Governo lança campanha para vacinar crianças e jovens até 15 anos

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (1º) uma campanha de multivacinação voltada para crianças e adolescentes de até 15 anos. A estratégia, segundo a pasta, é atualizar a caderneta de jovens que, por algum motivo, ainda não foram imunizados ou que estão com doses atrasadas. A campanha será realizada de 6 a 31 de outubro em todo o país, com o Dia D agendado para 18 de outubro, um sábado. “Todas as vacinas do calendário estarão disponíveis. A ideia é oferecer e intensificar a vacinação para todas as vacinas”, explicou o diretor do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti. Segundo ele, o ministério fez um repasse financeiro extraordinário no início do ano aos estados e municípios no valor de R$ 150 milhões com o objetivo de financiar ações de multivacinação e estimular a imunização em nível municipal. Para a campanha, foram distribuídas 6,8 milhões de doses fora a grade regular já enviada aos estados e municípios. Do total de doses, 1,8 milhão são da vacina tríplice viral; 1,6 milhão, da vacina contra a febre amarela; 1,1 milhão, da vacina contra a varicela ou catapora; e 2,3 milhões das demais vacinas que compõem o calendário. Cobertura vacinal Dados da pasta indicam que, de janeiro a julho deste ano, a vacina tríplice viral, por exemplo, alcançou quase 91% de cobertura vacinal. Já a dose contra a febre amarela registrou cobertura vacinal de 78%, enquanto a dose contra a varicela registrou a cobertura vacinal mais baixa: 67%. “A ideia é que, com essa multivacinação, a gente consiga não apenas manter até o final do ano essa cobertura, mas fecharmos o ano com indicadores ainda melhores de cobertura vacinal”, avaliou Eder. Meu SUS Digital O aplicativo Meu SUS Digital vai enviar alertas a usuários informando sobre a campanha de multivacinação. A previsão é que mais de 40 milhões de pessoas recebam a notificação. Segundo Eder, serão inseridas ainda funcionalidades como lembretes de doses pendentes e vinculação do cadastro de crianças ao perfil de seus cuidadores. Febre amarela De acordo com o secretário, o governo planeja “um esforço adicional” durante a campanha com foco na distribuição de doses contra a febre amarela. “Vamos aproveitar o período da multivacinação e estabelecer a necessidade de se vacinar, não apenas crianças e adolescentes menores de 15 anos, mas também adultos até 59 anos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná”. “Por isso enviamos doses extras contra a febre amarela – muito concentradas nesses estados – porque temos uma preocupação adicional com esses estados, considerando o último ciclo de casos de febre amarela que tivemos. A ideia é aproveitar que estamos no período pré-sazonal, ou seja, não está acontecendo a doença, para melhorar a cobertura vacinal”, completou. HPV Outra ação adicional, segundo Eder, é a imunização contra o HPV. A recomendação da pasta é vacinar crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. Atualmente, a cobertura vacinal chega a 82% entre as meninas nessa faixa etária e a 67% entre os meninos da mesma faixa etária. “Na multivacinação, vamos manter o resgate de pessoas que não se vacinaram durante o período regular de 9 a 14 anos, para que possam se vacinar agora. A vacinação vai continuar aberta, durante a multivacinação, para pessoas de 15 a 19 anos.” Sarampo A vacinação contra o sarampo também será intensificada durante a campanha, por meio da distribuição da vacina tríplice viral. A proposta do ministério é vacinar uma faixa etária que vai dos 12 aos 59 anos. “A gente vai dar a oportunidade para que as pessoas que não se vacinaram resgatem a sua dose e coloquem a vacinação em dia”, disse Eder. “Embora o Brasil seja reconhecido como área livre da doença, já que não temos a livre circulação do vírus no nosso país, infelizmente, a gente observa muitos casos acontecendo em outros países, com destaque para a ascensão da doença aqui no continente americano”. O surto de sarampo, segundo ele, permanece ainda muito concentrado na América do Norte, sobretudo nos Estados Unidos, no Canadá e no México, que respondem por 7 mil dos 10 mil casos notificados no continente americano. Mas já há casos em países latino-americanos, como Bolívia, Paraguai e o próprio Brasil. “São casos relacionados à importação, isolados, que estamos trabalhando para conter. E, obviamente, aproveitamos a multivacinação para aumentar a proteção da nossa população e, consequentemente, evitar a reintrodução do sarampo no nosso país”, detalhou Eder. Dados da pasta mostram que, até o dia 13 de setembro, foram confirmados 31 casos de sarampo no país, enquanto 1.7134 foram descartados. Fonte
Saúde lança campanha para vacinar crianças e adolescentes até 15 anos

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (1º) uma campanha de multivacinação voltada para crianças e adolescente de até 15 anos. A estratégia, segundo a pasta, é atualizar a caderneta de menores que, por algum motivo, ainda não foram imunizados ou que estão com doses atrasadas. A campanha acontece de 6 a 31 de outubro em todo o país, com o Dia D agendado para 18 de outubro, um sábado. “Todas as vacinas do calendário estarão disponíveis. A ideia é oferecer e intensificar a vacinação para todas as vacinas”, explicou o diretor do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti. Segundo ele, o ministério fez um repasse financeiro extraordinário no início do ano aos estados e municípios no valor de R$ 150 milhões com o objetivo de financiar ações de multivacinação e estimular a imunização em nível municipal. Para a campanha, foram distribuídas 6,8 milhões de doses fora a grade regular já enviadas aos estados e municípios. Do total de doses, 1,8 milhão são da vacina tríplice viral; 1,6 milhão, da vacina contra a febre amarela; 1,1 milhão, da vacina contra a varicela ou catapora; e 2,3 milhões das demais vacinas que compõem o calendário. Cobertura vacinal Dados da pasta indicam que, de janeiro a julho deste ano, a vacina tríplice viral, por exemplo, alcançou quase 91% de cobertura vacinal. Já a dose contra a febre amarela registrou cobertura vacinal de 78%, enquanto a dose contra a varicela registrou a cobertura vacinal mais baixa: 67%. “A ideia é que, com essa multivacinação, a gente consiga não apenas manter até o final do ano essa cobertura, mas melhorar ainda mais para fecharmos o ano com indicadores ainda melhores de cobertura vacinal”, avaliou Eder. Meu SUS Digital O aplicativo Meu SUS Digital vai enviar alertas a usuários informando sobre a campanha de multivacinação. A previsão é que mais de 40 milhões de pessoas recebam a notificação. Segundo Eder, serão inseridas ainda funcionalidades como lembretes de doses pendentes e vinculação do cadastro de crianças ao perfil de seus cuidadores. Febre amarela De acordo com o secretário, o governo planeja “um esforço adicional” durante a campanha com foco na distribuição de doses contra a febre amarela. “Vamos aproveitar o período da multivacinação e estabelecer a necessidade de se vacinar, não apenas crianças e adolescentes menores de 15 anos, mas também adultos até 59 anos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná”. “Por isso enviamos doses extras contra a febre amarela – muito concentradas nesses estados – porque temos uma preocupação adicional com esses estados, considerando o último ciclo de casos de febre amarela que tivemos. A ideia é aproveitar que estamos no período pré-sazonal, ou seja, não está acontecendo a doença, para melhorar a cobertura vacinal”, completou. HPV Outra ação adicional, segundo Eder, é a imunização contra o HPV. A recomendação da pasta é vacinar crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. Atualmente, a cobertura vacinal chega a 82% entre as meninas nessa faixa etária e a 67% entre os meninos da mesma faixa etária. “Na multivacinação, vamos manter o resgate de pessoas que não se vacinaram durante o período regular de 9 a 14 anos, para que possam se vacinar agora. A vacinação vai continuar aberta, durante a multivacinação, para pessoas de 15 a 19 anos.” Sarampo A vacinação contra o sarampo também será intensificada durante a campanha, por meio da distribuição da vacina tríplice viral. A proposta do ministério é vacinar uma faixa etária que vai dos 12 aos 59 anos. “A gente vai dar a oportunidade para que as pessoas que não se vacinaram resgatem a sua dose e coloquem a vacinação em dia”, disse Eder. “Embora o Brasil seja reconhecido como área livre da doença, já que não temos a livre circulação do vírus no nosso país, infelizmente, a gente observa muitos casos acontecendo em outros países, com destaque para a ascensão da doença aqui no continente americano”. O surto de sarampo, segundo ele, permanece ainda muito concentrado na América do Norte, sobretudo nos Estados Unidos, no Canadá e no México, que respondem por 7 mil dos 10 mil casos notificados no continente americano. Mas já há casos em países latino-americanos, como Bolívia, Paraguai e o próprio Brasil. “São casos relacionados à importação, isolados, que estamos trabalhando para conter. E, obviamente, aproveitamos a multivacinação para aumentar a proteção da nossa população e, consequentemente, evitar a reintrodução do sarampo no nosso país”, detalhou Eder. Dados da pasta mostram que, até o dia 13 de setembro, foram confirmados 31 casos de sarampo no país, enquanto 1.7134 foram descartados. Fonte
Vírus da chikungunya afeta crianças e adolescentes e deixa sequelas

Para saber como o vírus da chikungunya afeta crianças e adolescentes, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizou durante quatro anos, no município de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, uma pesquisa com 348 pessoas nessa faixa de idade. Os pesquisadores concluíram que a maioria das infecções por chikungunya é sintomática e que a doença pode deixar sequelas mesmo nesses indivíduos. O trabalho ocorreu no andamento de um ensaio clínico de fase III da vacina Butantan-Dengue. Os pesquisadores analisaram a taxa de pacientes sem sintomas clínicos (infecção assintomática), a resposta imunológica (soroconversão) e os casos de dores nas articulações após a infecção pelo vírus (sintomas crônicos). A chikungunya é uma doença viral transmitida pelo Aedes aegypti que costuma causar febre alta e dores intensas nas articulações durante e após a fase aguda da infecção. Embora os efeitos em adultos sejam mais conhecidos, pouco se sabe como a doença se manifesta em crianças e adolescentes. Eles monitoraram os participantes com idades entre 2 e 17 anos, realizando coletas periódicas de sangue e acompanhando sintomas em consultas médicas regulares, em casos de febre ou outros sinais clínicos. “As amostras foram testadas para a chikungunya, dengue e zika por meio de RT-PCR (que detecta o material genético dos vírus), sorologia (Elisa) e ensaio de neutralização viral, que avaliam a presença e a eficácia dos anticorpos protetores no organismo”, informou a Fiocruz. A pesquisadora Viviane Boaventura, da Fiocruz Bahia, foi quem coordenou a pesquisa. De acordo com ela, nos casos com suspeita de infecção, sintomas e sinais foram registrados por meio de um questionário. “Os casos de chikungunya foram então analisados para fornecer informações sobre o impacto da doença nesse grupo, incluindo a intensidade dos sintomas e o tempo de duração da resposta imunológica após a infecção”, disse. Segundo os pesquisadores, “no início do estudo, 23 indivíduos já apresentavam anticorpos IgG protetores contra o vírus da chikungunya. Entre os 311 que completaram o acompanhamento, 17% testaram para o vírus, sendo 25 casos confirmados por RT-PCR e 28 casos por sorologia. Desses, 9,4% não apresentaram sintomas e 3 (12%) desenvolveram artralgia crônica, ou seja, dores nas articulações que persistiram por meses, impedindo a realização de atividades diárias. A taxa de soroconversão entre os casos positivos foi de 84%”. Esses resultados indicaram que a maioria desenvolveu anticorpos após a infecção, embora uma parcela significativa não tenha apresentado resposta imunológica detectável, informou a Fiocruz. A pesquisa constatou ainda que, “apesar de surtos locais durante o estudo, apenas um quinto (20%) dos participantes foi exposto ao vírus, o que levanta questões sobre a vulnerabilidade da população pediátrica e a necessidade de estratégias de prevenção mais eficazes”. *Com informações da Fiocruz Fonte
Festival Gastronômico da Primavera movimenta Ribeirão Grande e Piracuama em Pindamonhangaba

O 21° Festival Gastronômico da Primavera continua movimentando Pindamonhangaba e já prepara um fim de semana recheado de sabores. No próximo sábado (27) e domingo (28), os bairros Ribeirão Grande e Piracuama recebem pratos típicos e atrações que misturam tradição e criatividade, transformando a região em um ponto de encontro para moradores e turistas. No próximo fim de semana, o público poderá aproveitar receitas tradicionais e criações originais que destacam ingredientes da região. No sábado (27), O Rancho Alfa abre as portas com bolo, salada de frutas e pão caseiro de mandioca, das 7h30 às 12h, enquanto o Restaurante do Edmundo aposta em frango caipira e pernil suíno assado para o almoço, do 12h às 17h. No domingo (28), o Café da Marilsa traz o Feijão Tropeiro como destaque, das 8h às 12h e o Clube de Pesca Arca de Noé uma feijoada completa, das 8h às 18h, sem deixar de lado o filé de truta e o bolinho de carne seca preparados pelo Quiosque Beira Rio Graminha, das 12h às 18h. A secretária de Cultura e Turismo, Rebeca Guaragna, reforça o impacto da iniciativa. “O Festival da Primavera mostra a força da cultura em Pindamonhangaba. Ele celebra a diversidade, valoriza a família, atrai turistas e reforça o papel da cidade como referência cultural e turística na região”. O último fim de semana foi marcado pela abertura do festival com o Holi Festival das Cores, realizado na Fazenda Nova Gokula. O evento celebrou sua 10° edição na região e reuniu milhares de pessoas, entre moradores e turistas, com destaque para a participação de famílias e crianças, que também puderam conhecer os atrativos locais na tenda do Turismo. A cada fim de semana, diferentes restaurantes e comerciantes locais apresentam cardápios que misturam tradição e inovação, transformando o Ribeirão Grande e o Piracuama em um verdadeiro polo de gastronomia e cultura. Agenda dos próximos finais de semana04/10 – SábadoRestaurante O Quintal – Tilápia à primaveraRestaurante Colmeia – Churrasco Texano com mandioca defumada (12h)Armazém Graminha – Pizza de tilápia com mandioca chips (17h) 05/10 – DomingoCafé no Bule – Bolinho caipira com massa de mandioca (8h)Gostosuras da Vó Dita – Panceta assada com maionese de mandioca (12h) 12/10 – DomingoEstação do Mel – Bolo pão de mel (9h às 13h)Restaurante da Parada 27 – Costela no Bafo (12h)
Audiência na Câmara detalha ações na saúde durante maio a agosto

A Câmara de Taubaté recebeu a Secretaria de Saúde na quinta-feira, 25, para a segunda prestação anual de contas das ações desenvolvidas pela pasta. Desta vez, foram demonstradas as realizações do 2º quadrimestre de 2025, que compreende os meses de maio e agosto. O presidente da Comissão de Saúde, vereador Rodson Lima Bobi (PRD), cobrou informações sobre a contratação de neuropediatra para a rede de saúde, tendo em vista que há 3.000 crianças na fila de espera. “Entendo que, dos médicos da rede, um esteja licenciado e o outro aposentado. Outra dificuldade é o valor do salário do médico – hoje, uma consulta particular custa de R$700 a R$800, e você só consegue consulta para daqui a seis meses, ou seja, até na rede particular está demorado. Fizemos um requerimento para a contratação temporária de profissionais para que seja realizado um mutirão”, disse Bobi. Segundo o vereador, a Prefeitura tem discutido com o Conselho Municipal de Saúde (Comus) a necessidade de credenciamento de médicos, uma solução que seria mais rápida, porém, o Conselho avalia que a melhor solução é a contratação via concurso público, o que demanda mais tempo. Segundo o secretário de saúde, Carlo Guilherme Silveira e Lima, o município tenta negociar uma solução breve com o Comus. “Estamos conversando com o Comus para uma resolução emergencial. O concurso demora e não traz a solução que a gente precisa. Das alternativas possíveis, a mais rápida e que gera menos custo é o credenciamento do especialista. Estamos aguardando ansiosamente essa resposta”, disse Carlo. O conselheiro do Comus, Benedito Pedro de Oliveira, não comentou sobre o pedido de credenciamento apresentado pela Prefeitura. Em sua fala, ele apenas destacou a participação frequente de representantes da Secretaria durante as reuniões do Conselho. Ainda em relação à falta de neuropediatras, o secretário-adjunto de saúde, Marco Tolomio, acrescentou que em Taubaté não chega a dez o número desses profissionais, ao passo que a demanda tem aumentado progressivamente. Os vereadores Jessé Silva (Podemos) e Nicola Neto (Novo) participaram da audiência. Assista ao vídeo no canal da TV Câmara Taubaté no Youtube @tvctaubate.
Projeto que derruba regras sobre aborto legal em crianças avança na Câmara

O projeto que visa derrubar resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que trata das diretrizes do aborto legal em crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, está avançando na Câmara dos Deputados. Nesta semana, o deputado federal Luiz Gastão (PSD-CE), relator do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 3/2025, emitiu parecer favorável pela derrubada da Resolução nº 258/2024. O texto foi aprovado pelas comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família e de Constituição e Justiça e Cidadania. No parecer, Gastão defende que menores de 16 anos não têm autonomia para tomar decisões e, por isso, o aborto deve ser feito mediante apresentação obrigatória de boletim de ocorrência ou depois de a vítima tiver autorização da Justiça. “A dispensa de autorização judicial, a meu ver, constitui afronta ao direito de acesso do nascituro ao Poder Judiciário”, diz o relator, no parecer. Para o Conanda, nem mesmo os pais ou responsáveis legais da vítima precisam ser avisados quando ela estiver sob risco, nos casos em que houver suspeita de violência sexual ocorrida dentro do ambiente familiar. Outro ponto criticado por Gastão diz respeito ao limite de tempo para que o aborto possa ser feito. Para ele, o Conanda falha ao não indicá-lo, o que, segundo o relator, “na prática, autorizaria a realização de aborto em casos nos quais a gestação está próxima de 40 semanas”. A resolução do Conanda prevê que o tempo de gestação não deve ser um obstáculo para impedir o aborto, que deve ser realizado sem a necessidade de comunicado ao conselho tutelar. Desde fevereiro, a proposta não teve andamento na Casa, sendo retomada no final do mês passado. No último dia 27, a deputada Chris Tonietto (PL-RJ), em articulação com outros parlamentares, pediu que o texto fosse votado em urgência. Se aprovado, o regime abrevia a tramitação, fazendo com que a proposta vá direto para votação em Plenário, sem passar pela análise de comissões. No despacho endereçado ao relator, o grupo de deputados argumenta que o Conanda menospreza o “poder familiar”, apresenta “interpretações inapropriadas sobre o direito à objeção de consciência para a prática do aborto” e confere maior poder decisório a crianças e adolescentes do que possuem, segundo a legislação civil. Além disso, a ala conservadora destaca no documento, em consonância com outros grupos chamados de pró-vida, que a resolução do conselho viola o direito à vida e a integridade física do feto. Os deputados também afirmam que se “deve considerar que o aborto não constitui direito, como afirma o ato normativo”, uma vez que a Constituição Federal assegura a inviolabilidade do direito à vida até mesmo a fetos. Entre os autores do PDL estão Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF) e Chris Tonietto (PL-RJ), além de Marco Feliciano (PL-SP) e Zé Trovão (PL-SC). Há, ainda, parlamentares de outras siglas, como MDB, PSD, Avante, União Brasil, Podemos e Republicanos, presidido pelo bispo Marcos Pereira, da Igreja Universal do Reino de Deus. Norma em vigor A resolução em vigor diz, por exemplo, que ao se realizar o procedimento abortivo, as equipes de saúde devem ter como base parâmetros internacionais, como recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de evidências científicas que garantam que transcorra com a vítima em plena segurança. Em seu artigo 33, determina, ainda, que nenhuma exigência pode “atrasar, afastar ou impedir o pleno exercício, pela criança ou adolescente, de seu direito fundamental à saúde e à liberdade”. O Conanda é o principal órgão, em âmbito federal, nessa frente de atuação e está no guarda-chuva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Desde o ano passado, a questão causa divergências entre seus membros. Em dezembro, a resolução foi aprovada pela maioria de seus conselheiros, mas os representantes do governo federal contrários à resolução pediram vista do processo. O pedido de vista não foi acatado e a resolução foi aprovada. Em nota técnica, encaminhada à Agência Brasil, a campanha Criança Não é Mãe pontua que o PDL 03/2025 representa um grave retrocesso para a proteção da infância no Brasil, ao retirar a única normativa que assegura fluxo claro e humanizado de atendimento para crianças estupradas. A campanha ressalta, ainda, que os protocolos elencados na resolução do Conanda já são aplicados em diversos países e colocam como prioridade o cuidado das vítimas. Segundo a campanha, no Brasil, entre 2018 e 2023, uma menina, de 10 a 19 anos, morreu por semana por causa de complicações na gestação. “A OMS aponta que as complicações durante a gravidez e o parto são a segunda causa de morte entre as jovens de 15 a 19 anos em todo o mundo. Crianças e adolescentes (de 10 a 19) anos correm maior risco de eclâmpsia, endometrite puerperal e infecções sistêmicas do que mulheres de 20 a 24 anos. Além disso, nascidos de adolescentes têm mais chances de apresentar baixo peso, prematuridade e outras condições neonatais graves” escreve no comunicado. A resolução ainda ressalta que a gravidez traz graves consequências para o futuro de crianças e adolescentes. “Socialmente, a gravidez precoce limita as oportunidades educacionais e sociais das jovens. A gravidez nessa fase de desenvolvimento fisiológico e psicossocial está diretamente associada à evasão escolar e à interrupção do projeto de vida. Enquanto a taxa de evasão escolar é de 5% entre adolescentes sem filhos, ela sobe para 47% entre aquelas que se tornam mães precocemente”, acrescenta. Violência contra meninas Levantamento recente, de maio deste ano, da Associação de Obstetrícia de Rondônia, apurou que cerca de 14 mil meninas de 10 a 14 anos de idade tiveram filhos no Brasil em 2023. No mesmo ano, 154 tiveram acesso ao aborto legal. A maioria (67%) dos 69.418 estupros cometidos entre 2015 e 2019 tiveram como vítimas meninas dessa idade, conforme complementa o estudo Sem deixar ninguém para trás – gravidez, maternidade e violência sexual na adolescência, do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz Bahia (Fiocruz). Na maior parte das vezes (62,41%), os autores do crime eram conhecidos das vítimas. Politica
RJ: dobram atendimentos de crianças com sintomas de covid-19 nas UPAS

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) divulgou nesta terça-feira (2) a nova edição do Panorama Covid-19, que indica aumento em três dos oito indicadores precoces da saúde, com tendência de crescimento nas últimas quatro semanas. São eles: testes rápidos de covid-19 analisados em laboratórios particulares; número de atendimentos de crianças com síndrome gripal em unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e solicitações de leitos pediátricos. No intervalo entre os dias 27 de julho e 2 de agosto, a taxa de positividade dos testes rápidos analisados na rede particular de laboratórios Dasa era de 9,5%. Em agosto, entre os dias 17 e 23 de agosto, o índice subiu para 14,5%. O levantamento também aponta que, entre 27 de julho e 2 de agosto, 559 crianças buscaram atendimento numa UPA com sintomas da covid-19. Durante o mês de agosto, entre os dias 17 e 23, o número passou para 1.182. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp No mesmo período, as solicitações de leitos pediátricos subiram de 192 para 280. “Desde o início do ano, temos observado um predomínio da variante Ômicron em todas as semanas epidemiológicas, com a detecção de diferentes subvariantes. Nesse cenário, é importante manter a caderneta de vacinação em dia”, alertou a superintendente de Emergências em Saúde Pública do estado, Silvia Carvalho. Fonte
Por hora, 14 crianças são internadas por acidentes; saiba como evitar

Em 2024, 121.933 crianças e adolescentes até 14 anos foram internados no Brasil vítimas de acidentes. Em média, são 334 hospitalizações por dia, o que representa cerca de 14 internações por hora em razão desses episódios. Os dados fazem parte de um levantamento da Aldeias Infantis SOS, organização que lidera um movimento global sobre cuidados de crianças, jovens e famílias. O estudo foi elaborado a partir de informações do DataSUS, do Ministério da Saúde. Quedas lideram internações As quedas são a principal causa de lesões não intencionais de crianças e adolescentes, respondendo por 44% dos casos ou 54.056 internações. Logo em seguida estão queimaduras (19% ou 23.412 casos) e acidentes de trânsito (10% ou 12.196 ocorrências). Outras causas de internação envolvem intoxicações (3%), afogamentos (0,21%), sufocamentos (0,48%) e incidentes com armas de fogo (0,07%). Em relação a 2023, o total de internações de crianças e adolescentes cresceu 2,2%. A maior alta foi nos casos de afogamento, com elevação de 11,8%, seguido de sufocamento (+11,2%) e acidentes de trânsito (+7,8%). Mortes O mesmo estudo também analisa o número de crianças e jovens que morreram em decorrência de acidentes, a partir de dados de 2023. Ao todo, foram registradas 3.398 mortes por acidentes na faixa etária até 14 anos. Isso significa que, a cada dia, nove crianças perdem a vida em acidentes que poderiam ser evitadas em 90% dos casos, de acordo com a organização. O número representa um aumento de 5% em relação a 2022. As principais causas foram sufocamento (30%), acidentes de trânsito (26%) e afogamento (26%). Foi registrado um crescimento de 20% das mortes por armas de fogo. Os óbitos causados por acidentes de trânsito aumentaram 8%, assim como relacionados a afogamentos. As mortes decorrentes de quedas cresceram 6%, e as provocadas por sufocamentos, 3%. No período, caíram apenas as mortes decorrentes de intoxicações (-3%) e queimaduras (-1%). Acidentes por faixa etária A pesquisa aponta que a faixa etária mais atingida por esses acidentes é entre 10 e 14 anos, com 36% das internações, seguida por crianças de 5 a 9 anos (35%) e de 1 a 4 anos (23%). Bebês com menos de 1 ano representam 5% dos registros. De acordo com o estudo, a concentração de casos no intervalo de 5 a 14 anos, que totalizam 71% das internações, pode ser explicada pela maior autonomia de crianças e adolescentes nessa faixa etária. Como circulam mais livremente, também ficam mais expostos. Prevenção A Aldeias Infantis SOS e o Ministério da Saúde recomendam algumas medidas simples que podem evitar acidentes nesta faixa etária. Confira: Para evitar sufocamento, mantenha o lençol sempre ajustado ao colchão e fique atento para que o rosto do bebê não fique encoberto; Evite o contato da criança com peças pequenas, como clipes, botões, moedas e anéis. Ofereça brinquedos grandes e adequados para a faixa etária; Uma das principais causas de sufocamento é por alimentos. Evite oferecer a comida quando a criança estiver agitada, brincando ou dentro do carro em movimento; Evite que a criança tenha contato com sacos plásticos, cordões e fios; Não deixe a criança sozinha em cima de móveis e use barreiras, grades e redes de proteção em escadas e janelas; Não deixe a criança sob os cuidados de outra criança; Não deixe a criança sozinha na banheira e mantenha-a afastada de baldes, tanques, vasos, poços e piscinas. Mesmo um nível baixo de água pode causar afogamento; Bebês devem ser transportados sempre no bebê conforto ou na cadeirinha. Após os 7 anos e meio, as crianças deixam de usar a cadeira de transporte infantil, mas devem continuar sentando no banco de trás do carro, presas por um cinto de segurança de três pontas; Mantenha produtos de limpeza, medicamentos e produtos de higiene pessoal fora do alcance da criança, de preferências em armários altos e/ou trancados; Limite o acesso da criança à cozinha; Dê preferência por usar as bocas de trás do fogão e deixe os cabos das panelas virados para a parte central; Fique atento ao forno ligado, ferro de passar roupas, chapinha de cabelos, aquecedor e outros equipamentos quentes; Coloque protetores nas tomadas. Fonte
Projeto oferece atendimento oftalmológico para crianças em Curitiba

Brenda Valenttina passa a fazer parte da turma dos que usam óculos – Paula Laboissière/Agência Brasil Aos 9 anos, a estudante Brenda Valenttina passou, pela primeira vez, por um exame completo de acuidade visual, popularmente conhecido como teste da visão. Enfrentou vários aparelhos e profissionais e, claro, precisou dilatar a pupila. “Não gostei muito do colírio. Ardeu um pouco. E a gente fica enxergando esquisito depois”. Ao final, a aluna do 4º ano da rede pública de Curitiba descobriu que precisa usar óculos. No momento de escolher a armação, preferiu a estampada de oncinha. “Tenho várias amigas que usam. A Khaleesi, a Sofia, a Lara, a Maria Helena. Agora, vou fazer parte da turma que usa óculos também”. Ludmilla Emanuely, 9 anos, não ficou tão empolgada com a descoberta de que terá que usar óculos, mas admite que sentiu dificuldade para enxergar as letrinhas apontadas pelo médico de longe. “Não gosto muito da ideia de usar óculos. Mas tenho amigas que usam. A Maria Eduarda usa. E ela fica bonita de óculos”. Como a colega de 4º ano, essa também foi a primeira vez que Ludmilla passou por um teste de visão. Na hora de escolher a armação, experimentou um, dois, três, quatro modelos. Tentou rosa, vermelho escuro. Ao final, preferiu uma armação mais discreta, transparente. João Lucas escolhe os óculos que receberá do projeto Pequenos Olhares – Paula Laboissière/Agência Brasil João Lucas, 10 anos, também cursa o 4º ano em um colégio da rede municipal de Curitiba. Depois de passar pelo primeiro teste de visão, como os demais colegas, descobriu que precisa usar óculos. “Estava com medo. Achei que o exame ia doer. Mas estou animado pra usar óculos. Vai ser moleza”. Na hora de escolher, João passou por armações nas cores azul, verde, cinza. Mas acabou ficando com a preta. “Acho que o pessoal de casa vai gostar do que eu escolhi. Meus pais e meus irmãos”. As três crianças fazem parte de um grupo de cerca de mil alunos selecionados para participar do projeto Pequenos Olhares, organizado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) em parceria com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica com o apoio do Ministério Público, da Secretaria de Educação de Curitiba e da prefeitura. Em entrevista à Agência Brasil, a oftalmologista e coordenadora do projeto, Bruna Ducca, destacou que a ação acontece todos os anos em cidades que sediam o Congresso Brasileiro de Oftalmologia, como é o caso de Curitiba este ano. Os atendimentos acontecem entre esta quinta-feira (28) e sexta-feira (29). “As crianças são selecionadas pelas escolas da prefeitura. Os professores fazem essa seleção com base em falhas de testes de visão. São crianças que já estão há algum tempo com dificuldades, esperando e que não conseguiam uma consulta oftalmológica completa. Com esse projeto, elas têm essa chance”, explicou a coordenadora. “Primeiro, elas passam pelo exame de acuidade visual, a chamada medida da visão. Depois, pelo exame de estrabismo. Depois, se necessário, pingam colírio para dilatar a pupila, fazem o exame de fundo de olho, para mapeamento de retina, e fazem o teste da refração ou teste de grau. E, se necessário, ganham os óculos. Elas mesmas escolhem uma armação, que vai pra ótica e, alguns dias depois, é entregue nas escolas”, completou. Os atendimentos do projeto estão sendo realizados por médicos oftalmologistas que estão em Curitiba para participar do congresso, com o apoio de alunos voluntários dos cursos de medicina. Além do atendimento oftalmológico, os alunos têm acesso a atividades lúdicas com recreadores e lanche. *A repórter viajou a convite do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Fonte
Senado aprova projeto contra adultização de crianças na internet

O plenário do Senado Federal aprovou, na noite desta quarta-feira (27), em votação simbólica, o Projeto de Lei (PL) 2628/2022, que estabelece regras para proteção e prevenção de crimes contra crianças e adolescentes em ambientes digitais. É o chamado PL contra a “adultização” de crianças. O texto já havia passado pela Câmara dos Deputados na semana passada, e agora seguirá para sanção presidencial. De autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), o projeto final aprovado é o substitutivo relatado na Câmara pelo deputado Jadyel Alencar (Republicanos-PI) e contou com o apoio de centenas de organizações da sociedade civil que atuam com a proteção das crianças e adolescentes no Brasil. Ao voltar para o Senado para apreciação final, o texto sofreu alguns ajustes de redação definidos pelo relator de plenário, o senador Flávio Arns (PSB-PR). Uma das novidades do projeto aprovado na Câmara é a previsão de que a fiscalização e sanção sejam feitas por uma autoridade nacional autônoma, entidade da administração pública que será responsável por zelar, editar regulamentos e procedimentos e fiscalizar o cumprimento da nova legislação. Com 16 capítulos e 41 artigos, o texto obriga as plataformas digitais a tomarem medidas “razoáveis” para prevenir riscos de crianças e adolescentes acessarem conteúdos ilegais ou considerados impróprios para essas faixas etárias, como exploração e abuso sexual, violência física, intimidação, assédio, promoção e comercialização de jogos de azar, práticas publicitárias predatórias e enganosas, entre outros crimes. Além disso, a proposta prevê regras para supervisão dos pais e responsáveis e exige mecanismos mais confiáveis para verificação da idade dos usuários de redes sociais, o que atualmente é feito basicamente por autodeclaração. A matéria ainda disciplina o uso de publicidade; a coleta e o tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes e estabelece regras para jogos eletrônicos, veda à exposição a jogos de azar. Em caso de descumprimento das obrigações previstas na lei, os infratores ficam sujeitos a penalidades que variam de advertência, multas que podem chegar a R$ 50 milhões, suspensão temporária de atividades e até a proibição definitiva das atividades no país. “Por vezes, nós aprovamos aqui matérias e, com toda a justiça, escutamos a crítica da sociedade de que legislamos de costas para o povo. Muitas vezes, de fato, essa crítica tem fundamento. Mas, neste caso, é o extremo oposto. O que a gente está fazendo é justamente ouvir a sociedade, identificar seus principais problemas. E hoje, no mundo inteiro, o ambiente digital é um problema. É um problema especial principalmente para esse público sensível, que são as crianças e adolescentes”, afirmou o senador Alessandro Vieira, autor da proposta, e que presidiu a sessão de votação que definiu a aprovação. Vieira agradeceu a mobilização da sociedade civil, das equipes técnicas e dos parlamentares que aprovaram. Politica



