Portaria cria comitê para organizar Copa do Mundo feminina de 2027

O governo brasileiro criou um comitê que ficará responsável por organizar a Copa do Mundo Feminina de 2027, torneio que terá o país como sede. A medida está prevista em portaria interministerial publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (12). Além de estabelecer uma estrutura de governança interministerial para “assegurar o alinhamento e a cooperação entre os diversos órgãos da administração pública federal envolvidos na organização do evento”, a portaria prevê a possibilidade de formação de câmaras temáticas temporárias, para tratar de assuntos específicos relacionados às atividades preparatórias. A coordenação do Comitê Gestor da Copa do Mundo de Futebol Feminino Fifa 2027 (CGCOPA 2027) e o Grupo Executivo da Copa (Gecopa 2027) ficará a cargo do Ministério do Esporte. A pasta ficará responsável também pela Secretaria Executiva, tanto do comitê como do grupo executivo, de forma a assegurar maior articulação entre os órgãos e o acompanhamento sistemático das ações. “Com a liderança do Ministério do Esporte, o CGCOPA reunirá 23 órgãos da administração pública federal, entre eles a Advocacia-Geral da União, os ministérios da Fazenda, Saúde, Educação, Transportes, Justiça e Segurança Pública, Igualdade Racial, Mulheres, Turismo, além do Gabinete de Segurança Institucional e da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República”, informou o Ministério do Esporte. De acordo com a portaria, as reuniões do comitê ocorrerão de forma ordinária a cada seis meses, podendo ser convocadas de forma extraordinária pelo coordenador. “Poderão ainda ser criadas câmaras temáticas temporárias para tratar de temas técnicos específicos, como segurança, infraestrutura, mobilidade, comunicação e turismo”, detalhou o ministério. EBC Esporte
Unicef: obesidade infantil supera desnutrição pela 1ª vez no mundo

Uma em cada cinco crianças ou adolescentes do mundo está acima do peso, o que representa cerca de 391 milhões de indivíduos. Quase metade delas – 188 milhões – apresenta obesidade. Com isso, pela primeira vez na história, o excesso de peso grave superou a desnutrição como a maior forma de ná nutrição infantil. Os dados são do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) que alerta para o risco de adoecemento. Em um relatório com dados de mais de 190 países, a organização mostra que a prevalência de desnutrição entre crianças de 5 a 19 anos caiu de quase 13% para 9,2%, entre 2000 e 2025 Enquanto isso as taxas de obesidade aumentaram de 3% para 9,4%. A obesidade só não superou a desnutrição em duas regiões do mundo: a África Subsaariana e o Sul da Ásia. No Brasil, esse já é o panorama há algumas décadas. No ano 2000, 5% das crianças e adolescentes apresentavam obesidade, contra 4% afetados pela desnutrição. Até 2022, o índice de obesidade triplicou, chegando a 15%, enquanto a desnutrição continuou caindo para 3% dessa população. Além disso, o sobrepeso dobrou de 18% para 36%. Segundo o relatório, as maiores taxas de obesidade entre crianças e adolescentes foram encontradas em países das Ilhas do Pacífico, passando de 30%. A principal razão, segundo o Unicef, é a substituição da alimentação tradicional por alimentos ultraprocessados, que são mais baratos. Mas as taxas de obesidade e o consumo de ultraprocessados também preocupam em países de alta renda, de continentes e com contextos culturais diferentes. No Chile, 27% das habitantes entre 5 a 19 anos vivem com obesidade, e a proporção é de 21% nos Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos, ou seja, 2 a cada 10. “A obesidade é uma preocupação crescente que pode impactar a saúde e o desenvolvimento das crianças. Os alimentos ultraprocessados estão substituindo cada vez mais frutas, vegetais e proteínas, justamente quando a nutrição desempenha um papel crítico no crescimento, desenvolvimento cognitivo e saúde mental das crianças”, lamenta Catherine Russell, Diretora Executiva do Unicef. De acordo com a organização, a mudança não se deve a escolhas pessoais, mas a “ambientes alimentares prejudiciais que estão moldando a dieta das crianças, para privilegiar alimentos ultraprocessados e fast foods“, que contém altas concentrações de açúcar, amido refinado, sal, gorduras não saudáveis e aditivos. Alimentos ultraprocessados aumentam risco de doenças ao longo da vida, diz relatório. – Fernando Frazão/Agência Brasil “Esses produtos dominam comércios e escolas, enquanto o marketing digital dá à indústria de alimentos e bebidas acesso poderoso ao público jovem”, alerta a publicação. O relatório mostra também que a desnutrição continua sendo uma preocupação significativa entre crianças menores de 5 anos em muitos países de baixa e média renda, enquanto o excesso de peso é mais prevalente entre as crianças em idade escolar e adolescentes. De acordo com o relatório, a condição aumenta o risco de desenvolver resistência à insulina, pressão alta e doenças graves ao longo da vida, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer. O Unicef calcula que, se os países não intervirem para prevenir o excesso de peso infantil, podem enfrentar grandes impactos econômicos, por causa das consequências na saúde pública. Até 2035, o impacto econômico global do sobrepeso e da obesidade deve ultrapassar US$ 4 trilhões por ano. Por outro lado, alguns países aparecem como exemplos positivos, incluindo o Brasil. A organização destaca: a restrição progressiva da compra de ultraprocessados no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE); a vedação de propagandas de alimentos não saudáveis para crianças; a rotulagem frontal, que destaca quando um produto é rico em substâncias nocivas, como açúcar e sódio; e a proibição do uso de gorduras trans na produção de alimentos. Fonte
Povos originários pelo mundo protagonizam exposição em São Luís

São Luís, no Maranhão, recebe a partir desta quinta-feira (28), uma exposição que faz o registro das vivências em comunidades de povos originários em várias partes do mundo. A exposição Resistências Originárias, da fotógrafa belga Christine Leidgens, traz 300 fotografias que mostram os trabalhadores indígenas da Bolívia; comunidades quilombolas e povoados negros da Amazônia e da África; além do povo Piaroa, na Venezuela, reconhecido por seus saberes sobre o uso sustentável da floresta. Independentemente da localização, as pessoas fotografadas são protagonistas de trajetórias marcadas pela luta, resistência e organização comunitária. A série fotográfica inédita reúne décadas de trabalho e está aberta para visitação no Centro Cultural Vale Maranhão, que fica no Centro Histórico da capital maranhense. Christine nasceu na Bélgica em 1954 e tem formação em Artes Visuais. Ela se especializou posteriormente em Fotografia, nos Estados Unidos. Em 1989, após registrar a vida de povoados ameríndios no Peru e na Bolívia, a ela veio para o Brasil – a convite do Ministério das Relações Exteriores – para travar contato com a história dos negros que para cá vieram durante os séculos de escravidão e compreender a realidade de seus descendentes no país. Christine morou seis anos no Maranhão. Um dos frutos dessa estada em terras maranhenses foi o livro “Frechal, quilombo pioneiro no Brasil: da escravidão ao reconhecimento de uma comunidade afrodescendente”, que faz o registro do cotidiano e da manutenção da ancestralidade de um dos quilombos mais antigos do país, localizado na zona rural da cidade maranhense de Mirinzal. Parte dos registros do Frechal também compõem a exposição. Cultura
João Fonseca é superado por número 22 do mundo e se despede do US Open

O jovem tenista brasileiro João Fonseca foi superado na segunda rodada do US Open, em Nova York, e deu adeus precoce ao quarto e último Grand Slam da temporada. Número 45 do mundo, o carioca de 19 anos recém-completados chegou a jogar de igual para igual no primeiro set diante do tcheco Tomas Marchac (22º no ranking) e campeão olímpico de duplas nos Jogos de Paris. Na definição da primeira parcial no tie-break, Marchac levou a melhor e ditou o ritmo nos sets seguintes, até selar a vitória por 3 sets a 0, com parciais de 7/6(4), 6/2 e 6/3. No ano de estreia no circuito profissional de tênis, Fonseca competiu na chave principal dos quatros Grand Slam, os torneios que distribuem pontuação máxima no ranking (1500 pontos). O melhor desempenho do jovem brasileiro foi em Roland Garros e em Wimbledon, quando parou na terceira rodada. Já no Aberto da Austrália, João derrotou na estreia o russo Andrey Rublev, na época número nove do mundo, mas acabou eliminado na rodada seguinte. João Fonseca começou a temporada de 2025 na 145ª posição no ranking mundial e rapidamente foi ascendendo no ranking. No final de fevereiro o tenista carioca entrou no top 100 e após conquistar o ATP de Buenos Aires, o primeiro título profissional na carreira. A partir daí, passou a ser convidado a disputar os principais torneios do circuito como o Masters 1000 e os Grand Slam. Em março ele faturou o título do Challenger de Phoenix e subiu mais 20 posições. Desde então, o brasileiro tem disputando as principais competições da modalidade e virou sensação no circuito. Bia Haddad compete nesta quinta (28) Número 22 do mundo, a paulistana Beatriz Haddad Maia encara a suíça Vickorija Golubic (72ª no ranking) pela segunda rodada da chave de simples feminina. A partida está prevista para começar ao meio-dia (horário de Brasília) desta quinta-feira (28). Também a partir de terça (28) começa a disputa de duplas femininas. Ao meio-dia, a dupla da brasileira Ingrid Martins com a norte-americana Quinn Gleason encara a parceria da japonesa Makoto Ninomiya com a britânica Maia Lumsden. Na sequência, a partir das 14h20, a dupla da paulista Luisa Stefani com a húngara Timea Babos enfrenta a letã Jelena Ostapenko que joga ao lado da tcheca Barbora Krejciková. Na sexta (29), Bia Haddad volta à quadra ao lado da alemã Laura Siegemund para a estreia contra a dupla da norte-americana Caty McLailly com a australiana Maya Joint. EBC Esporte
Brasil fecha Copa do Mundo de bocha paralímpica com cinco medalhas

O Brasil encerrou, no último domingo (17), a participação na Copa do Mundo de bocha paralímpica com a conquista de cinco medalhas (três de ouro em disputas individuais e uma prata e um bronze nas disputas por pares). As medalhas douradas foram conquistadas em três classes diferentes, com o cearense Maciel Santos na classe BC2 (atletas que não podem receber assistência), a pernambucana Andreza Oliveira na classe BC1 (atletas que contam com a opção de auxílio de ajudantes) e a paulista Evelyn Santos na classe BC3 (atletas com deficiências muito severas, que usam instrumento auxiliar e podem ser ajudadas por outra pessoa). Além disso, a equipe brasileira garantiu outras duas conquistas nas disputas em pares. Na classe BC4 (atletas com deficiências severas, que não recebem assistência) a paraibana Laissa Guerreira e o potiguar José Antônio dos Santos ficaram com a prata. Já nos pares BC3, a pernambucana Evani Calado e o mineiro Mateus Carvalho conquistaram o bronze. EBC Esporte
Covid: situação das UFs às vésperas do Carnaval; há risco de transmissão aumentar

Até 15 de fevereiro, foram notificados 108.410 casos e 511 óbitos pela doença no país. O período corresponde à Semana Epidemiológica (SE) 7, na qual foram reportados 13.709 casos de Covid-19 e 82 mortes pela doença. Apesar da diminuição de 7,2% na média móvel de casos e de 24,2% na média móvel de óbitos em comparação à SE 6, o feriado de Carnaval traz alerta para a população quanto ao risco de transmissão e alta nos casos. Os dados são do Informe Vigilância das Síndromes Gripais do Ministério da Saúde. O Carnaval será nos dias 3, 4 e 5 de março, período marcado por grandes aglomerações e movimento populacional para diferentes estados e cidades. Segundo o infectologista Manuel Palácios, isso aumenta significativamente o risco de transmissão de doenças respiratórias, incluindo a Covid-19. “O grande número de pessoas reunidas e a proximidade entre os indivíduos de convivência nos espaços fechados ou mal ventilados são fatores que contribuem para a propagação do vírus”, aponta Palácios. Granada morteiro interdita ponte do rio Paraíba em Pindamonhangaba Na avaliação do infectologista, a situação atual da Covid-19 no país requer atenção e cautela dos brasileiros, já que há risco de novas variantes começarem a circular com maior taxa de transmissibilidade. “A situação atual da Covid-19 no Brasil exige atenção. Embora o número de casos de óbitos esteja em níveis mais baixos em comparação aos picos da pandemia, a situação não pode ser subestimada. O principal risco neste momento é o comportamento de novas variantes do vírus, que podem ser mais transmissíveis, o que leva a um aumento nos casos”, afirma Manuel Palácios. O especialista alerta que a população evite aglomerações, especialmente em ambientes fechados, além de optar pela máscara em locais de maior risco de infecção, como o transporte público, festas e shows. Além disso, estar com a vacinação de Covid-19 em dia também ajuda na proteção contra a doença. “A recomendação é para que as pessoas se vacinem, caso ainda não tenham tomado a dose de reforço, pois a vacinação será a nossa principal proteção contra formas graves da doença. Durante o Carnaval, é fundamental monitorar os sintomas e, caso se sinta mal, buscar atendimento médico e evitar sair de casa para não propagar o vírus”, enfatiza Palácios. Situação da Covid-19 nas UFs O Informe do Ministério da Saúde aponta que na SE 7 as unidades federativas (UFs) com maiores taxas de incidência, variando de 13,8 a 41,6 casos por 100 mil habitantes, foram Mato Grosso, Ceará, Roraima, Distrito Federal e Minas Gerais – esta última a que conta com tradicionais comemorações do Carnaval que reúne muitos foliões. Dados do Painel Covid-19 no Brasil, do Ministério da Saúde, apontam que o Ceará liderou na última semana epidemiológica com relação aos casos novos, com 3.567 registros, à frente de Minas Gerais, que notificou 2.939 novos casos. Em contrapartida, Minas registrou o maior número de óbitos por Covid-19 no país na SE 7, totalizando 36 mortes. Já a taxa de incidência por 100 habitantes ficou em 59,94. A capital mineira, Belo Horizonte, registrou 292 novos casos da doença na SE 7 e 11 mortes. Dados do Portal Infosaúde de Minas Gerais apontam que, do período de 9/02 a 25/02, houve 516 casos informais no estado e três mortes por Covid-19 – sendo duas em Uberlândia e uma em Passos. Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo também se destacam nas festas de Carnaval. O estado pernambucano registrou 483 novos casos de Covid-19 na SE 7 e três mortes pela doença. Porém, a taxa segue em alta, próxima de Minas, de 57,94. O município pernambucano de Petrolina, que tem destaque por seu Carnaval de rua, com blocos e bandas, teve um dos maiores registros de novos casos no estado, com 22 notificações. No território fluminense, foram 325 novos registros da doença, nove mortes e a taxa de incidência ficou em 29,71 por 100 habitantes. Conforme o informe do Ministério da Saúde, o estado paulista não conseguiu atualizar os dados para a SE 7 – bem como AC, ES, GO, PB, RO, e TO. Bahia Na Bahia, o Carnaval começa no dia 27 de fevereiro. Na SE 7 foram 398 novos casos registrados, 5 mortes e a taxa de incidência ficou em 14,91. Somente em Salvador foram 30 novos casos na SE 7. Apesar da queda expressiva no número de registros de Covid-19, as aglomerações durante o feriado de Carnaval podem favorecer o aumento de casos. Em 17 de fevereiro, o Governo da Bahia publicou uma nota sobre a redução de casos no estado, mas destacou que isso não significa que a população não deva se atentar para evitar alta nos registros da doença. “Apesar das preocupações levantadas sobre a segurança sanitária durante o Carnaval, os dados mais recentes mostram um cenário controlado, mas que exige atenção contínua para evitar novos aumentos”, diz um trecho da nota. Já o Boletim Epidemiológico – Covid-19 nº 07 do governo da Secretaria de Saúde Bahia, correspondente à SE 07, aponta que na semana 5 o estado registrou 1.361 casos da doença, mas na SE 7 foram 398 notificações. Além disso, nas 10 últimas SE, Salvador foi o município com o maior número de casos, sendo 718, seguido de Juazeiro, Abaré e Vitória da Conquista, com 107,74 e 66 casos, respectivamente. Confira o número de novos casos e de óbitos por UFs na SE 7, conforme o Painel do MS: Valeemacao
Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo é celebrado nesta terça

O autismo afeta uma em cada 100 crianças em todo o mundo, informa a Organização Mundial de Saúde (OMS) no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, comemorado nesta terça-feira (2).