Curitiba recebe III Festival da Palavra com programação literária

A partir da próxima quarta-feira (10) até o dia 14, Curitiba vai se transformar na capital brasileira da literatura. A cidade recebe o III Festival da Palavra, que vai reunir cerca de 200 escritores locais e de outras partes do país, em 26 espaços culturais da cidade. A programação, a maior parte dela gratuita, inclui 125 atividades, entre oficinas de escrita, rodas de conversa, palestras, espetáculos, mostras de cinema, exposições, feira de livros e sessões de autógrafos. A escritora e crítica literária Luci Collin, curadora do festival, acredita que, nesta edição, o evento deve registrar o maior público de sua história. “Nós temos uma expectativa de que haja uma presença, uma circulação maior ainda de pessoas. No último festival nós tivemos mais de 10 mil pessoas circulando ali, não só pela feira, mas por todos os eventos que tivemos. Então a expectativa para esse ano é que seja maior”. Um dos destaques do festival são as oficinas, ao todo 33, sobre diferentes temas, como criação literária, poesia e arte de rua. Além disso, o público poderá participar de bate-papos e mesas com grandes autores, como Milton Hatoum, Marcelino Freire e Jarid Arraes. As crianças também contam com atrações especiais. A curadora do Festival da Palavra destaca essa parte da programação: “Nós teremos, para dar um exemplo dessas atrações, no Bondinho da Leitura, nós teremos vários grupos, grupos com atores e atrizes, com contação de histórias, espetáculos infantis. Também vários shows, várias atrações, teremos grupos de teatro e teremos espetáculos de palhaçaria. Teremos uma convidada especialíssima que é a Bia Bedran, que é uma grande estrela. Encanta, vem encantando gerações”. A programação contempla ainda o cinema, com exibições de filmes sobre obras de autores brasileiros, além de mostras especiais dedicadas a nomes importantes da nossa literatura, entre eles, Clarice Lispector, Graciliano Ramos e Jorge Amado, como conta Luci Collin: “Nós teremos na Cinemateca, que também está comemorando 50 anos de existência, nós organizamos um festival, o festival Jorge Amado e Graciliano Ramos, com exibições nos dias 10, 11, 12, 13 e 14, nós teremos seções de filmes que são baseados na obra desses dois grandes escritores nacionais”. Nesta terceira edição, o festival homenageia a poetisa paranaense Helena Kolody e o paulista Augusto de Campos. Na longa lista de eventos, os únicos pagos são a abertura e o show de encerramento. O primeiro é uma palestra com o jornalista, professor e filósofo Clóvis de Barros Filho, no Teatro Guaíra, com ingressos a R$ 60 e R$ 20, mais a doação de um livro de literatura em boas condições. Já o show Palavra de Mulher, que vai fechar o festival, leva ao palco do Canal da Música, importante espaço cultural e de eventos de Curitiba, as cantoras Tânia Alves, Lucinha Lins e Virginia Rosa. Ingressos a R$ 60. Cultura
Projeto oferece atendimento oftalmológico para crianças em Curitiba

Brenda Valenttina passa a fazer parte da turma dos que usam óculos – Paula Laboissière/Agência Brasil Aos 9 anos, a estudante Brenda Valenttina passou, pela primeira vez, por um exame completo de acuidade visual, popularmente conhecido como teste da visão. Enfrentou vários aparelhos e profissionais e, claro, precisou dilatar a pupila. “Não gostei muito do colírio. Ardeu um pouco. E a gente fica enxergando esquisito depois”. Ao final, a aluna do 4º ano da rede pública de Curitiba descobriu que precisa usar óculos. No momento de escolher a armação, preferiu a estampada de oncinha. “Tenho várias amigas que usam. A Khaleesi, a Sofia, a Lara, a Maria Helena. Agora, vou fazer parte da turma que usa óculos também”. Ludmilla Emanuely, 9 anos, não ficou tão empolgada com a descoberta de que terá que usar óculos, mas admite que sentiu dificuldade para enxergar as letrinhas apontadas pelo médico de longe. “Não gosto muito da ideia de usar óculos. Mas tenho amigas que usam. A Maria Eduarda usa. E ela fica bonita de óculos”. Como a colega de 4º ano, essa também foi a primeira vez que Ludmilla passou por um teste de visão. Na hora de escolher a armação, experimentou um, dois, três, quatro modelos. Tentou rosa, vermelho escuro. Ao final, preferiu uma armação mais discreta, transparente. João Lucas escolhe os óculos que receberá do projeto Pequenos Olhares – Paula Laboissière/Agência Brasil João Lucas, 10 anos, também cursa o 4º ano em um colégio da rede municipal de Curitiba. Depois de passar pelo primeiro teste de visão, como os demais colegas, descobriu que precisa usar óculos. “Estava com medo. Achei que o exame ia doer. Mas estou animado pra usar óculos. Vai ser moleza”. Na hora de escolher, João passou por armações nas cores azul, verde, cinza. Mas acabou ficando com a preta. “Acho que o pessoal de casa vai gostar do que eu escolhi. Meus pais e meus irmãos”. As três crianças fazem parte de um grupo de cerca de mil alunos selecionados para participar do projeto Pequenos Olhares, organizado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) em parceria com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica com o apoio do Ministério Público, da Secretaria de Educação de Curitiba e da prefeitura. Em entrevista à Agência Brasil, a oftalmologista e coordenadora do projeto, Bruna Ducca, destacou que a ação acontece todos os anos em cidades que sediam o Congresso Brasileiro de Oftalmologia, como é o caso de Curitiba este ano. Os atendimentos acontecem entre esta quinta-feira (28) e sexta-feira (29). “As crianças são selecionadas pelas escolas da prefeitura. Os professores fazem essa seleção com base em falhas de testes de visão. São crianças que já estão há algum tempo com dificuldades, esperando e que não conseguiam uma consulta oftalmológica completa. Com esse projeto, elas têm essa chance”, explicou a coordenadora. “Primeiro, elas passam pelo exame de acuidade visual, a chamada medida da visão. Depois, pelo exame de estrabismo. Depois, se necessário, pingam colírio para dilatar a pupila, fazem o exame de fundo de olho, para mapeamento de retina, e fazem o teste da refração ou teste de grau. E, se necessário, ganham os óculos. Elas mesmas escolhem uma armação, que vai pra ótica e, alguns dias depois, é entregue nas escolas”, completou. Os atendimentos do projeto estão sendo realizados por médicos oftalmologistas que estão em Curitiba para participar do congresso, com o apoio de alunos voluntários dos cursos de medicina. Além do atendimento oftalmológico, os alunos têm acesso a atividades lúdicas com recreadores e lanche. *A repórter viajou a convite do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Fonte
Lazer em Curitiba Bares de Rua e Festivais de Música Ganham Destaque Pós-Pandemia

O público tem preferência por ocupar as calçadas, e Vetter decidiu criar um cardápio focado em sanduíches, que permite às pessoas comer de pé e de forma descontraída.