Brasília ganha biofábrica de mosquitos com tecnologia contra a dengue

Brasília ganha biofábrica de mosquitos com tecnologia contra a dengue

Mosquitos com a bactéria Wolbachia foram soltos, nesta terça-feira (9), para ajudar no combate à dengue, zika e chikungunya no Distrito Federal e nos municípios goianos de Valparaíso de Goiás e Luziânia. A ação marcou a inauguração da biofábrica do método Wolbachia, localizada na região administrativa do Guará, a 10 quilômetros de Brasília. A tecnologia insere a bactéria nos mosquitos Aedes aegypti e impede o desenvolvimento do vírus no organismo do inseto, reduzindo a transmissão. Quem explica é o secretário de Saúde do Distrito Federal, Juracy Cavalcante Lacerda. “A produção é de um mosquito com a bactéria, que se chama Wolbito. A ideia é que a gente possa fazer a soltura desses mosquitos em massa para fazer uma mudança dessa população de mosquitos. Hoje, os Aedes aegypti que estão circulando têm a capacidade de transmitir várias doenças: zika, dengue e os vários tipos de dengue. Mas o Wolbito, a partir do momento que ele entra nesse mosquito, ele impede a replicação desses vírus. Então, obviamente, você reduz drasticamente a possibilidade desse vírus de transmitir essa doença.”  Dezesseis cidades brasileiras já implementaram a técnica Wolbachia – Marcelo Camargo/Agência Brasil No primeiro semestre de 2025, houve redução de 75% nos casos de dengue e de 73% das mortes pela doença no país. Apesar da queda nos números, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alerta que não é o momento de baixar a guarda. “Por isso que nós estamos lançando agora, a partir do mês de setembro, toda a ação nesse segundo semestre de orientação à população. Esse período, que é o período de menor transmissão, é exatamente, na opinião do Ministério da Saúde, o melhor momento para conscientizar as pessoas, orientar as pessoas, fazer os levantamentos de dados, de onde está a concentração dos mosquitos, do impacto do aumento da temperatura média das cidades na multiplicação dos mosquitos e na multiplicação dos casos.” A nova fábrica vai beneficiar dez regiões do Distrito Federal, além dos dois municípios goianos, impactando mais de 750 mil pessoas. A unidade tem uma das maiores operações do método Wolbachia no Brasil, com capacidade para produzir 6 milhões de mosquitos adultos por semana. O material é distribuído semanalmente em 20 mil potinhos, com a liberação envolvendo 26 viaturas e 52 servidores por dia.  Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na inauguração da biofábrica de Wolbachia de Brasília – Marcelo Camargo/Agência Brasil Método Wolbachia No Brasil, 16 cidades já implementaram a técnica. Em julho, Curitiba (PR) inaugurou a maior biofábrica Wolbachia do mundo.  Em Niterói, no Rio de Janeiro, dados recentes mostram uma redução de 88% nos casos de dengue após a adoção da estratégia. Até o fim do ano, a novidade deve ser lançada em Natal (RN), Uberlândia (MG) e Presidente Prudente (SP). Pelo método, os mosquitos Aedes aegypti são inoculados com a bactéria Wolbachia, o que os torna “imunes” ao contágio por vírus que causam doenças – Marcelo Camargo/Agência Brasil Fonte

Estudantes da EM Maria Josefina aprendem sobre prevenção a dengue – Prefeitura Municipal de Ubatuba

Nesta terça-feira, 9, a Escola Municipal Maria Josefina, localizada no bairro Estufa II, recebeu a equipe do setor de Informação, Educação e Comunicação (IEC) da Vigilância em Saúde para mais uma etapa do programa de educação em saúde contra o Aedes aegypti. Ao longo da ação, 474 estudantes participaram de atividades interativas como observação de mosquitos no microscópio, caça aos criadouros, apresentação teatral e exploração de uma maquete educativa que simula ambientes propícios à proliferação do inseto. “Quando as crianças entendem como o mosquito se reproduz e quais cuidados precisam ser tomados, elas levam esse aprendizado para casa. Isso multiplica a informação e fortalece o combate ao Aedes em toda a comunidade”, explicou a Agente de Controle de Endemias, Juliana Gomes. “Como multiplicadores de informação, esses estudantes levam o aprendizado para dentro da família e da comunidade, incentivando os adultos a mudarem seus hábitos. Essa é a melhor prevenção contra a dengue e outras arboviroses, visto que, em breve, teremos a chegada do verão, estação em que temos um índice alto de transmissão e infestação do mosquito”, complementou a supervisora de Controle de Endemias, Michele da Silva. A ação integra a agenda contínua do IEC, que percorre escolas do município levando atividades lúdicas e informativas para estimular a prevenção coletiva contra o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.   Próximas ações: 16/09 – EM Agostinho Alves da Silva (Lagoinha) 23/09 – EM Maria da Cruz Oliveira (Perequê Mirim) Prefeitura de Ubatuba

Casos de dengue e chikungunya custaram R$ 1,2 bi ao sistema de saúde

Casos de dengue e chikungunya custaram R$ 1,2 bi ao sistema de saúde

Casos de dengue e chikungunya registrados no Brasil entre 2015 e 2024 custaram ao sistema de saúde brasileiro um montante de R$ 1,2 bilhão. O cálculo foi feito com base na pesquisa Hospitalização, mortalidade e anos de vida perdidos entre casos de chikungunya e dengue no Brasil: um estudo de corte nacional, publicada na revista científica The Lancet Regional Health. Os pesquisadores compilaram 1.125.209 casos de chikungunya, dos quais 21.336 (1,9%) necessitaram de hospitalizações; e 13.741.408 ocorrências de dengue, sendo que 455.899 (3,3%) resultaram em internações. Considerando a média de custo de internações em hospitais brasileiros, a consultoria especializada em gestão de saúde e custos hospitalares Planisa estimou que as hospitalizações custaram, ao longo de todo o período, R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 1,15 bilhão por dengue e R$ 56,6 milhões por chikungunya. Números De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, o Brasil contabilizou, de janeiro a agosto deste ano, mais de 1,5 milhão de casos prováveis de dengue, além de 1.609 mortes confirmadas pela doença e 354 em investigação. O painel mostra ainda quase 120 mil casos prováveis de chikungunya no país ao longo do mesmo período, além de 110 mortes confirmadas pela doença e 70 em investigação. Fonte

Vacinas da dengue, gripe aviária e influenza para idosos do Butantan são incluídas em programa federal de incentivo à inovação

O Butantan teve três novos projetos para desenvolvimento de vacinas aprovadas no Programa de Desenvolvimento e Inovação Local (PDIL), iniciativa do Ministério da Saúde que visa promover a inovação e o desenvolvimento de soluções tecnológicas e produtivas para o Sistema Único de Saúde (SUS). Os projetos contemplados envolvem o desenvolvimento e a produção das vacinas da dengue, gripe aviária e Influenza adjuvada. A partir do PDIL, esses imunizantes ganham apoio para serem desenvolvidos e fabricados com tecnologia e inovação nacional. “O programa reconhece a capacidade tecnológica do Butantan, que passa a ter estímulo e condições de desenvolver essas vacinas, criando competência interna e nacional em temas de desenvolvimento clínico, produção, escalonamento e inovação”, resume o diretor de Inovação e responsável pelo escritório de Inovação e Licenciamento de Tecnologia do Instituto Butantan (EILT), Cristiano Gonçalves. LEIA TAMBÉM: Candidatas à vacina da gripe aviária do Instituto Butantan induzem resposta imune Por meio do PDIL, o Butantan recebe apoio para a pesquisa de projetos de interesse da saúde pública e o desenvolvimento e a produção de imunobiológicos ainda inexistentes no mercado, mas que são de interesse do SUS. Dessa forma, a vocação do Butantan de desenvolver pesquisa e inovação de ponta como as vacinas, é fortalecida. Em contrapartida, as tecnologias que são desenvolvidas por meio desse programa são direcionadas para a criação de soluções inovadoras que serão ofertadas ao SUS. PDIL tem potencial para aumentar capacidade produtiva do Butantan. Foto: Divulgação/Governo de SP “Competência para levar a pesquisa da academia para o mercado o Butantan já tem, porque possui uma cadeia bem estruturada de desenvolvimento de imunobiológicos. Com o PDIL, o Butantan consegue retroalimentar ainda mais a pesquisa aqui dentro”, ressalta Cristiano. Por meio do programa, o Butantan conseguirá aprimorar a vacina Influenza que é distribuída gratuitamente à população pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). A nova versão tem a mesma composição antigênica da Influenza sazonal, com os três tipos de vírus da gripe mais circulantes no ano anterior. A diferença é que ela ganha o acréscimo de um agente adjuvante, também desenvolvido pelo Instituto, que aumenta a resposta imune no organismo de pessoas com mais de 60 anos. Em relação à vacina da dengue (Butantan-DV) – que está nas etapas finais de aprovação junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) –, o PDIL vai contribuir para que o Instituto aumente sua capacidade bioindustrial e vai apoiar a realização de ensaios clínicos que vão avaliar a extensão da faixa etária para o público acima de 60 anos, bem como a administração conjunta com a vacina Chikungunya. Já a nova vacina Influenza pré-pandêmica, também aprovada dentro no PDIL e que está em desenvolvimento no Butantan desde março de 2024, surge da necessidade de manter um estoque estratégico nacional para o enfrentamento de uma possível pandemia de gripe aviária. A vacina será uma das primeiras no mundo a utilizar a cepa de vírus H5N8. “Vamos iniciar os estudos em humanos deixando todas as etapas de desenvolvimento de produto prontas. Com o produto desenvolvido e testado, conseguiremos produzir a vacina de maneira rápida e eficaz para a aplicação nas pessoas, em caso de um eventual surto”, destaca Cristiano. De acordo com o diretor de inovação, nos últimos anos o Butantan tem direcionado esforços para se tornar referência na resposta rápida a emergências de saúde. São prova disso a vacina da dengue, que surgiu a partir do aumento de casos de dengue em 2015, e atuação do Instituto no combate à pandemia de Covid-19. Além dos projetos da vacina da dengue, da influenza adjuvada e da influenza pré-pandêmica, o Butantan está em articulações para incluir no PDIL outras iniciativas, que também foram submetidas ao Ministério da Saúde. Vacina da dengue, também contemplada no PDIL, está em reta final de aprovação pela Anvisa. Foto: Divulgação/Governo de SP Sobre o PDIL e a inovação no Butantan Os objetivos do PDIL, que foi criado em 2024 pelo Ministério da Saúde, são promover a produção industrial voltada à saúde no Brasil; induzir e fomentar o desenvolvimento e a inovação nacional para ampliar o acesso à saúde e reduzir a vulnerabilidade tecnológica do SUS; promover a capacitação de instituições científicas e produtores públicos, entre outros agentes, e contribuir para a transformação digital e ecológica. Os projetos a serem avaliados pelo programa devem estar alinhados à Matriz de Desafios Produtivos e Tecnológicos em Saúde do Ministério da Saúde.

Alerta em Pindamonhangaba: Casos de Dengue Disparam e Mobilizam Ações de Combate

O Boletim da Dengue, divulgado nesta quarta-feira (21), pela Secretaria de Saúde de Pindamonhangaba, contabilizou 641 casos da doença no ano de 2025. Não há óbitos até o momento. Os dados se referem a resultados positivos registrados até o dia 31 de maio deste ano. No mesmo período do ano passado foram 22.804 casos e em todo o ano de 2024, 23.538 confirmações da doença. Atualmente, os bairros com maior número de casos são: Araretama, Liberdade, Vale das Acácias, Parque São Domingos, Mombaça e Azeredo, que juntos somam 228 casos, representando 36,71% do total. O boletim traz ainda 13 casos de chikungunya – doença que também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e 1 caso de febre amarela. Para combater o mosquito transmissor da doença, a Secretaria de Saúde tem intensificado as ações em toda a cidade e alertado a população para eliminar água parada. Paralelo ao serviço de limpeza, agentes do Controle de Vetores estão fazendo uma verdadeira força tarefa em diversos bairros.

São José dos Campos confirma segunda morte por dengue em 2025

A Prefeitura de São José dos Campos confirmou nesta terça-feira (3) a segunda morte causada pela dengue no município em 2025. Até o momento, a cidade registra 4.306 casos confirmados da doença neste ano, com duas mortes já confirmadas e outros 12 óbitos em investigação. De acordo com o painel estadual, as duas vítimas tinham perfis diferentes: um paciente com mais de 80 anos e outro entre 35 e 49 anos. A dengue continua sendo um grave problema de saúde pública na região do Vale do Paraíba, exigindo atenção redobrada das autoridades e da população. A Secretaria Municipal de Saúde reforça a importância do combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, por meio da eliminação de criadouros, como água parada em recipientes, pneus, vasos de plantas e outros locais que possam acumular água. Além das medidas preventivas, a população deve estar atenta aos sintomas da doença, que incluem febre alta, dores no corpo, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas na pele, náuseas e coceira, e procurar atendimento médico imediato em caso de suspeita. A região do Vale do Paraíba tem registrado aumento nos casos de dengue em 2025, com municípios vizinhos também contabilizando mortes e altos índices de infecção.

Doenças como dengue, chikungunya e febre amarela têm sintomas parecidos, mostra estudo do Butantan

O termo “arbovirose” vem do inglês arthropod-borne virus disease, e faz referência a doenças virais transmitidas por artrópodes, como mosquitos e carrapatos – por exemplo, dengue, Zika, chikungunya, febre amarela e febre do Oropouche. Cerca de 4 bilhões de pessoas no mundo vivem em risco de contrair alguma dessas infecções, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só de dengue, em 2024, foram registrados 12,6 milhões de casos na região das Américas. No Brasil, os casos aumentaram 300% entre 2023 e 2024, ultrapassando 6 milhões de notificações, com 6 mil óbitos. Os mosquitos são responsáveis pela maioria das arboviroses, principalmente o Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e chikungunya. Apesar dos sintomas semelhantes, algumas características ajudam a distinguir as doenças: na dengue, a febre alta (40°C) de início súbito está sempre presente; na chikungunya, as dores articulares são muito mais fortes; e na infecção por Zika, a febre é baixa e há muitas manchas vermelhas no corpo acompanhadas de coceira intensa. Quando acomete gestantes, o vírus Zika pode causar microcefalia em recém-nascidos. O Aedes aegypti também transmite a febre amarela urbana, mas esse meio de transmissão não é registrado no Brasil desde 1942. A febre amarela de origem silvestre, por outro lado, é transmitida por mosquitos dos gêneros Sabethes e Haemagogus, comuns em regiões de mata. A doença, que é prevenível por vacina disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), pode causar febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça intensa, dor nas costas, náuseas e fraqueza. Já a febre do Oropouche, doença endêmica da Amazônia que tem se disseminado por outros estados brasileiros desde o ano passado, é transmitida pelo Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Os sintomas incluem dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.  No Brasil, existe ainda a doença de Mayaro, endêmica da região amazônica e transmitida principalmente por mosquitos do gênero Haemagogus. As manifestações da doença são parecidas com as da chikungunya, como febre alta (39°C a 40°C), dor de cabeça, dor nas articulações, calafrios, mal-estar e manchas vermelhas no corpo. Outro tipo de arbovirose, que não ocorre no Brasil, é a encefalite transmitida por carrapatos, endêmica na Europa e na Ásia. Prevenível por vacina, a infecção é causada por um vírus transmitido pela picada de carrapatos do gênero Ixodes, que habitam bordas de florestas. Embora a maioria dos quadros seja assintomática, pode ocorrer febre, dor de cabeça, mal-estar, dor no corpo, náusea e vômito. A letalidade chega a 40% em casos graves que acometem o sistema nervoso central. Como os artrópodes transmitem os vírus? Mosquitos e carrapatos são artrópodes hematófagos (que se alimentam de sangue) e carregam o vírus após picarem uma pessoa ou animal infectado. Uma vez dentro do organismo do mosquito ou do carrapato, o patógeno se replica e se espalha, atingindo as glândulas salivares. Depois, quando o artrópode pica outro indivíduo, o vírus é introduzido no novo organismo por meio de sua saliva, e o ciclo de transmissão se repete. Além de vírus, artrópodes hematófagos podem abrigar outros tipos de patógeno, como bactérias, protozoários e nematoides, causando doenças que não entram na categoria de arboviroses. É o caso do carrapato-estrela, que transmite a bactéria responsável pela febre maculosa, e do mosquito Anopheles, que transmite o protozoário da malária. Mesmo infectados, os artrópodes não ficam doentes, pois seu sistema imune dá conta de protegê-los. Séculos de evolução As arboviroses circulam pelo mundo há muito tempo – uma enciclopédia chinesa de 610 d.C. chega a mencionar uma doença semelhante à dengue, que supostamente seria causada por “insetos da água”. Mas foi o vírus da febre amarela o primeiro arbovírus a ser descrito oficialmente, com registros de epidemias desde o século XVI. Acredita-se que ele tenha se originado na África e se espalhado por meio do tráfico de escravizados. A hipótese de transmissão da febre amarela por mosquitos foi levantada em 1881 pelo epidemiologista cubano Carlos Finlay, e confirmada em 1901 pelo cientista norte-americano Walter Reed. Pouco depois, descobriu-se que a dengue também era transmitida por mosquitos: a comprovação do vetor Aedes aegypti ocorreu em 1906. Ao longo do século XX, outras arboviroses foram descobertas, como a encefalite transmitida por carrapatos (1936), a febre do Nilo Ocidental (1937), a Zika (1947), a chikungunya (1952), a febre Mayaro (1954) e a febre do Oropouche (1955). Com o aumento da urbanização, os vetores, que antes predominavam em áreas silvestres, foram se adaptando aos centros urbanos, contribuindo para a ocorrência de epidemias de arboviroses. Além disso, as mudanças climáticas também têm gerado impacto significativo na circulação dessas doenças, facilitando a multiplicação dos vetores, especialmente dos mosquitos. De acordo com o The World Mosquito Program (WMP), organização não governamental ligada à Universidade Monash, da Austrália, esses insetos infectam mais de 700 milhões de pessoas no mundo e causam cerca de 1 milhão de óbitos todos os anos. Para ajudar a combater o problema, em 2022, a OMS lançou a Global Arbovirus Initiative, programa internacional que propõe ações prioritárias contra as arboviroses. A iniciativa se divide em seis pilares: 1) monitorar e antecipar riscos; 2) reduzir riscos epidêmicos locais; 3) fortalecer o controle de vetores; 4) prevenir e se preparar para pandemias; 5) estimular a inovação e novas abordagens; e 6) construir uma coalizão de parceiros. Atuação do Butantan Nos últimos dez anos, o Instituto Butantan tem se dedicado ao desenvolvimento de uma vacina contra a dengue e, mais recentemente, de uma contra a chikungunya. O imunizante da dengue, que mostrou eficácia de 79,6% em estudos clínicos, está em fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).  Já o da chikungunya, desenvolvido em parceria com a empresa franco-austríaca Valneva, foi aprovado pela Anvisa em abril, e já foi registrado nos Estados Unidos, Canadá e Europa. Nos ensaios clínicos, a vacina gerou anticorpos em 98,9% dos voluntários adultos e em 98,8% dos adolescentes avaliados. O Butantan também pesquisa uma possível vacina contra a Zika, que está no estágio inicial de desenvolvimento, ainda sem previsão de testes em seres humanos.

Primeira morte por dengue em Guaratinguetá acende alerta em Pindamonhangaba

A Prefeitura de Guaratinguetá confirmou nesta sexta-feira (9) a primeira morte por dengue registrada em 2025. A vítima, um homem de 64 anos, morador do bairro Beira Rio, não teve informações sobre comorbidades divulgadas pela Secretaria de Saúde. O óbito eleva a preocupação na região do Vale do Paraíba, que já soma nove mortes e mais de 10 mil casos da doença apenas neste ano. Em Guaratinguetá, até o momento, são 127 casos confirmados de dengue, e a prefeitura reforça que segue intensificando as ações de combate, com agentes de endemias atuando diariamente, operações de limpeza de terrenos e campanhas de conscientização. A cidade integra uma lista crescente de municípios da região afetados pela epidemia, com destaque para São José dos Campos, Jacareí e Taubaté, que lideram o ranking de casos. Situação em Pindamonhangaba: crescimento acentuado de casos Em Pindamonhangaba, o cenário também exige atenção. Segundo o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde, a cidade já contabiliza 363 casos confirmados de dengue em 2025, um aumento significativo em relação ao início do ano. Até o momento, não há registro de mortes, mas o avanço dos casos acende um alerta para a população e autoridades de saúde. A prefeitura de Pindamonhangaba tem intensificado as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Equipes realizam bloqueios de criadouros, nebulizações e inspeções domiciliares em bairros com maior incidência, como Jardim Regina, Vale das Acácias, Araretama e Cidade Jardim. O setor de Controle de Vetores reforça que a participação da comunidade é fundamental para eliminar focos do mosquito e evitar uma escalada nos números. Alerta à população: prevenção é fundamental Com a chegada do período mais quente e chuvoso, o risco de proliferação do mosquito aumenta. Autoridades de saúde recomendam atenção redobrada para sintomas como febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e manchas vermelhas na pele. Em caso de suspeita, é fundamental procurar atendimento médico imediato. Para evitar novos casos, a população deve: O combate à dengue depende do esforço conjunto entre poder público e sociedade. O aumento de casos em Pindamonhangaba e a confirmação do primeiro óbito em Guaratinguetá são sinais claros de que o alerta deve ser mantido e as medidas preventivas intensificadas em toda a região

Boletim da dengue em Pinda

Boletim da dengue: Pinda chega a 363 casos em 2025 O Boletim da Dengue, divulgado nesta quarta-feira (30), pela Secretaria de Saúde de Pindamonhangaba, contabilizou 363 casos da doença no ano de 2025. Não há óbitos até o momento.Os dados se referem a resultados positivos registrados até o dia 26 de abril deste ano. No mesmo período do ano passado foram 21.087 casos e em todo o ano de 2024, 23.538 confirmações da doença.Atualmente, os bairros com maior número de casos são: Araretama, Liberdade, Vale das Acácias, Parque São Domingos, Azeredo e Jardim Regina, que juntos somam 145 casos, representando 39,94% do total.O boletim traz ainda 5 casos de chikungunya – doença que também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e 1 caso de febre amarela.Para combater o mosquito transmissor da doença, a Secretaria de Saúde tem intensificado as ações em toda a cidade e alertado a população para eliminar água parada. Paralelo ao serviço de limpeza, agentes do Controle de Vetores estão fazendo uma verdadeira força tarefa em diversos bairros.

Pindamonhangaba registra 329 casos de dengue em 2025; bairros críticos concentram 48% das ocorrências

A Secretaria de Saúde de Pindamonhangaba divulgou nesta quarta-feira (23) o Boletim da Dengue, que contabiliza 329 casos confirmados da doença em 2025. Até o momento, não há registros de óbitos relacionados ao vírus. Os dados incluem resultados positivos identificados até 19 de abril deste ano. Comparativo com 2024 O cenário atual mostra queda expressiva em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 20.477 casos até abril de 2024. Ao todo, o município contabilizou 23.538 confirmações de dengue no ano anterior. Bairros com maior incidência Nove localidades concentram 159 casos (48,33% do total): Chikungunya e ações preventivas O boletim também registra 5 casos de chikungunya, doença transmitida pelo mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti56. Para conter o avanço das infecções, a prefeitura mantém: Recomendações à população A Secretaria de Saúde reforça a necessidade de:✔ Vedar caixas d’água;✔ Limpar calhas e ralos semanalmente;✔ Descartar lixo em locais adequados;✔ Usar repelentes em áreas de risco. Situação monitorada: Equipes seguem em força-tarefa nos bairros com maior número de casos, enquanto novos boletins são atualizados quinzenalmente