CECON FECAP analisa comportamento do comércio, serviços e produção industrial no estado de São Paulo em agosto de 2025

CECON FECAP analisa comportamento do comércio, serviços e produção industrial no estado de São Paulo em agosto de 2025 COMPORTAMENTO DO COMÉRCIO VAREJISTA EM SÃO PAULO: AGO-2025 Em agosto de 2025, o volume de vendas no comércio varejista ampliado no Estado de São Paulo, medido pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou alta de 2,0% em relação ao mês anterior, considerando a série livre de fatores sazonais.  Variação anual  Em relação ao mesmo mês do ano anterior (agosto de 2024), as vendas no varejo apresentaram uma queda de 4,3%. Um resultado pior do que o observado para a média do Brasil, com uma queda de 2,1%.  Dentro do setor varejista paulista, os destaques positivos ficaram para os setores de eletrodomésticos (+12,0%) e de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (+5,9%). Por outro lado, as piores performances ficaram para os setores de móveis (-32,2%) e de veículos, motocicletas, partes e peças (-13,8%).  Variação acumulada dos últimos 12 meses O resultado acumulado nos últimos doze meses para o varejo foi de -2,3%.  Variação acumulada no ano  No acumulado de janeiro a agosto, o volume de vendas do comércio varejista ampliado de São Paulo caiu 3,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior, uma queda muito maior do que a observada para o País (-0,4%).  Dentro das subcategorias analisadas pelo IBGE, 6 apresentaram crescimento, enquanto 6 recuaram. E dentre os resultados negativos, os destaques foram o setor de móveis (-23,8%), o de atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-17,3%) e o de veículos, motocicletas, partes e peças (-5,3%), enquanto os destaques positivos foram os equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (+12,0%), os eletrodomésticos (+8,3%) e os tecidos, vestuário e calçados (+6,6%).  Dentre as 27 unidades da federação (26 Estados e o Distrito Federal), o resultado positivo foi observado em 20 unidades. As maiores variações ocorreram no Amapá (+6,5%), na Paraíba (+5,1%), em Mato Grosso (+4,5%), no Ceará (+4,3%), no Rio de Janeiro (-1,6%), na Bahia (-2,1%), no Maranhão (-2,6%) e em Goiás (-3,8%).  COMPORTAMENTO DOS SERVIÇOS NO ESTADO DE SÃO PAULO: AGO-2025  Em agosto de 2025, o volume de serviços no Estado de São Paulo, medido pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou uma queda de 1,0% em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal.  Variação anual  Em relação ao mesmo mês do ano anterior (agosto de 2024), as vendas de serviços apresentaram uma alta de 4,0%. A variação é positiva desde abril de 2024. Para a média do Brasil, o crescimento foi de 2,5%.  O principal resultado positivo ficou para o setor de serviços de informação e comunicação (+7,7%), enquanto o maior resultado negativo ficou para os outros serviços (-3,4%).  Já as atividades turísticas cresceram 4,3% nesse período. Um resultado quase igual ao observado para o País, com crescimento de 4,6%.  Variação acumulada dos últimos 12 meses  O resultado acumulado nos últimos doze meses para o setor de serviços no Estado de São Paulo foi de +4,6% e para as atividades turísticas, de +6,6%.  Variação acumulada no ano  No acumulado de janeiro a agosto, o volume de serviços prestados subiu 4,3%. A média do País foi de +2,6%. Dentro das atividades analisadas pelo IBGE, 4 apresentaram crescimento, enquanto apenas 1 recuou. Os destaques positivos ficaram para o setor de serviços de informação e comunicação (+10,0%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (+6,3%).  Já as atividades turísticas cresceram 5,9% nesse período.  Dentre as 27 unidades federativas (26 Estados e o Distrito Federal), o resultado positivo foi observado em 19 delas. As maiores variações positivas ocorreram no Distrito Federal (+6,4%), no Mato Grosso do Sul (+6,1%), na Paraíba (+5,5%) e em Tocantins (+5,3%), enquanto as maiores variações negativas ocorreram no Rio Grande do Sul (-5,8%), no Acre (-3,2%) e na Bahia e Piauí (-1,1%).  COMPORTAMENTO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM SÃO PAULO: AGO-2025  Em agosto de 2025, a produção industrial no Estado de São Paulo, medida pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou alta de 0,8% ante o mês anterior, considerando a série livre de fatores sazonais. O mesmo resultaldo foi registrado para a produção industrial nacional.  Variação anual  Em relação ao mesmo mês do ano anterior (agosto de 2024), a produção industrial paulista apresentou queda de 2,4%. As indústrias extrativas caíram 10,4%, enquanto a indústria de transformação diminuiu 2,3%.  Dentro da indústria de transformação, os principais resultados positivos ficaram para os setores de fabricação de produtos têxteis (+16,7%) e de fabricação de produtos alimentícios (+3,0%).  Por outro lado, as maiores quedas ficaram para os setores de fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (-22,3%), de fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-11,0%) e de fabricação de bebidas (-8,9%).  Variação acumulada dos últimos 12 meses  A produção industrial paulista diminuiu 0,8% no acumulado dos últimos 12 meses, em contraste com o crescimento de 1,6% observado para o Brasil.  Variação acumulada no ano  Já no acumulado entre janeiro e agosto, a produção industrial caiu 1,9%. O resultado das indústrias extrativas no período, por sua vez, foi de queda de 14,3%, enquanto a indústria de transformação diminuiu 1,7%.  Dentro dos 24 setores da indústria de transformação, 7 apresentaram crescimento, enquanto 10 recuaram e 7 não tiveram dados disponíveis.  No mesmo período, dentre os 17 estados pesquisados, os maiores resultados positivos para a produção industrial foram observados no Espírito Santo (+6,1%), no Pará (+5,0%), no Paraná (+4,2%) e no Rio de Janeiro (+4,0%). Já os maiores resultados negativos ocorreram no Rio Grande do Norte (-16,3%), em Pernambuco (-7,3%), em Mato Grosso (-6,2%) e no Maranhão (-6,1%).  Expediente CECON Coordenação: Allexandro Emmanuel Mori Coelho, Professor Doutor Equipe Econômica: professores doutores Jobson Monteiro de Souza e Rafael Barišauskas Termo de isenção de responsabilidade: este relatório foi preparado pela equipe integrante do Centro de Estudos em Conjuntura Econômica (CECON) da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), utilizando os melhores esforços dos responsáveis. As informações

IBGE aponta aumento no número de línguas e etnias indígenas no país

O IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgou nesta sexta-feira (24) novos dados levantados pelo Censo Demográfico 2022. E eles revelam que, em uma década, houve aumento do número de línguas indígenas e também de etnias no Brasil. O número de línguas indígenas faladas saltou no ano da pesquisa para 295, contra 274 no censo de 2010. Já as etnias identificadas passaram de 305 para 391 no período entre os dois levantamentos. Em números absolutos, em 2022, 433.980 indígenas se comunicavam entre si em línguas indígenas, enquanto em 2010 eram 293.853. Os dados do IBGE mostram que as etnias Ticuna, Guarani-Kaiowá e Guajajara detêm o maior número de falantes, concentrados no Amazonas, São Paulo e no Distrito Federal. Na avaliação do analista da pesquisa, Fernando Souza Damasco, esse movimento pode demonstrar autoafirmação e também uma recuperação linguística: “Então a gente tem, nos últimos anos, movimentos bem significativos de muitos grupos que têm buscado recuperar a sua língua originária. Passaram décadas sem serem faladas, sem serem utilizadas. Muitas vezes, a gente tem algumas línguas que os últimos falantes foram documentados na década de 60, de 70, e muitos grupos hoje estão recuperando os registros para que essa língua volte e ressurja como uma língua característica de um povo”, explica. Sobre as etnias, o estudo aponta que as mais populosas são Ticuna, Kokama e Macuxi. Os Ticuna aparecem como a maior etnia sem acesso à água encanada, esgotamento sanitário e serviço de coleta de lixo. Do total das etnias, o Censo apontou que 60% estão em áreas urbanas. São Paulo com o maior número, seguido do Amazonas e da Bahia. Cultura

Preços dos alimentos caem pelo 4º mês consecutivo, diz IBGE

O preço dos alimentos caiu pelo quarto mês seguido no Brasil. Em setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou negativo em -0,26% no grupo alimentação e bebidas. O IPCA é o índice que mede a inflação oficial do país. Nos últimos quatro meses, alimentos e bebidas apresentaram deflação, situação em que os preços ficam mais baratos (inflação negativa). O recuo acumulado ficou em -1,17%. Os alimentos que apresentaram queda mais acentuada de preços foram tomate (-11,52%), cebola (-10,16%), alho (-8,70%), batata (-8,55%) e arroz (-2,14%). No caso da alimentação no domicílio, a deflação ficou em -0,41% em setembro, contra queda de -0,83% anotada em agosto. Desaceleração A alimentação fora do domicílio apresentou desaceleração entre agosto (0,50%) e setembro (0,11%). De acordo com o IBGE, o subitem lanche recuou de 0,83% para 0,53%. A queda, em alguns casos, e a desaceleração dos preços, em outros, influenciaram o resultado geral do mês de setembro, quando a inflação oficial do país (IPCA) ficou em 0,48%. No acumulado de 12 meses, o índice acumula 5,17%. Em agosto, o IPCA do país foi negativo, em -0,11%, caracterizando-o também como de deflação. Economia Gov BR

Desemprego recua para 5,6%, a menor taxa desde 2012, mostra IBGE

A taxa de desemprego no trimestre encerrado em julho ficou em 5,6%, a menor desde a série histórica, iniciada em 2012. No trimestre móvel anterior, a taxa era de 5,8%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O país tinha no fim de julho 6,118 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente desde o último trimestre de 2013 (6,1 milhões). Já o número de ocupados atingiu o recorde de 102,4 milhões. O trimestre foi marcado também pelo recorde no número de trabalhadores com carteira assinada, 39,1 milhões. A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. Só é considerada desocupada a pessoa que efetivamente procura uma vaga. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal. A data original de publicação da Pnad do trimestre encerrado em julho era 29 de agosto, mas o IBGE precisou atrasar a divulgação em 18 dias por problemas técnicos. Economia Gov BR

Setor de serviços cresce 0,3% em julho, mostra IBGE

O setor de serviços, que reúne atividades como transporte, turismo, restaurantes, salão de beleza e tecnologia da informação, cresceu 0,3% na passagem de junho para julho. O resultado representa a sexta alta seguida e renova o patamar mais alto já alcançado, em junho de 2025. Nos seis meses seguidos de alta, o segmento subiu 2,4%. Esse período de fevereiro a julho é a maior sequência de alta desde o período de oito meses compreendido entre fevereiro e setembro de 2022. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra que, em relação a julho de 2024, o setor avançou 2,8%. No acumulado de 12 meses, o crescimento é de 2,9%. Setores O IBGE revelou que três das cinco atividades que compõem o setor apresentaram alta na passagem de junho para julho: informação e comunicação: 1% profissionais, administrativos e complementares: 0,4% serviços prestados às famílias: 0,3% transportes: -0,6% outros serviços: -0,2% O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, destaca o comportamento de duas atividades dentro do segmento de informação comunicação. Telecomunicações cresceu 0,7%, e tecnologia da informação; 1,2%. A pesquisa do IBGE identificou que a expansão dos serviços foi acompanhada por 12 das 27 unidades da federação, com os maiores impactos positivos vindo de São Paulo (1,7%), Paraná (1,7%), Mato Grosso do Sul (5,7%), Santa Catarina (0,9%) e Rondônia (10,9%). Conjunto da economia O setor de serviços é o que mais emprega no país. A Pesquisa Mensal de Serviços é a terceira de três levantamentos conjunturais divulgados mês a mês pelo IBGE. Nos últimos dias, o instituto revelou que a produção da indústria brasileira caiu 0,2% em julho; e o comércio recuou 0,3% no mesmo intervalo de comparação. Nos desempenhos acumulados em 12 meses, a indústria cresceu 1,9%. O comércio apresentou expansão de 2,5%. Economia Gov BR

Valor da produção agrícola brasileira recua 3,9% em 2024, mostra IBGE

Em um ano marcado por condições climáticas desfavoráveis e queda nos preços internacionais, o valor da produção agrícola no país ficou em R$ 783,2 bilhões. Esse resultado representa recuo de 3,9% em 2024, na comparação com o ano anterior, e foi divulgado nesta quinta-feira (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa Produção Agrícola Municipal. O ano de 2024 foi o segundo seguido de queda no valor da produção do campo. Em 2023, a retração foi de 2,3% ante 2022. O valor de produção menor é explicado tanto pelas condições climáticas desfavoráveis à agricultura quanto pelos menores preços no mercado internacional, uma vez que grande parte da colheita brasileira é destinada à exportação. Os produtos que mais contribuíram para a queda no valor de produção agrícola nacional foram a soja e o milho, que apresentaram queda de 5% e 12,9% na produção, respectivamente, além de terem sofrido com a retração dos preços no mercado internacional. Apesar do recuo na soja, o país segue como maior produtor e maior exportador global da oleaginosa. A produção em 2024 ficou em 144,5 milhões de toneladas, com valor de R$ 260 bilhões.   Colheita de milho em colheitadeira – Wenderson Araujo/Trilux Produção recua A pesquisa Produção Agrícola Municipal traz informações como área plantada, colhida, produção e valor de venda de 64 produtos agrícolas, com detalhamento por municípios, estados e regiões.  A produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2024 foi de 292,5 milhões de toneladas, volume 7,5% menor que em 2023. Já a área plantada no país somou 97,3 milhões de hectares, com expansão de 1,2% ante o ano anterior. Para se ter noção, essa área de plantio supera a dimensão do estado de Mato Grosso, que tem 90,3 milhões de hectares. O IBGE lembra que 2024 foi comprometido pelo El Niño ─ aquecimento anormal das águas da porção leste da região equatorial do Oceano Pacífico. “O ano foi marcado mais uma vez pela influência climática do fenômeno El Niño que, ao contrário dos anos anteriores, provocou estiagem prolongada mais severa no Centro-Norte do país, no Sudeste e parte do Paraná, com efeitos negativos na produtividade das culturas de verão”, descreve o instituto. No Rio Grande do Sul, aponta o IBGE, o problema foram chuvas e alagamentos.       Economia Gov BR

PIB cresce 0,4% no segundo trimestre, mostra IBGE

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre do ano. Com esse resultado, o PIB atingiu o maior patamar da série histórica, iniciada em 1996.  Em relação ao segundo trimestre de 2024, a atividade econômica brasileira teve alta de 2,2%. No semestre e no acumulado em quatro trimestres, o PIB cresceu 2,5% e 3,2%, respectivamente. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) foi divulgado na manhã desta terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o instituto, o PIB brasileiro chega a R$ R$ 3,2 trilhões. A variação positiva no trimestre ante trimestre é a 16ª seguida, ou seja, desde o segundo trimestre de 2021 (-0,6%). Setores O PIB pode ser calculado pela ótica da produção (análise do desempenho das atividades econômicas) ou do consumo (gastos e investimentos). Pela ótica da oferta, as expansões dos serviços (0,6%) e da indústria (0,5%) compensaram o recuo da agropecuária (-0,1%). Pelo lado da oferta, o consumo das famílias cresceu 0,5%, enquanto o consumo do governo caiu 0,6%, e investimentos tiveram perda de 2,2%. Os serviços e consumo das famílias atingiram patamares recordes. Em relação ao segundo semestre de 2024, a alta de 2,2% foi puxada pela agropecuária, que deu um salto de 10,1%, impulsionado pelo ganho de produtividade de alguns produtos da lavoura. Freio dos juros O resultado de 0,4% no trimestre é uma desaceleração, uma vez que no primeiro trimestre, houve alta de 1,3%. A coordenadora da Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a perda de ritmo de crescimento era esperada por causa da política monetária restritiva, ou seja, juros altos. “As atividades indústrias de transformação e construção, que dependem de crédito, são mais afetadas nesse cenário”, avalia ela, acrescentando que os efeitos negativos na construção e na produção de bens de capital [máquinas e equipamentos] ajudam a explicar a queda nos investimentos.” A pesquisadora explica que o setor de serviços é menos impactado por essa política restritiva. “Foi uma alta disseminada pelo setor e puxada pelas atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; informação e comunicação, impulsionado pelo desenvolvimento de software, e transporte, armazenagem e correio, puxado por transporte de passageiros”, descreve. A escalada dos juros começou em setembro do ano passado, quando a taxa básica (Selic) saiu de 10,5% ao ano e, gradativamente, chegou aos atuais 15%, maior nível desde julho de 2006 (15,25%). A taxa Selic é decidida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e consiste na principal forma de a instituição fazer a inflação convergir para a meta estipulada pelo governo ─ de 3% ao ano com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Desde setembro de 2024, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está acima do teto da meta (4,5%). Uma face do juro alto é o efeito contracionista, que combate a inflação. A elevação da taxa faz com que empréstimos fiquem mais caros – seja para pessoa física ou empresas ─ e desestimula investimentos, uma vez que pode valer mais a pena manter o dinheiro investido, rendendo juros altos, do que arriscar em atividades produtivas. Esse conjunto de efeitos freia a economia. Daí vem o reflexo negativo: menos atividade tende a ser sinônimo de menos emprego e renda. De acordo com o Banco Central, o efeito da Selic na inflação leva de seis a nove meses para se tornar significativo. Expectativa para 2025 Na segunda-feira (1º) o Banco Central divulgou o Boletim Focus, que traz expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Em relação ao PIB fechado de 2025, o mercado estima crescimento de 2,19%.  A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda calcula expansão de 2,5% em 2025, de acordo com a edição de julho do bimestral Boletim Macrofiscal.  Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%, quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando a economia cresceu 4,8%. O que é o PIB O Produto Interno Bruto (PIB) é o conjunto de todos os bens e serviços produzidos em uma localidade em determinado período. Com o dado, é possível traçar o comportamento da economia do país, estado ou cidade, assim como fazer comparações internacionais.  O PIB é calculado com o auxílio de diversas pesquisas setoriais, como comércio, serviços e indústria.  Durante o cálculo, há cuidados para não haver dupla contagem. Um exemplo: se um país produz R$ 100 de trigo, R$ 200 de farinha de trigo e R$ 300 de pão, seu PIB será de R$ 300, pois os valores da farinha e do trigo já estão embutidos no valor do pão.  Os bens e serviços finais que compõem o PIB são medidos no preço em que chegam ao consumidor. Dessa forma, levam em consideração também os impostos cobrados. O PIB ajuda a compreender a realidade de um país, mas não expressa fatores como distribuição de renda e condição de vida. É possível, por exemplo, um país ter PIB alto e padrão de vida relativamente baixo, assim como pode haver nação com PIB baixo e altíssima qualidade de vida.  Economia Gov BR

Economia brasileira cresce 0,4% no segundo trimestre, mostra IBGE

A economia brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre do ano. Com esse resultado, o PIB atingiu o maior patamar da série histórica, iniciada em 1996.  Em relação ao segundo trimestre de 2024, a atividade econômica brasileira teve alta de 2,2%. No semestre e no acumulado em quatro trimestres, o PIB cresceu 2,5% e 3,2%, respectivamente. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) foi divulgado na manhã desta terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o instituto, o PIB brasileiro chega a R$ R$ 3,2 trilhões. Expectativa para 2025 Na segunda-feira (1º) o Banco Central divulgou o Boletim Focus, que traz expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Em relação ao PIB fechado de 2025, o mercado estima crescimento de 2,19%.  A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda calcula expansão de 2,5% em 2025, de acordo com a edição de julho do bimestral Boletim Macrofiscal.  Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%, quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando a economia cresceu 4,8%. O que é o PIB O Produto Interno Bruto (PIB) é o conjunto de todos os bens e serviços produzidos em uma localidade em determinado período. Com o dado, é possível traçar o comportamento da economia do país, estado ou cidade, assim como fazer comparações internacionais.  O PIB é calculado com o auxílio de diversas pesquisas setoriais, como comércio, serviços e indústria.  Durante o cálculo, há cuidados para não haver dupla contagem. Um exemplo: se um país produz R$ 100 de trigo, R$ 200 de farinha de trigo e R$ 300 de pão, seu PIB será de R$ 300, pois os valores da farinha e do trigo já estão embutidos no valor do pão.  Os bens e serviços finais que compõem o PIB são medidos no preço em que chegam ao consumidor. Dessa forma, levam em consideração também os impostos cobrados. O PIB ajuda a compreender a realidade de um país, mas não expressa fatores como distribuição de renda e condição de vida. É possível, por exemplo, um país ter PIB alto e padrão de vida relativamente baixo, assim como pode haver nação com PIB baixo e altíssima qualidade de vida.  Economia Gov BR

Prévia da inflação oficial de agosto recua 0,14%, diz IBGE

Desconto na conta de luz, queda no preço dos alimentos e gasolina mais barata são fatores que fizeram a prévia da inflação de agosto ficar negativa em 0,14%. Na média, o custo de vida das famílias ficou mais em conta. A constatação está no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial no país, divulgado nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  Em julho, o IPCA-15 tinha marcado 0,33%. O resultado de agosto é o menor desde setembro de 2022 (-0,37%) e a primeira deflação (inflação negativa) desde julho de 2023 (-0,07%). Em agosto de 2024, o índice fora de 0,19%. Com o resultado conhecido nesta terça-feira, o IPCA-15 acumulado em 12 meses fica em 4,95%. Em julho, era 5,30%. O governo trabalha com meta de manter a inflação oficial em 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para mais ou para menos, isto é, o máximo tolerado em 4,5%. Bônus de Itaipu Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, quatro apresentam deflação na prévia de agosto. Destaque para a habitação, que viu os preços recuarem 1,13%, representando impacto de -0,17%, o maior impacto negativo dentre os nove grupos. O que mais puxou essa queda na inflação da habitação foi a conta de luz, que baixou 4,93%. De todos os 377 produtos e serviços apurados pelo IBGE, foi o preço da energia elétrica residencial que mais pressionou o IPCA-15 para baixo, com impacto de 0,20 p.p. A explicação está no chamado Bônus de Itaipu, desconto na conta que beneficiou 80,8 milhões de consumidores. Conforme adiantou a Agênca Brasil, a bonificação compensou a bandeira tarifária vermelha 2, que adiciona R$ 7,87 na conta e luz a cada 100 Kwh consumidos. Alimentos O segundo grupo que mais ajudou a segurar a inflação foi o de alimentos e bebidas, que recuou 0,53% (impacto de -0,12 p.p.). É o terceiro mês seguido de deflação no preço da comida, depois de nove meses seguidos de alta. A alimentação no domicílio caiu 1,02% em agosto, com destaque para as quedas da manga (-20,99%), batata-inglesa (-18,77%), cebola (-13,83%), tomate (-7,71%), arroz (-3,12%) e carnes (-0,94%). Gasolina O grupo dos transportes apresentou deflação de -0,47% na prévia de agosto, o que representa impacto de -0,10 p.p. no IPCA-15. O resultado foi impulsionado pelas quedas nas passagens aéreas (-2,59%), automóvel novo (-1,32%) e na gasolina (-1,14%). A gasolina é o subitem da cesta de consumo do brasileiro com maior peso, e a queda em agosto representou impacto de -0,06 p.p. O conjunto de combustíveis recuou -1,18% em média, com deflação dos preços do óleo diesel (-0,20%), gás veicular (-0,25%) e etanol (-1,98%). Demais grupos O grupo comunicação caiu 0,17% no mês, com impacto de -0,01 p.p. no IPCA-15. Os demais cinco grupos tiveram variações e impactos positivo ou nulo: Despesas pessoais (1,09% e 0,11 p.p.) Educação (0,78% e 0,05 p.p.) Saúde e cuidados pessoais (0,64% e 0,09 p.p.) Vestuário (0,17% e 0,01 p.p.) Artigos de residência (0,03% e 0,00, p.p.) Prévia e inflação oficial O IPCA-15 tem basicamente a mesma metodologia do IPCA, a chamada inflação oficial, que serve de base para a política de meta de inflação do governo.  A diferença está no período de coleta de preços e na abrangência geográfica. Na prévia, a pesquisa e feita e divulgada antes mesmo de acabar o mês de referência. Em relação à divulgação atual, o período de coleta foi de 16 de julho a 14 de agosto. Ambos os índices levam em consideração uma cesta de produtos e serviços para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. Atualmente o valor do mínimo é R$ 1.518. O IPCA-15 coleta preços em 11 localidades do país (as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.); e o IPCA, 16 localidades (inclui Vitória, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju). O IPCA cheio de agosto será divulgado em 10 de setembro. Economia Gov BR

Comissão da Câmara debate dados sobre autismo no Censo 2022

O autismo é um transtorno global do desenvolvimento A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados discute, nesta terça-feira (12), o índice de autismo no país conforme dados do Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O debate será realizado às 13 horas, no plenário 13, e será interativo. A audiência foi sugerida pelo deputado Duarte Jr (PSB-MA). O objetivo é compreender como os órgãos públicos estão estruturando suas ações a partir dos dados atualizados sobre a população com autismo, além de identificar os gargalos nas políticas públicas já implementadas. Necessidades reaisDuarte Jr. afirma que a participação de entidades da sociedade civil é fundamental para debate refletir as necessidades reais da comunidade autista e de seus familiares. “O crescimento dos diagnósticos e o reconhecimento oficial dessa expressiva população impõem ao Estado brasileiro o dever de repensar e articular suas políticas nas áreas da educação, saúde, assistência social, justiça e garantia de direitos, com base em dados atualizados e participação social”, afirma. Fonte: Agência Câmara de Notícias