Audiência promove debate sobre campanha Setembro Amarelo

A campanha Setembro Amarelo de combate ao suicídio foi pauta de uma audiência pública realizada pela Câmara de Taubaté na quarta-feira, 10. A condução dos trabalhos foi dividida entre os vereadores Jessé Silva (Podemos) e Talita (PSB), autores do requerimento de convocação do debate. “Prezemos pelo diálogo, a informação é sempre importante. O Poder Legislativo tem a obrigação com a sociedade de abrir o espaço e colocar a estrutura da Casa para ser usada em prol da população. Setembro se destaca nessa questão, mas estamos aqui o ano todo, buscando promover ações para prevenir o suicídio”, afirmou Jessé. “A saúde mental não é assunto individualizado que se restringe a um consultório médico, é também um problema coletivo. Hoje vivemos uma epidemia do cansaço, e isso está relacionado a como nos organizamos em sociedade. Quero trazer a reflexão sobre como a sociedade se organiza em relação à mão de obra e como isso prejudica especialmente as mulheres, que têm além das 40 ou 44 horas semanais, ainda têm todos os deveres domésticos. Além de pensar na remediação, precisamos pensar na prevenção”, pontuou Talita. A psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde, Claudia Fabiana de Jesus, ressaltou a importância da escuta e do acolhimento de pessoas em sofrimento. Lembrou que Taubaté tem um grupo de prevenção ao suicídio, criado em 2018, que realiza visitas por meio de notificações sobre pessoas que tentaram suicídio. Acrescentou que nos três Centros de Apoio Psicossocial (Caps) há grupos que atendem pessoas neste contexto.  “As pessoas têm medo de falar sobre o assunto. Até mesmo profissionais como professores e os da área da saúde. O preconceito é impeditivo da prevenção”, disse Claudia. A psicóloga da Universidade de Taubaté, Mariana Vilela Abrantes, ressaltou a iniciativa desenvolvida pela Pró-Reitoria Estudantil, voltada aos alunos, no Núcleo de Bem-Estar e Saúde Mental, chamada de Projeto de Apoio Psicossocial (Paps). “Depois da pandemia, a incidência de suicídio e doenças mentais aumentou muito. Fazemos um espaço de escuta para alunos e professores. A ideia é falar mais de saúde mental e dar apoio.” A neuropsicóloga Silvia Marcondes ressaltou o preconceito que impede as pessoas de procurarem ajuda. Ela afirmou que a prevenção ao suicídio consiste em tirar os olhos das telas e olhar pessoas, se relacionar. “Como analista existencialista ou neuropsicóloga, digo às pessoas: vamos trazer para fora essa energia, essa dor, vamos compartilhar para que isso possa trazer um ajuste para que você consiga valorizar a sua vida e ver o valor que ela tem tanto para você quanto para as pessoas que te cercam.” O médico psiquiatra Iago Fernandes de Almeida relatou sua experiência pessoal com problemas de depressão e ansiedade diante da sensação de não pertencimento, por conta da demora para receber diagnósticos de autismo e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). “Prevenção é vida e deve acontecer durante o ano todo. Segundo a última estimativa feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 727 mil pessoas tiraram a própria vida. Precisamos interpretar esses números não como estatísticas distantes, mas como pessoas que deixaram lacunas irreparáveis nas famílias”, afirmou. Os vereadores Nicola Neto (Novo), Nunes Coelho (Republicanos) e Rodson Lima Bobi (PRD) participaram da audiência. O vídeo está disponível no canal da TV Câmara Taubaté no Youtube.

Taubaté inaugura mais sete novos leitos de UTI adulto no Hospital Municipal

A partir desta segunda-feira (25), o Hmut (Hospital Municipal Universitário de Taubaté) passa a contar com mais sete leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulto, destinados a pacientes em estado grave de saúde, de ambos os sexos. A partir desta segunda-feira (25), o Hmut (Hospital Municipal Universitário de Taubaté) passa a contar com mais sete leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulto, destinados a pacientes em estado grave de saúde, de ambos os sexos. Com a inauguração das novas vagas, o espaço passa a contar com 17 leitos para retaguarda hospitalar às Unidades de Pronto Atendimento do município. A previsão da Prefeitura de Taubaté é de que, em poucos dias, mais três leitos sejam implantados, ampliando assim a oferta de vagas. Atualmente, os leitos estão com 100% de ocupação evidenciando a necessidade de mais vagas. Pacientes internados em outras unidades serão removidos para o Hmut já a partir desta segunda-feira. Para o Secretário de Saúde, Dr. Carlo Guilherme Silveira e Lima, a inauguração dos leitos na UTI adulto tem como objetivo acolher com mais qualidade e assertividade a população e a ampliação da oferta “está em consonância com o quê foi pactuado com a Secretaria Estadual de Saúde”. A UTI adulto é um espaço de tratamento intensivo, de atendimento especializado, destinado a pacientes maiores de 18 anos, com instalações especiais que contam com equipamentos como ventiladores mecânicos, monitores cardíacos, bombas de infusão, entre outros; além de equipe multiprofissional com médicos intensivistas, enfermeiros e outros profissionais especializados para cuidar de casos graves e críticos. Além da busca por recursos para o Hmut, outras importantes mudanças aconteceram este ano na unidade, com a retomada dos serviços paralisados desde 2023, ampliação no número de exames e cirurgias e implantação de nova UTI neonatal para atendimento aos bebês e acolhimento às famílias, inaugurada em julho.

Brasil em 2025: Entre desafios e avanços, o caminho para um futuro sustentável

O Brasil em 2025 enfrentará um cenário econômico e social complexo, marcado por desafios e também por sinais de resistência. A economia projeta um crescimento moderado, com uma taxa prevista em torno de 2,5%, impulsionada sobretudo pela agropecuária e pelos serviços. Entretanto, esse crescimento ainda é acompanhado por uma inflação persistente acima da meta, além de juros elevados que dificultam investimentos produtivos para muitas empresas. No mercado de trabalho, há avanços importantes, com a geração de empregos formais e redução do desemprego ao menor índice desde 2014. Esse dinamismo tem sustentado o consumo interno, porém traz pressão inflacionária no setor de serviços. O desafio para o país é transformar essas conquistas pontuais em um ciclo sustentável de crescimento, que depende da combinação equilibrada de políticas fiscais responsáveis, do controle da inflação e do incentivo à produtividade. Além das questões econômicas, o Brasil também enfrentou desafios políticos e sociais que influenciam o ambiente de negócios e as expectativas para o futuro próximo. A pandemia e suas consequências ainda se repercutem em vários setores, exigindo ajustes contínuos e estratégias que promovam inclusão e desenvolvimento. Em resumo, o momento exige cautela, equilíbrio e planejamento para que o país possa superar obstáculos históricos e trilhar um caminho de crescimento mais sólido e equitativo, com atenção especial à estabilidade macroeconômica e à melhoria da qualidade de vida da população. Isso reflete uma realidade de transição, onde os avanços coexistem com desafios que precisam ser enfrentados com responsabilidade e visão de longo prazo.

EUA cancelam vistos da esposa e filha do ministro Padilha

Os Estados Unidos cancelaram os vistos da esposa e da filha, de 10 anos, do ministro da Saúde do governo Lula, Alexandre de Padilha. As duas estão no Brasil e foram informadas do cancelamento por meio de comunicados enviados pelo Consulado Geral dos EUA em São Paulo nesta quinta-feira, 15 de agosto de 2025. A decisão faz parte de uma série de avaliações aplicadas pelo governo norte-americano contra membros do Ministério da Saúde brasileiro e ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) envolvidos no programa Mais Médicos, que, segundo os EUA, estaria vinculado a um esquema de exploração de mão de obra médica cubana por trabalho empregado. De acordo com o Departamento de Estado dos EUA, a revogação dos vistos ocorreu devido a “informações históricas” de que a esposa e a filha do ministro não seriam mais elegíveis para manter seus vistos. Alexandre Padilha, por sua vez, não foi afetado diretamente porque seu visto foi vencido desde 2024. O Programa Mais Médicos, criado em governos anteriores e retomado no mandato atual, visa levar profissionais de saúde às regiões carentes do Brasil, incluindo áreas periféricas e interiores. Porém, segundo o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio, o programa teria usado a OPAS como intervenção para implementar uma política que explorava médicos cubanos e beneficiasse financeiramente o regime cubano, burlando avaliações dos EUA. Em resposta às avaliações, o ministro Padilha utilizou as redes sociais para defender o programa, afirmando que ele “sobreviverá aos ataques injustificáveis” porque “salva vidas” e tem a aprovação da população brasileira. O presidente Lula também manifestou apoio, ressaltando o respeito do Brasil em relação a Cuba, que sofre um bloqueio econômico há mais de 70 anos. As análises incluem ainda outros funcionários envolvidos no planejamento e execução do programa Mais Médicos, como Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, além de ex-membros da OPAS.

Como o Butantan se tornou o maior produtor da vacina Influenza no Brasil e se prepara para pandemias

Desde 2013, mais de 560 milhões de doses de vacina da gripe já foram produzidas; Butantan ajudou no combate da H1N1 em 2010 e desenvolve vacina contra a gripe aviária Em produção pelo Instituto Butantan desde 2013, após transferência de tecnologia da farmacêutica francesa Sanofi, a vacina Influenza se tornou o carro-chefe e o maior objeto de estudo da instituição. Hoje, 90 milhões de doses são produzidas anualmente para atender à Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Para além da versão trivalente sazonal, o Butantan se dedica a estudar vacinas quadrivalentes, contra cepas pandêmicas da influenza e vacinas com adjuvantes, visando preparar o país para epidemias de gripe e desenvolver produtos cada vez mais eficientes. LEIA TAMBÉM: Maior estudo clínico do Butantan, vacina da dengue ajuda a estruturar resposta rápida a epidemias Tudo isso exige uma infraestrutura adequada para a realização de ensaios clínicos, etapa em que a segurança e eficácia dos produtos são avaliados em seres humanos. Este trabalho fica a cargo da Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Butantan: dos mais de 30 estudos clínicos já coordenados pela área, 10 eram relacionados à influenza. A experiência do Butantan com a vacina da gripe data de 1999, quando foi assinado o acordo de transferência tecnológica com a Sanofi, encabeçado pelo então diretor Isaias Raw. De alta complexidade, o processo foi feito por etapas e levou mais de 10 anos para ser concluído. O Butantan começou recebendo o imunizante pronto da Sanofi para inspecionar, fazer o controle de qualidade, rotular, embalar e entregar ao Ministério da Saúde. Com o passar dos anos, a instituição foi assumindo o envase, depois a formulação da vacina e, por fim, a produção dos três monovalentes em fábrica própria. “Nos primeiros anos, o local de produção registrado era a fábrica da Sanofi, na França. Após a conclusão da transferência de tecnologia, a fábrica do Butantan recebeu a certificação da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] para começar a operar e produzir a vacina Influenza do começo ao fim”, afirma o gerente de Desenvolvimento e Inovação de Produtos do Butantan, Paulo Lee Ho, que acompanhou de perto esse processo. Enquanto o Butantan desenvolvia seu processo produtivo, parte das vacinas fornecidas ao Ministério da Saúde eram produzidas no Brasil, e a outra parte na França. O Instituto começou fornecendo 6,3 milhões de doses em 2013; em apenas três anos, a produção aumentou mais de sete vezes, chegando a 46 milhões. Em 2023, o Butantan atingiu a capacidade produtiva necessária para fornecer 100% das doses da campanha – ou seja, 90 milhões de doses. LEIA TAMBÉM: Butantan recebe aprovação da Anvisa para início de testes da vacina contra a gripe aviária “Foi se estabelecendo não só uma estrutura fabril, mas uma estrutura piloto e laboratorial, e isso gerou a incorporação das Boas Práticas de Laboratório, de Fabricação e Clínicas, conforme esses conceitos avançavam internacionalmente”, aponta a coordenadora de Redação Médica do Butantan, Maria da Graça Salomão, que participou dos estudos da Influenza. Como a vacina da Sanofi já havia passado com sucesso por ensaios clínicos de fase 1, 2 e 3, após completar a transferência de tecnologia e assumir sua fabricação, o Butantan conduziu estudos de fase 4, entre 2013 e 2015, por exigência da Anvisa. Os pesquisadores avaliaram a vacina em adultos saudáveis, idosos e pacientes receptores de transplante renal. “Após esse período, houve um entendimento por parte da Anvisa de que não era necessário repetir os ensaios clínicos todo ano enquanto a população já era vacinada, e que a vigilância pós-comercialização era o melhor instrumento de avaliação de segurança das atualizações de cepas”, explica a gerente de Farmacovigilância do Butantan Maria Beatriz Lucchesi. A cada campanha, a vacina é atualizada com as cepas mais circulantes do vírus influenza, de acordo com diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar dessa decisão, os estudos não pararam. Pelo contrário: à medida que se transformava no principal fornecedor da vacina da gripe no Brasil, o Butantan continuou investindo em outras pesquisas para aprimorar o imunizante, chegando a conquistar a pré-qualificação da OMS em 2021 e desenvolver vacinas contra cepas potencialmente pandêmicas. O Instituto também participou do combate à pandemia de H1N1, em 2009.  Conheça mais sobre os desdobramentos dos estudos envolvendo a vacina Influenza no Instituto Butantan: Pandemia de H1N1 Em 2009, o mundo enfrentou a pandemia de H1N1, doença que ficou conhecida como gripe suína e atingiu mais de 70 países. De acordo com a OMS, o surto começou com a propagação de um vírus influenza tipo A originado de uma cepa animal e não relacionado aos vírus H1N1 sazonais. No Brasil, o Butantan esteve à frente do combate à doença, produzindo a vacina com a cepa pandêmica – já como parte do processo de transferência tecnológica do imunizante da Sanofi. Em 2010, o PNI adquiriu 83 milhões de doses da vacina. Na época, o Instituto investigou a segurança e a imunogenicidade da vacina H1N1 com diferentes adjuvantes (substâncias usadas para potencializar a resposta imune). Também foram feitos estudos para avaliar o imunizante em públicos vulneráveis, como pacientes com doenças crônicas, imunossuprimidos, idosos e gestantes – grupos que concentravam a maioria das mortes decorrentes da doença. A vacinação ajudou a conter os casos de gripe suína e levou a OMS a decretar o fim da pandemia em agosto de 2010. No período da emergência sanitária, foram confirmados oficialmente 18.500 mortes por H1N1 no mundo, mas um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos estima que podem ter ocorrido entre 151.700 e 575.400 óbitos. No Brasil, foram registrados quase 60 mil casos e mais de 2 mil mortes. Reconhecimento da OMS Em 2016, o Butantan submeteu um pedido à OMS para a inclusão da vacina Influenza em sua lista de imunizantes pré-qualificados. A organização solicitou um estudo de não inferioridade entre a versão do Butantan e a da Sanofi. Foram anos de trabalho da equipe de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância para atender às exigências do órgão e conquistar esse título internacional. A OMS aprovou a pré-qualificação do imunizante em 2021 – uma validação

Taubaté anuncia saída de Rosana Gravena da Secretaria de Saúde: fim de um ciclo e expectativas por nova gestão

A Prefeitura de Taubaté confirmou oficialmente a saída da médica Rosana Gravena do cargo de secretária de Saúde, nesta quarta-feira (16). A decisão marca o encerramento de sua gestão que teve início em janeiro de 2023, quando assumiu a secretaria por convite do prefeito Sérgio Victor (Novo). Rosana Gravena, que acumulava mais de 30 anos de experiência na medicina pública e privada, já havia sido secretária de Saúde em Jacareí e vice-prefeita daquela cidade antes de sua nomeação em Taubaté. Durante seu mandato, liderou ações como a captação de recursos para o Hospital Municipal (HMUT) e a descentralização dos exames laboratoriais, buscando ampliar o acesso e a eficiência dos serviços de saúde no município. Apesar da confirmação da saída, a Prefeitura não detalhou os motivos que levaram à decisão, limitando-se a destacar que a mudança faz parte de um processo de reorganização na área da saúde e agradeceu a colaboração de Rosana na condução da pasta durante esse período. Fontes locais indicam que a secretária vinha enfrentando críticas e pressão de vereadores nos últimos meses, o que teria influenciado a saída. A gestão municipal garantiu que a transição será feita de forma responsável, para que os serviços públicos essenciais não sofram descontinuidade. O nome do novo secretário será anunciado nos próximos dias, e a expectativa da população é que a nova liderança traga inovações e melhorias estruturais diante dos desafios enfrentados, como a ampliação do atendimento e a qualificação das unidades de saúde públicas. Taubaté, com cerca de 300 mil habitantes, enfrenta demandas crescentes na área da saúde, reforçadas pelo impacto da pandemia de COVID-19. A comunidade local acompanha atentamente as mudanças, cobrando manutenção e avanços nas políticas públicas para garantir o acesso de qualidade aos serviços essenciais. O futuro secretário de Saúde tem o desafio de consolidar os avanços promovidos, enfrentar as críticas e proporcionar uma gestão mais eficiente, transparente e alinhada às necessidades da população do Vale do Paraíba.

InfoGripe: casos de SRAG entram em queda no país

A última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada na quinta-feira (10), revela que o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) parou de crescer ou está em queda na maior parte do país. O estudo é referente à Semana Epidemiológica 27, de 29 de junho a 5 de julho. O cenário reflete a interrupção do crescimento ou diminuição das hospitalizações por vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças pequenas e de influenza A em idosos.  Apesar da tendência de redução dos casos, ainda existem locais com crescimento pontual em algumas faixas etárias e os números de hospitalizações por SRAG ainda são considerados altos. Com isso, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, reforça a importância das medidas preventivas: “É importante que todos estejam em dia com a vacina contra a gripe, continuem tomando alguns cuidados e mantendo a etiqueta respiratória, como fazer isolamento ou sair de casa usando máscaras em casos de aparecimento de sintomas de gripe, ou resfriado, além de usar máscara em postos de saúde, locais fechados e com muita aglomeração de pessoas”, ressalta. SRAG permanece elevada em 25 estados O Boletim aponta incidência elevada de SRAG em 25 estados, com tendência de aumento entre idosos, especialmente nos estados do Nordeste, como Paraíba e Sergipe, associada à Influenza A. Já em Roraima, observa-se aumento de casos entre crianças pequenas, relacionado ao VSR. Observa-se ainda que a incidência de SRAG em crianças pequenas permanece elevada na maioria dos estados, com exceção do Tocantins e Distrito Federal. Em idosos, os casos seguem em níveis de moderado a muito alto em todos os estados da região Centro-Sul, bem como em parte do Norte (Amapá, Rondônia e Roraima) e Nordeste (Alagoas, Sergipe, Maranhão e Paraíba). Além disso, 20 capitais ainda apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas. Covid-19 A análise também evidencia estabilidade nos casos de SRAG causados por Covid-19 na maior parte do país. Porém, há um leve crescimento no estado do Rio de Janeiro. Por isso, a pesquisadora enfatiza a necessidade de manter o calendário vacinal atualizado. “Pedimos que as pessoas verifiquem se estão em dia com a vacina contra a Covid-19, lembrando que idosos e pessoas imunocomprometidas precisam tomar doses de reforço a cada seis meses”. Cenário nacional Ao longo do ano epidemiológico de 2025, já foram notificados 126.828 casos de SRAG, sendo 52,5% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Dentre os casos positivos: Vírus Prevalência (%) Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 45,8% Influenza A 26,8% Rinovírus 22,2% Sars-CoV-2 (Covid-19) 7,6% Influenza B 1,1% Fonte: Brasil 61

Gripe aviária pode ser transmitida entre humanos? Pode afetar carne de frango ou virar pandemia? Butantan responde

Apesar de a gripe aviária não ser transmitida de humano para humano atualmente, a circulação contínua dos vírus e sua transmissão entre aves, mamíferos e alguns casos em humanos, juntamente com o seu potencial de mutação, são fatos preocupantes que requerem medidas preventivas e uma preparação em caso de disseminação do vírus entre pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).  O que é a gripe aviária e o significa potencial pandêmico A gripe A (H5N1) é causada por um vírus aviário da influenza que está se espalhando rapidamente no mundo, causando a morte de milhões de animais e sintomas graves, que podem levar à morte de humanos. No momento, não há transmissão confirmada deste vírus em pessoas. Porém, se alguma linhagem se modificar a ponto de tornar possível a transmissão entre humanos, há um risco real de pandemia. “O vírus de influenza A(H5N1) está sendo transmitido de aves para aves, de aves para mamíferos, de mamíferos para mamíferos, de aves para humanos e mamíferos para humanos. Só não vimos ainda a transmissão de pessoa para pessoa, mas existe um potencial do vírus adquirir essa capacidade, o que é muito perigoso porque aumenta o risco de uma pandemia”, afirma o pesquisador científico e gerente de Desenvolvimento e Inovação de Produtos do Butantan, Paulo Lee Ho. A OMS ainda considera baixo o risco de uma pandemia em humanos, sobretudo pelo número de casos notificados nos últimos 20 anos no mundo e pela avaliação de risco de sua ferramenta conhecida como TIPRA (Tool for Influenza Pandemic Risk Assessment – Ferramenta para Avaliação de Risco de Pandemia de Influenza).  De 2003, quando o vírus foi detectado pela primeira vez, até 27 de maio de 2025, a OMS registrou 976 casos de infecção humana em 25 países; destes, 13 casos e cinco mortes ocorreram em 2025. Do total de 976 casos, 470 foram fatais, o que confere uma taxa de letalidade de 48,2%. “Apesar de a OMS considerar o risco baixo, nós nunca sabemos quando a transmissão entre humanos pode começar. Por isso, temos que nos preparar caso aconteça”, ressalta Paulo Lee Ho. A linhagem de gripe A(H5N1) surgiu pela primeira vez em 1996 e tem causado surtos em aves desde então. Desde 2020, uma variante desses vírus levou a um número sem precedentes de mortes em aves selvagens e aves domésticas em muitos países. Depois de afetar a África, Ásia e Europa, em 2021, o vírus se espalhou para a América do Norte e, em 2022, para a América Central e do Sul.  De 2021 a 2022, a Europa e a América do Norte observaram a maior e mais extensa epidemia de gripe aviária com persistência incomum do vírus em populações de aves selvagens. Desde 2022 há relatos crescentes de surtos mortais entre mamíferos, também causados por vírus influenza A/H5 – incluindo influenza A (H5N1).  No Brasil, até o momento, não foi registrado nenhum caso da doença em humanos, embora o país já tenha registrado e controlado alguns focos em aves silvestres e em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Dentro deste contexto, o pesquisador Paulo Lee Ho esclarece dúvidas sobre o vírus e o que o Butantan vem estudando para preparar uma vacina contra a doença. 1-O que é a gripe aviária? A influenza aviária, conhecida mundialmente como Influenza A Viruses ou pela sigla IAV, é um tipo de gripe zoonótica (ou animal) que afeta sobretudo aves selvagens e domésticas, e que tem como agente responsável um ortomixovírus. Todos os vírus influenza de aves e de muitos mamíferos são do tipo A. Eles são classificados em subtipos com base em diferenças antigênicas de duas proteínas de superfície: hemaglutinina (HA) e neuraminidase (NA). Existem pelo menos 16 subtipos de HA e 9 de NA reconhecidos como de origem aviária, que dão origem aos subtipos da influenza A H5N1, H9N2, H3N8, entre outros.  Os IAVs podem ser classificados pela categoria e subtipo de patogenicidade. Os vírus de alta patogenicidade (HPAI – Highly Pathogenic Avian Influenza, na sigla em inglês) H5 ou H7 são assim classificados a partir de um teste de virulência realizado em galinhas, conforme a capacidade do vírus de causar lesões severas e alta mortalidade. Os de subtipo H3N2 são considerados de baixa patogenicidade.  O A (H5N1) é um dos vários vírus da gripe que podem causar uma doença respiratória altamente infecciosa em aves. Infecções em mamíferos, incluindo humanos, também foram documentadas. A infecção pelo vírus da gripe A(H5N1) pode causar uma série de doenças em humanos, de leves a graves e, em alguns casos, pode até ser fatal.  2-O que causa uma pandemia de gripe? Pandemias de gripe acontecem de tempos em tempos, justamente pelos vírus influenza serem altamente recombináveis, mutáveis e circularem nos hemisférios norte e sul do planeta. A OMS os monitora continuamente, e essas informações são utilizadas pelos produtores de vacina para atualizar os imunizantes de influenza sazonal todos os anos.  Como o vírus influenza aviário A/H5 está em constante evolução, ele tem potencial de se tornar transmissível de pessoa para pessoa, após cruzar a barreira de transmissão ave-humanos. Não se sabe se isso vai acontecer e nem quando. Mas se ocorrer, pode dar início a uma nova pandemia de influenza – como foi o caso da gripe espanhola de 1918 e da gripe A(H1N1) de 2009, segundo a OMS – que pode ser avassaladora, devido à alta taxa de mortalidade do vírus.  3-Já vivemos outras pandemias de gripe? Sim. Um milhão de pessoas em todo o mundo morreram em um surto de gripe em 1957, que começou na China, mas se espalhou globalmente. Em 1968, outro surto ceifou de 1 a 3 milhões de vidas no mundo. Em 2003, o ressurgimento da gripe A(H5N1) evidenciou como o vírus podia ser transmitido de animais para pessoas, mas não atingiu o estágio pandêmico: o vírus não conseguiu se transmitir de forma sustentável de pessoa para pessoa – o que ainda se mantém. A última pandemia foi a de gripe A(H1N1) em 2009, debelada graças às vacinas, embora

O novo Coronavírus descoberto na China: O que sabemos sobre o HKU5-CoV-2

Em fevereiro de 2025, cientistas chineses anunciaram a descoberta de um novo coronavírus, denominado HKU5-CoV-2, encontrado em morcegos-anões na China. Este vírus tem chamado a atenção devido à sua capacidade de infectar células humanas, utilizando o mesmo receptor que o SARS-CoV-2, o vírus responsável pela pandemia de Covid-19. Embora os pesquisadores alertem que o risco de transmissão para humanos não deve ser exagerado, a descoberta ressalta a importância da vigilância contínua sobre vírus emergentes. O HKU5-CoV-2 pertence à família dos coronavírus, especificamente ao subgênero Merbecovirus, que inclui vírus como o MERS-CoV, causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS). Este subgênero é conhecido por sua capacidade de infectar mamíferos e, em alguns casos, ser transmitido de animais para humanos. Os testes realizados em laboratório mostraram que o HKU5-CoV-2 pode infectar células humanas, utilizando o receptor ACE2 (enzima conversora de angiotensina 2), o mesmo mecanismo empregado pelo SARS-CoV-2 para invadir as células humanas. No entanto, especialistas destacam que a eficiência do HKU5-CoV-2 em infectar células humanas é menor em comparação com o SARS-CoV-2. A descoberta do HKU5-CoV-2 foi liderada por cientistas do Instituto de Virologia de Wuhan, na China, sob a coordenação da renomada virologista Shi Zhengli, conhecida como a “mulher-morcego” devido ao seu trabalho extensivo com coronavírus em morcegos. O estudo foi publicado na revista científica Cell, destacando a importância da vigilância genômica em morcegos, que são conhecidos por abrigar uma grande variedade de vírus potencialmente transmissíveis a outros animais, incluindo seres humanos. Veja também: Apenas não vacinados contraíram febre amarela em São Paulo Embora o HKU5-CoV-2 tenha demonstrado capacidade de infectar células humanas em experimentos de laboratório, ele ainda não foi detectado em humanos. Os pesquisadores enfatizam que o risco de disseminação para populações humanas precisa ser investigado mais a fundo, mas não deve ser exagerado. A possibilidade de transmissão direta ou por meio de hospedeiros intermediários não pode ser descartada, o que justifica um monitoramento contínuo. A notícia da descoberta do HKU5-CoV-2 causou turbulências nos mercados financeiros, com o dólar subindo e o índice Ibovespa caindo, refletindo a preocupação geral com a possibilidade de novos surtos pandêmicos. No entanto, especialistas alertam que não há motivo para pânico imediato, mas sim para uma vigilância cuidadosa e investigações adicionais. A descoberta do HKU5-CoV-2 destaca a importância da vigilância contínua sobre vírus emergentes, especialmente aqueles com potencial de cruzar a barreira entre espécies. A comunidade científica está atenta, e esforços contínuos são essenciais para prevenir possíveis surtos futuros. A pesquisa sobre o HKU5-CoV-2 também ressalta a necessidade de desenvolver estratégias de prevenção e tratamento para vírus emergentes. O novo coronavírus HKU5-CoV-2, encontrado em morcegos na China, apresenta características que o tornam um vírus de interesse para a saúde pública. Embora seu potencial de transmissão para humanos seja um tema de investigação contínua, a descoberta reforça a importância da vigilância genômica e da preparação para possíveis surtos futuros. A comunidade científica permanece atenta, trabalhando para entender melhor o comportamento do vírus e desenvolver estratégias eficazes de prevenção e tratamento. Para entender melhor o contexto e a importância da descoberta do HKU5-CoV-2, é útil considerar alguns pontos adicionais: Valeemacao

Dra. Rosana Gravena é nomeada Secretária de Saúde de Taubaté

A Dra. Rosana Gravena, nova Secretária de Saúde de Taubaté, é uma profissional com uma carreira ilustre na medicina e na gestão de saúde pública.

O prefeito eleito de Taubaté, Sérgio Victor, anunciou nesta terça-feira, 3 de dezembro, a escolha da médica Dra. Rosana Gravena para ocupar a Secretaria de Saúde do município. A decisão marca um passo importante na formação da nova equipe de governo, que assumirá em 1º de janeiro de 2025. Perfil da Nova Secretária de Saúde Dra. Rosana Gravena é uma profissional com uma sólida formação acadêmica e ampla experiência na área da saúde. Formada em Clínica Médica, ela possui especializações em Doenças Infecto Contagiosas pelo Hospital Emílio Ribas, em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP) e em Gestão de Serviços de Saúde pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). Com mais de 30 anos de atuação na rede pública e privada, Rosana tem se destacado como uma referência na saúde regional. Desde 2016, ela ocupa o cargo de secretária de Saúde em Jacareí, onde já implementou diversas melhorias e programas voltados para a saúde pública. Além disso, atuou como diretora do Centro de Saúde da cidade e foi superintendente da Unimed São José dos Campos. Sua experiência inclui passagens por importantes instituições de saúde, como os hospitais Alvorada, Policlin e Santa Casa. Taubaté abre inscrições para bolsas de estudo: transforme seu futuro Expectativas para a gestão da saúde em Taubaté A escolha de Dra. Rosana Gravena é vista como um indicativo do compromisso do novo prefeito com a saúde pública. Sérgio Victor, que venceu as eleições com 61,98% dos votos válidos, tem enfatizado a importância de uma gestão eficiente e transparente. “Estamos determinados a fazer uma gestão que priorize a saúde dos cidadãos taubateanos”, afirmou Victor durante a divulgação do nome da nova secretária.Rosana Gravena assume a Secretaria de Saúde em um momento desafiador para o setor, especialmente após os impactos da pandemia de COVID-19. A nova secretária terá a tarefa de enfrentar problemas como falta de recursos e a necessidade de modernização das estruturas existentes. Entre suas prioridades estão a ampliação do acesso à saúde, a melhoria no atendimento e o fortalecimento das políticas públicas voltadas para prevenção e controle de doenças. Desafios e propostas Os desafios que Dra. Rosana enfrentará incluem o gerenciamento eficaz dos recursos disponíveis e a implementação de novas estratégias para atender à crescente demanda por serviços de saúde em Taubaté. A cidade tem enfrentado dificuldades relacionadas à infraestrutura hospitalar e à necessidade de mais profissionais capacitados.Sérgio Victor destacou que uma das metas da nova administração será estabelecer parcerias com instituições privadas e ONGs para potencializar os serviços oferecidos à população. Além disso, ele pretende investir em tecnologia para otimizar o atendimento nas unidades de saúde. O contexto político Sérgio Victor foi eleito prefeito em um cenário político marcado pela busca por renovação e eficiência na gestão pública. Ele derrotou o ex-prefeito Ortiz Junior (Republicanos) em um segundo turno acirrado, onde as propostas voltadas para a saúde e bem-estar social foram centrais na campanha. Victor é um empresário com experiência política anterior como deputado estadual, onde se destacou por sua atuação em projetos voltados para educação e saúde. Sua vitória representa uma mudança significativa na política local, prometendo uma abordagem mais técnica e menos burocrática na administração pública. A nomeação da Dra. Rosana Gravena para a Secretaria de Saúde é um passo estratégico no plano do prefeito eleito Sérgio Victor para transformar Taubaté em uma cidade mais saudável e bem administrada. Com sua vasta experiência e formação sólida, espera-se que ela traga inovações necessárias para enfrentar os desafios atuais da saúde pública no município. A partir do próximo ano, Taubaté poderá contar com uma gestão comprometida com o bem-estar dos cidadãos, focando na eficiência dos serviços públicos e na promoção da saúde integral da população. Taubaté