Chile e Arábia Saudita retiram restrição à carne de frango do Brasil

O Chile e a Arábia Saudita retiraram as restrições para a compra de carne de frango do Brasil, conforme divulgou nesta segunda-feira (25) o Ministério da Agricultura e Pecuária.  Os países haviam suspendido a importação por causa de um caso de gripe aviária em uma granja comercial, registrado no município de Montenegro (RS). No dia 18 de junho, o Brasil se declarou livre da doença após a desinfecção da granja afetada e não ter registrado nenhum outro caso pelo prazo de 28 dias. A Namíbia e a Macedônia do Norte também retomaram as importações. No total, 41 países já retiraram o embargo. O Canadá, a China, a Malásia, o Paquistão, o Timor-Leste e União a Europeia ainda mantêm embargo às importações de carnes de aves brasileiras.      Economia Gov BR

Brasil vai exportar carne bovina para Indonésia

O Brasil passará a exportar carne bovina para a Indonésia, quarto país mais populoso do mundo.  Um acordo firmado entre os dois países permite a venda de carne bovina com osso, miúdos bovinos, produtos cárneos e preparados de carne, conforme informaram nesta terça-feira (19) os ministérios da Agricultura (Mapa) e Pecuária e das Relações Exteriores (MRE). Com 283 milhões de habitantes, o país asiático é considerado um mercado estratégico para o setor de proteína animal, com aumento do consumo da carne bovina em razão da melhora na renda da população e crescimento da classe média urbana.  Em 2024, os indonésios compraram US$ 4,2 bilhões em produtos agropecuários brasileiros, principalmente sucroalcooleiro, soja, fibras e têxteis.  De acordo com o Mapa, com a nova medida, 402 mercados estrangeiros foram abertos para produtos agropecuários brasileiros desde 2023.  Argélia A pasta anunciou ainda a exportação de ovinos vivos (ovelhas, carneiros, cordeiros) para a Argélia. A abertura desse mercado vai favorecer em especial a ovinocultura nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Economia Gov BR

Governo autorizará estados a comprar alimentos afetados por tarifaço

O governo federal está disposto a alterar a legislação para que governos locais comprem alimentos que deixarem de ser exportados aos Estados Unidos para compor a merenda escolar, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele reuniu-se nesta sexta-feira (1º) com o governador do Ceará, Elmano de Freitas, que apresentou a sugestão de que o estado nordestino compre peixes e frutas, afetados pela tarifa de 50%. “O governador [Elmano] apresentou um plano mais amplo, não só para a merenda escolar. Ele apresentou um plano mais amplo. Essas compras seriam feitas pelo Executivo estadual, mas dependem de uma lei federal, de uma autorização federal. Ele está mandando a sugestão de redação, nós vamos processar”, declarou Haddad na saída do Ministério da Fazenda. Mais cedo, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que o governo está aberto a comprar alimentos de setores afetados pelo tarifaço e distribuí-los às escolas públicas, reforçando a merenda escolar ou o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A medida faria parte do plano de contingência em discussão no governo. A mudança na legislação, que pode ocorrer por meio de medida provisória ou projeto de lei, é necessária porque exigiria mudanças na regulação de compras governamentais. Em vez de seguir a lógica tradicional, com pregões eletrônicos pelo menor preço, com margem de preferência para produtos nacionais e cota de pelo menos 30% para produtos da agricultura familiar (no caso do PAA), as compras passariam a beneficiar exportadores.

“A Crise da Carne: O Impacto do Aumento de Preços na Economia e na Alimentação dos Brasileiros

"Acúmulo de lixo em uma rua de Pindamonhangaba, evidenciando o problema do descarte irregular que afeta a saúde pública e o meio ambiente. A imagem ressalta a importância de ações comunitárias e do uso dos Postos de Entrega Voluntária (PEVs) para promover uma cidade mais limpa e sustentável."

O aumento do preço da carne no Brasil é um tema que desperta preocupações e discussões acaloradas, especialmente em um contexto econômico onde a inflação já pressiona o bolso dos consumidores. Em 2025, a expectativa é de que os preços das carnes, especialmente a bovina, continuem a subir, impactando diretamente a cesta básica das famílias brasileiras. Cenário Atual A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma queda de 4,9% na produção de carne bovina em 2025, resultante da retenção de vacas reprodutoras pelos criadores. Essa diminuição na oferta está alinhada com um aumento nas exportações, que, embora beneficie o agronegócio, resulta em menos carne disponível para o mercado interno. Com isso, o preço da carne deve subir, pressionando ainda mais a inflação e afetando o poder de compra das famílias. Os economistas projetam que os preços das carnes poderão subir até 16,4% em 2025, após um aumento de 20,84% em 2024. Essa tendência é preocupante, pois as carnes são itens essenciais na dieta brasileira e representam uma parte significativa da inflação. Em janeiro de 2025, os alimentos já mostravam uma alta expressiva, com as carnes contribuindo significativamente para esse aumento. Exportações e Oferta Um dos principais fatores para o aumento dos preços é a crescente demanda externa por carne brasileira. O Brasil se consolidou como um dos maiores exportadores de carne do mundo, e essa demanda internacional tem levado os produtores a priorizar as vendas externas em detrimento do abastecimento interno. Como resultado, a oferta doméstica diminui, elevando os preços para o consumidor final. Ciclo pecuário e clima O ciclo pecuário atual também desempenha um papel crucial nesse cenário. A combinação de fatores climáticos adversos e a depreciação do câmbio têm pressionado ainda mais os custos de produção. As dificuldades enfrentadas pelos pecuaristas para manter os rebanhos saudáveis e produtivos refletem-se nos preços que chegam aos supermercados. Além disso, eventos climáticos extremos podem prejudicar a produção agrícola como um todo, afetando não apenas a carne bovina, mas também outras proteínas animais como frango e porco2. Aumento geral dos alimentos O aumento da carne não ocorre isoladamente; outros alimentos essenciais também estão subindo de preço. Itens como arroz e leite estão entre os “vilões” da inflação em 20252. Essa alta generalizada nos preços alimentares exige que as famílias ajustem seus orçamentos e reconsiderem suas escolhas alimentares. Impacto no consumidor A realidade é que muitos brasileiros já estão sentindo o impacto do aumento dos preços da carne em suas compras diárias. Muitos consumidores estão migrando para proteínas alternativas mais baratas, como frango e cortes suínos, para tentar equilibrar suas despesas. Essa mudança nos hábitos alimentares pode ter implicações mais amplas para a saúde pública e a nutrição da população. Além disso, as altas nos preços das carnes estão atreladas à insatisfação popular com o governo. A incapacidade de controlar a inflação alimenta críticas à gestão econômica atual e pode influenciar decisões políticas futuras. A história mostra que aumentos significativos nos preços dos alimentos frequentemente resultam em descontentamento social e instabilidade política. Possíveis soluções Para mitigar essa pressão inflacionária sobre os preços das carnes, algumas medidas podem ser consideradas: O aumento contínuo do preço da carne no Brasil é um fenômeno complexo que envolve uma série de fatores econômicos e sociais. Enquanto as exportações crescem e a oferta interna diminui, os consumidores enfrentam um cenário desafiador que exige adaptação e resiliência. O governo terá que encontrar formas eficazes de lidar com essa situação antes que ela se torne insustentável para a população. A capacidade de resposta às necessidades do povo será crucial para manter a estabilidade social e econômica no país nos próximos anos.