Mais 300 estudantes participam de ação educativa sobre a dengue – Prefeitura Municipal de Ubatuba

O setor de Informação, Educação e Comunicação (IEC) da Vigilância em Saúde realizou mais uma ação educativa nesta semana, desta vez, na Escola Municipal Nativa Fernandes, localizada no Sertão da Quina. A atividade aconteceu na última terça-feira, 21, e envolveu cerca de 324 estudantes dos períodos da manhã e da tarde. Durante a programação, as turmas do 1º e 2º ano participaram de apresentação teatral, observação de larvas, exposição de maquetes e caça aos criadouros. Já os alunos do 3º, 4º e 5º anos acompanharam explicações com uso de retroprojetor e imagens, além de atividades práticas com amostras de larvas, maquetes e caça aos criadouros. Cada apresentação teve duração aproximada de 30 minutos e foi adaptada às faixas etárias, promovendo o aprendizado sobre a prevenção ao Aedes aegypti de forma interativa e lúdica. A iniciativa integra o calendário permanente de ações educativas do IEC, que atua em diferentes escolas e comunidades do município, ampliando a conscientização e o engajamento no combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.   Confira onde serão as próximas ações: 04/11 Escola Ernesmar de Oliveira – Praia Dura Turma multiseriada 20 crianças na Fortaleza. 11/11 Corcovado(30 crianças-etapa) CEI Luiza Basílio dos Santos – Lázaro EM Maria da Cruz de Oliveira – Pereque-Mirim. Prefeitura de Ubatuba

Pesquisa do Butantan padroniza nomenclatura de vírus da dengue

Pesquisa do Butantan padroniza nomenclatura de vírus da dengue

Pesquisa realizada pelo Instituto Butantan e mais 23 instituições definiu nova nomenclatura para as linhagens do vírus da dengue. As denominações já começaram a ser utilizadas desde setembro de 2024 pelos participantes do estudo, entre eles a Universidade Yale, nos Estados Unidos, a Universidade Oxford, no Reino Unido, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan, no Brasil.  “Por ter sido desenvolvido de forma consensual por várias instituições nacionais e internacionais, [a adoção da nova nomenclatura] não depende de aprovação formal da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entretanto, espera-se que a OMS e redes regionais de vigilância passem a utilizá-lo como referência, como já ocorreu com outros vírus”, destaca o bioinformata do Centro para Vigilância Viral e Avaliação Sorológica (CeVIVAS) e do Laboratório de Ciclo Celular do Instituto Butantan (LCC), Alex Ranieri. Segundo o instituto, o objetivo da nova nomenclatura é facilitar a vigilância das mutações que podem ocorrer com o vírus e favorecer a comunicação entre laboratórios e autoridades de saúde, permitindo acompanhar potenciais novas linhagens com risco epidemiológico.  A pesquisa A new lineage nomenclature to aid genomic surveillance of dengue vírus (Uma nova nomenclatura de linhagem para auxiliar na vigilância genômica do vírus da dengue, em tradução livre) foi publicada na revista científica PLOS Biology. Nomenclatura O vírus da dengue é composto por quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) e cada um apresenta diferentes variações genéticas, totalizando 17 genótipos. O novo sistema propõe dois níveis adicionais (linhagens maiores e linhagens menores), permitindo uma classificação mais detalhada e padronizada da diversidade viral. No novo esquema de nomenclatura, os genótipos são indicados por números romanos e abaixo deles há dois níveis hierárquicos: as linhagens maiores, representadas por letras e as linhagens menores, indicadas por números separados por pontos: DENV-3III_C.2 é o vírus da dengue sorotipo 3, genótipo III, linhagem maior C, linhagem menor 2. “Enquanto um genótipo pode abranger vírus de vários continentes, uma linhagem específica pode refletir circulação restrita a uma região ou país. O artigo no qual foi publicado o sistema mostra, por exemplo, que a linhagem DENV-2II_A foi identificada apenas no hemisfério oriental. Assim, se essa linhagem surgisse em outro continente, isso indicaria nova rota de introdução, permitindo resposta rápida das autoridades sanitárias”, ressalta Ranieri. De acordo com ele, a nova nomenclatura pode influenciar de forma indireta o processo de vacinação contra a doença. O novo sistema identifica mutações específicas que definem cada linhagem e algumas dessas alterações podem influenciar a resposta imune induzida por vacinas.  “Com o monitoramento contínuo das linhagens, é possível detectar precocemente variantes com potencial de escape imunológico e avaliar se há impacto na eficácia vacinal. Isso oferece uma base científica para ajustar futuras formulações de vacinas de forma mais precisa”. Em 2024, os países onde circulam os quatro sorotipos de dengue notificaram mais de 13 milhões de casos. O Brasil foi o país com o maior número de casos (10,2 milhões), seguido pela Argentina (581,5 mil), o México (558,8 mil) a Colômbia (321 mil) e o Paraguai (295,7 mil), segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que coloca em risco mais de 100 milhões de pessoas por ano no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), especialmente em países tropicais como o Brasil. Fonte

Ação educativa sobre combate à dengue mobiliza 282 alunos da Marafunda – Prefeitura Municipal de Ubatuba

O trabalho de conscientização sobre o combate à dengue segue mobilizando a rede municipal de ensino de Ubatuba. Na última terça-feira, 14, a equipe de Informação, Educação e Comunicação (IEC) da Vigilância em Saúde, realizou mais uma ação educativa, desta vez na Escola Municipal Pref. Silvino Teixeira Leite, localizada no bairro da Marafunda. Ao todo, 282 alunos participaram das atividades, que abordaram de forma lúdica e interativa os principais cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Durante a ação, as crianças aprenderam sobre a importância de eliminar criadouros, manter recipientes bem tampados e alertar familiares sobre atitudes preventivas no dia a dia. As atividades integram o cronograma de visitas do IEC às escolas municipais, que tem como objetivo fortalecer o conhecimento dos estudantes e multiplicar as boas práticas dentro das comunidades. Até o momento, 14 escolas e mais de 3 mil alunos já foram beneficiados com as ações educativas realizadas ao longo do ano. “As crianças são grandes multiplicadoras das mensagens de prevenção. Quando elas entendem como o mosquito se prolifera e o que pode ser feito para evitar isso, acabam levando o aprendizado para dentro de casa e para o bairro”, destacou a agente de endemias, Juliana Gomes. A Secretaria de Saúde relembra que o combate à dengue é uma responsabilidade compartilhada entre o poder público e a população. Pequenas atitudes cotidianas, como verificar calhas, pratos de plantas e reservatórios, fazem toda a diferença na prevenção de novos casos no município. Prefeitura de Ubatuba

Fábrica de mosquitos oferece tecnologias para redução da dengue

Fábrica de mosquitos oferece tecnologias para redução da dengue

Um complexo recém-inaugurado de fabricação de mosquitos, em Campinas, interior de São Paulo, está disponibilizando duas tecnologias complementares comprovadamente eficazes na redução da transmissão da dengue e na supressão das populações do Aedes aegypti. A nova instalação terá capacidade para fornecer até 190 milhões de ovos de mosquitos com Wolbachia por semana, o suficiente para proteger até 100 milhões de pessoas anualmente. A instalação também está fabricando os produtos da linha Aedes do Bem, capaz de reduzir em 95% as populações de mosquitos Aedes aegypti em comunidades urbanas. A fábrica da Oxitec Brasil, inaugurada na quinta-feira (2), entra em operação como uma resposta direta ao apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para acelerar o acesso a tecnologias inovadoras de controle de vetores, e marca um momento crucial na luta contra a dengue não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.  Com os casos de dengue atingindo níveis recordes na América Latina e na Ásia-Pacífico, a instalação foi construída para atender à crescente demanda de governos e comunidades que buscam proteção rápida, escalável e econômica. Aguardando a aprovação da Anvisa, a instalação está pronta para começar a fornecer mosquitos portadores de Wolbachia ao governo, bem a tempo para o início da temporada de mosquitos no Brasil, e sem a necessidade de financiamento governamental para construção ou gestão. Ambas as tecnologias de controle biológico funcionam com a liberação de mosquitos em áreas urbanas. O método Wolbachia foi projetado para grandes campanhas de saúde pública em áreas extensas, por meio de programas liderados por governos, enquanto o Aedes do Bem foi projetado para intervenções direcionadas de supressão de mosquitos, que podem ser implementadas por qualquer pessoa, em pontos críticos e onde a redução de mosquitos que picam é uma prioridade. A tecnologia Wolbachia comprovou reduzir a transmissão da dengue em mais de 75% em projetos-pilotos urbanos em grandes áreas. Ela foi formalmente reconhecida pela Organização Mundial da Saúde e adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil como parte de seu Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD). “A Wolbachia é uma bactéria que está presente naturalmente em mais de 60% dos insetos, mas não no Aedes aegypti. Pesquisadores australianos tiveram a ideia de transferir essa bactéria para o Aedes aegypti para ver se ela conseguiria reduzir sua carga viral. A bactéria se reproduz onde o vírus se reproduziria, impedindo o vírus de replicar. Funciona mais ou menos como uma vacina. Quando uma fêmea com a Wolbachia acasala com um macho do ambiente, toda a descendência desse cruzamento vai ter a bactéria Wolbachia e não vai conseguir transmitir dengue, zika, chikungunya”, explicou a diretora-executiva da Oxitec Brasil, Natalia Verza Ferreira. A diferença da Wolbachia para o Aedes do Bem é que, no caso do segundo, é feita a soltura dos mosquitos machos no ambiente, que acasalarão com as fêmeas que já estão ali e que são as responsáveis por picar e transmitir a doença.  “Os descendentes desse ‘casal’ serão apenas machos e todas as fêmeas morrem. É como se fosse um larvicida fêmea específico, porque as fêmeas morrem na fase larval. O Aedes do Bem faz um controle da população, diminui o número de fêmeas que picam e consequentemente diminui a doença”, disse Natalia. Entretanto, as duas tecnologias não podem ser utilizadas ao mesmo tempo, porque se os dois forem soltos ao mesmo tempo, o macho Aedes do Bem vai cruzar com a fêmea com o Wolbachia, não haverá fêmeas, e o Wolbachia não será transferido para os descendentes.  “A recomendação dos especialistas é a de que se faça primeiro a supressão da população com o Aedes do Bem e logo em seguida a Wolbachia para vacinar esses mosquitos que sobrarem e eles não conseguirem transmitir as doenças”, ressaltou a diretora. O protocolo de aplicação consiste em usar o Aedes do Bem durante uma temporada, que no Brasil vai de outubro, quando começa a ficar mais quente e chuvoso, até maio, quando já começa a ficar frio. Dois meses após o final dessa temporada já é indicado que se comece a usar a Wolbachia.  “A soltura da Wolbachia acontece entre nove e 15 semanas. Esse prazo vai depender do quão eficiente o cruzamento está sendo eficiente para passar a bactéria para os descendentes. Isso pode acontecer mais rápido quando está quente e pode acontecer mais devagar, porque quando não está muito quente o ciclo de vida do mosquito ele se estende”, recomenda Natalia Verza. Natalia destacou que as duas tecnologias foram colocadas à disposição do Ministério da Saúde como políticas públicas de prevenção.  “O Brasil sofreu surtos devastadores de dengue nos últimos anos. A urgência de ação nunca foi tão grande. Com o novo complexo da Oxitec, em Campinas, estamos equipados para responder imediatamente aos planos de expansão da Wolbachia do Ministério da Saúde, garantindo que a tecnologia possa chegar rapidamente a comunidades em todo o país, de forma econômica”, disse. Sobre a permissão da Anvisa, o secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Fabiano Pimenta, lembrou que novas tecnologias, como a Wolbachia, estão num processo provisório até 2027.  “Vamos discutir como regular essa questão. Estamos aqui enquanto ministério dizendo que é uma das nossas prioridades, dos municípios e do órgão regulador independente. Temos todo o interesse em encontrar uma solução para que seja disponibilizada”, declarou. Fonte

Brasília ganha biofábrica de mosquitos com tecnologia contra a dengue

Brasília ganha biofábrica de mosquitos com tecnologia contra a dengue

Mosquitos com a bactéria Wolbachia foram soltos, nesta terça-feira (9), para ajudar no combate à dengue, zika e chikungunya no Distrito Federal e nos municípios goianos de Valparaíso de Goiás e Luziânia. A ação marcou a inauguração da biofábrica do método Wolbachia, localizada na região administrativa do Guará, a 10 quilômetros de Brasília. A tecnologia insere a bactéria nos mosquitos Aedes aegypti e impede o desenvolvimento do vírus no organismo do inseto, reduzindo a transmissão. Quem explica é o secretário de Saúde do Distrito Federal, Juracy Cavalcante Lacerda. “A produção é de um mosquito com a bactéria, que se chama Wolbito. A ideia é que a gente possa fazer a soltura desses mosquitos em massa para fazer uma mudança dessa população de mosquitos. Hoje, os Aedes aegypti que estão circulando têm a capacidade de transmitir várias doenças: zika, dengue e os vários tipos de dengue. Mas o Wolbito, a partir do momento que ele entra nesse mosquito, ele impede a replicação desses vírus. Então, obviamente, você reduz drasticamente a possibilidade desse vírus de transmitir essa doença.”  Dezesseis cidades brasileiras já implementaram a técnica Wolbachia – Marcelo Camargo/Agência Brasil No primeiro semestre de 2025, houve redução de 75% nos casos de dengue e de 73% das mortes pela doença no país. Apesar da queda nos números, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alerta que não é o momento de baixar a guarda. “Por isso que nós estamos lançando agora, a partir do mês de setembro, toda a ação nesse segundo semestre de orientação à população. Esse período, que é o período de menor transmissão, é exatamente, na opinião do Ministério da Saúde, o melhor momento para conscientizar as pessoas, orientar as pessoas, fazer os levantamentos de dados, de onde está a concentração dos mosquitos, do impacto do aumento da temperatura média das cidades na multiplicação dos mosquitos e na multiplicação dos casos.” A nova fábrica vai beneficiar dez regiões do Distrito Federal, além dos dois municípios goianos, impactando mais de 750 mil pessoas. A unidade tem uma das maiores operações do método Wolbachia no Brasil, com capacidade para produzir 6 milhões de mosquitos adultos por semana. O material é distribuído semanalmente em 20 mil potinhos, com a liberação envolvendo 26 viaturas e 52 servidores por dia.  Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na inauguração da biofábrica de Wolbachia de Brasília – Marcelo Camargo/Agência Brasil Método Wolbachia No Brasil, 16 cidades já implementaram a técnica. Em julho, Curitiba (PR) inaugurou a maior biofábrica Wolbachia do mundo.  Em Niterói, no Rio de Janeiro, dados recentes mostram uma redução de 88% nos casos de dengue após a adoção da estratégia. Até o fim do ano, a novidade deve ser lançada em Natal (RN), Uberlândia (MG) e Presidente Prudente (SP). Pelo método, os mosquitos Aedes aegypti são inoculados com a bactéria Wolbachia, o que os torna “imunes” ao contágio por vírus que causam doenças – Marcelo Camargo/Agência Brasil Fonte

Estudantes da EM Maria Josefina aprendem sobre prevenção a dengue – Prefeitura Municipal de Ubatuba

Nesta terça-feira, 9, a Escola Municipal Maria Josefina, localizada no bairro Estufa II, recebeu a equipe do setor de Informação, Educação e Comunicação (IEC) da Vigilância em Saúde para mais uma etapa do programa de educação em saúde contra o Aedes aegypti. Ao longo da ação, 474 estudantes participaram de atividades interativas como observação de mosquitos no microscópio, caça aos criadouros, apresentação teatral e exploração de uma maquete educativa que simula ambientes propícios à proliferação do inseto. “Quando as crianças entendem como o mosquito se reproduz e quais cuidados precisam ser tomados, elas levam esse aprendizado para casa. Isso multiplica a informação e fortalece o combate ao Aedes em toda a comunidade”, explicou a Agente de Controle de Endemias, Juliana Gomes. “Como multiplicadores de informação, esses estudantes levam o aprendizado para dentro da família e da comunidade, incentivando os adultos a mudarem seus hábitos. Essa é a melhor prevenção contra a dengue e outras arboviroses, visto que, em breve, teremos a chegada do verão, estação em que temos um índice alto de transmissão e infestação do mosquito”, complementou a supervisora de Controle de Endemias, Michele da Silva. A ação integra a agenda contínua do IEC, que percorre escolas do município levando atividades lúdicas e informativas para estimular a prevenção coletiva contra o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.   Próximas ações: 16/09 – EM Agostinho Alves da Silva (Lagoinha) 23/09 – EM Maria da Cruz Oliveira (Perequê Mirim) Prefeitura de Ubatuba

Casos de dengue e chikungunya custaram R$ 1,2 bi ao sistema de saúde

Casos de dengue e chikungunya custaram R$ 1,2 bi ao sistema de saúde

Casos de dengue e chikungunya registrados no Brasil entre 2015 e 2024 custaram ao sistema de saúde brasileiro um montante de R$ 1,2 bilhão. O cálculo foi feito com base na pesquisa Hospitalização, mortalidade e anos de vida perdidos entre casos de chikungunya e dengue no Brasil: um estudo de corte nacional, publicada na revista científica The Lancet Regional Health. Os pesquisadores compilaram 1.125.209 casos de chikungunya, dos quais 21.336 (1,9%) necessitaram de hospitalizações; e 13.741.408 ocorrências de dengue, sendo que 455.899 (3,3%) resultaram em internações. Considerando a média de custo de internações em hospitais brasileiros, a consultoria especializada em gestão de saúde e custos hospitalares Planisa estimou que as hospitalizações custaram, ao longo de todo o período, R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 1,15 bilhão por dengue e R$ 56,6 milhões por chikungunya. Números De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, o Brasil contabilizou, de janeiro a agosto deste ano, mais de 1,5 milhão de casos prováveis de dengue, além de 1.609 mortes confirmadas pela doença e 354 em investigação. O painel mostra ainda quase 120 mil casos prováveis de chikungunya no país ao longo do mesmo período, além de 110 mortes confirmadas pela doença e 70 em investigação. Fonte

Vacinas da dengue, gripe aviária e influenza para idosos do Butantan são incluídas em programa federal de incentivo à inovação

O Butantan teve três novos projetos para desenvolvimento de vacinas aprovadas no Programa de Desenvolvimento e Inovação Local (PDIL), iniciativa do Ministério da Saúde que visa promover a inovação e o desenvolvimento de soluções tecnológicas e produtivas para o Sistema Único de Saúde (SUS). Os projetos contemplados envolvem o desenvolvimento e a produção das vacinas da dengue, gripe aviária e Influenza adjuvada. A partir do PDIL, esses imunizantes ganham apoio para serem desenvolvidos e fabricados com tecnologia e inovação nacional. “O programa reconhece a capacidade tecnológica do Butantan, que passa a ter estímulo e condições de desenvolver essas vacinas, criando competência interna e nacional em temas de desenvolvimento clínico, produção, escalonamento e inovação”, resume o diretor de Inovação e responsável pelo escritório de Inovação e Licenciamento de Tecnologia do Instituto Butantan (EILT), Cristiano Gonçalves. LEIA TAMBÉM: Candidatas à vacina da gripe aviária do Instituto Butantan induzem resposta imune Por meio do PDIL, o Butantan recebe apoio para a pesquisa de projetos de interesse da saúde pública e o desenvolvimento e a produção de imunobiológicos ainda inexistentes no mercado, mas que são de interesse do SUS. Dessa forma, a vocação do Butantan de desenvolver pesquisa e inovação de ponta como as vacinas, é fortalecida. Em contrapartida, as tecnologias que são desenvolvidas por meio desse programa são direcionadas para a criação de soluções inovadoras que serão ofertadas ao SUS. PDIL tem potencial para aumentar capacidade produtiva do Butantan. Foto: Divulgação/Governo de SP “Competência para levar a pesquisa da academia para o mercado o Butantan já tem, porque possui uma cadeia bem estruturada de desenvolvimento de imunobiológicos. Com o PDIL, o Butantan consegue retroalimentar ainda mais a pesquisa aqui dentro”, ressalta Cristiano. Por meio do programa, o Butantan conseguirá aprimorar a vacina Influenza que é distribuída gratuitamente à população pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). A nova versão tem a mesma composição antigênica da Influenza sazonal, com os três tipos de vírus da gripe mais circulantes no ano anterior. A diferença é que ela ganha o acréscimo de um agente adjuvante, também desenvolvido pelo Instituto, que aumenta a resposta imune no organismo de pessoas com mais de 60 anos. Em relação à vacina da dengue (Butantan-DV) – que está nas etapas finais de aprovação junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) –, o PDIL vai contribuir para que o Instituto aumente sua capacidade bioindustrial e vai apoiar a realização de ensaios clínicos que vão avaliar a extensão da faixa etária para o público acima de 60 anos, bem como a administração conjunta com a vacina Chikungunya. Já a nova vacina Influenza pré-pandêmica, também aprovada dentro no PDIL e que está em desenvolvimento no Butantan desde março de 2024, surge da necessidade de manter um estoque estratégico nacional para o enfrentamento de uma possível pandemia de gripe aviária. A vacina será uma das primeiras no mundo a utilizar a cepa de vírus H5N8. “Vamos iniciar os estudos em humanos deixando todas as etapas de desenvolvimento de produto prontas. Com o produto desenvolvido e testado, conseguiremos produzir a vacina de maneira rápida e eficaz para a aplicação nas pessoas, em caso de um eventual surto”, destaca Cristiano. De acordo com o diretor de inovação, nos últimos anos o Butantan tem direcionado esforços para se tornar referência na resposta rápida a emergências de saúde. São prova disso a vacina da dengue, que surgiu a partir do aumento de casos de dengue em 2015, e atuação do Instituto no combate à pandemia de Covid-19. Além dos projetos da vacina da dengue, da influenza adjuvada e da influenza pré-pandêmica, o Butantan está em articulações para incluir no PDIL outras iniciativas, que também foram submetidas ao Ministério da Saúde. Vacina da dengue, também contemplada no PDIL, está em reta final de aprovação pela Anvisa. Foto: Divulgação/Governo de SP Sobre o PDIL e a inovação no Butantan Os objetivos do PDIL, que foi criado em 2024 pelo Ministério da Saúde, são promover a produção industrial voltada à saúde no Brasil; induzir e fomentar o desenvolvimento e a inovação nacional para ampliar o acesso à saúde e reduzir a vulnerabilidade tecnológica do SUS; promover a capacitação de instituições científicas e produtores públicos, entre outros agentes, e contribuir para a transformação digital e ecológica. Os projetos a serem avaliados pelo programa devem estar alinhados à Matriz de Desafios Produtivos e Tecnológicos em Saúde do Ministério da Saúde.

Alerta em Pindamonhangaba: Casos de Dengue Disparam e Mobilizam Ações de Combate

O Boletim da Dengue, divulgado nesta quarta-feira (21), pela Secretaria de Saúde de Pindamonhangaba, contabilizou 641 casos da doença no ano de 2025. Não há óbitos até o momento. Os dados se referem a resultados positivos registrados até o dia 31 de maio deste ano. No mesmo período do ano passado foram 22.804 casos e em todo o ano de 2024, 23.538 confirmações da doença. Atualmente, os bairros com maior número de casos são: Araretama, Liberdade, Vale das Acácias, Parque São Domingos, Mombaça e Azeredo, que juntos somam 228 casos, representando 36,71% do total. O boletim traz ainda 13 casos de chikungunya – doença que também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e 1 caso de febre amarela. Para combater o mosquito transmissor da doença, a Secretaria de Saúde tem intensificado as ações em toda a cidade e alertado a população para eliminar água parada. Paralelo ao serviço de limpeza, agentes do Controle de Vetores estão fazendo uma verdadeira força tarefa em diversos bairros.

São José dos Campos confirma segunda morte por dengue em 2025

A Prefeitura de São José dos Campos confirmou nesta terça-feira (3) a segunda morte causada pela dengue no município em 2025. Até o momento, a cidade registra 4.306 casos confirmados da doença neste ano, com duas mortes já confirmadas e outros 12 óbitos em investigação. De acordo com o painel estadual, as duas vítimas tinham perfis diferentes: um paciente com mais de 80 anos e outro entre 35 e 49 anos. A dengue continua sendo um grave problema de saúde pública na região do Vale do Paraíba, exigindo atenção redobrada das autoridades e da população. A Secretaria Municipal de Saúde reforça a importância do combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, por meio da eliminação de criadouros, como água parada em recipientes, pneus, vasos de plantas e outros locais que possam acumular água. Além das medidas preventivas, a população deve estar atenta aos sintomas da doença, que incluem febre alta, dores no corpo, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas na pele, náuseas e coceira, e procurar atendimento médico imediato em caso de suspeita. A região do Vale do Paraíba tem registrado aumento nos casos de dengue em 2025, com municípios vizinhos também contabilizando mortes e altos índices de infecção.