Desfile de 7 de Setembro expõe o vazio do governo Lula e o desânimo da população

O desfile cívico-militar de 7 de setembro deste ano, que deveria ser uma grande celebração da Independência do Brasil, mais uma vez evidenciou o cenário de estagnação política e o esvaziamento do apoio popular ao governo Lula. Em Brasília, a presença irrelevante de público nas arquibancadas mostrou o afastamento da população, cansada de um governo que pouco entrega e muito empobrece o país. Apesar da tradicional pompa oficial, com a presença de ministros e das Forças Armadas, as arquibancadas estavam praticamente vazias. Imagens aéreas mostram um público reduzido e frio, especialmente para um feriado tão simbólico. Mesmo com a convocação de assessores e militantes para preencher o evento, não foi possível mascarar o fracasso do governo em mobilizar efetivamente a sociedade. O presidente Lula, ao invés de realizar um discurso firme e vibrante pela soberania nacional, limitou-se a acenar timidamente para um público distante e desinteressado, reforçando a sensação de desconexão com a população. Essa desconexão reflete também nas ruas, onde as mesmas manifestações oficiais não conseguem mais atrair apoio expressivo popular. A falta de entusiasmo popular expressa no desfile é um sintoma claro da crise política e econômica que o Brasil atravessa. Enquanto líderes da oposição e movimentos de direita ocupavam as ruas em diversas capitais, ecoando críticas veementes ao Supremo Tribunal Federal e pedindo anistia para presos políticos, o governo atual segue isolado em sua própria bolha. Este 7 de setembro reafirma a necessidade urgente de mudança e renovação política no país. O descaso da gestão Lula, marcado pelo discurso vazio e pelos resultados pífios, isolou ainda mais o governo diante do povo brasileiro.
União Brasil e PP anunciam afastamento do governo Lula

Os partidos União Brasil e Progressistas, que juntos formam a federação União Progressista, com mais de 100 parlamentares no Congresso Nacional, anunciaram nesta terça-feira (2) que “detentores de mandato” filiados às legendas devem renunciar a qualquer cargo ocupado no governo federal. A medida formaliza o desembarque dos partidos da base de apoio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta federação em seus estados, haverá o afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no estatuto”, diz o comunicado. A nota foi lida pelo presidente do União Brasil, Antônio Rueda, ao lado do presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), em um pronunciamento na Câmara dos Deputados. Mais cedo, os dois líderes partidários já haviam acertado os detalhes deste rompimento em reunião com aliados. “Esta decisão representa um gesto de clareza e de coerência. É isso que o povo brasileiro e os eleitores exigem de seus representantes”, completa o comunicado. A medida deve impactar a permanência dos ministros do Turismo, Celso Sabino (União-PA), e do Esporte, André Fufuca (PP-MA). Ambos são deputados federais, ou seja, detentores de mandatos filiados aos partidos da federação. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Até o momento, não houve manifestação dos dois ministros mais diretamente impactados pelo comunicado da federação União Progressista. Além disso, o União Brasil, por meio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), tem indicações em outras duas pastas: Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico de Siqueira (Comunicações). O PP também ocupa o comando da Caixa Econômica Federal, com Carlos Vieira, indicado pelo ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL). Compromisso Em nota postada nas redes sociais, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, responsável pela articulação política do governo federal, diz respeitar a decisão da federação, mas cobrou compromisso de quem se mantiver nos cargos. “Respeitamos a decisão da direção da Federação da UP. Ninguém é obrigado a ficar no governo. Também não estamos pedindo para ninguém sair. Mas quem permanecer deve ter compromisso com o presidente Lula e com as pautas principais que este governo defende, como justiça tributária, a democracia e o estado de direito, nossa soberania. Precisam trabalhar conosco para aprovação das pautas do governo no Congresso Nacional. Isso vale para quem tem mandato e para quem não tem mandato, inclusive para aqueles que indicam pessoas para posições no governo, seja na administração direta, indireta ou regionais”, escreveu a ministra. Politica
Governo federal muda slogan para “Do lado do povo brasileiro”

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotará um novo slogan para apresentar as ações e fortalecer a comunicação. A partir da semana que vem, as peças publicitárias trarão a frase “Do lado do povo brasileiro” no lugar de “União e Reconstrução”, slogan adotado no início do governo. A nova marca foi apresentada na reunião ministerial comandada pelo presidente Lula na manhã desta terça-feira (26). Dentro do governo, há um entendimento de que a etapa de “união e reconstrução” do país já foi cumprida e o novo slogan sinaliza as ações para reta final do mandato, focadas em defender a soberania, buscar justiça social e “cuidar das pessoas”. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Politica
Lula expõe contradições e mostra descaso com a realidade ao falar de “pobre, preto e sem dente”

A fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feita em evento recente em Sorocaba, voltou a gerar polêmica ao abordar a imagem de um homem negro “sem dentes” usada em uma revista oficial do governo para representar o Brasil. O presidente afirmou que mandou “jogar a página fora” e classificou a foto como preconceituosa, alegando que o retrato reforçava uma visão estigmatizada dos pobres e negros no país. No discurso, Lula disse que esse tipo de imagem não ajudava a projetar uma boa imagem do Brasil no exterior e ressaltou que a saúde bucal, antes negligenciada, é hoje pauta das políticas públicas do seu governo, citando o programa Brasil Sorridente. No entanto, ao invés de uma crítica à realidade da pobreza estrutural que assola o país, a declaração soa como tentativa de controlar a narrativa, negando problemas sociais reais e complexos. A fala do presidente revela um certo tom paternalista e uma visão simplista da questão racial e social. Ao destacar que um homem negro sem dentes não poderia representar o país, Lula parece menos preocupado com o combate às desigualdades reais e mais com o combate a símbolos que o incomodam politicamente. Figura central da polarização política, o petista volta a ser acusado de usar discursos que, embora pretensamente progressistas, acabam reforçando estereótipos e ignorando a verdadeira diversidade e pluralidade do Brasil. Para setores críticos ao atual governo, a fala é mais um exemplo de como o mandatário insiste em um discurso de vitimização e controle das imagens sociais, ao invés de implementar soluções estruturais eficazes. A repercussão negativa foi recebida rapidamente nas redes sociais, onde críticos de diferentes espectros políticos ironizaram a declaração, enquanto os opositores apontam falta de sensibilidade e de respostas concretas para os desafios sociais do país. Com essa narrativa, Lula parece mais preocupado em preservar sua imagem e o governo do que em enfrentar com transparência os graves problemas sociais ainda existentes, que causam tanta desigualdade e sofrimento à população mais vulnerável do Brasil.
Governo propõe restrições de redes sociais para menores de 12 anos e implantar controle parental até 16 anos

O governo federal anunciou um projeto de lei que visa regulamentar o acesso de crianças e adolescentes às redes sociais no Brasil, com foco especial na proteção de menores de 16 anos. Conforme detalhado em uma minuta obtida pela imprensa, a proposta prevê a concessão do uso de redes sociais para menores de 12 anos e a exigência de controle parental para os usuários entre 12 e 16 anos. A iniciativa, que está sendo formulada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, tem como objetivo principal garantir a segurança dos jovens no ambiente digital, protegendo-os de conteúdos contratados e abusos, além de limitar o tempo de uso e o acesso às funcionalidades específicas das plataformas. As empresas de tecnologia têm a obrigação de verificar a idade real dos usuários para evitar fraudes no cadastro. Além disso, o projeto de lei proíbe a veiculação de anúncios direcionados a crianças e adolescentes, assim como a propaganda de produtos como armas, bebidas alcoólicas, cigarros, pornografia e jogos de apostas que podem impactar benefícios aos jovens. Também será vedada a criação de perfis baseados em dados de consumo para esse público. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu uma regulamentação como medida necessária para minimizar riscos e responsabilizar as plataformas digitais pelo conteúdo divulgado. Ele ressaltou que a proposta visa criar um mínimo de responsabilidade e procedimento para o funcionamento das redes digitais, principalmente para crianças e adolescentes, para evitar que estes sejam expostos a conteúdos específicos. O projeto tramita no Congresso e recebeu apoio para votação urgente, especialmente após casos recentes de exploração e adultização de menores nas redes sociais que chocaram a população e reacenderam o debate sobre o tema. A iniciativa está alinhada com o Estatuto da Criança e do Adolescente e busca equilibrar o poder familiar com a autonomia dos jovens. Se aprovado, a medida representará um passo importante para tornar o ambiente digital mais seguro para as gerações mais jovens, garantindo que o uso das tecnologias seja adequado à faixa etária e sob supervisão responsável. “Imagens meramente ilustrativas feitas por IA” indicam que as imagens usadas são criadas por inteligência artificial e têm o propósito exclusivo de ilustrar ou exemplificar o conteúdo, não correspondendo a fotografias reais ou autênticas do objeto ou situação descrita.
Alckmin: socorro a exportador não causará impacto fiscal

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou, neste sábado (16), em Brasília, que as medidas de apoio às empresas afetadas pelas taxas que os Estados Unidos impuseram aos produtos brasileiros não causarão impacto fiscal negativo, pois, a rigor, não configuram um novo gasto para a União. “O que estamos fazendo é antecipando algo que vai ser devolvido; recursos que não pertencem ao governo”, declarou Alckmin ao visitar uma concessionária de automóveis de Brasília para checar como estão as vendas de veículos contemplados pelo programa federal Carro Sustentável, que reduz alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de modelos que atendam requisitos de sustentabilidade. O programa foi lançado em 10 de julho deste ano. “Nem o Drawback, nem o Reintegra, deveriam ter qualquer questão fiscal, porque o dinheiro não é do governo, que está apenas devolvendo mais rápido para aqueles que foram atingidos pelo tarifaço [dos Estados Unidos] e tiveram suas exportações frustradas”, acrescentou o vice-presidente, referindo-se a dois dos mecanismos previstos na medida provisória (MP) que o governo federal encaminhou ao Congresso Nacional na última quarta-feira (13). Chamada de Plano Brasil Soberano, a MP reúne medidas de apoio estatal às empresas exportadoras e de proteção aos trabalhadores dos setores afetados, liberando cerca de R$ 30 bilhões para compensar eventuais prejuízos aos exportadores brasileiros. Recurso O chamado Drawback é um recurso que possibilita a suspensão da cobrança de tributos que incidem sobre insumos importados utilizados na produção de artigos nacionais exportados para os EUA. Com isso, o prazo para que as empresas consigam exportar as mercadorias que tiveram insumos beneficiados pelo regime será prorrogado. Já o Novo Reintegra prevê incentivos fiscais que permitirão às empresas brasileiras afetadas recuperar parte dos impostos indiretos incidentes sobre a cadeia produtiva dos produtos exportados, na forma de créditos tributários. Dessa forma, ajuda as empresas a reduzirem custos e melhorar a competitividade no mercado externo. “Vamos dar 3% de Reintegra. Ou seja, a empresa [afetada pela sobretaxa dos EUA] receberá 3% do valor do produto. Isso não deveria ter impacto fiscal, pois é resíduo tributário”, reiterou Alckmin ao destacar que, embora a Constituição Federal estabeleça que as exportações brasileiras não devem ser tributadas, os produtos acumulam tributos embutidos que devem ser restituídos aos fabricantes. “Quando eu exporto um automóvel [por exemplo], mesmo não pagando imposto de exportação, eu paguei imposto ao comprar os pneus, o aço, o vidro. Então, estes impostos precisam ser devolvidos ao exportador. Só que os governos demoram a devolvê-los e o exportador fica com um crédito tributário. O que estamos fazendo é antecipando [a devolução] de algo que vai ser devolvido”, explicou Alckmin. Princípio “O Drawback segue o mesmo princípio. Quando vou comprar um produto para exportar, eu não pago imposto, mas se eu não cumprir o regime [dentro do prazo legal], tenho não só que pagar o imposto como também uma multa […] O que estamos dizendo é que quem comprou um produto para exportar para os EUA terá mais um ano [de prazo] para exportar. Estamos adiando por um ano este Drawback para que o exportador possa buscar outro mercado ou [renegociar com seus clientes] nos Estados Unidos”, assegurou o vice-presidente. A seguir, Alckmin sinalizou que o governo federal tem pressa na aprovação, pelo Congresso Nacional, da medida provisória (MP) e do projeto de lei complementar apresentados pelo Poder Executivo. A MP já está em vigor, mas precisa ser referendada pelos parlamentares em, no máximo, até 120 dias. Além disso, algumas das medidas que constam da MP precisam ser regulamentadas por meio da aprovação de projeto de lei. O vice-presidente da República salientou, ainda, que “temos a expectativa de que isso seja feito rapidamente. Porque um é vinculado ao outro”, concluiu Alckmin ao defender que o Poder Legislativo “tem um papel importante a cumprir, que é o de dar uma resposta rápida” à proposta do governo federal. Repórter da Agência Brasil
Lula Anuncia Linha de Crédito de R$ 30 Bilhões para Empresas Afetadas pelo Tarifaço – Mas Quem Vai Pagar Essa Conta?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou recentemente uma medida provisória que libera uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para ajudar os exportadores brasileiros afetados pelo tarifaço unilateral de até 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais. A intenção do governo é mitigar os prejuízos, especialmente de pequenas e médias empresas que exportam alimentos perecíveis, frutas, mel, máquinas e outros itens, além de buscar ampliar mercados alternativos e preservar recursos. Embora a iniciativa pareça um socorro emergencial aos setores produtivos, a pergunta que fica é: quem vai pagar essa conta? Afinal, recursos dessa magnitude não saem do nada. O dinheiro anunciado pelo governo virá do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), um superávit financeiro acumulado em 2024, que será usado como funding para concessão dessa linha de crédito com taxas acessíveis. No entanto, essa gordura financeira é produto da sociedade, ou seja, dos contribuintes brasileiros, que acabarão arcando com essa despesa. Essa política de crédito é financiada com dinheiro público, extraída dos cofres do Estado, e significa que o custo final do “socorro” recairá sobre os brasileiros, seja via impostos, alienação pública ou redução de investimentos essenciais em outras áreas. Ou seja, Lula usa os recursos do próprio país para compensar prejuízos resultantes de uma guerra comercial imposta externamente, sem apresentar soluções estruturais para diminuir a dependência do mercado americano. Além disso, a medida amplia a intervenção estatal na economia, favorecendo a manutenção de que pode ser menos competitiva em razão de uma visão ideológica de proteção exacerbada, enquanto quem trabalha e produz no Brasil paga a conta por essa política. O governo estima que o plano será o “começo” e que poderá ser ampliado no futuro, o que indica que a farra com o dinheiro público pode continuar aumentando. Criticamente, esse tipo de ajuda não fomenta a inovação ou o fortalecimento real da competitividade no mercado global. Pelo contrário, mantém setores dependentes de crédito fácil e política de subsídios, com risco de aumentar o déficit público e a inflação, algo que pesa no bolso do cidadão comum. Portanto, ao anunciar esse pacote bilionário, Lula celebra ações de curto prazo para visibilidade política, enquanto a conta, mais cedo ou mais tarde, será paga pela população brasileira, que não deve se iludir com o discurso de proteção aos trabalhadores sem considerar o impacto fiscal e econômico dessas medidas.
Lula finaliza plano aos setores afetados por tarifaço de Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, devem discutir, nesta segunda-feira (11), os últimos detalhes do plano de contingência para socorrer os setores da economia afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros exportados para o país. Alckmin lidera as negociações com as autoridades estadunidenses e também o diálogo com o setor produtivo nacional. Os líderes tem reunião marcada para a tarde de hoje. O plano deve ser divulgado até esta terça-feira (12) e prevê medidas de concessão de crédito para as empresas mais impactadas e aumento das compras governamentais. A prioridade é atender os pequenos produtores que não tem alternativas à exportação aos Estados Unidos. Deverá ser instituído um parâmetro para avaliar os efeitos das tarifas sobre cada setor da economia, baseado no grau de exportações para o país. No último dia 6, entrou em vigor a tarifa de 50% imposta sobre parte das exportações brasileiras para país norte-americano. A medida, assinada no dia 30 de julho pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afeta 35,9% das mercadorias enviadas ao mercado norte-americano, o que representa 4% das exportações brasileiras. Além do socorro aos exportadores, o governo trabalha para ampliar os setores fora do tarifaço de Trump. Cerca de 700 produtos do Brasil não foram afetados e continuam a pagar 10% de tarifa. Entre eles estão suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, incluindo seus motores, peças e componentes.
O governo já devolveu mais de R$ 1 bilhão para as vítimas de descontos ilegais pelo INSS

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou que o governo federal já devolveu mais de R$ 1 bilhão a aposentados e pensionistas que foram vítimas de descontos indevidos realizados por entidades associativas sem autorização entre março de 2020 e março de 2025. O reembolso beneficia cerca de 1,6 milhão de pessoas que contestaram os descontos e negociaram ao acordo firmado com o governo. Os descontos ilegais, identificados após denúncias e contestações, proporcionaram benefícios previdenciários e causaram prejuízos financeiros aos segurados. O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, destacou que o ressarcimento está sendo realizado em parcela única, com correção monetária pelo IPCA, um índice que reflete a inflação oficial e protege os beneficiários contra perdas inflacionárias. Para que o benefício fosse devolvido, os aposentados e pensionistas precisaram aderir ao acordo de ressarcimento, que não requer ação judicial e é simples de acessar via aplicativo Meu INSS ou presencialmente em agências dos Correios. O prazo para adesões vai até pelo menos 14 de novembro de 2025, garantindo que a maioria das pessoas que tiveram descontos irregulares possam ser ressarcidas. O INSS esclarece que essas medidas fazem parte de um trabalho de combate às fraudes, reforçado pela atuação da Advocacia-Geral da União (AGU), que obteve bloqueios de R$ 2,8 bilhões em patrimônio de fraudadores para garantir o pagamento dos valores descontados. O governo também declarou que continuará a investigar e cobrar os responsáveis pelos golpes, garantindo que o Tesouro não arcará com prejuízos futuros. Estima-se que quase 3,3 milhões de beneficiários notificaram o INSS sobre descontos ilegítimos, e o valor total a ser ressarcido pode alcançar até R$ 1,8 bilhão, podendo chegar a R$ 2,1 bilhões com a correção monetária. A previsão inicial era começar os pagamentos em julho de 2025 em duas etapas, de forma escalonada para facilitar a logística. Essa operação é considerada uma medida inédita para reparar a confiança dos beneficiários no sistema previdenciário e aprimorar a transparência e a eficiência no atendimento do INSS.
Redução de impostos aos chineses é um desastre irreversível e desemprego em massa

As quatro maiores montadoras do Brasil — Volkswagen, General Motors (GM), Toyota e Stellantis — enviaram uma carta conjunta ao presidente Lula manifestando forte preocupação com o pedido feito por fábricas chinesas, especialmente a BYD, para reduzir impostos a 5% e 10% sobre automóveis montados no regime CKD e SKD. Os presidentes das empresas assinam a carta alertando que essa medida ameaça diretamente a indústria automobilística nacional, representando risco de perda de até 50 mil empregos em toda a cadeia produtiva, especialmente para fabricantes de autopeças, e comprometendo investimentos que chegam a R$ 180 bilhões (GM, VW, Stellantis, Toyota, carta enviada a Lula, citada pelo portal R7, G1, Terra). Na carta, assinada por Santiago Chamorro (GM), Emanuelle Cappellano (Stellantis), Ciro Possobom (Volkswagen) e Evandro Maggio (Toyota), as montadoras argumentam que permitir a entrada de carros desmontados chineses com redução de impostos não representa uma etapa de transição para o novo modelo industrial, mas um padrão operacional que tenderá a prevalecer, reduzindo o conteúdo local, destruindo empregos e agravando a dependência tecnológica do Brasil. O texto traz um tom ameaçador, alertando para possíveis cortes abruptos de investimentos e demissões em massa caso a proposta seja aprovada. O vice-presidente da BYD, Alexandre Baldy, rebateu a crítica afirmando que o pedido de redução dos impostos tem caráter temporário e é essencial para viabilizar a produção local, com o período de alíquota reduzida válido até 30 de junho de 2028, conforme acordo com o governo da Bahia. A empresa asiática classificou a reação das montadoras tradicionais como típica resistência de “dinossauros contra o meteoro”, acusando-os de tentar manter a posição dominante no mercado sem aceitar a concorrência e a inovação trazidas pelos elétricos chineses. O governo federal está em posição delicada: facilitando a entrada desses kits desmontados, pode favorecer a modernização e redução de preços, mas também prejudicar a indústria nacional tradicional, como apontam as montadoras. A decisão final aguarda análise do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex), que pode definir a redução das tarifas de importação para os regimes CKD e SKD.