Juros do cartão de crédito sobem a 449,9% ao ano

Os juros médios cobrados em maio pelas empresas de cartão de crédito rotativo estão mais altos no Brasil, enquanto os do cheque especial e do crédito consignado caíram. É o que informam as Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgadas nesta sexta-feira (27) pelo Banco Central (BC). De acordo com o BC, em maio, os juros médios dos cartões de crédito rotativo chegaram a 449,9% ao ano, o que representa alta de 5,7 pontos percentuais (p.p.), na comparação com o mês anterior (444,2%). A cobrança do rotativo é feita quando o valor total da fatura não é pago até a data de vencimento do cartão de crédito, levando o cliente a ter de parcelar o que é devido. Já os juros médios cobrados pelo cheque especial ficaram em 134,7% ao ano. Em abril, a taxa estava 2,7 p.p. abaixo da observada em maio (137,4%). Consignado Outra modalidade de crédito que tem sido muito usada pelos brasileiros é a do consignado. Segundo o BC, no mês de maio houve queda de 0,4 p.p. na modalidade, na comparação com o mês anterior, ficando em 26,5% (consignado total). No caso do consignado cobrado em maio na folha de servidores públicos (mais barato em função das garantias dadas pela estabilidade no emprego), os juros cobrados ficaram em 24,8% ao ano. Para o consignado dos trabalhadores do setor privado, o percentual sobe para 55,6% ao ano. Nos consignados adquiridos por beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o juro cobrado estava em 24,3%, também tendo como maio como mês de referência.
Pesquisa Quaest Revela Crescente Desaprovação ao Governo Lula: 57% dos Brasileiros Reprovam a Gestão

Uma recente pesquisa realizada pelo instituto Quaest aponta que 57% dos brasileiros desaprovam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto apenas 40% aprovam sua gestão. Os números refletem um cenário desafiador para a atual administração, que enfrenta críticas crescentes em diversos setores da sociedade. A pesquisa, divulgada em junho de 2025, destaca que a desaprovação ao governo Lula tem crescido em meio a preocupações com a economia, segurança pública e a condução das políticas sociais. Muitos brasileiros demonstram insatisfação com o ritmo das reformas prometidas e com a percepção de aumento da inflação e desemprego. Especialistas apontam que a polarização política no país permanece intensa, mas o índice de desaprovação sugere que uma parcela significativa da população busca alternativas e mudanças no rumo da gestão federal. A insatisfação também é alimentada por debates sobre a transparência e eficiência do governo, além de críticas à postura do presidente em temas sensíveis. Por outro lado, os 40% que aprovam o governo destacam avanços em áreas como programas sociais, investimentos em infraestrutura e a retomada de políticas de inclusão. Contudo, esse grupo ainda representa uma minoria relativa, o que indica desafios para o governo ampliar sua base de apoio. O cenário político brasileiro segue dinâmico e sujeito a mudanças, especialmente com as eleições municipais e estaduais se aproximando, o que pode influenciar o posicionamento dos eleitores e a estratégia dos partidos.
Fernando Haddad afirma que Brasil pode chegar a 2026 “comendo filé mignon”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou em entrevista à GloboNews no dia 7 de janeiro de 2025 que acredita que o Brasil estará em uma situação econômica confortável em 2026, “até comendo filé mignon”. A afirmação foi feita em resposta a uma pergunta sobre a promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o governo encerraria sua gestão com o brasileiro “comendo picanha”. Otimismo com a economia e desafios externos Haddad destacou que o país está bem posicionado para enfrentar um cenário internacional ainda incerto, especialmente diante das políticas protecionistas que podem ser adotadas pelo governo dos Estados Unidos sob Donald Trump. Segundo ele, o Brasil deve aproveitar suas vantagens competitivas para garantir um crescimento sustentável. Entre essas vantagens, o ministro citou a aprovação da lei de inteligência artificial, o crédito de carbono, os biocombustíveis — considerados o “combustível do futuro” — e a nova indústria brasileira, que são programas estruturados para impulsionar o desenvolvimento econômico. Medidas fiscais e controle de gastos O ministro ressaltou a importância de uma política fiscal adequada, que envolva o corte de benefícios concedidos a grupos econômicos privilegiados, sem prejudicar os trabalhadores de baixa renda. Haddad afirmou que o governo não pretende vender estatais de forma irresponsável nem permitir “jabutis” legislativos que favoreçam interesses empresariais. Ele também destacou que o Brasil deve fechar 2024 com déficit primário próximo a 0,1% do PIB, o que indicaria uma gestão fiscal responsável e alinhada às metas estabelecidas. Impacto na vida do brasileiro A metáfora do “filé mignon” simboliza a melhoria na qualidade de vida da população, com maior acesso a bens e serviços, incluindo alimentos de melhor qualidade. A promessa de Lula de que o brasileiro voltaria a comer picanha e ter um churrasco com cerveja é vista como um símbolo de recuperação econômica e social. Perspectivas para 2026 Haddad acredita que, se o Brasil souber aproveitar suas vantagens competitivas e implementar as medidas econômicas necessárias, poderá chegar a 2026 em uma situação mais estável e próspera, com crescimento econômico sustentável e redução das desigualdades.
Petrobras reduz preço da gasolina A para as distribuidoras

Os preços de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras terão uma redução de 5,6%, a partir desta terça-feira (3). Segundo a empresa, o preço médio deste tipo de venda passará a ser de R$ 2,85 por litro, o que representa um recuo de R$ 0,17 por litro. “Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para composição da gasolina C vendida nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,08 /litro, uma redução de R$ 0,12 a cada litro de gasolina C”, explicou a Petrobras em nota divulgada nesta segunda-feira (2), no Rio de Janeiro. Incluindo a redução de amanhã, desde dezembro de 2022 a Petrobras recuou os preços da gasolina para as distribuidoras em R$ 0,22 / litro, ou seja, uma queda de 7,3%. “Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 0,60 / litro ou 17,5%”, informou. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Transparência Para assegurar transparência no acompanhamento dos preços, a Petrobras publica no seu site informações relacionadas à formação e composição dos preços de combustíveis ao consumidor. Assim, eles têm também uma melhor compreensão do processo da companhia. Para buscar as informações basta acessar o link
Haddad diz que alternativa ao aumento do IOF pode ser antecipada

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que as conversas com os presidentes das duas Casas legislativas durante o fim de semana deixaram a equipe econômica “muito confortável” para chegar a uma solução estrutural visando o cumprimento das metas fiscais tanto de 2025 como dos anos seguintes. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (2) na chegada dele ao ministério, em meio a críticas vindas do mercado sobre a elevação de alíquotas do IOF para o crédito de empresas, para operações cambiais e para grandes investidores em previdência privada. “Quero deixar claro que as conversas [neste fim de semana com os presidentes da Câmara e do Senado] evoluíram e nos deixaram, nós, aqui da Fazenda e da área econômica, muito confortáveis”, disse Haddad. “Esse é o jogo que interessa ao país. Não simplesmente uma situação paliativa para resolver um problema de cumprimento da meta do ano, mas voltar para questões estruturais para dar conforto a qualquer governante. Tanto ao presidente Lula o ano que vem, como a quem for eleito o ano que vem, em uma perspectiva de mais longo prazo”, acrescentou. Acolhimento Segundo o ministro, tanto o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta; como do Senado, Davi Alcolumbre, passaram uma impressão “de acolhimento” ao que foi apresentado pela equipe econômica durante a reunião. Ele elogiou as agendas das duas casas tanto para resolver problemas estruturais, como para avançar em reformas mais amplas. Segundo o ministro, tanto Lula como os dois presidentes do Legislativo sabem da necessidade de se debruçar sobre essas questões e tomar uma decisão antes do embarque de Lula para a França. “Nós [da equipe econômica] já sabemos exatamente o que está na mesa. Vamos definir qual vai ser o recorte a ser feito nas medidas e apresentar para os três presidentes”, disse Haddad ao garantir que não abrirá mão de cumprir as metas estabelecidas em comum acordo entre Executivo e Legislativo. A expectativa do ministro é de que tudo seja resolvido muito rapidamente. “Ninguém está aqui querendo postergar. Aliás, eu disse [a Motta e Alcolumbre] que não preciso dos 10 dias de prazo, como foi dado na reunião da semana passada”. Soluções estruturais De acordo com Haddad, “sabemos o que precisa ser feito, mas precisa tomar a decisão política do que será feito. Mas diante do que eu ouvi, acredito que essa semana a gente possa resolver e melhorar tanto a regulação do IOF [Imposto sobre Operações Financeiras] como as questões estruturais. Não dá para dissociar mais uma coisa da outra”. Haddad reiterou a preferência “deste e de todos ministros da Fazenda” por soluções estruturais. “Se o Congresso também está dizendo que prefere isso, por que eu vou dizer o contrário? É muito melhor para o país soluções estruturais”, acrescentou. “Se chegamos a uma boa definição, de 70%, 80% ou 90% daquilo que foi discutido, e se houver uma compreensão de avançar, acredito que teremos uma perspectiva muito mais sustentável, sem a necessidade de medidas apenas paliativas que, sabemos, que não seriam estruturais. Para nós, é muito melhor fazer as correções no atacado do que fazer no varejo”, argumentou o ministro. Na avaliação do ministro, o que a Fazenda não pode fazer é perder a iniciativa de levantar essas discussões consideradas tão relevantes. “Se deixarmos a acomodação falar mais alto, nós não vamos avançar. Nós abrimos uma excelente oportunidade de voltar a falar do que importa”, disse. “[Queremos] fazer o debate voltar à mesa porque, caso contrário, em vez de conseguirmos grau de investimento, vamos ficar patinando. As agências [de classificação de risco] reagem à capacidade de iniciativa do país. Se elas percebem que o país deu uma parada e não está enfrentando os temas, elas também param e esperam para ver o que acontece”, complementou. Transparência Haddad lembrou que o governo, desde sempre, defendeu a correção de “benefícios fiscais injustificados que ainda existem”. Essas isenções e benefícios fiscais a determinados setores somarão, segundo projeções da Receita Federal, R$ 800 bilhões em gastos tributários. Haddad disse que a estratégia do governo federal é mostrar isso “de forma muito transparente”, colocando todas as informações disponíveis na internet. “Vocês conseguem fazer a consulta até por CNPJ das empresas que estão deixando de pagar seus impostos”, observou o ministro. Haddad disse que não faz parte dos objetivos do governo fazer uso de decretos para ampliar a agenda que está sendo posta. “O decreto foi para resolver um problema pontual, distorções pontuais. Se nós ficarmos de decreto em decreto, não vamos fazer o que o país precisa, que é apontar um horizonte de médio e longo prazo de sustentabilidade”, explicou. Na quarta-feira (28), o governo anunciou o resgate de R$ 1,4 bilhão de dois fundos, o Fundo Garantidor de Operações (FGO) e o Fundo de Garantia de Operações do Crédito Educativo (FGEDUC), administrado pela Caixa Econômica Federal, para compensar a revogação de dois pontos do decreto que aumentou o IOF. A elevação de alíquotas do IOF para o crédito de empresas, para operações cambiais e para grandes investidores em previdência privada pretendia arrecadar R$ 20,5 bilhões neste ano para impedir a paralisação da máquina pública este ano. Com a retirada de dois pontos do decreto, a estimativa caiu para R$ 19,1 bilhões. Embora inicialmente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha anunciado que a revogação parcial do decreto reduziria a arrecadação em R$ 2 bilhões este ano, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, confirmou que o impacto será menor e ficará em R$ 1,4 bilhão neste ano e R$ 2,8 bilhões em 2026.
SP cria mais de 280 mil vagas de emprego no ano

O estado de São Paulo criou 284 mil vagas de emprego com carteira assinada nos primeiros quatro meses deste ano, o equivalente a 2,4 mil por dia. Os dados são da Fundação Seade, com base nas informações do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No acumulado de 12 meses (de maio de 2024 a abril de 2025), foram mais de 450 mil oportunidades. Só no mês de abril, o saldo foi de mais de 72 mil novos postos de trabalho. LEIA TAMBÉM:PAT Pindamonhangaba oferece 40 vagas de emprego nesta segunda-feira Em todos os períodos, houve crescimento na criação de vagas de emprego no estado: 0,5% em abril, 1,98% no acumulado do ano e 3,2% no acumulado de 12 meses. Além disso, o estado criou 28% do total de vagas com carteira assinada do país em abril, 31% do total no quadrimestre e 27,5% em 12 meses. Assim, São Paulo se consolida como a unidade da Federação que tem maior saldo de vagas do país. São Paulo – vagas criadas Abril: 72.283Acumulado do ano: 284.033Últimos 12 meses (de maio de 2024 a abril de 2025): 452.776 Setores com mais contratações O setor de Serviços foi o responsável por criar o maior número de vagas de emprego em abril. Veja os setores com melhor desempenho: Salário médio Em abril, o estado de São Paulo teve o maior salário médio de admissão do país, de R$ 2.552,62, seguido por Distrito Federal (R$ 2.349,17), Santa Catarina (R$ 2.283,40) e Rio de Janeiro (R$ 2.272,53). No Brasil, o salário médio no período ficou em R$ 2.251,81. O Sudeste foi a região com maior valor no país (R$ 2.408,86). O aumento do salário em São Paulo foi de 1,53% em relação a março.
Conta de luz terá aumento em junho

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (30) que a bandeira tarifária para o mês de junho de 2025 será a vermelha, no patamar 1. Isso significa que as contas de energia elétrica terão um custo adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, elevando o valor final pago pelos consumidores residenciais e comerciais. O principal motivo para o aumento é a queda no volume de chuvas, que compromete a geração de energia pelas hidrelétricas — a principal fonte da matriz energética brasileira. Com os reservatórios abaixo da média histórica, será necessário acionar usinas termoelétricas, cuja energia é mais cara, para garantir o fornecimento ao país. Essa mudança no mix de geração eleva o custo para as distribuidoras, que repassam o valor ao consumidor por meio do sistema de bandeiras tarifárias. Desde dezembro de 2024, a bandeira estava verde, indicando condições favoráveis na geração de energia. Em maio, passou para a bandeira amarela devido à transição para o período seco e à previsão de chuvas abaixo da média. Agora, com a situação se agravando, a bandeira vermelha sinaliza um custo ainda maior para o consumidor. A Aneel reforça que o acionamento da bandeira vermelha serve também como um alerta para o uso consciente da energia elétrica, recomendando que os consumidores adotem medidas para reduzir o consumo e evitar impactos ainda maiores na conta de luz. Além do aumento da bandeira, especialistas indicam que as tarifas de energia elétrica no Brasil devem subir em média 3,5% em 2025, influenciadas por reajustes nas distribuidoras e encargos setoriais. A alta média nacional pode chegar a cerca de 4,67%, com variações regionais — o Sul do país, por exemplo, deve enfrentar reajustes superiores a 7%, enquanto o Sudeste terá aumentos mais moderados. O cenário de alta na conta de energia é resultado da combinação entre menor geração hidrelétrica, maior uso de termelétricas, reajustes tarifários e encargos, além do aumento do consumo energético, que cresceu 1,3% no primeiro quadrimestre de 2025. Para minimizar o impacto, especialistas recomendam o uso de equipamentos mais eficientes, a adoção de hábitos de consumo conscientes e, quando possível, o investimento em sistemas de energia solar residencial, que podem reduzir significativamente a dependência da rede pública.
Governo de SP anuncia a SP House no SXSW 2026

Em um novo espaço privilegiado, a casa será maior e vai oferecer ainda mais oportunidades para marcas e parceiros Pelo terceiro ano consecutivo, o Governo de São Paulo marcará presença no South by Southwest (SXSW), o maior evento de inovação do mundo. Sucesso de público, com mais de 15 mil visitantes em 2025, a SP House retorna ao evento em 2026, em um novo local, com um espaço maior e privilegiado, oferecendo ainda mais oportunidades para marcas e parceiros. A programação do espaço será realizada entre os dias 13 e 16 de março de 2026. O anúncio foi feito durante evento para parceiros, realizado nesta segunda-feira (26), na Pinacoteca. A SP House é organizada pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, InvestSP (agência de promoção de investimentos vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico) e Prefeitura de São Paulo, e em 2026 segue focada no objetivo de promover São Paulo como um polo global de inovação e economia criativa, além de atrair investimentos estrangeiros. LEIA TAMBÉM: Governo de São Paulo abre inscrições para o 18º Prêmio São Paulo de Literatura “A SP House é um grande sucesso, e estamos muito felizes em anunciar que retornaremos ao SXSW em 2026. Este é um projeto muito importante para que possamos seguir mostrando ao mundo toda a potência que é o estado de São Paulo. Em 2024 e 2025 reunimos milhares de pessoas, de diversos países, mostramos histórias e todas as possibilidades que o nosso estado tem a oferecer e em 2026 estamos lá novamente em uma estrutura ainda maior”, ressaltou a secretária da Cultura, Economia e Indústrias Criativas, Marilia Marton. O lançamento da SP House 2026 contou com a presença de diversos parceiros, patrocinadores e representantes do Governo de SP. Além disso, quem marcou presença foi a embaixadora do SXSW no Brasil, Tracy Mann, que falou um pouco sobre a proposta do evento em 2026 e a localização privilegiada do espaço do Governo de SP. “Para quem pensou em participar da Casa e não participou ainda, deve repensar, porque vai ser uma localização ótima e muito bem vista pelo ecossistema do SXSW”, destacou Tracy Mann. Em 2026, o SXSW será realizado entre os dias 12 e 18 de março, em Austin, Texas. A SP House estará em um novo e privilegiado espaço, a poucos metros do palco que receberá as atrações principais do evento, na Congress Avenue.
Estado de SP cria mais de 500 mil empresas em um ano

O Estado de São Paulo registrou a abertura de 516.767 empresas no acumulado dos últimos 12 meses. Estudo da Fundação Seade, com base nos dados do CNPJ, da Receita Federal, aponta que, de abril de 2024 a março de 2025, o estado de São Paulo registrou a abertura de 516.767 empresas no acumulado dos últimos 12 meses. O setor de serviços liderou, com 358.548 novos empreendimentos, correspondendo a 69,4% do total. O comércio ocupou a segunda posição, com 105.518 empresas. Em seguida aparecem indústria (23.643), construção (26.639) e agropecuária (2.419). Por regiões, quem liderou a criação de empresas no acumulado dos últimos 12 meses foi a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), com 307.356, representando 59,5% do total do estado. Na sequência, aparecem em destaque as regiões administrativas de Campinas (67.873), Sorocaba (23.261) e São José dos Campos (22.927). Outras regiões em evidência são Santos (16.242), Ribeirão Preto (14.651), São José do Rio Preto (14.302) e Bauru (8.641). Já em março de 2025, foi registrada a criação de 35.151 empresas no estado de São Paulo. Na comparação com o mês imediatamente anterior, houve retração de 13,3%, quando o total de empreendimentos alcançou 40.521 novos negócios. Entre fevereiro e março, todos os setores apresentaram queda no desempenho. O setor de serviços recuou 14,6%, passando de 28.980 para 24.745 novas empresas, seguido pela indústria (-13,9%), construção (-13,1%), comércio (-8,2%) e agropecuária (-6,5%). Microempreendedores Individuais (MEIs) Em março de 2025, o Estado de São Paulo registrou 85.268 novos MEIs, representando uma leve retração de 0,8% em relação a fevereiro (85.972). O setor de serviços foi responsável por 57.097 novos MEIs em março de 2025, seguido por comércio (14.695), construção (5.956), indústria (7.142) e agropecuária (378). No acumulado dos últimos 12 meses, de abril de 2024 a março de 2025, o estado de São Paulo registrou 841.300 novos MEIs. O setor de serviços concentrou a maior parte, com 554.720 MEIs, correspondendo a 65,9% do total. Na sequência, aparecem comércio (154.338), indústria (69.050), construção (59.434) e agropecuária (3.758). No período de abril de 2024 a março de 2025, o maior número de novos MEIs ficou concentrado na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), com 417.124 registros, representando 49,6% do total estadual. Em seguida, aparecem as RAs de Campinas (131.589), São José dos Campos (47.039), Sorocaba (46.832) e Santos (45.181). Entre outras regiões que figuram em destaque aparecem São José do Rio Preto (26.560), Ribeirão Preto (25.660) e Bauru (18.597).
Brasil vai viver situação nova com reforma tributária, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje (28), em São Paulo, que o Brasil deverá “viver uma situação nova” com a reforma tributária. “Se tem uma coisa que me dá otimismo, é essa reforma. Ela é muito mais profunda do que se pode imaginar e está lidando com questões centrais para o aumento da produtividade da economia brasileira. Porque a disputa, a partir dessa reforma, não se dará entre as empresas por quem tem o melhor planejamento tributário, mas de quem é mais produtivo”, disse. Segundo o ministro, o governo já está trabalhando em um sistema que deve entrar no ar a partir do dia 1º de janeiro do próximo ano e que irá facilitar e simplificar o processo de tributação no país. “Acho que nós estamos preparados para não dar um salto apenas legislativo. Eu acho que nós vamos dar um salto de TI [tecnologia da informação] no Brasil, como poucos países têm condição de fazer.” “Acredito que vamos ver isso acontecer no sistema tributário. Vai ser tudo digital, não vai ter papel. Você vai conseguir fazer o acompanhamento de tudo online, você vai saber tudo o que está acontecendo online, em tempo real, até as estimativas de projeção e de crescimento você vai ter no computador. Isso vai dar capacidade de planejamento para o Estado e capacidade de planejamento para empresas.” Com tudo isso, defendeu o ministro, não haverá mais guerra fiscal no país. “O Brasil, que sempre patinou a vida toda nessa área, vai poder dar um salto de qualidade”, falou. “Penso realmente que o Brasil vai viver uma situação nova.” Na manhã de hoje, o ministro participou do evento J. Safra Macro Day, em São Paulo. Durante o evento, ele informou que deverá ir para a Califórnia, na próxima sexta-feira, para divulgar o plano nacional de data centers, uma política que ele acredita que vai fazer o investimento melhorar muito no país. “Queremos começar a divulgar o marco regulatório do Plano Nacional de Data Center. Somos deficitários na balança de serviço. Nós contratamos 60% da nossa TI fora do país, o que significa não apenas remessa de dólares para fora, mas subinvestimento no Brasil e acredito que o lançamento dessa política vai fazer o investimento melhorar muito”, acrescentou. Turbulência estrangeira Também durante o evento, o ministro declarou que o Brasil tem tudo para crescer neste ano, apesar das turbulências estrangeiras. “Nós estamos falando de um cenário em que o Brasil tem tudo para crescer, mesmo com as turbulências geopolíticas que estão acontecendo que, na minha opinião, vão acabar sendo endereçadas ainda esse ano. Eu penso que o Brasil, em qualquer cenário, menos ou mais favorável do ponto de vista externo, se cumprir com esse programa [econômico atual], vai se desenvolver com sustentabilidade”, disse. Para o ministro, ainda é preciso “prudência” para analisar os possíveis impactos da política de taxação do governo norte-americano. “O grau de incerteza sobre qual é o ponto de chegada dessa turbulência que foi causada ainda é grande. Nós temos que aguardar um pouquinho. Quando a incerteza é tamanha, você vai ter que ter alguma prudência, embora as conversas estejam acontecendo a todo vapor”. Segundo ele, a situação de incerteza econômica no mundo dificulta o planejamento do governo, mas destacou que a habilidade diplomática do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um trunfo para o país. “O presidente tem um muita autoridade junto aos BRICs e muita autoridade junto ao G20. Ele tem uma boa interlocução com líderes europeus. Felizmente temos uma pessoa na Presidência da República que é um ativo para o país do ponto de vista da diplomacia. O presidente é uma pessoa que não tem portas fechadas e que não vai não vai permitir que as portas se fechem para nós, porque entende o papel do Brasil no cenário global”. Neste cenário, disse o ministro, o Brasil tem mantido abertos os canais de comércio com os três grandes blocos mundiais – Estados Unidos, China e Europa – mas sem deixar o multilateralismo de lado. “De 2023 para cá, nós nos reunimos não apenas com os três blocos, mas com diversos chefes de Estado em busca de fortalecer o multilateralismo”, falou. “O Brasil é uma economia grande demais para ser satélite de outra”, reforçou.