiferente 06 meses 8501302 Encanador industrial – 5 Ensino fundamental 06 meses 8501278 Inspetor de equipamentos de combate a incendio CNH “B” 1 Ensino médio – 8501283 Inspetor de solda – 1 Ensino médio 06 meses 8501214 Instalador de Esquadrias de alumínio CNH B 1 Ensino Médio 06 meses 8501275 Marceneiro – 1 Indiferente 06 meses 8501297 Mecânico de máquinas pesadas – 4 Ensino médio 06 meses 8501281 Mecânico montador – 11 Ensino fundamental 06 meses 8501298 Motorista de caminhão – 2 Ensino médio 06 meses Nr Vaga Ocupação Observações Nr vagas Nível de instrução Exige experiência 8501290 Motorista de ônibus – 1 Ensino médio 06 meses 8501296 Motorista operador de Munk curso de Munk, NR1 e NR12 2 Ensino médio 06 meses 8501265 Operador de escavadeira hidráulica – 1 Ensino médio 06 meses 8501300 Operador de escavadeira hidráulica curso na área 4 Ensino médio – 8501301 Soldador – 3 Ensino médio 06 meses 8501280 Soldador Tig – 3 Ensino médio 06 meses 8501289 Supervisor de obras CNH B / esquadrias de aluminio 1 Ensino médio 06 meses 8501266 Vendedor externo Condução própria – Tremembé 2 Indiferente 06 meses ENDEREÇOS:Pat Pindamonhangaba: Praça Dr Emílio Ribas, 120 – (12) 3643 1518 Pat Moreira César: Av Senador Teotônio Vilela, 61
Ação policial contra facção criminosa resulta em seis mortos no Rio

A Polícia Civil e a Polícia Militar do Rio de Janeiro realizaram uma operação conjunta para combater a expansão territorial do Comando Vermelho (CV) na Gardênia Azul, bairro da zona oeste da cidade, localizado na região de Jacarepaguá. A ação policial resultou na morte de seis homens que seriam ligados à facção criminosa. O CV vem ampliando seu território sobre áreas do Rio de Janeiro antes dominadas pela milícia. Os policiais conseguiram efetuar a prisão de 12 suspeitos, dois deles identificados: um segurança de um dos chefes da facção criminosa na região e um ladrão de cargas, foragido da Justiça. Além deles, quatro menores infratores foram apreendidos. Os agentes apreenderam também quatro fuzis, quatro pistolas, um revólver, munições, carregadores, granadas, rádios transmissores, grande quantidade de drogas e cadernos de anotações do tráfico. As ações realizadas nessa quarta-feira tiveram o objetivo de forçar a facção criminosa sair da Gardênia Azul. Para isso, foram reunidas informações de inteligência da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Militar, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do 18º batalhão da PM, de Jacarepaguá, e dos setores de Inteligência da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco). Também participaram policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Capital (DRE-CAP) e da 22ª Delegacia Policial, na Penha. Morte de policial No último 19 maio, em uma operação da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) contra a venda de água mineral contaminada e furto de energia elétrica, na Cidade Deus, comunidade próxima à Gardênia Azul, o policial civil José Antônio Lourenço, lotado na Core, foi morto por um tiro de fuzil na cabeça. Repórter da Agência Brasil
Entenda o que é o Brics, grupo que se reúne a partir de domingo no Rio

Um pouco mais de oito meses depois de o Museu de Arte Moderna (MAM) receber os holofotes do mundo para a reunião do G20 (grupo formado por 19 países e as uniões Europeia e Africana), o Rio de Janeiro ocupa novamente cenário de destaque no palco das relações internacionais. No domingo (6) e na segunda-feira (7), será realizada a reunião de Cúpula do Brics, sob a presidência brasileira. Fórum das maiores economias fora do G7, que reúne as potências alinhadas aos Estados Unidos, o grupo é apontado como uma voz do Sul Global. Entenda mais sobre esse evento internacional com a série de perguntas e respostas abaixo, preparadas pela Agência Brasil. O que é o Brics? O grupo se define como um foro de articulação político-diplomática de países que formam o chamado Sul Global, buscando cooperação internacional e o tratamento multilateral de temas globais. Além de buscar mais influência e equidade de seus integrantes em instituições como Organização das Nações Unidas (ONU), Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brics tem em seu radar a criação de instituições voltadas para seus participantes, como o Novo Banco de Desenvolvimento, chamado de banco do Brics. Por não ser uma organização internacional, o Brics não tem um orçamento próprio ou secretariado permanente. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Quantos países fazem parte do Brics? Atualmente, o grupo conta com 11 países-membros e dez países-parceiros. Países-membros: África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia. Países-parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã. Qual a diferença entre país-membro e país-parceiro? A modalidade país-parceiro foi criada durante a Cúpula de Kazan, na Rússia, em outubro de 2024. Esses países são convidados a participar dos encontros e dos debates. A principal diferença entre as categorias é que apenas os países-membros têm poder de deliberação, ou seja, votar nos encontros, por exemplo, para referendar a declaração final do grupo. Cúpula de Kazan criou a modalidade de país-parceiro REUTERS/Maxim Shemetov/Pool/Proibida reprodução O Brics começou com quantos países? O termo Brics nasceu em um estudo de 2001, formulado pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O’Neil, que projetou a crescente importância que Brasil, Rússia, Índia e China teriam na economia e na geopolítica global no Século 21. A organização desses países enquanto grupo se deu em 2006.Cinco anos depois, em 2011, o acrônimo ganhou o “s”, de South Africa (África do Sul, em inglês). Em 2024, o grupo passou a incluir Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. A Argentina chegou a ser convidada, mas sob a presidência de Javier Milei, recusou o ingresso. Em 2025, a Indonésia passou a fazer parte do Brics. Também no ano passado, foi anunciado que os países-parceiros Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão passariam a fazer parte do Brics a partir de 1º de janeiro de 2025. A Nigéria recebeu o status em 17 de janeiro. O mais recente parceiro é o Vietnã, que foi anunciado no último dia 13 de junho. Mais de 30 nações já manifestaram interesse em participar do Brics, tanto na qualidade de membros como de parceiros. O que é o Sul Global? O Sul Global pode ser entendido como uma união entre países em desenvolvimento, em regiões como América Latina, África, Ásia Meridional e sudeste asiático. Esses países apresentam similaridades, como passado de colonização, economias diversificadas e desafios sociais. As nações buscam articulações entre si para reivindicar reformas na ordem econômica e política global, reduzindo a dependência dos países desenvolvidos. Apesar no nome, muitos desses países se localizam geograficamente no hemisfério Norte, como Rússia, China, Arábia Saudita e Egito. Mais países podem entrar no grupo? Segundo a presidência brasileira, não há previsão, no momento, de se realizar novo processo de expansão. Eventual manifestação de interesse de ingresso no Brics será avaliada caso a caso. A decisão final sobre a adesão é feita por consenso entre os líderes do grupo. O Brics tem poder de decisão sobre temas internacionais? O Brics não é uma organização internacional ou um bloco formal. Trata-se de um foro de coordenação e cooperação entre países do Sul Global. Consensos de discussões precisam ser implementados internamente pelos países, caso queiram seguir o encaminhamento. Por que o encontro acontece no Brasil? É a primeira vez? A reunião de cúpula acontece no país-membro que ocupa a presidência rotativa ─ em 2025, é a vez do Brasil. Por isso, foi escolhido o Rio de Janeiro. Ao longo da presidência brasileira em 2025, foram realizadas mais de 200 reuniões online e presenciais. Em 2026, a cúpula será na Índia. No ano passado, o encontro foi em Kazan, na Rússia. O Brasil sediou três edições da cúpula: Brasília (2019 e 2010) e Fortaleza (2014). Museu de Arte Moderna (MAM Rio) recebeu Cúpula do G20 no ano passado e recebe a do Brics neste ano Tânia Rêgo/Agência Brasil O Brics representa quanto da população e da economia mundial? Os 11 países representam 39% da economia mundial, 48,5% da população do planeta e 23% do comércio global. Em 2024, países do Brics receberam 36% de tudo que foi exportado pelo Brasil, enquanto nós compramos desses países 34% do total do que importamos. Qual o potencial do Brics na área de energia? Em termos de capacidade energética, o grupo representa 43,6% da produção mundial de petróleo e 36% de gás natural. O Brics detém 72% das reservas mundiais de minerais classificados como terras raras, elementos químicos fundamentais para diversas aplicações tecnológicas, desde eletrônicos até energia renovável. Quais as prioridades brasileiras no Brics? >> Entrevista: Brasil não quer Brics antiocidental, diz especialista. O que é o Banco do Brics? Criado em 2015, O New Development Bank (NDB), Novo Banco de Desenvolvimento, também conhecido como Banco do Brics, é um banco multilateral de desenvolvimento criado para mobilizar recursos para financiar projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento. De acordo com o site da instituição, o NDB já aprovou 120 projetos e US$ 39 bilhões (equivalente a mais de R$ 210 bilhões) em financiamentos. Países de fora do Brics, casos de Uruguai, Argélia e
Chocante! Veja imagens do momento da prisão após corpo de idoso ser escondido por meses no RJ

Um caso recente no Rio de Janeiro chamou a atenção das autoridades e da sociedade ao revelar que familiares não informaram o falecimento do pai para continuar recebendo o benefício previdenciário de pensão por morte. Essa prática configura fraude contra o sistema previdenciário, considerada crime de estelionato previdenciário, e prejudica o equilíbrio financeiro da seguridade social. O que é a Pensão por Morte? A pensão por morte é um benefício pago aos dependentes do segurado falecido, garantindo uma fonte de renda para a família após a perda do provedor. Segundo a legislação brasileira, o pagamento deve ser imediatamente cessado após o óbito do beneficiário, e a comunicação do falecimento é obrigatória para evitar pagamentos indevidos. A Fraude e suas Consequências No entanto, em alguns casos, como o registrado no Rio de Janeiro, familiares mantêm o benefício ativo mesmo após a morte do titular, configurando crime. Além do prejuízo financeiro ao sistema, essa conduta pode levar a processos judiciais, sanções penais e civis, além da obrigação de devolver os valores recebidos de forma irregular. Veja também:Criança de 4 anos se afoga em pesqueiro de Atibaia e é salva por policiais militares O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem intensificado a fiscalização para identificar essas fraudes, utilizando o cruzamento de dados com cartórios, bancos e outros órgãos públicos, além de tecnologias avançadas para detectar irregularidades. Impactos para o Sistema Previdenciário Especialistas alertam que a omissão do falecimento do beneficiário compromete a sustentabilidade do sistema previdenciário, que já enfrenta desafios financeiros devido ao aumento da expectativa de vida e ao crescimento da população idosa. Fraudes como essa oneram os cofres públicos e prejudicam quem realmente depende dos benefícios para sobreviver. A Importância da Ética e da Transparência Este caso serve como um alerta para a sociedade sobre a importância da ética no recebimento dos benefícios previdenciários. A transparência e o respeito às normas são fundamentais para garantir que os recursos públicos sejam destinados a quem tem direito legítimo. Trocar a lucidez pela ilegalidade, como expressa a indignação popular, pode acarretar consequências graves para os envolvidos, incluindo processos criminais e a perda de direitos. A previdência social é um direito fundamental, mas também um dever coletivo de respeito às regras que regem o sistema. A manutenção indevida de benefícios após o falecimento do titular representa um desrespeito ao sistema e à sociedade, que depende da correta aplicação dos recursos públicos para garantir proteção social a quem realmente necessita. As autoridades reforçam a necessidade de denunciar irregularidades e colaboram para que casos de fraude sejam identificados e punidos, preservando a integridade da seguridade social no Brasil.
Agressão a Criança Autista em Escola: Caso Choca Comunidade e Destaca Falta de Acolhimento

Um caso chocante de agressão a uma criança autista em uma escola do Rio de Janeiro tem gerado grande comoção e debate sobre a inclusão e o acolhimento de alunos com necessidades especiais no ambiente escolar. O incidente, que ocorreu em setembro do ano passado, envolveu um professor de capoeira e um aluno de 11 anos no Centro Educacional Meirelles Macedo, em Guaratiba. O vídeo da agressão mostra o professor, Vitor Barbosa, dando uma rasteira no menino durante uma aula de capoeira. Segundo a mãe do aluno, Joyce Siqueira, o filho Guilherme estava tendo dificuldades em realizar um exercício e, após uma confusão com colegas, o professor interveio de forma agressiva. A escola suspendeu o aluno por dois dias, alegando que ele havia desrespeitado o professor e agredido colegas. Joyce relata que o filho ainda lida com o trauma do incidente. Após a agressão, Guilherme começou a apresentar comportamentos desregulados, como bater a cabeça na parede, algo que nunca havia feito antes. A família tentou matricular o menino em outra escola, mas ele não conseguiu se adaptar e agora recebe aulas em casa. O Centro Educacional Meirelles Macedo afirmou que o professor não faz mais parte do corpo docente da instituição. A defesa do professor argumenta que a intervenção foi uma técnica de imobilização para evitar novas agressões e que a situação foi prontamente controlada. Especialistas alertam que a violência pode ter consequências significativas para crianças autistas, aumentando a probabilidade de depressão, ansiedade e dificuldades no desempenho acadêmico. O ambiente escolar deve ser um espaço seguro e inclusivo, onde todas as crianças possam aprender e se desenvolver. O caso destaca a importância de que as escolas estejam preparadas para lidar com as necessidades específicas de crianças autistas. Isso inclui a formação de professores e funcionários, além da implementação de planos de ensino individualizados. A legislação brasileira garante que crianças autistas tenham direito a um acompanhante em sala de aula, o que pode ser crucial para seu desenvolvimento. Para construir um futuro mais inclusivo, é essencial que as escolas e a sociedade como um todo se comprometam com a inclusão e o respeito às diferenças. Isso envolve não apenas a implementação de políticas e práticas inclusivas, mas também a sensibilização e formação de todos os envolvidos no processo educacional.Com esse caso, a comunidade reforça a necessidade de um ambiente escolar que não apenas evite a violência, mas também promova o bem-estar e a inclusão de todas as crianças, independentemente de suas necessidades.



