CULTURA RETOMA AULAS GRATUITAS DE…

A Secretaria Municipal de Cultura retomará, na próxima segunda-feira (15), às novas turmas de aulas de artesanato, abertas à comunidade. As atividades serão conduzidas pelas professoras Hosana Correa e Maria Marta, em dois espaços culturais da cidade: o CEMEP (antigo Mercadão) e a Estação Cultural (antiga Estação Ferroviária). No CEMEP, as aulas ficam sob responsabilidade da professora Hosana Correa, com oficinas de: –    Pintura em Tecido – segundas-feiras, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h; –    Patch Aplique – terças-feiras, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h. Já na Estação Cultural, a professora Maria Marta ministrará aulas de: –    Crochê, Tricô e Bordado – terças e quartas-feiras, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h. Além das novas turmas de artesanato, a Estação Cultural também oferece atividades já consolidadas, como Capoeira e Yoga, ampliando o acesso da população à arte, ao lazer e à cultura. Interessados em obter mais informações sobre dias, horários e disponibilidade de vagas podem comparecer diretamente à Secretaria de Cultura. Prefeitura de Aparecida

Ação Arte e Cultura nas Escolas de Tempo Integral está regulamentada

A portaria que regulamenta a Ação Arte e Cultura nas Escolas de Tempo Integral foi assinada nesta segunda-feira pelos ministros da Educação, Camilo Santana, e da Cultura, Margareth Menezes durante evento na Universidade de Brasília. Após a assinatura da portaria, também  aconteceu a convocação para os Estados apresentarem seus projetos artísticos e culturais para alunos em tempo integral no país por meio das Secretarias Estaduais de Educação e das Secretarias Estaduais de Cultura. Durante o evento, o ministro da Educação, Camilo Santana, comentou que a escola de ensino básico de tempo integral olha para o projeto de vida do aluno.   A iniciativa chama a atenção para o diálogo sobre políticas públicas de arte e cultura nas escolas. No ano passado, os ministérios da Educação e da Cultura firmaram um acordo de cooperação técnica para promover ações conjuntas. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, falou sobre a importância de garantir o direito à arte para todo brasileiro e toda brasileira. O evento contou ainda com debates sobre artes e cultura no ensino de tempo integral e sobre o ensino das histórias e culturas indígenas e afro-brasileiras nas escolas. Cultura

MinC e MEC lançam arte e cultura nas escolas de tempo integral

O Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Cultura (MinC), firmaram nesta segunda-feira (8), em Brasília, uma parceria para levar projetos de arte e cultura aos estudantes de escolas públicas de tempo integral, em todas as unidades da federação. Durante o evento de lançamento da iniciativa federal, o ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu a universalização do ensino integral em todos os níveis na educação básica no Brasil com “os alunos passando o dia na escola”, o que pode, segundo ele, reduzir os índices de violência no país e a evasão escolar. “A escola em tempo integral olha o projeto de vida do aluno como um todo, que precisa ter cultura, esporte, curso de línguas e precisar ter uma coordenação pedagógica que olha para o projeto de vida de cada aluno. Portanto, esse é o mais importante modelo de escola da educação básica desse país”, disse. Ao assinar a portaria interministerial (6/2025) que regulamenta a ação nas escolas de tempo integral, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirmou que a arte e a cultura são ligadas por um laço forte à educação. “São irmãs”. A ministra entende que os financiamentos públicos nestas áreas são investimentos no futuro da nação e que servem para o Brasil ser um país mais justo e igualitário.  “Vamos trabalhar juntos com paixão, com amor, com determinação para que o direito à arte e à cultura seja uma realidade para cada brasileiro e brasileira, diante dos desafios que se apresentam”, projeta a ministra. A reitora da Universidade de Brasília (UnB) e anfitriã do encontro, Rozana Reigota Naves, aponta a cultura e a arte como grandes expressões de diversidade e da cidadania de um povo. “[Cultura e arte] são um importante mecanismo de reafirmação da soberania de um povo.” >>Conheça modelo na Bahia de escola em tempo integral Adesões estaduais De acordo com Camilo Santana, em breve, o MEC e o Minc lançarão um edital de chamada pública que abrirá o período de adesão voluntária das secretarias estaduais de educação e de cultura interessadas em receber financiamento federal para projetos artísticos-culturais incluídos nos currículos escolares da educação em tempo integral. “A comunidade escolar define o currículo dela e diz quais são as aptidões que aquela comunidade quer: se na área da cultura, do esporte, da tecnologia, das artes, do cinema. Enfim, esse edital vai permitir que a gente possa estimulá-los”, detalhou. O ministro explicou que, inicialmente, mesmo não conseguindo abarcar todas as escolas de tempo integral, o governo federal financiará ações em todos os estados da federação. “Para que a gente possa iniciar essa parceria importante do Ministério da Cultura com o Ministério da Educação, no olhar da garantia de que crianças e jovens brasileiros possam ter direito a uma escola completa e integral para sua formação do dia-a-dia”, garantiu Camilo.  Representando o Conselho Nacional de Secretários de Educação, a secretária de Educação do Rio Grande do Sul, a professora Raquel Figueiredo, celebrou a medida federal. “O Ministério da Educação e o Ministério da Cultura estão nos dizendo que o corpo e alma da nação brasileira precisam passar por esses dois Ministérios e que induzir e financiar políticas públicas é a única saída para, de fato, mudarmos a qualidade [do ensino]. As escolas de tempo integral propiciam essa oportunidade.” Benefícios A jornada de tempo integral nas escolas deve ser igual ou superior a sete horas diárias ou 35 horas semanais, de acordo com resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE). A secretária de Educação Básica (SEB) do MEC, Kátia Schweickardt, afirmou que a estratégia de ampliação do número de matrículas no ensino integral, desde 2023, precisa ser acompanhada de ferramentas que contribuam para o desenvolvimento integral dos alunos, como arte, cultura e esporte, neste tempo adicional que os estudantes permanecem nas escolas. Por isso, o governo federal apoiará financeiramente e tecnicamente os projetos que levem cultura para dentro das escolas de tempo integral no Brasil. “A gente quer, agora, induzir um processo mais significativo e que tenha de fato uma conexão com os currículos [escolares]. Para a gente só interessa aquilo que leve à educação de verdade, com qualidade.  Todas essas iniciativas vão estar articuladas ao que a gente vem tentando fomentar para [aumentar] a qualidade da educação básica no Brasil.” Para o secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piuba, a educação em tempo integral colabora para o desenvolvimento do pensamento crítico e da criatividade. Porém, na visão dele, não há investimentos robustos ao longo da história por parte dos governos em programas voltados para a formação de repertórios artísticos e culturais nos processos de ensino-aprendizagem. “Uma escola que não tem um ensino das artes e a experiência da formação artística e cultural, em seu ambiente, em sua estrutura de ensino-aprendizagem, é uma escola limitada e opressora. Ainda mais em um país onde nem todas as pessoas têm acesso aos bens e serviços culturais”, desvenda. “Uma educação bancária, meramente funcional e instrumental, que leva nossos jovens às melhores universidades não é motivo, por si só, de celebração. Por exemplo, de que adianta celebrarmos centenas de milhares de jovens chegando a faculdades de medicina e, por ausência de formação crítica, criativa e cidadã, ser mais um médico fascista, negacionista, do tipo doutor Cloroquina?”, indagou o secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piuba. Educação

Projeto “Mar é Cultura” impulsiona maricultura no Litoral Norte – Prefeitura Municipal de Ubatuba

A Secretaria de Agricultura e Pesca de Ubatuba participou do lançamento da nova fase do Projeto Mar é Cultura, realizado na cidade. Desenvolvido e financiado pelo Programa Petrobras Socioambiental desde 2021, o projeto tem como foco o fortalecimento da Associação dos Maricultores do Estado de São Paulo (AMESP), referência na defesa e organização da atividade desde 1998. “É uma grande satisfação ressaltar a importância da maricultura para o desenvolvimento sustentável de nosso litoral e, em especial, o papel fundamental da AMESP, que há décadas contribui para a valorização da cultura caiçara e da produção de alimentos de qualidade”, destacou o secretário de Agricultura e Pesca, Leandro Herrera. Ações e objetivos O Mar é Cultura tem como missão impulsionar a maricultura sustentável na Área de Proteção Ambiental Marinha do Litoral Norte (APAMLN) — que abrange os municípios de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião, Ilhabela e também Cananéia, no litoral sul. Entre as iniciativas previstas estão: – Criação de um banco de dados socioeconômicos e produtivos dos maricultores; – Regularização jurídica e ambiental, garantindo mais segurança e acesso a crédito; – Capacitação técnica e debates com comunidades tradicionais e órgãos gestores; – Reestruturação e equipagem de 40 fazendas marinhas cadastradas; – Desenvolvimento de roteiros de Turismo de Base Comunitária (TBC) ligados à maricultura; – Investimentos em unidades de beneficiamento que atendem aos padrões de qualidade; – Valorização cultural por meio de workshops, festas e eventos gastronômicos. Identidade caiçara e futuro sustentável Com sede em Ubatuba, a AMESP nasceu na década de 1990 como alternativa à pesca tradicional, consolidando a maricultura como atividade econômica e sustentável. Hoje, amplia seu alcance ao articular tradição, inovação e preservação ambiental. A proposta é clara: reforçar a identidade caiçara, gerar renda para as comunidades costeiras e garantir alimentos de qualidade, respeitando o mar e impulsionando o desenvolvimento sustentável do litoral paulista. Prefeitura de Ubatuba

Estudantes do Rio terão aulas de cultura afro-brasileira

Alunos das redes municipais de ensino poderão participar do projeto Clubinho de Leitura, do Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), na Gamboa, região portuária do Rio de Janeiro. Ao todo serão beneficiados 1.200 estudantes da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I e II até o final de 2025 em atividades que integram literatura, identidade racial e educação patrimonial.  A intenção é estimular o hábito da leitura entre os alunos, além do reconhecimento da história e cultura dos povos negros e originários. As crianças vão se reunir com escritores e contadores de histórias e participarão de atividades lúdicas de educação étnico-racial. O projeto vai oferecer ainda experiências para o fortalecimento de identidade racial positiva nas crianças.  As inscrições começam nesta segunda-feira (1º) e as escolas que quiserem participar precisam entrar em contato com a instituição por meio do e-mail clubinhodolivro@pretosnovos.com.br. As contempladas receberão mensagem dos organizadores para o agendamento. A atividade será realizada às terças-feiras, até a primeira quinzena de dezembro, na sala de aula e na galeria do Instituto Pretos Novos.  A iniciativa é patrocinada pela empresa VLT Carioca, rede de veículos leves sobre trilhos, e pelo Grupo L’Oréal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, conhecida como Lei ISS, tipo de financiamento cultural, no qual empresas contribuintes do tributo utilizam parte dele  para apoiar projetos culturais na cidade.  Para a diretora-presidente do IPN, Merced Guimarães dos Anjos, o projeto é pilar importante na construção da infância. “O Clubinho do Livro trabalha o letramento racial para que, desde pequenos, eles aprendam a ser antirracistas e tolerantes com as diferenças culturais e religiosas”, afirmou em texto divulgado pela VLT Carioca. Nos dias de participação, as crianças sairão das escolas em 20 ônibus contratados, chegarão ao Cais do Valongo, também na região portuária, onde terão visita guiada pelo Circuito da Herança Africana que, além do Cais do Valongo, compreende a Praça da Harmonia, o Museu da História e da Cultura Afro-brasileira (MUHCAM) e o IPN. Terão também dinâmicas de contação de histórias conduzidas por arte-educadores capacitados. Educação

Notas de Falecimentos – 30 de agosto de 2025  em Pindamonhangaba

“O Portal Vale em Ação manifesta seus profundos sentimentos e solidariedade às famílias enlutadas neste momento de dor.” †Nota de falecimento em Pindamonhangaba † Maria Ivany Roveda89 anos, moradora do BosqueSendo velada na sala 3 do SesolupiSepultamento às 16h, na Central Municipal. † Maria Eduarda Anochi Medeiros de Araújo24 anos, moradora de Moreira CésarSendo velada na Central MunicipalSepultamento às 10h, na Central Municipal. Aos familiares e amigos, nossos sinceros sentimentos de pesar.

Idosos do Centro de Convivência Vila Marli levam espetáculo de dança ao Sesc Taubaté

Idosos do CCI (Centro de Convivência do Idoso) da Vila Marli são os protagonistas do espetáculo “Todo mundo dança”, que será apresentado no Teatro do SESC, nesta quarta-feira (27), às 19h. A iniciativa, desenvolvida pela Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social da Prefeitura de Taubaté, faz parte do projeto “Idoso em Cena” e conta com a participação de mais de cem idosos, que durante a apresentação retratam a cultura e, principalmente, a dança de vários países. A ação é um projeto de inclusão e consiste em trazer expressões artísticas de dança, teatro e voz, que a fim de possibilitar o fortalecimento de vínculos e o resgate de história de vida dos participantes, promove a valorização do idoso na sociedade e trabalha a autoestima de cada um. O espetáculo teve estreia no Teatro Metrópole e agora está sendo levado a outros espaços para que a população possa prestigiar o trabalho artístico dos idosos que integram o projeto “Conviver”, que oferta serviços de convivência e fortalecimento de vínculos para o público 60 mais.

Notas de Falecimentos – 26 de agosto de 2025  em Pindamonhangaba

“O Portal Vale em Ação manifesta seus profundos sentimentos e solidariedade às famílias enlutadas neste momento de dor.” †Nota de falecimento em Pindamonhangaba † MARIA DO CARMO DO NASCIMENTO87 anos – Moradora do Bela VistaVelório na Sala 3 do SesolupiSaída às 8:00 horas para sepultamento no Cemitério Municipal Central de Pindamonhangaba – SP. † ANA LUCIA MATOSO66 anos – Moradora do AraretamaVelório na Sala 2 do SesolupiSaída às 16:00 horas para sepultamento no Cemitério Municipal Central de Pindamonhangaba – SP. † ZULMIRA ELIOTÉRIO LÉLIS70 anos – Moradora do MombaçaVelório na Sala 1 do SesolupiSaída às 8h00 para o Crematório Parque das Flores, em São José dos Campos. † HELENA APARECIDA VILA87 anos – Moradora do CentroVelório na Sala 3 do Sesolupi a partir das 8h30 horasSaída às 16h00 horas para sepultamento no Cemitério Municipal Central de Pindamonhangaba – SP. Aos familiares e amigos, nossos sinceros sentimentos de pesar.

Projeto da Embrapa apoia cultura alimentar em comunidades do Nordeste

“É um divisor de águas”. “É transformador”. Essas são as avaliações de duas mulheres de comunidades que participam do projeto de pesquisa agro alimentar Paisagens Alimentares, coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Alimentos e Territórios Alagoas e financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que está transformando comunidades rurais no semiárido nordestino. Sem a presença do pai, Anatália Costa Neto, a Nat, a caçula dos dez filhos, começou a trabalhar com 11 anos em casa de família. Ainda criança, ia para o mangue ajudar a mãe a pescar aratu e ostras.  Hoje, aos 41 anos, é uma das 14 integrantes da Associação das Mulheres Empoderadas de Terra Caída de Indiaroba, em Sergipe. Nat chegou na comunidade aos 18 anos para se casar e não saiu mais. Além do artesanato que já faziam no local, com peças em crochê, macramê, madeira e conchas, agora após a pesquisa da Embrapa Alimentos e Territórios Alagoas, desenvolvem o projeto de turismo de base comunitária, que se tornou mais uma fonte de renda para a comunidade. Nat ganhou, neste mês, o prêmio Mulher de Negócio, na categoria Microempreendedora Individual com o conjunto de ações que realiza na comunidade como a criação do hambúrguer de carne de aratu, um caranguejo típico do local, no qual concorreu com 150 mulheres do estado de Sergipe. Segundo ela, o produto que já era produzido anteriormente, ganhou atratividade após o trabalho da Embrapa. “O projeto me fez vender mais, saber como calcular o preço, que eu não tinha noção. Foi através deles que eu agreguei valor ao meu produto. Vendo na lanchonete e outras de fora pegam comigo. O turista vem e leva para o consumo próprio com uma caixinha de isopor. Muita gente leva para fazer em casa”, contou à Agência Brasil. O projeto Paisagens Alimentares tem como objetivo promover a valorização da cultura alimentar e do turismo sustentável de base comunitária na região. Os locais escolhidos receberam as visitas dos técnicos da Embrapa que começaram a trabalhar com os moradores em oficinas, intercâmbio e imersões, envolvendo diretamente mais de 500 participantes e provocando um impacto estimado em mais de cinco mil pessoas da região.  No caso da Nat, a orientação para agregar valor beneficiou também outros produtos como os biscoitos de capim santo e de batata-doce, os produzidos a partir da fruta mangaba com geleias, cocadas, compotas, bolos e pudins, e os mariscos, que também têm sido um sucesso.  “Assim a gente vai criando produtos para poder trazer mais fontes de renda para a nossa vida. São muitas coisas é só a gente ter a ideia que vai fluindo na mente. Foi através da Embrapa que a gente foi conhecendo mais”, comentou. Visibilidade Ana Paula Ferreira, 38 anos, é do assentamento Olho D’Água do Casado de Palmeira dos Índios, no alto sertão de Alagoas, onde junto com outras sete mulheres é coordenadora. Segundo ela, o projeto da Embrapa promoveu mudanças no assentamento. “É um projeto transformador, que está trazendo economia e liberdade, pertencimento principalmente, no território com essa questão de fortalecer o que é nosso e desse conceito que é viver da agricultura familiar com a contemplação para mostrar o que há de mais belo para nossos visitantes sobre o cotidiano dos agricultores que colocam a mão na terra para produzir o alimento saudável”, relatou a coordenadora, em entrevista à Agência Brasil.  O território está inserido em uma área de reforma agrária tendo ao redor o Pôr do Sol dos Cânions Dourados e Cânions do São Francisco, permitindo ainda a exploração turística do local. Para Ana Paula, a busca pela visibilidade do trabalho feito na agricultura familiar e em assentamentos é um fato importante para esses produtores.  “No conceito de mostrar para o mundo o que estamos fazendo e as pessoas tirem essa venda dos olhos. Quando um visitante vem para a nossa comunidade e tem esse contato com o agricultor, os animais e o povo da roça é exaltado e dando importância a quem produz o alimento”, indicou. Ela destaca que um dos avanços do projeto na comunidade foi trabalhar com o envolvimento de jovens do território que começavam a se afastar do trabalho feito no local. “Hoje com as universidades ao redor, os institutos e as oportunidades eles não precisam sair e nem sonhar ir tão longe” disse. Além disso, houve uma expansão das atividades que podem ser desenvolvidas no Olho D’Água do Casado e resultar em geração de renda na agricultura que não eram vistas antes pela comunidade. “Depois da Embrapa e do Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] na comunidade, a gente contemplou tudo dentro do assentamento, com esse conceito de preservação”, afirmou, completando com mais um avanço que é o projeto de artesanato desenvolvido com as mulheres locais aproveitando a biodiversidade da caatinga. “Muitas pessoas têm o conceito de que a caatinga está morta no período de seca do verão, mas com os conhecimentos da Embrapa a gente viu que pode aproveitar a caatinga o ano todo e a preservação aumentou, ainda mais, pelas pessoas estarem cultivando as suas árvores nativas”, explicou. No Quilombo Engenho Siqueira, em Rio Formoso (PE), é preparado o funje, prato típico de Angola  Foto Elias Rodrigues/Embrapa Criação do projeto O supervisor do setor de inovação e tecnologia da Embrapa Alimentos e Territórios Alagoas, Aluísio Goulart Silva, contou que o projeto surgiu de uma articulação com o BID ainda em 2018. As negociações continuaram e, quando a Embrapa Alimentos e Territórios Alagoas começou a funcionar, o projeto se enquadrava perfeitamente na missão da nova unidade criada pela empresa. Ao todo foram três anos de desenvolvimento. No primeiro foi feita uma pesquisa exploratória dos territórios, que levou em consideração dados de instituições, universidades, secretarias de estado de turismo e agricultura e do Sebrae nos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. O comitê técnico gestor elencou 20 critérios para avaliar as possibilidades de participação de territórios e comunidades, que foram visitados pelos técnicos. Com a avaliação, foram identificados cinco territórios e seis comunidades, duas delas em Alagoas foram duas comunidades. Uma é a

Teatro Galpão recebe estreia do espetáculo “Amor na Desmedida”

O Teatro Galpão vai receber, no sábado (23), às 19h30, a estreia do espetáculo “Amor na Desmedida”, uma dramaturgia adaptada por Alberto Santiago a partir do texto “Agreste (Malvarosa)”, de Newton Moreno. A peça narra o encontro de dois corações que, entre risos e cheiros, fugiram para viver um amor silencioso e bonito. No sertão, o que desafia costumes vira pecado, e o povo, como vento ruim, tenta apagar o que é puro. É a história de um amor valente que resiste à intolerância. A montagem é assinada por um elenco diverso e comprometido, com texto de Alberto Santiago, direção de Wesley Silva e produção local de Misa Nothn. No palco estarão Mika Montasio, Stéphanny Lomar, Letícia Lacerda, Lívia Toledo, Maria Luiza Alves, Madu Brandão, Sthephany Vitória, Deborah de Jesus, Carlos Pyles e Ana Valente. A operação de som é de Jonas Caetano. O espetáculo é do Grupo Importa de Teatro, criado em outubro de 2021 por alunos da terceira turma do curso Técnico em Teatro do Senac Pindamonhangaba. Com forte presença feminina, o coletivo acredita na arte como força transformadora e utiliza o teatro para dar visibilidade às lutas de grupos com menos direitos, sempre buscando provocar reflexões sobre o que realmente importa para a transformação social. O palco do Teatro Galpão já é considerado uma casa para o Grupo Importa, que ali já se apresentou em festivais e com a peça “Nomei-A”, um marco na identidade do coletivo. Agora, com “Amor na Desmedida”, o grupo retorna cheio de expectativas. “Estamos ansiosos para compartilhar com o público o resultado de todo esse processo, feito com muito carinho. Essa peça é capaz de tirar risadas e lágrimas de quem assiste, e nosso grande objetivo é que a nossa arte faça a diferença a todos que se permitirem nos ouvir”, destacou a atriz Letícia Lacerda. O diretor de Cultura, Paulinho Faria, ressalta a relevância da estreia. “É uma alegria enorme receber novamente o Grupo Importa no Teatro Galpão. Esse espetáculo, além de sua qualidade artística, traz uma reflexão importante para a sociedade, e reforça o papel da cultura como instrumento de transformação social”, ressaltou.