Bolsonaro 2026: A Resistência Conservadora que Pode Mudar o Brasil

Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, segue como a principal liderança conservadora do país e mantém uma base fiel de apoiadores. Mesmo após decisões judiciais que o tornaram inelegível até 2030, Bolsonaro não esconde sua intenção de disputar a Presidência em 2026, defendendo valores como a liberdade, o patriotismo e a defesa da família tradicional. Sua atuação firme contra o avanço da esquerda e sua postura crítica em relação ao ativismo judicial continuam mobilizando milhões de brasileiros. Desafios Jurídicos e Mobilização A inelegibilidade de Bolsonaro, definida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é vista por muitos como uma manobra política para afastar o maior nome da direita das eleições. Parlamentares aliados já articulam mudanças na legislação para reduzir o tempo de inelegibilidade, buscando garantir a participação de Bolsonaro no pleito de 2026. O próprio ex-presidente, confiante, afirma que lutará até o último instante para garantir seu direito de concorrer, representando a esperança de milhões que rejeitam o atual governo de esquerda. Estratégia e União da Direita Pesquisas e Apoio Popular Pesquisas recentes mostram que Bolsonaro mantém índices elevados de intenção de voto, empatando tecnicamente com Lula em cenários simulados. Sua popularidade é especialmente forte entre os jovens, empresários, produtores rurais e cristãos, segmentos que valorizam sua defesa da ordem, da economia liberal e do combate à corrupção. Caminhos para 2026 Bolsonaro segue como símbolo de resistência conservadora e esperança para milhões de brasileiros que desejam um país livre do intervencionismo estatal e do autoritarismo judicial. Sua possível volta ao Planalto em 2026 representa, para a direita, a oportunidade de retomar o crescimento econômico, fortalecer valores tradicionais e restaurar a confiança nas instituições.
Lula: governo tem apoio do povo para enfrentar sanção de Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou, nesta sexta-feira (11), que o governo tem apoio do povo brasileiro para enfrentar as sanções econômicas do governo dos Estados Unidos (EUA) e que o Brasil não pode “baixar a cabeça” para as chantagens e ameaças de Donald Trump. “Esse país não baixará a cabeça para ninguém. Ninguém porá medo nesse país com discurso e com bravata. Ninguém. E eu acho que, nesse aspecto, nós vamos ter o apoio do povo brasileiro, que não aceita nenhuma provocação”, disse o presidente, durante cerimônia, em Linhares, no Espírito Santo (ES), de lançamento de indenização a atingidos pelo rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais (MG). Diversos setores da sociedade brasileira têm criticado a medida do governo Trump de taxar todos os produtos brasileiros em 50%, incluindo organizações empresariais, de trabalhadores, meios de comunicação, do Parlamento e dos movimentos sociais. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Lula voltou a defender o uso da Lei de Reciprocidade para responder as taxações de Trump caso as negociações com Washington não surtam efeito. Trump alega falsamente que os EUA têm déficit comercial com o Brasil, o que é desmentido pelas próprias estatísticas dos EUA. “Entre comércio e serviço, nós temos um déficit de US$ 410 bilhões com os EUA [em 10 anos]. Eu que deveria taxar ele”, disse Lula, acrescentando que Trump está “mal informado”. >> Entenda a guerra de tarifas de Trump e consequências para Brasil Bolsonaro O presidente Lula ainda fez duras críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que vem sendo investigado pelo Ministério Público (MP) por supostamente articular sanções contra o Brasil para escapar do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro é acusado de tentativa de golpe de Estado. Já Trump alega que ele é vítima de perseguição política e associa as tarifas contra o Brasil ao julgamento do político do PL. “Que tipo de homem que é esse que não tem vergonha para enfrentar o processo de cabeça erguida e provar que foi inocente? Quem está denunciando ele não é ninguém do PT, quem está denunciando ele são os generais e o ajudante de ordens dele, que era coronel do Exército”, disse Lula. O presidente ainda questionou a ação da família Bolsonaro contra o julgamento da trama golpista. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se licenciou do cargo de parlamentar e foi para os EUA, onde pede ações do governo Trump contra o Brasil. “O ‘coisa’ [Bolsonaro] mandou o filho, que era deputado, se afastar da Câmara para ir lá, ficar pedindo, ‘Ô Trump, pelo amor de Deus, Trump, salva meu pai, não deixa meu pai ser preso’. É preciso que essa gente crie vergonha na cara”, disse Lula, ainda na cerimônia, em Linhares (ES). Bolsonaro é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de liderar uma tentativa de golpe de Estado para anular as eleições presidenciais de 2022 com objetivo de se manter no poder. Ele teria pressionado os comandantes militares para aderir ao golpe, com planos de assassinatos do presidente Lula, do vice, Geraldo Alckmin, e do ministro do STF Alexandre de Moras. Nas redes sociais, Bolsonaro elogiou Trump, disse que a tarifa é resultado do afastamento do Brasil “dos seus compromissos históricos com a liberdade” e pediu “aos Poderes que ajam com urgência apresentando medidas” para resgatar a “normalidade institucional”. Bolsonaro e seus aliados negam os crimes imputados de tentativa de golpe de Estado. Para analistas consultados pela Agência Brasil, a sanção de Trump contra o país é chantagem política mirando o Brics, a regulação das big techs e uma tentativa de interferir no processo judicial e político interno.
Haddad diz que tarifaço de Trump não tem racionalidade econômica

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quinta-feira (10), que a imposição de tarifas comerciais sobre produtos exportados pelo Brasil aos Estados Unidos (EUA) será desastrosa para quem promoveu. Haddad disse, porém, que tal situação não vai se manter e que esse “ataque ao Brasil” não tem racionalidade econômica. “Não há outra explicação: esse golpe contra o Brasil, contra a soberania nacional, ele foi urdido por forças extremistas de dentro do país. Como eu acredito que o tiro vai sair pela culatra, acredito que isso não pode se sustentar”, disse Haddad em entrevista ao Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. Nesta quarta-feira (9), o presidente dos EUA, Donald Trump, enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciando a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao país norte-americano, a partir do dia 1º de agosto. No documento, Trump justifica a medida citando o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. “A única explicação plausível para o que foi feito ontem é porque a família Bolsonaro urdiu esse ataque ao Brasil, com um objetivo específico, que é escapar do processo judicial que está em curso. Então, a única explicação é de caráter político envolvendo a família Bolsonaro”, disse Haddad. Ele lembrou que um dos filhos do ex-presidente, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), está morando nos EUA e se manifesta publicamente sobre essas intenções. “O resultado desse tipo de ação vai ser desastroso para quem promoveu, não vai ser bom para quem promoveu. Isso vai trazer implicações graves que não interessam a ninguém. Então, nós temos que buscar pela diplomacia, fazer ver que isso não interessa e talvez quem ajudou a promover esse ataque ao Brasil vai acabar se arrependendo e se mexendo para tentar reparar, com uma retórica totalmente torta, o estrago que já fez”, acrescentou. Outro ator político que defende as ações do ex-presidente é Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, estado que, segundo Haddad, será um dos mais afetados pela tarifas norte-americanas. Suco de laranja, máquinas e aeronaves, produzidos em São Paulo, estão entre os principais itens da pauta brasileira aos Estados Unidos. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp “A extrema-direita vai ter que reconhecer, mais cedo ou mais tarde, que deu um enorme tiro no pé, porque está prejudicando o principal estado do país, justamente o estado de São Paulo. É o suco de laranja de São Paulo, são os aviões produzidos pela Embraer, que é uma conquista histórica da tecnologia brasileira. Eu penso que o governador errou muito porque, ou bem uma pessoa é candidata a presidente, ou é candidata a vassalo E não há espaço no Brasil para vassalagem. Desde 1822 isso acabou”, reforçou o ministro da Fazenda. Resposta “Eu creio que foi um dia ruim e que nós vamos ter que encontrar um caminho de superar e esquecer que ele aconteceu para boa relação entre dois povos que se gostam”, acrescentou Haddad, ao citar a complementariedade das duas economias, os interesses comuns e os 200 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. O presidente Lula defendeu a soberania do país e afirmou que o tarifaço de Trump será respondido com a Lei de Reciprocidade Econômica. Segundo o ministro da Fazenda, lideranças de diversos setores produtivos estão “de cabelo em pé”, buscando apoio do governo para a situação. Haddad reafirmou a aposta na diplomacia brasileira que, para ele, é reconhecida no mundo como uma das mais profissionais e vai buscar uma solução “em bases econômicas que sejam edificantes para as duas nações”. “É uma agressão que vai ficar marcada como uma coisa inaceitável e inexplicável, um governo entrar na onda de um político extremista local para atacar um país, 215 milhões de habitantes. Nós temos, nesse momento, que estar unidos, o setor produtivo, o agronegócio, com a indústria paulista que é a mais afetada”, afirmou. Multilateralismo A decisão do presidente norte-americano contra o Brasil ocorre na mesma semana em que Trump e Lula trocaram críticas por conta da realização da cúpula do Brics, bloco que reúne as maiores economias emergentes do planeta, no Rio de Janeiro. Trump chegou a ameaçar os países alinhados ao grupo, o que agora se materializa no caso brasileiro. O ministro Haddad defendeu o multilateralismo e negociações comerciais diversificadas e disse que o Brasil é grande demais para ser “apêndice de bloco econômico”. “Nós não estamos dando mais ou menos espaço para quem quer que seja. O Brasil está buscando parcerias para se desenvolver com a maior tranquilidade, com o maior pragmatismo possível”, disse. “O Brasil acredita numa reglobalização sustentável. A globalização neoliberal, realmente, não deu certo. Ela produziu enormes desequilíbrios, e isso muito em virtude daquilo que foi a receita do Norte Global. O Norte Global é que colocou a globalização neoliberal como máxima, como objetivo máximo do fim da história. E o que aconteceu foi que houve uma corrida e, nessa corrida, a China levou a melhor”, explicou Haddad sobre a guerra comercial entre China e Estados Unidos.
Trump volta a defender Bolsonaro nas redes sociais e denuncia “caça às bruxas” judicial

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a manifestar seu apoio ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro nas redes sociais, classificando como uma “caça às bruxas” os processos judiciais que envolvem o líder brasileiro. A defesa pública foi feita pelo segundo dia consecutivo na plataforma Truth Social, onde Trump pediu que Bolsonaro fosse “deixado em paz”. Sem mencionar diretamente as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) ou as acusações que pesam contra Bolsonaro, o republicano afirmou que o ex-presidente brasileiro está sendo alvo de uma perseguição política semelhante à que ele próprio alega ter sofrido nos Estados Unidos após as eleições americanas. “O único julgamento que deveria estar acontecendo é o julgamento pelos eleitores do Brasil”, escreveu Trump, ressaltando que acompanha a situação “muito de perto”. Bolsonaro enfrenta investigações no STF por suposta organização criminosa armada e tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, além de estar inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-presidente nega as acusações e classificou o processo como “uma aberração jurídica” e “perseguição política”. A manifestação de Trump provocou reações no Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o país é soberano e que a defesa da democracia cabe aos brasileiros, rejeitando interferências externas. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também criticou o posicionamento do ex-presidente americano, afirmando que ele não tem legitimidade para interferir nos processos judiciais brasileiros. A relação entre Trump e Bolsonaro é marcada por afinidades políticas e elogios mútuos desde 2018. O apoio do ex-presidente americano reforça a narrativa dos bolsonaristas de que as investigações são motivadas por perseguição política, enquanto o Judiciário brasileiro mantém que os processos seguem conforme o ordenamento jurídico, sem interferências externas. O julgamento das ações contra Bolsonaro está previsto para ocorrer entre agosto e setembro, e poderá resultar em penas que incluem até 39 anos de prisão, segundo especialistas. Enquanto isso, o debate político e jurídico em torno do ex-presidente segue acirrado, com repercussão internacional.
Eleições 2026: Lula enfrenta empate técnico com candidatos da direita em cenário cada vez mais competitivo

A corrida presidencial para 2026 já começa a tomar forma com pesquisas recentes apontando um cenário bastante disputado entre o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e diversos nomes da centro-direita e direita. Segundo levantamento da Quaest, divulgado em junho de 2025, Lula aparece tecnicamente empatado em um eventual segundo turno com cinco candidatos: Michelle Bolsonaro (PL), Ratinho Jr. (PSD), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Eduardo Leite (PSD) e, ainda, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030. A pesquisa mostra que, embora Lula mantenha vantagem sobre alguns concorrentes, a rejeição ao seu governo tem impulsionado o crescimento de candidatos alternativos, especialmente da direita, que buscam ocupar o espaço deixado por Bolsonaro. Entre os nomes em destaque estão governadores com forte presença regional, como Ratinho Jr., Tarcísio de Freitas, Eduardo Leite, Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil). Além disso, uma pesquisa da AtlasIntel indica que 70% dos eleitores acreditam na existência de candidaturas viáveis além de Lula e Bolsonaro, o que reforça a possibilidade de surgimento de novas lideranças até o pleito. Tarcísio de Freitas, por exemplo, é bem avaliado em atributos como carisma, competência e experiência. No campo da centro-direita, há ainda um movimento de união entre pré-candidatos como Caiado, Zema e Ratinho Jr., que sinalizaram apoio mútuo caso algum deles avance a um segundo turno contra Lula, buscando fortalecer o bloco contra o PT. A indefinição sobre a candidatura de Jair Bolsonaro, que permanece inelegível, abre espaço para nomes como Michelle Bolsonaro, que desponta como uma das opções da direita para 2026. Enquanto isso, o PT enfrenta desafios internos, com divergências entre candidatos à presidência do partido sobre a estratégia para a sucessão presidencial e a relação com o governo Lula. Com a eleição marcada para outubro de 2026, o cenário político permanece dinâmico, com possíveis surpresas e movimentações até o registro oficial das candidaturas.candi
Exames de Jair Bolsonaro Confirmam Pneumonia; Médico Recomenda Redução do Ritmo de Atividades

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com pneumonia após uma série de exames realizados em Brasília. A informação foi confirmada pela equipe médica que acompanha seu quadro clínico, que recomendou a redução do ritmo das agendas públicas e privadas para garantir uma recuperação adequada. Detalhes do Diagnóstico Após apresentar sintomas como febre, tosse e cansaço, Bolsonaro passou por uma bateria de exames, incluindo radiografia e tomografia do tórax, que indicaram inflamação nos pulmões compatível com pneumonia. O diagnóstico levou os médicos a orientarem repouso e cuidados intensificados para evitar complicações. Recomendações Médicas O médico responsável pelo acompanhamento do ex-presidente ressaltou a importância de diminuir a carga de compromissos, evitando esforços físicos e exposição a ambientes que possam agravar o quadro. A equipe médica também informou que Bolsonaro está recebendo tratamento com antibióticos e monitoramento constante. Impacto nas Atividades Políticas A recomendação de reduzir o ritmo das agendas pode impactar a participação de Bolsonaro em eventos políticos e reuniões previstas para as próximas semanas, especialmente em um momento em que o ex-presidente mantém forte presença no cenário político nacional. Histórico de Saúde Bolsonaro já enfrentou problemas de saúde relacionados ao sistema digestivo e passou por diversas cirurgias após a facada sofrida em 2018. O atual diagnóstico reforça a necessidade de cuidados contínuos para preservar sua saúde.
Jair Bolsonaro é internado em Brasília após mal-estar em Goiás

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado na manhã deste sábado (21) no Hospital DF Star, em Brasília, para uma bateria de exames após passar mal durante compromissos políticos em Goiás. Segundo a assessoria, Bolsonaro apresentou indisposição estomacal, enjoo, vômitos frequentes e soluços intensos desde quinta-feira (19), quando participou de eventos em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Durante uma cerimônia na Câmara Municipal de Aparecida, Bolsonaro chegou a dizer: “Desculpa, estou muito mal. Vomito dez vezes por dia”, enquanto soluçava. Na sexta-feira (20), ele cancelou uma agenda em Anápolis e retornou a Brasília após sentir um pico de pressão arterial (14 por 9) e mal-estar. O cirurgião Cláudio Birolini, que realizou a última cirurgia abdominal de Bolsonaro em abril deste ano para tratar aderências intestinais, viajou de São Paulo para acompanhar os exames. A cirurgia anterior teve duração de 12 horas e foi necessária devido a complicações decorrentes da facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018, que já exigiu sete procedimentos cirúrgicos. Apesar do mal-estar, pessoas próximas afirmam que Bolsonaro está em repouso e que, até o momento, não há indicação de gravidade maior. O ex-presidente deve permanecer no hospital até a conclusão dos exames, que incluem tomografia e hemogramas, para identificar a causa dos sintomas. Bolsonaro estava em Goiás desde quinta-feira, onde se reuniu com o governador Ronaldo Caiado e participou de encontros com aliados do PL. A visita marcou sua primeira ida ao estado após as eleições municipais de 2024. Apesar da movimentação política, interlocutores afirmam que o foco do encontro foi a reorganização regional, sem discussões sobre a eleição presidencial de 2026.
Entenda os próximos passos da ação penal da trama golpista

O Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou na terça-feira (10) o interrogatório dos réus do núcleo 1 da trama golpista ocorrida no governo de Jair Bolsonaro. O fim dos depoimentos marca o início da fase final do processo criminal. A partir de agora, os réus têm prazo de cinco dias para apresentar requerimentos complementares ou solicitar novas diligências. Em seguida, deverá ser aberto prazo para as alegações finais dos réus e da Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável pela acusação. O prazo será de 15 dias. As alegações representam a última manifestação da defesa e da acusação antes da sentença, que pode condenar ou absolver os acusados. A expectativa é de que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro, do general Braga Netto e mais seis réus da trama golpista ocorra no segundo semestre deste ano, entre agosto e setembro. A decisão será da Primeira Turma do STF, formada pelo relator da ação penal, ministro Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Os réus respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. Em caso de condenação, as penas podem passar de 30 anos de prisão. Prisão A eventual prisão dos réus que forem condenados não vai ocorrer de forma automática e só poderá ser efetivada o após julgamento dos recursos dos acusados contra a condenação. Em caso de condenação, os réus não devem ficar em presídios comuns. Oficiais do Exército têm direito à prisão especial, de acordo com o Código de Processo Penal (CPP). O núcleo 1 tem cinco militares do Exército, um da Marinha e dois delegados da Polícia Federal, que também podem ser beneficiados pela restrição. São eles: Alexandre Ramagem (delegado da PF e deputado federal), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); Almir Garnier (almirante), ex-comandante da Marinha; Anderson Torres (delegado da PF), ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal; Augusto Heleno (general), ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Jair Bolsonaro (capitão); Paulo Sérgio Nogueira (general), ex-ministro da Defesa; Walter Braga Netto (general), ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na chapa de 2022. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid assinou acordo de delação premiada com a Polícia Federal e não vai cumprir pena. Agência Brasil
Bolsonaro presta depoimento ao STF sobre suposta tentativa de golpe e pede desculpas a Moraes

Nesta terça-feira (10), o ex-presidente Jair Bolsonaro está prestando depoimento ao vivo ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. A oitiva ocorre no âmbito da investigação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O depoimento está sendo transmitido em tempo real pela TV Justiça e por diversos veículos de comunicação, acompanhando cada momento da fala de Bolsonaro. Durante a sessão, o ex-presidente tem a oportunidade de responder às perguntas do ministro e esclarecer os fatos relacionados às acusações. Até o momento, Bolsonaro tem negado envolvimento em ações que configurariam tentativa de golpe, mas reconheceu ter feito declarações fortes contra o sistema eleitoral, justificando-as como expressão de sua opinião política. Ele também pediu desculpas por acusações feitas anteriormente contra membros do STF, afirmando que não possuía provas para tais afirmações. A investigação conduzida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) busca esclarecer o papel de Bolsonaro e seus aliados em eventuais tentativas de desestabilizar a ordem democrática após o pleito de 2022. O depoimento ao vivo marca uma etapa importante do processo, que pode culminar em julgamento ainda este ano. A repercussão do depoimento já movimenta o cenário político e jurídico, com diferentes setores acompanhando atentamente o desenrolar da sessão. Acompanhe o video ao vivo
Bolsonaro confirma envio de R$ 2 milhões para custear estadia do filho Eduardo nos EUA

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (5) que depositou R$ 2 milhões para ajudar a custear as despesas do filho Eduardo Bolsonaro, deputado licenciado que reside nos Estados Unidos desde o início deste ano. A declaração foi dada após o ex-presidente prestar depoimento à Polícia Federal no inquérito que investiga a atuação do parlamentar no exterior. Segundo Bolsonaro, o repasse foi feito a pedido do próprio Eduardo e teve origem em parte dos R$ 17,2 milhões que o ex-presidente recebeu via Pix em sua conta pessoal durante os primeiros seis meses de 2023. “Lá fora tudo é mais caro. Eu tenho dois netos, um de 4 e outro de 1 ano de idade. Ele está lá fora, eu não quero que ele passe dificuldades”, justificou Bolsonaro, ressaltando que o valor é legal e “dinheiro limpo”. O ex-presidente afirmou ainda que não há trabalho de lobby ou tentativa de sanção contra autoridades brasileiras por parte do filho nos Estados Unidos, e que a atuação de Eduardo está ligada à defesa da democracia. Bolsonaro também negou envolvimento na fuga da deputada Carla Zambelli, afirmando acompanhar o caso apenas pela imprensa. A Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga se Eduardo Bolsonaro atua para intimidar autoridades brasileiras e se o ex-presidente é beneficiário direto da permanência do filho no exterior, financiada com os recursos enviados. O deputado é alvo de inquérito por supostos crimes como coação no curso de processo, obstrução de investigação e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O depoimento de Bolsonaro à Polícia Federal durou cerca de duas horas e ocorreu na sede da PF em Brasília. O inquérito está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou a oitiva de diplomatas brasileiros e manifestação por escrito do deputado licenciado. Bolsonaro classificou o inquérito como uma “perseguição continuada” e afirmou ter orgulho da atuação do filho no exterior, destacando que o dinheiro enviado visa garantir o bem-estar de Eduardo e sua família nos Estados Unidos.