Alckmin desembarca no México e tem reunião com setor privado

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, iniciou, nesta quarta-feira (27), a agenda de dois dias de trabalho no México em busca de fortalecer as relações políticas e ampliar os laços comerciais e de investimentos entre os dois países. A comitiva desembarcou na Cidade no México na noite de ontem (26) e hoje já se reuniu com representantes de entidades do setor privado. A agenda tem como ponto alto uma audiência com a presidenta do México, Claudia Sheinbaum, no Palácio Nacional, nesta quinta-feira (28). “A tarefa é a gente aproximar ainda mais essas duas maiores democracias da América Latina e maiores economias da América Latina. Investimentos recíprocos, complementaridade econômica, comércio exterior, turismo, visto eletrônico, aproximar aí duas grandes nações para a gente ter mais comércio, mais investimento, mais emprego, mais oportunidades.”, disse Alckmin durante café da manhã com os empresários. Na agenda da missão, o governo espera destravar oportunidades em áreas como indústria, agronegócio, saúde e tecnologia. O vice-presidente defendeu a atualização do Acordo de Complementação Econômica nº 53 (ACE 53), assinado com o México em 2002 e que trata da eliminação ou redução de tarifas de importação para um universo de aproximadamente 800 posições tarifárias. “Ele pode ser muito mais amplo ainda, incluindo novos produtos e serviços, para exportação e importação. O comércio exterior é mão dupla.” Em 2024, a corrente de comércio entre Brasil e México somou US$ 13,6 bilhões. As exportações brasileiras totalizaram US$ 7,8 bilhões, com destaques para vendas de automóveis de passageiros, carnes de aves e suas miudezas e veículos para transporte de mercadorias. Já as importações de produtos mexicanos totalizaram US$ 5,8 bilhões, com destaques para partes e acessórios de veículos e também automóveis de passageiros e para mercadorias. Canadá Em meio à nova política dos Estados Unidos de elevar as tarifas contra parceiros comerciais, a orientação do governo brasileiro é ampliar o relacionamento com outros países e diversificar a pauta comercial. Também já está na agenda uma missão da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) no Canadá, dias 10 e 11 de setembro. O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, disse que o escritório da agência nos Estados Unidos, que também cuida de Canadá e México, está atuando para intensificar a presença nesses países. “São dois países extraordinários, tem uma logística muito parecida com a dos Estados Unidos. Os Estados Unidos é importante, vamos seguir trabalhando para que mais produtos saiam dessa taxação, que de fato é inexplicável porque nós somos um grande parceiro comercial para eles também, mas trabalhar com o México e com o Canadá é a missão nossa.” De tudo que é exportado pelo Brasil aos Estados Unidos, 35,6% estão sob uma tarifa de 50%. No dia 2 de abril, Trump impôs barreiras alfandegárias a países de acordo com o tamanho do déficit que os Estados Unidos têm com cada nação. Como os EUA têm superávit com o Brasil, na ocasião, foi imposta a taxa mais baixa, de 10%. Porém, em 6 de agosto, Trump aplicou uma tarifa adicional de 40% contra o Brasil em retaliação a decisões que, segundo ele, prejudicariam as big techs estadunidenses e em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado após perder as eleições de 2022. O vice-presidente Geraldo Alckmin lembrou que o Brasil já negocia um acordo de livre comércio com o Canadá via Mercosul, o bloco comercial de países sul-americanos. As tratativas, entretanto, foram paralisadas em 2021. Nesta semana, Alckmin esteve com o ministro de Comércio Internacional do Canadá, Maninder Sidhu, e concordaram que há condições para a retomada das negociações Missões Jorge Viana informou que, desde 2023, a ApexBrasil já realizou 16 missões internacionais com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e quatro com o vice-presidente Alckmin, além de outras 10 com outros representantes do governo. Membro da comitiva brasileira no México, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, elogiou a decisão do presidente Lula em, desde o início do mandato, retomar a diplomacia comercial. No âmbito da pasta foram 409 novos mercados abertos para produtos brasileiros no período de 2 anos e 8 meses, o que, para ele “minimiza e muito” os impactos do aumento de tarifa dos Estados Unidos. “Neste momento de incertezas, de um novo modelo comercial que tenta ser imposto ao mundo pelos Estados Unidos, imagine se nós não tivéssemos feito tanto e parece que era uma predestinação de, como missão no começo do governo, o presidente pedindo para que a gente restabelecesse as boas relações comerciais, que percorresse o mundo em busca de novas oportunidades”, disse Fávaro. “E o maior resultado econômico de 409 mercados abertos é o México, com mais de US$ 800 milhões e 50% do resultado econômico”, contou aos empresários, destacando as oportunidades de novas parcerias. Ainda na agenda da comitiva, nesta quarta-feira, há reunião com o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado mexicano, Alejandro Murat Hinojosa e encontros com três ministros mexicanos: Agricultura e Desenvolvimento Rural, Julio Berdegué Sacristán; de Relações Exteriores, Juan Ramón de la Fuente; e de Economia, Marcelo Ebrard. O encerramento do primeiro dia da missão será no Encontro Empresarial Brasil-México. Abrindo o segundo dia de trabalhos, amanhã, Alckmin receberá as chaves da Cidade do México das mãos da prefeita Clara Brugada Molina, como reconhecimento da importância da visita. Também há o encontro com a presidente do país Claudia Sheinbaum e reunião com o secretário de Saúde, David Kershenobich. Por fim, a comitiva realizará uma série de reuniões com empresários mexicanos e encerrará a missão em evento da Associação Brasileira de Proteína Animal. Politica

Alckmin: socorro a exportador não causará impacto fiscal

Vice-presidente da República

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou, neste sábado (16), em Brasília, que as medidas de apoio às empresas afetadas pelas taxas que os Estados Unidos impuseram aos produtos brasileiros não causarão impacto fiscal negativo, pois, a rigor, não configuram um novo gasto para a União. “O que estamos fazendo é antecipando algo que vai ser devolvido; recursos que não pertencem ao governo”, declarou Alckmin ao visitar uma concessionária de automóveis de Brasília para checar como estão as vendas de veículos contemplados pelo programa federal Carro Sustentável, que reduz alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de modelos que atendam requisitos de sustentabilidade.  O programa foi lançado em 10 de julho deste ano. “Nem o Drawback, nem o Reintegra, deveriam ter qualquer questão fiscal, porque o dinheiro não é do governo, que está apenas devolvendo mais rápido para aqueles que foram atingidos pelo tarifaço [dos Estados Unidos] e tiveram suas exportações frustradas”, acrescentou o vice-presidente, referindo-se a dois dos mecanismos previstos na medida provisória (MP) que o governo federal encaminhou ao Congresso Nacional na última quarta-feira (13). Chamada de Plano Brasil Soberano, a MP reúne medidas de apoio estatal às empresas exportadoras e de proteção aos trabalhadores dos setores afetados, liberando cerca de R$ 30 bilhões para compensar eventuais prejuízos aos exportadores brasileiros. Recurso O chamado Drawback é um recurso que possibilita a suspensão da cobrança de tributos que incidem sobre insumos importados utilizados na produção de artigos nacionais exportados para os EUA. Com isso, o prazo para que as empresas consigam exportar as mercadorias que tiveram insumos beneficiados pelo regime será prorrogado. Já o Novo Reintegra prevê incentivos fiscais que permitirão às empresas brasileiras afetadas recuperar parte dos impostos indiretos incidentes sobre a cadeia produtiva dos produtos exportados, na forma de créditos tributários. Dessa forma, ajuda as empresas a reduzirem custos e melhorar a competitividade no mercado externo. “Vamos dar 3% de Reintegra. Ou seja, a empresa [afetada pela sobretaxa dos EUA] receberá 3% do valor do produto. Isso não deveria ter impacto fiscal, pois é resíduo tributário”, reiterou Alckmin ao destacar que, embora a Constituição Federal estabeleça que as exportações brasileiras não devem ser tributadas, os produtos acumulam tributos embutidos que devem ser restituídos aos fabricantes. “Quando eu exporto um automóvel [por exemplo], mesmo não pagando imposto de exportação, eu paguei imposto ao comprar os pneus, o aço, o vidro. Então, estes impostos precisam ser devolvidos ao exportador. Só que os governos demoram a devolvê-los e o exportador fica com um crédito tributário. O que estamos fazendo é antecipando [a devolução] de algo que vai ser devolvido”, explicou Alckmin. Princípio “O Drawback segue o mesmo princípio. Quando vou comprar um produto para exportar, eu não pago imposto, mas se eu não cumprir o regime [dentro do prazo legal], tenho não só que pagar o imposto como também uma multa […] O que estamos dizendo é que quem comprou um produto para exportar para os EUA terá mais um ano [de prazo] para exportar. Estamos adiando por um ano este Drawback para que o exportador possa buscar outro mercado ou [renegociar com seus clientes] nos Estados Unidos”, assegurou o vice-presidente. A seguir, Alckmin sinalizou que o governo federal tem pressa na aprovação, pelo Congresso Nacional, da medida provisória (MP) e do projeto de lei complementar apresentados pelo Poder Executivo. A MP já está em vigor, mas precisa ser referendada pelos parlamentares em, no máximo, até 120 dias. Além disso, algumas das medidas que constam da MP precisam ser regulamentadas por meio da aprovação de projeto de lei. O vice-presidente da República salientou, ainda, que “temos a expectativa de que isso seja feito rapidamente. Porque um é vinculado ao outro”, concluiu Alckmin ao defender que o Poder Legislativo “tem um papel importante a cumprir, que é o de dar uma resposta rápida” à proposta do governo federal. Repórter da Agência Brasil

Lula finaliza plano aos setores afetados por tarifaço de Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, devem discutir, nesta segunda-feira (11), os últimos detalhes do plano de contingência para socorrer os setores da economia afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros exportados para o país. Alckmin lidera as negociações com as autoridades estadunidenses e também o diálogo com o setor produtivo nacional. Os líderes tem reunião marcada para a tarde de hoje. O plano deve ser divulgado até esta terça-feira (12) e prevê medidas de concessão de crédito para as empresas mais impactadas e aumento das compras governamentais. A prioridade é atender os pequenos produtores que não tem alternativas à exportação aos Estados Unidos. Deverá ser instituído um parâmetro para avaliar os efeitos das tarifas sobre cada setor da economia, baseado no grau de exportações para o país. No último dia 6, entrou em vigor a tarifa de 50% imposta sobre parte das exportações brasileiras para país norte-americano. A medida, assinada no dia 30 de julho pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afeta 35,9% das mercadorias enviadas ao mercado norte-americano, o que representa 4% das exportações brasileiras. Além do socorro aos exportadores, o governo trabalha para ampliar os setores fora do tarifaço de Trump. Cerca de 700 produtos do Brasil não foram afetados e continuam a pagar 10% de tarifa. Entre eles estão suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, incluindo seus motores, peças e componentes.

Datafolha revela que 71% acreditam na candidatura de Lula à reeleição; Alckmin cresce como plano B

Uma pesquisa divulgada pelo instituto Datafolha no dia 2 de agosto de 2025 aponta que 71% dos eleitores brasileiros acreditam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será candidato à reeleição nas eleições de 2026. Mesmo com um governo enfrentando desgaste natural e desafios econômicos, Lula mantém sua posição de liderança nos cenários eleitorais para o próximo ano. No levantamento, que reuniu 2.004 pessoas em 130 municípios entre os dias 29 e 30 de julho, o presidente aparece com 39% das intenções de voto no primeiro turno, contra 33% do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nos cenários de segundo turno, Lula mantém a vantagem com percentuais variando entre 45% e 49%, dependendo do adversário, mostrando vantagem sobre figuras como Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e membros da família Bolsonaro. Apesar do favoritismo, uma pesquisa mostra que 54% dos entrevistados acham que Lula deveria desistir da disputa à reeleição. Nesse contexto, Geraldo Alckmin (PSB) ganha força como o principal plano B do governo, aumentando a preferência de 18% para 26% como o nome que Lula deveria apoiar, enquanto Fernando Haddad (PT) viu sua taxa cair de 37% para 29%. A ascensão de Alckmin está associada ao seu papel destacado em negociações internacionais recentes, sobretudo diante das medidas tarifárias americanas impostas ao Brasil. Essa pesquisa reflete um cenário político ainda marcado por polarização, pressões econômicas e disputas internas na oposição, mas confirma que Lula segue como o candidato preferido e principal líder nas intenções de voto para 2026.

Geraldo Alckmin e suas contribuições para Pindamonhangaba

Vice-presidente da República

Geraldo Alckmin, natural de Pindamonhangaba, tem mantido uma relação próxima com sua cidade natal, mesmo após assumir cargos de destaque no cenário estadual e nacional, incluindo a vice-presidência da República. Ao longo dos anos, ele tem apoiado projetos importantes que visam o desenvolvimento urbano, industrial e logístico da região. Principais ações e projetos em Pindamonhangaba Geraldo Alckmin nasceu em Pindamonhangaba em 1952 e iniciou sua carreira política na cidade, sendo eleito vereador e depois prefeito ainda jovem. Desde então, sua trajetória inclui mandatos como deputado estadual e federal, governador de São Paulo e, atualmente, vice-presidente da República. Mesmo em cargos nacionais, mantém forte ligação com sua terra natal, buscando contribuir para seu desenvolvimento. O vice-presidente Geraldo Alckmin tem sido um importante parceiro para Pindamonhangaba, apoiando obras de infraestrutura, habitação, logística e desenvolvimento industrial. Seu compromisso com a cidade é uma extensão de sua trajetória política iniciada localmente, refletindo uma visão estratégica para o crescimento sustentável da região.

João do Pulo é reconhecido como Herói da Pátria em cerimônia com Alckmin

Nesta sexta-feira, 28 de março de 2025, o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, sancionou a lei que inscreve João Carlos de Oliveira, o “João do Pulo“, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O projeto de lei, de autoria do deputado Jonas Donizette, contou com efetiva participação da Prefeitura de Pindamonhangaba, que lutou pelo reconhecimento do atleta como um dos grandes nomes da história do Brasil. A cerimônia, realizada no escritório do BNDES em São Paulo, contou com a presença dos familiares de João do Pulo, do jornalista Milton Neves e de uma comitiva da Prefeitura de Pindamonhangaba, incluindo o vice-prefeito Rafael Goffi, secretário municipal de Direitos Humanos, João Carlos Salgado, e ex-prefeito Dr. Isael Domingues, além do irmão de João do Pulo, Celso de Oliveira e da filha do atleta, Thais de Oliveira. O reconhecimento foi celebrado como uma conquista para a cidade natal do atleta, que sempre buscou manter vivo o legado de um dos maiores esportistas brasileiros. “João do Pulo foi um gigante do atletismo e um exemplo de superação. Sua trajetória inspira gerações e seu nome merece estar eternizado entre os heróis do Brasil”, afirmou o presidente Alckmin.Nascido em Pindamonhangaba, João do Pulo brilhou no atletismo mundial, conquistando recordes e medalhas em Jogos Pan-Americanos e Olimpíadas. Além de seu talento esportivo, sua história de superação após um grave acidente que encerrou sua carreira prematuramente emocionou o país. A inclusão no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria reforça o impacto de sua trajetória para o esporte brasileiro e para a luta por reconhecimento dos atletas nacionais. O Livro, guardado no Panteão da Pátria, homenageia figuras que contribuíram significativamente para a história do Brasil.

Operação Contragolpe: General Revela Plano Golpista Aprovado por Jair Bolsonaro

O general da reserva Mário Fernandes, um dos detidos na Operação Contragolpe da Polícia Federal, revelou em um relatório de inteligência que o ex-presidente Jair Bolsonaro deu aval para um plano golpista que poderia ser executado até 31 de dezembro de 2022. A operação, deflagrada na terça-feira (19), visava prender cinco militares que estavam articulando ações para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin, ambos eleitos em outubro de 2022. Prefeitura e forças de segurança de Pindamonhangaba planejam ações contra aglomerações em bares e adegas Durante uma conversa gravada, Fernandes mencionou a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que o ex-presidente teria indicado que a “ação” poderia ser realizada até o último dia de seu mandato. Este desdobramento levanta sérias preocupações sobre tentativas de desestabilização do processo democrático no Brasil. As autoridades estão investigando as implicações desse plano e as possíveis conexões entre os militares envolvidos e as esferas de poder que apoiaram o governo anterior. A Operação Contragolpe é um marco na resposta do governo atual às ameaças à democracia e à ordem constitucional. A Polícia Federal continua a apurar os fatos e a coletar evidências para garantir que os responsáveis por quaisquer tentativas de golpe sejam responsabilizados. A situação destaca a importância da vigilância contínua em relação à integridade das instituições democráticas no Brasil.

Na COP 29, Alckmin projeta Brasil como protagonista da nova economia global

Alckmin

Como líder da delegação brasileira, o vice-presidente Geraldo Alckmin, discursou, nesta terça-feira (12/11), na tribuna do segmento de alto nível da 29ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 29, e afirmou que o Brasil chega à conferência com uma nova meta de redução de emissões ambiciosa, mas factível, e que demonstra que o Brasil está determinado a ser protagonista da nova economia global com energias renováveis. A nova meta climática do Brasil no Acordo de Paris levada pelo Brasil à COP 29, que ocorre em Baku, no Azerbaijão, amplia de 59% para 67% a meta de redução nas emissões de gases de efeito estufa até 2035, na comparação com os níveis de 2005. A desigualdade que impede o progresso da cidade “A meta é ambiciosa, certamente, mas também factível. Para isso, entretanto, precisamos juntos assegurar as condições e meios de implementação adequados. Nossa NDC [Contribuição Nacionalmente Determinada] é muito mais que simplesmente uma meta de reduções para 2035. Ela reflete a visão de um País que se volta para o futuro e que está determinado a ser protagonista da nova economia global com energias renováveis, combate à desigualdade e comprometimento com o desenvolvimento sustentável”, disse Alckmin. Ele ainda afirmou aos presentes que o Brasil tem a consciência de que só há um futuro se for sustentável. “A omissão do agora custará muito para o depois”. Segundo Alckmin, é preciso adotar medidas concretas, no ritmo necessário. O líder de delegação brasileira afirmou aos presentes que o Brasil é reconhecido como uma potencial ambiental e também líder na segurança alimentar. Detalhou que o país tem a maior floresta tropical do mundo, a matriz energética mais limpa entre as grandes economias e uma agricultura eficiente e verde. E citou que o Brasil está implementando o Plano Clima, que servirá como guia da política climática até 2035. Sobre a COP 29, Geraldo Alckmin disse que a conferência aspira a definir o novo objetivo de financiamento climático. “Esse objetivo deve ser ambicioso de modo a limitar o aumento da temperatura a 1,5º graus Celsius.”. E tem também o desafio de finalizar as negociações do mercado de carbono e orientar o caminho para a implementação dos compromissos históricos atingidos na COP 28, em particular sobre energia e florestas. Ao encerrar o discurso, ele lembrou que o Brasil irá sediar a próxima conferência, a COP30, e convidou todos a participarem. “O sucesso da COP 29 é parte fundamental para o sucesso da COP 30 que vamos sediar, em Belém, no Brasil, e também para a resposta global à mudança do clima”. Nova meta A nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) brasileira abrange todos os setores da economia e está alinhada ao objetivo do Acordo de Paris de limitar o aquecimento médio do planeta a 1,5ºC em relação ao período pré-industrial, conforme Balanço Global acordado na COP28, em Dubai, em 2023. Esse compromisso permitirá ao Brasil avançar rumo à neutralidade climática até 2050, objetivo de longo prazo do compromisso climático. Ainda representa etapa-chave para promoção de um novo modelo de desenvolvimento, por meio da implementação de iniciativas como Plano Clima, Plano de Transformação Ecológica, Pacto entre os Três Poderes pela Transformação Ecológica, entre outras. Também amplia a meta de corte de emissões apresentada na primeira NDC, consolidando uma trajetória de aumento de ambição, como determina o Acordo de Paris, de 2015. Em comparação com o objetivo já estabelecido para o ano de 2030, há incremento de 13% a 29% em ambição em termos de redução de emissões absolutas. Leia a íntegra do discurso do vice-presidente: “Senhoras e Senhores, O percurso e os esforços diplomáticos da Convenção do Clima, iniciados em 1992, no Rio de Janeiro, Brasil, nos trazem agora a Baku no Azerbaijão, para a COP29. Cada uma das etapas desse caminho representa avanços e hesitações do multilateralismo na tarefa de atingir metas ambientais comuns e na capacidade de estarmos à altura dos desafios. A Conferência de Baku aspira a definir o novo objetivo de financiamento climático. Esse objetivo deve ser ambicioso de modo a limitar o aumento da temperatura a 1,5º graus Celsius. Baku tem também o desafio de finalizar as negociações do mercado de carbono e orientar o caminho para a implementação dos compromissos históricos atingidos na COP 28, em particular sobre energia e florestas. O Brasil é reconhecido como uma potência ambiental, mas também líder na segurança alimentar. Temos a maior floresta tropical do mundo, temos a matriz energética mais limpa entre as grandes economias, uma agricultura eficiente e verde e, sobretudo, temos a consciência e o comprometimento de que só há um futuro se for sustentável. Estamos implementando o Plano Clima, que servirá como guia da política climática brasileira até 2035. Firmamos também o Pacto pela Transformação Ecológica entre os três Poderes do Estado brasileiro, para a implementação do qual é fundamental a adesão da sociedade civil. Precisamos de medidas concretas, no ritmo necessário. Terei a honra de apresentar, nessa COP29, a NDC do Brasil. Nossa meta reflete nossa mais alta ambição, a redução de emissões de até 67% até 2035, comparada ao ano de 2005. Ambiciosa, certamente, mas também factível. Para isso, entretanto, precisaremos, juntos, assegurar as condições e meios de implementação adequados. Nossa NDC é muito mais do que simplesmente uma meta de redução de emissões para 2035: reflete a visão de um país que se volta para o futuro e que está determinado a ser protagonista da nova economia global, com energias renováveis, combate à desigualdade e comprometimento com o desenvolvimento sustentável. O sucesso da COP29 é parte fundamental para o sucesso da COP30, que teremos o orgulho de sediar em Belém, no Brasil, mas também para a resposta global à mudança do clima. A omissão do agora custará muito para o depois.