Imunização contra a poliomielite está abaixo da meta no Rio de Janeiro

A meta de 95% de vacinação prevista pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) não vem sendo atingida desde 2016, no estado do Rio de Janeiro. Uma geração com quase 40 anos de idade, que não presenciou os efeitos da paralisia infantil, corre risco de ser surpreendida pelo aparecimento de possíveis casos. O Dia Mundial de Combate à Poliomielite celebrado nesta sexta-feira (24) é uma data importante para a população fluminense, diante dos baixos índices de vacinação nos últimos anos, conscientizar-se que a não vacinação contra a pólio pode colocar em risco uma realidade que acontece desde 1987, quando foi registrado o último caso da doença no estado. Em razão dessa preocupação, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) apela aos fluminenses aproveitarem a Campanha Nacional de Multivacinação, até o dia 31 deste mês, para vacinação de crianças que não receberam o imunizante contra a doença. “A vacina contra a poliomielite lançou o personagem ‘Zé Gotinha’, conhecido no Brasil e no mundo pela luta contra a doença. Com o apoio dessa figura simpática e representativa para o SUS, conseguimos vencer a pólio, mas precisamos manter as altas coberturas vacinais, evitando o retorno dessa doença que é grave”, afirmou a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello. “Apesar de ainda estarmos longe dos 95% de cobertura necessários, a boa notícia é que temos ampliado os índices nos últimos anos”, acrescentou a secretária. Claudia Mello informou também que a campanha oferece ainda todas as vacinas previstas no calendário nacional e que um dos principais pontos é o resgate de crianças e adolescentes com doses atrasadas. No caso da pólio, o objetivo da SES-RJ é contemplar esquemas vacinais de menores de 5 anos de idade com doses de vacina injetável contra a poliomielite (VIP), que em 2024, substituiu a vacina oral contra. “Temos trabalhado para ampliar a cobertura vacinal, não apenas contra a poliomielite, mas também contra outras doenças. Além da campanha de multivacinação, trabalhamos apoiando os municípios ao longo de todo o ano. Esse esforço vem trazendo bons resultados, mas precisamos do apoio da sociedade”, disse a gerente de Imunização da SES-RJ, Keli Magno. A vacina deve ser administrada em um total de quatro doses: aos 2, 4 e 6 meses e uma dose de reforço aos 15 meses. A coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES-RJ, Cristina Giordano, alerta a população para estar sempre atenta à necessidade de manter a vacinação em dia. “É importante estar vacinado e vigilante para evitar que a doença volte, pelo fato de ainda existir a circulação do vírus em outros países. Uma pessoa pode ter contato com o vírus em uma viagem ao exterior e por não estar vacinada, abre brecha para se infectar e contrair a doença, além de servir como fonte de infecção para novos casos aqui no Brasil. A vacinação é a única forma de prevenção contra poliomielite”. Fonte
Em Dia D de Vacinação, Padilha garante a segurança da imunização

Ao participar do Dia D de mobilização da Campanha Nacional de Multivacinação neste sábado (18), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez um apelo para que pais e mães atualizem a caderneta de vacinação dos filhos. Segundo ele, mais de 25 mil salas de imunização em todo o país funcionam hoje no intuito de ampliar as coberturas vacinais. Alexandre Padilha abre o Dia D nacional de multivacinação, no Riacho Fundo II – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil “São 16 vacinas prioritárias no calendário infantil e uma grande mobilização para atualização. É aquele dia em que o pai e a mãe podem pegar a caderneta digital de saúde da criança e checar se as vacinas do seu filho e da sua filha estão em dia”, disse. Padilha avaliou a proposta do dia D de mobilização pela vacinação como um momento “de saudar a ciência e a defesa da vida”. “Infelizmente, tem muita gente espalhando mentira sobre vacina ainda. Muita gente fazendo campanha contra vacina. Países que estão desmontando seus programas de vacinação, como acontece na América do Norte. E o resultado e ter a volta de doenças que a gente já havia eliminado.” “Não neguem aos seus filhos um direito que os seus pais não lhe negaram em situação muito difícil, há décadas atrás. Quero reforçar que, se eu tivesse qualquer desconfiança da vacina, eu não vacinava a minha filha. E a minha filha de 10 anos recebe todas as vacinas que estão no calendário oficial de vacinação do SUS [Sistema Único de Saúde]”, frisou Padilha Sarampo Em conversa com a imprensa, o ministro destacou que o dia também é dedicado a melhorar a cobertura vacinal do sarampo, não apenas entre crianças, mas entre adultos com até 59 anos que não possuem pelo menos duas doses contra a doença atestadas na caderneta de vacinação. “O Brasil é um país que teve o certificado de eliminação do sarampo reconquistado no ano passado – a gente havia perdido esse certificado por conta da queda de vacinação a partir de 2016”, disse. Mais de 25 mil salas de vacinação estão abertas em todo o Brasil neste sábado – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil O ministro reforçou que há um problema sério de sarampo no mundo, sendo a maior parte dos casos na América do Norte. “Há sempre o risco de trazer casos importados para o Brasil”, reforçou o ministro. “Lembro aos pais de hoje que eles só não tiveram paralisia infantil, só não tiveram doenças graves como meningite e como o próprio sarampo porque, um dia, seus pais foram vacinar você numa unidade de saúde. Às vezes, em situação muito mais difícil porque só tinha vacina uma vez por mês ou só em dia de campanha.” Segundo Padilha, o ministério realiza busca ativa entre profissionais de turismo, de portos e aeroportos e motoristas de taxi, que têm muito contato com visitantes estrangeiros, para atualizar a vacinação contra o sarampo no país. “Mas a campanha está aberta para todo mundo. Até 59 anos de idade, quem não tiver duas doses confirmadas contra o sarampo, aproveite para tomar a vacina.” Febre amarela Por fim, o ministro fez um alerta para moradores dos estados de São Paulo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e do Paraná, onde estão sendo reforçadas ações de vacinação contra a febre amarela. “É muito importante as pessoas checarem e atualizarem a vacina contra a febre amarela. Hoje, é uma dose apenas, não precisa mais ficar repetindo a dose [a cada 10 anos]. Quem não tiver vacina contra a febre amarela nesses estados, mesmo adultos até 59 anos, a gente está recomendando”, concluiu. Relatos Francisco Valtenor Araújo, 47 anos, é psiquiatra e compareceu ao ponto de vacinação do Riacho Fundo 2, a cerca de 30 quilômetros da capital federal, para atualizar sua própria caderneta de vacinação. Tomou, ao todo, três doses: contra a febre amarela, contra a hepatite e a tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. “É muito gratificante ver ações como essa”, disse, ao se referir ao Dia D de mobilização. “A última dose que eu havia tomado foi a da gripe. Agora, meu cartão de vacinas está atualizado”, comemorou. Padilha ressaltou o risco de retorno do sarampo ao Brasil, caso a população não tome a vacina – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil A dona de casa Gil Sousa, 40 anos, levou a filha Maria Luíza para o mesmo ponto de vacinação. Permaneceram firmes na fila apesar do calor e, ao final, receberam a boa notícia de que a caderneta de vacinação da menina, de 2 anos, estava atualizada e que ela não precisava receber nenhuma nova dose. “Está tudo em dia, graças a Deus. Sempre procuro manter as vacinas dela atualizadas. É muito importante isso. A gente tem que estar sempre ligada pra evitar que a criança tenha alguma doença. Estou sempre acompanhando.” Pouco tempo depois, outra Maria Luíza foi atendida pela equipe de enfermagem do Riacho Fundo. Aos 9 anos, ela recebeu, no local, a primeira dose contra o HPV. “Doeu um pouquinho, mas eu não chorei. Sou muito forte”, contou a menina. “Acho importante pra prevenir doenças”. Fonte
Viep realiza imunização especial para pessoas com deficiência – Prefeitura Municipal de Ubatuba

Motivada pela inclusão, a Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Ubatuba (Viep) está programando uma ação, literalmente especial, de vacinação nos dias 21 e 24 de outubro: os 186 atendidos pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) terão todas as suas vacinas colocadas em dia de acordo com a faixa etária e o Programa Nacional de Imunização (PNI). A atividade será organizada em escala alternada, dividida em dois dias de atendimento durante todo o dia. A estratégia vai respeitar o tempo individual de cada participante, garantindo um processo adequado às necessidades específicas de cada um. Para tornar o momento mais próximo da rotina dos alunos, a equipe de vacinação atuará dentro do próprio espaço da APAE, evitando deslocamentos e possíveis situações de estresse. Personagens como Zé Gotinha e Maria Gotinha também marcarão presença para tornar o ambiente mais familiar e tranquilo. A enfermeira responsável pela Viep, Alyne Ambrogi, comentou um pouco sobre como surgiu a proposta da iniciativa. “Cresci convivendo com pessoas com deficiência e, até hoje, isso faz parte da minha realidade. Por isso, sei da necessidade de oferecer um atendimento verdadeiramente inclusivo”, explicou. “A inclusão não é apenas tratar bem, mas garantir o acesso ao serviço de forma respeitosa e adequada às necessidades de cada pessoa”, acrescentou. Durante a ação, a equipe adotará abordagens diferentes conforme o perfil de cada aluno, com tempos e formas de atendimento adaptadas para garantir o acesso à vacinação para todos os públicos. Prefeitura de Ubatuba
Saúde capacita e atualiza profissionais sobre práticas de imunização – Prefeitura Municipal de Ubatuba

Cerca de cem profissionais, entre enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam na atenção básica da Saúde Municipal participaram de uma capacitação para aprimoramento e atualização de práticas relacionadas à vacinação, realizada pela Vigilância Epidemiológica (Viep) entre os dias 22 e 25 de setembro. A iniciativa, que contou com o apoio da diretoria de Atenção Básica, abordou conteúdos teóricos para fortalecer a atuação dos profissionais nas salas de vacina. A fim de facilitar o aprendizado e acomodar os presentes em um espaço adequado, os profissionais foram separados em três turmas. “Durante este período, todos os profissionais tiveram a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos – o que vai oferecer mais segurança a eles enquanto profissionais e mais qualidade para quem busca as unidades de saúde para se imunizar”, afirmou a diretora da Atenção Básica, Josemeia Prado. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) ampliou o número de vacinas e, atualmente, atende pessoas de diferentes faixas etárias, como crianças, adolescentes e idosos, além de gestantes pessoas com doenças crônicas. Isso exige atualização constante dos profissionais de saúde em todo o país, que precisam dominar armazenamento, aplicação e orientação à população. Segundo o Ministério da Saúde, as vacinas estão entre as ações de saúde pública mais eficazes, responsáveis por reduzir mortes e doenças, eliminar a varíola e interromper a transmissão da poliomielite e do sarampo no Brasil. “Essa capacitação é uma importante ferramenta para reciclagem dos profissionais mais antigos, e aprendizados ao que estão iniciando sua jornada profissional em sala de vacinas, pois imunização é um tema de com atualizações constantes e, dessa forma, nós garantimos um atendimento seguro e de qualidade para nossa população”, acrescentou a enfermeira responsável pela Viep, Alyne Ambrogi. A enfermeira Neise dos Santos comentou que a capacitação foi propícia para o esclarecimento de algumas dúvidas tanto teóricas quanto práticas, como situações referentes à limpeza das salas de vacina e lançamento de vacinação no sistema. “Foi muito produtivo”, disse. “O curso foi bem proveitoso e foi muito útil para o nosso cotidiano. Alguns pontos essenciais foram relembrados e foi muito bom”, avaliou a técnica de enfermagem, Alessandra Marcelino. “Pudemos reforçar nossos conhecimentos, inclusive, premissas fundamentais da imunização, e, ainda, nos conscientizarmos ainda mais importância da adesão de toda população referente a prevenção de doenças. A abordagem de protocolos, dinâmicas de fixação, garantiram a nós, profissionais da Saúde, uma maior segurança e ampliação do conhecimento da temática. Espero que futuramente possamos ter mais capacitações como essas para fortalecemos nossa rede”, finalizou o enfermeiro Pedro Alcântara. A próxima turma está prevista para realizar a formação nos dias 29 e 30 deste mês. Prefeitura de Ubatuba
“Sextou com Vacina” terá imunização e busca ativa por tuberculose – Prefeitura Municipal de Ubatuba

Nesta sexta-feira, 26, acontece mais uma edição da iniciativa “Sextou com Vacina”, que oferece oportunidade de imunização da população em seis Unidades Básicas de Saúde de Ubatuba, que funcionam em horário estendido, das 8 às 21. Esta ação da Secretaria de Saúde acontece desde abril de 2023 nas unidades da Maranduba, Perequê-Açu, Cícero Gomes, Ipiranguinha, Perequê-Mirim e Estufa I e disponibiliza vacinação de rotina, bem como doses contra a gripe, a Covid-19 e a febre amarela. A proposta é aumentar a cobertura vacinal, facilitando o acesso de quem trabalha em horário comercial. Os moradores são orientados a levar documento com foto e carteira de vacinação para atualização do esquema vacinal. Integração com medidas de controle da tuberculose Nesta edição, as UBS’s que realização o Sextou também vão promover a busca ativa por casos de tuberculose e orientação aos pacientes que estiverem com tosse persistente. A estratégia de buscar ativamente pessoas com sintomas respiratórios é fundamental para detecção precoce da doença. “A prefeitura já vem intensificando essa campanha nas equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Em edições anteriores, a UBS Cícero Gomes promoveu um “Sextou” dedicado à prevenção de tuberculose, com coleta de exame de escarro e palestras informativas entre 17h e 19h, além de abordagem direta de pacientes durante o dia”, comentou a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica (Viep), Alyne Ambrogi. Serviços extras na UBS Cícero Gomes Além da vacinação de rotina e da busca ativa por casos de tuberculose, a UBS Cícero Gomes, irá oferecer coleta de exame preventivo (Papanicolau), realização de testes rápidos (HIV, sífilis, etc.) e pesagem de beneficiários do Bolsa Família. Prefeitura de Ubatuba
Como o Butantan se tornou o maior produtor da vacina Influenza no Brasil e se prepara para pandemias

Desde 2013, mais de 560 milhões de doses de vacina da gripe já foram produzidas; Butantan ajudou no combate da H1N1 em 2010 e desenvolve vacina contra a gripe aviária Em produção pelo Instituto Butantan desde 2013, após transferência de tecnologia da farmacêutica francesa Sanofi, a vacina Influenza se tornou o carro-chefe e o maior objeto de estudo da instituição. Hoje, 90 milhões de doses são produzidas anualmente para atender à Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Para além da versão trivalente sazonal, o Butantan se dedica a estudar vacinas quadrivalentes, contra cepas pandêmicas da influenza e vacinas com adjuvantes, visando preparar o país para epidemias de gripe e desenvolver produtos cada vez mais eficientes. LEIA TAMBÉM: Maior estudo clínico do Butantan, vacina da dengue ajuda a estruturar resposta rápida a epidemias Tudo isso exige uma infraestrutura adequada para a realização de ensaios clínicos, etapa em que a segurança e eficácia dos produtos são avaliados em seres humanos. Este trabalho fica a cargo da Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Butantan: dos mais de 30 estudos clínicos já coordenados pela área, 10 eram relacionados à influenza. A experiência do Butantan com a vacina da gripe data de 1999, quando foi assinado o acordo de transferência tecnológica com a Sanofi, encabeçado pelo então diretor Isaias Raw. De alta complexidade, o processo foi feito por etapas e levou mais de 10 anos para ser concluído. O Butantan começou recebendo o imunizante pronto da Sanofi para inspecionar, fazer o controle de qualidade, rotular, embalar e entregar ao Ministério da Saúde. Com o passar dos anos, a instituição foi assumindo o envase, depois a formulação da vacina e, por fim, a produção dos três monovalentes em fábrica própria. “Nos primeiros anos, o local de produção registrado era a fábrica da Sanofi, na França. Após a conclusão da transferência de tecnologia, a fábrica do Butantan recebeu a certificação da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] para começar a operar e produzir a vacina Influenza do começo ao fim”, afirma o gerente de Desenvolvimento e Inovação de Produtos do Butantan, Paulo Lee Ho, que acompanhou de perto esse processo. Enquanto o Butantan desenvolvia seu processo produtivo, parte das vacinas fornecidas ao Ministério da Saúde eram produzidas no Brasil, e a outra parte na França. O Instituto começou fornecendo 6,3 milhões de doses em 2013; em apenas três anos, a produção aumentou mais de sete vezes, chegando a 46 milhões. Em 2023, o Butantan atingiu a capacidade produtiva necessária para fornecer 100% das doses da campanha – ou seja, 90 milhões de doses. LEIA TAMBÉM: Butantan recebe aprovação da Anvisa para início de testes da vacina contra a gripe aviária “Foi se estabelecendo não só uma estrutura fabril, mas uma estrutura piloto e laboratorial, e isso gerou a incorporação das Boas Práticas de Laboratório, de Fabricação e Clínicas, conforme esses conceitos avançavam internacionalmente”, aponta a coordenadora de Redação Médica do Butantan, Maria da Graça Salomão, que participou dos estudos da Influenza. Como a vacina da Sanofi já havia passado com sucesso por ensaios clínicos de fase 1, 2 e 3, após completar a transferência de tecnologia e assumir sua fabricação, o Butantan conduziu estudos de fase 4, entre 2013 e 2015, por exigência da Anvisa. Os pesquisadores avaliaram a vacina em adultos saudáveis, idosos e pacientes receptores de transplante renal. “Após esse período, houve um entendimento por parte da Anvisa de que não era necessário repetir os ensaios clínicos todo ano enquanto a população já era vacinada, e que a vigilância pós-comercialização era o melhor instrumento de avaliação de segurança das atualizações de cepas”, explica a gerente de Farmacovigilância do Butantan Maria Beatriz Lucchesi. A cada campanha, a vacina é atualizada com as cepas mais circulantes do vírus influenza, de acordo com diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar dessa decisão, os estudos não pararam. Pelo contrário: à medida que se transformava no principal fornecedor da vacina da gripe no Brasil, o Butantan continuou investindo em outras pesquisas para aprimorar o imunizante, chegando a conquistar a pré-qualificação da OMS em 2021 e desenvolver vacinas contra cepas potencialmente pandêmicas. O Instituto também participou do combate à pandemia de H1N1, em 2009. Conheça mais sobre os desdobramentos dos estudos envolvendo a vacina Influenza no Instituto Butantan: Pandemia de H1N1 Em 2009, o mundo enfrentou a pandemia de H1N1, doença que ficou conhecida como gripe suína e atingiu mais de 70 países. De acordo com a OMS, o surto começou com a propagação de um vírus influenza tipo A originado de uma cepa animal e não relacionado aos vírus H1N1 sazonais. No Brasil, o Butantan esteve à frente do combate à doença, produzindo a vacina com a cepa pandêmica – já como parte do processo de transferência tecnológica do imunizante da Sanofi. Em 2010, o PNI adquiriu 83 milhões de doses da vacina. Na época, o Instituto investigou a segurança e a imunogenicidade da vacina H1N1 com diferentes adjuvantes (substâncias usadas para potencializar a resposta imune). Também foram feitos estudos para avaliar o imunizante em públicos vulneráveis, como pacientes com doenças crônicas, imunossuprimidos, idosos e gestantes – grupos que concentravam a maioria das mortes decorrentes da doença. A vacinação ajudou a conter os casos de gripe suína e levou a OMS a decretar o fim da pandemia em agosto de 2010. No período da emergência sanitária, foram confirmados oficialmente 18.500 mortes por H1N1 no mundo, mas um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos estima que podem ter ocorrido entre 151.700 e 575.400 óbitos. No Brasil, foram registrados quase 60 mil casos e mais de 2 mil mortes. Reconhecimento da OMS Em 2016, o Butantan submeteu um pedido à OMS para a inclusão da vacina Influenza em sua lista de imunizantes pré-qualificados. A organização solicitou um estudo de não inferioridade entre a versão do Butantan e a da Sanofi. Foram anos de trabalho da equipe de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância para atender às exigências do órgão e conquistar esse título internacional. A OMS aprovou a pré-qualificação do imunizante em 2021 – uma validação
Raiva: Entenda o Vírus Perigoso que Ataca o Sistema Nervoso e Exige Prevenção Imediata

A raiva é uma das doenças mais temidas e letais que existem, causada por um vírus implacável do gênero Lyssavirus, que ataca o sistema nervoso central levando à morte quase certa para quem for infectado. Com letalidade de aproximadamente 100%, não há tratamento eficaz depois do aparecimento dos sintomas, transformando a infecção em uma sentença de morte inevitável. Transmitida principalmente pela mordida ou lambedura de animais contaminados, como cães, gatos, morcegos e outros mamíferos, a raiva começa a agir infiltrando-se no corpo pela saliva contaminada, rapidamente avançando para o cérebro. O período de incubação pode variar de dias a meses, mas uma vez que o vírus alcança o sistema nervoso central, a progressão da doença é rápida e cruel. Os primeiros sinais são traiçoeiros, com dor local na mordida, dor de cabeça, febre, náusea e irritabilidade. Logo, a vítima cai em um pesadelo: alucinações aterradoras, paralisias, espasmos musculares insuportáveis e uma salivação excessiva e viscosa — típica do conhecido “engasgo” que mata o infectado ao paralisar completamente os músculos responsáveis pela respiração e deglutição. A luz e o som tornam-se intoleráveis, aumentando o desespero que consome o doente. Apesar dos avanços para prevenção, como vacinação de animais domésticos e aplicação imediata do soro antirrábico após exposição, o vírus ainda representa ameaça mortal principalmente em áreas rurais e silvestres, onde o contato com morcegos e animais infectados é mais comum. A raiva é uma doença devastadora, uma corrida agonizante contra o tempo e contra uma infecção que não perdoa, deixando como legado medo, dor e morte certa — uma verdadeira sentença fatal para quem não recebe tratamento urgente e adequado antes da manifestação dos sintomas.
InfoGripe: casos de SRAG entram em queda no país

A última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada na quinta-feira (10), revela que o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) parou de crescer ou está em queda na maior parte do país. O estudo é referente à Semana Epidemiológica 27, de 29 de junho a 5 de julho. O cenário reflete a interrupção do crescimento ou diminuição das hospitalizações por vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças pequenas e de influenza A em idosos. Apesar da tendência de redução dos casos, ainda existem locais com crescimento pontual em algumas faixas etárias e os números de hospitalizações por SRAG ainda são considerados altos. Com isso, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, reforça a importância das medidas preventivas: “É importante que todos estejam em dia com a vacina contra a gripe, continuem tomando alguns cuidados e mantendo a etiqueta respiratória, como fazer isolamento ou sair de casa usando máscaras em casos de aparecimento de sintomas de gripe, ou resfriado, além de usar máscara em postos de saúde, locais fechados e com muita aglomeração de pessoas”, ressalta. SRAG permanece elevada em 25 estados O Boletim aponta incidência elevada de SRAG em 25 estados, com tendência de aumento entre idosos, especialmente nos estados do Nordeste, como Paraíba e Sergipe, associada à Influenza A. Já em Roraima, observa-se aumento de casos entre crianças pequenas, relacionado ao VSR. Observa-se ainda que a incidência de SRAG em crianças pequenas permanece elevada na maioria dos estados, com exceção do Tocantins e Distrito Federal. Em idosos, os casos seguem em níveis de moderado a muito alto em todos os estados da região Centro-Sul, bem como em parte do Norte (Amapá, Rondônia e Roraima) e Nordeste (Alagoas, Sergipe, Maranhão e Paraíba). Além disso, 20 capitais ainda apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas. Covid-19 A análise também evidencia estabilidade nos casos de SRAG causados por Covid-19 na maior parte do país. Porém, há um leve crescimento no estado do Rio de Janeiro. Por isso, a pesquisadora enfatiza a necessidade de manter o calendário vacinal atualizado. “Pedimos que as pessoas verifiquem se estão em dia com a vacina contra a Covid-19, lembrando que idosos e pessoas imunocomprometidas precisam tomar doses de reforço a cada seis meses”. Cenário nacional Ao longo do ano epidemiológico de 2025, já foram notificados 126.828 casos de SRAG, sendo 52,5% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Dentre os casos positivos: Vírus Prevalência (%) Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 45,8% Influenza A 26,8% Rinovírus 22,2% Sars-CoV-2 (Covid-19) 7,6% Influenza B 1,1% Fonte: Brasil 61
Vacinação contra gripe e febre amarela avança em Tremembé com busca ativa no bairro Campos do Conde 2

As equipes da Secretaria Municipal de Saúde de Tremembé continuam intensificando a busca ativa para garantir que a população esteja com a vacinação em dia. No último sábado (5), os moradores do bairro Campos do Conde 2 receberam a visita das equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) Flor do Vale, que aplicaram as vacinas contra a gripe e a febre amarela. A campanha faz parte do calendário nacional de vacinação, que recomenda a imunização anual contra a gripe para crianças a partir de 6 meses até menores de 6 anos, gestantes, idosos e grupos vulneráveis, conforme orientações do Ministério da Saúde. A vacina contra a febre amarela é indicada para pessoas entre 9 meses e 59 anos, protegendo contra uma doença transmitida por mosquitos e que pode ser fatal. Além da vacinação domiciliar e em pontos estratégicos, as doses continuam disponíveis nas unidades de saúde do município. Os locais de atendimento são: Para receber a vacina, é necessário apresentar documento de identificação, cartão do SUS e carteira de vacinação. A Secretaria Municipal de Saúde reforça a importância da vacinação para a proteção individual e coletiva, especialmente neste período de circulação de vírus respiratórios e risco de surtos de febre amarela em algumas regiões. Manter a vacinação em dia é fundamental para evitar complicações e hospitalizações. A população pode acompanhar as ações e novidades da campanha por meio dos canais oficiais da Prefeitura de Tremembé e da Secretaria de Saúde.
Prefeitura reforça ação de vacinação antirrábica na região do Gurilândia

Em frente a EMIEF Vereador Mário Monteiro dos Santos, os agentes do CAS (Controle de Animais Sinantrópicos), da Secretaria de Saúde de Taubaté esperam por tutores de cães e gatos para aplicação da vacina antirrábica nesta quinta-feira (12). Na semana passada a ação também contemplou o bairro Jardim Gurilândia, visto que a região é extensa e com grande concentração de moradores. A ação acontece das 9h às 16h e a vacina deve ser aplicada no local, não podendo ser levada para casa. Moradores dos bairros Jardim Gurilândia, Hércules Masson, Parque Urupês e da Vila Olímpia podem levar cães e gatos para serem imunizados contra a raiva. Na sexta-feira (13), em frente a EMEF Prof. Walter Thaumaturgo, a vacinação antirrábica acontece das 9h às 16h e irá atender a moradores dos bairros Parque São Luís e Jardim Garcez. Desde o início do ano, 5.240 animais já foram vacinados com o imunizante fornecido pelo o Estado. A vacinação acontece por ordem de chegada até o término das doses, 600 disponibilizadas para cada dia da ação. Se o animal já possuir uma carteirinha de vacinação, é recomendada a apresentação do documento, em caso negativo será entregue um comprovante ao tutor, atestando que o animal foi vacinado.



