Saúde lança campanha para reduzir recusa à doação de órgãos

Saúde lança campanha para reduzir recusa à doação de órgãos

O Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (25), em São Paulo, uma campanha para estimular a doação de órgãos no país. O objetivo, diz a pasta, é tentar reverter a recusa de doação, que ainda atinge 45% das famílias brasileiras. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esclareceu que a  principal mensagem que o governo quer trazer para essas famílias é sobre a segurança e sobre a seriedade do Programa Nacional de Transplantes, que é reconhecido mundialmente. Padilha participou do lançamento da campanha no Hospital do Rim, na capital paulista. “Quando um profissional de saúde vier conversar com a família para fazer essa doação, saiba que esse profissional de saúde tem todo o reconhecimento não só nacional, mas internacional de um programa extremamente seguro”, disse o ministro da Saúde.  “O sistema de saúde brasileiro não tem venda de órgãos, não tem tráfico de órgãos. A gente conseguiu consolidar, ao longo desses anos, um programa extremamente sólido, que faz com que essa família possa ter a absoluta segurança em nossa obra”, acrescentou ele. Em 2019, uma reportagem da Agência Brasil já alertava que o principal motivo para a não doação de um órgão era a negativa familiar. Segundo o médico José Medina Pestana, superintendente do Hospital do Rim, isso decorre do fato de que as famílias ficam inseguras em fazer a doação quando desconhecem se essa era a vontade do ente querido que morreu. “Não tem mais nenhuma família que desconfie de morte encefálica, isso está bem claro, já faz parte da cultura do brasileiro, que já entendeu o que é a morte encefálica. Também não tem barreira religiosa: mesmo Testemunhas de Jeová, que não aceitam a transfusão de sangue, aceitam ser doadores e aceitam ser receptores de órgãos. Também não temos nenhuma barreira cultural aqui: por alguma razão cultural, a população brasileira é bastante solidária”, descartou. “A principal razão [para a negativa da doação] – e é por isso que a campanha do Ministério da Saúde reforça isso – é que é preciso avisar à família [que você é um doador]. Quando a família nega, é porque a pessoa nunca falou em vida que queria ser doadora ou não”, acrescentou. Política nacional Durante o evento de lançamento da campanha que pretende estimular que as pessoas conversem com suas famílias em vida e se reconheçam como doadoras, o ministro da Saúde também assinou uma portaria que cria a Política Nacional de Doação e Transplantes. Essa foi a primeira vez que a política foi descrita em portaria específica, desde 1997, quando o sistema de doações foi criado. A política, informa o ministério, organiza os princípios e diretrizes do Sistema Nacional de Transplantes, “reforçando a ética, a transparência, o respeito ao anonimato e a gratuidade no acesso pelo SUS”. Um dos grandes avanços dessa política, destaca a pasta, é a regulamentação dos transplantes de intestino delgado e multivisceral, que agora foram incluídos no SUS. Com isso, pacientes que tenham falência intestinal poderão ser tratados totalmente na rede pública de saúde, desde a reabilitação intestinal até os procedimentos de pré e pós-transplante. Outra inovação dessa política é a incorporação do uso rotineiro da membrana amniótica, tecido obtido da placenta após o parto, para pacientes queimados, em especial crianças. Esse procedimento, diz o ministério, favorece a cicatrização e reduz as dores e o risco de infecções. “A nova política e o regulamento técnico representam um avanço importante para o Sistema Nacional de Transplantes. A redistribuição macrorregional garante que os órgãos sejam direcionados de forma mais eficiente, respeitando as malhas aéreas e assegurando que cheguem mais rapidamente aos hospitais. Isso amplia a possibilidade de transplantes em regiões que hoje realizam menos procedimentos e fortalece a equidade no acesso”, disse o ministro. Outro lançamento realizado durante o evento foi o do Programa Nacional de Qualidade na Doação de Òrgãos e Tecidos para Transplantes, chamado de Prodot. Esse programa tem o objetivo de reconhecer e valorizar as equipes que atuam dentro dos hospitais e que são as responsáveis pela identificação dos potenciais doadores. Esses profissionais terão incentivos financeiros conforme o volume de atendimento e indicadores de desempenho, incluindo o aumento das doações. SUS é campeão em transplantes Atualmente, o Brasil ocupa a terceira posição mundial em número absoluto de procedimentos de transplantes de órgãos, atrás apenas de Estados Unidos e China. No entanto, o país lidera em transplantes realizados integralmente por um sistema público. Só no primeiro semestre deste ano, foram realizados 14,9 mil transplantes, o maior número da série histórica. Mas esse valor poderia ser ainda maior se a recusa não fosse ainda tão grande. Mais de 80 mil pessoas aguardam por um transplante no Brasil. Por isso, o Ministério da Saúde considera essencial sensibilizar as famílias do país sobre a importância da doação de órgãos, já que são elas que decidem pela doação ainda no hospital. Com o mote, Doação de Órgãos. Você diz sim, o Brasil inteiro agradece. Converse com a sua família, seja um doador, a campanha começará a ser veiculada ainda neste mês de setembro, quando é celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos, no dia 27. Fonte

PREFEITURA INICIA CAMPANHA DE…

Na manhã desta quinta-feira (18), a Prefeitura deu início a uma campanha especial de recolhimento de materiais eletroeletrônicos nos bairros Itaguaçu e Jardim Paraíba, em alusão ao Dia Mundial da Limpeza, celebrado no próximo dia 20 de setembro. O objetivo da ação é oferecer um destino ambientalmente correto a equipamentos que já não funcionam, evitando o descarte irregular e os danos que esses materiais podem causar ao meio ambiente. Os moradores puderam entregar pilhas, baterias, celulares, carregadores, eletrodomésticos de pequeno porte, geladeiras antigas e outros aparelhos eletrônicos que estavam sem uso. Todo o material coletado será encaminhado para tratamento e descarte adequado. Um caminhão percorre os bairros recolhendo os itens, e a iniciativa será estendida para outras regiões da cidade nas próximas semanas. Com a campanha, a Prefeitura reforça seu compromisso com a preservação ambiental e convida a população a participar ativamente, mostrando que a união da comunidade é fundamental para manter a cidade limpa e alinhada ao movimento global de defesa do meio ambiente. Prefeitura de Aparecida

Lei institui campanha para conscientização sobre câncer de pulmão

Câncer de pulmão: 15% dos casos acontecem em não fumantes

Lei publicada nesta segunda-feira (15) no Diário Oficial da União institui a campanha Agosto Branco, que anualmente irá conscientizar a população sobre o câncer de pulmão.   De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pulmão é a quarta neoplasia mais incidente no Brasil.   Nesse mês, serão realizadas campanhas de esclarecimento sobre os sintomas da doença em todas as suas fases, prognóstico e tratamento, bem como divulgação dos serviços de atenção à saúde de referência para o cuidado dos pacientes.  As iniciativas serão desenvolvidas pelas instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS), em cooperação com entidades civis, conselhos e associações profissionais, além de instituições de ensino.  Agosto  Desde 1986, o dia 29 de agosto é considerado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Nessa data, são realizadas diversas ações para chamar atenção da população a respeito dos males do tabagismo, considerado uma doença grave, caracterizada pela dependência de nicotina. Estudo feito por pesquisadores da Fundação do Câncer aponta que o tabagismo responde por 80% das mortes por câncer de pulmão no Brasil.  Segundo o Inca, parar de fumar sempre vale a pena, em qualquer momento da vida, mesmo que o fumante já esteja com alguma doença causada pelo cigarro, como câncer, enfisema ou derrame.  Confira, a seguir, o que acontece com o organismo do fumante ao parar de fumar:  após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal;  após duas horas, não há mais nicotina circulando no sangue;  após oito horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza;  após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor;  após dois dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida;  após três semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora;  após um ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade;  após 10 anos, o risco de sofrer infarto é igual ao das pessoas que nunca fumaram.  Quem deseja parar de fumar pode recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece tratamento gratuito para o tabagismo.   Consulte aqui a coordenação de controle do tabagismo da secretaria estadual ou municipal de Saúde de sua cidade para mais informações. Fonte

Brasil inicia campanha no Mundial de vôlei com vitória sobre a China

O Brasil iniciou a trajetória no Campeonato Mundial de vôlei masculino com uma vitória sobre a China por 3 sets a 1 (parciais de 19/25, 25/23, 25/22 e 25/21), na manhã deste domingo (14) em Pasay City (Filipinas). A seleção brasileira busca o tetracampeonato nesta competição. VITÓRIA NA ESTREIA 🇧🇷💪 pic.twitter.com/vKBK6TAfKN — Vôlei Brasil (@volei) September 14, 2025 O principal pontuador da equipe comandada pelo técnico Bernardinho foi o ponteiro Arthur Bento, que somou o total de 17 pontos (15 de ataque, um de bloqueio e um de saque). A seleção brasileira está no Grupo H da competição, ao lado de China, República Tcheca e Sérvia. Os dois primeiros colocados de cada chave avançam para as oitavas de final da competição. EBC Esporte

PREFEITURA PROMOVE CAMPANHA DE…

No próximo dia 18 de setembro, a Prefeitura realizará uma campanha especial de recolhimento de materiais eletroeletrônicos nos bairros Itaguaçu e Jardim Paraíba, como parte do Dia Mundial da Limpeza, comemorado em 20 de setembro.   A ação tem como objetivo dar o destino ambientalmente correto a equipamentos que não funcionam mais, evitando que sejam descartados de forma irregular e prejudiquem o meio ambiente.   Os moradores poderão entregar itens como pilhas, baterias, celulares, carregadores, telefones, geladeiras velhas, ferros de passar, batedeiras, torradeiras e qualquer outro aparelho elétrico ou eletrônico que esteja inutilizado.   Um caminhão passará pelos bairros recolhendo os materiais, que receberão tratamento e descarte adequado. Nas próximas semanas, mais bairros receberão a ação.   Com a campanha, a Prefeitura reforça a importância da participação da comunidade na limpeza da cidade, unindo-se ao movimento global em defesa da preservação do meio ambiente.   Prefeitura de Aparecida

Campanha pede inclusão de medicamentos para obesidade no SUS

Campanha pede inclusão de medicamentos para obesidade no SUS

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) lançou esta semana campanha nacional pela inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS) de fármacos que combatem a obesidade.  O movimento conta com apoio da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso), da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), entre outras. Em nota, a Sbem informou que a proposta é mobilizar a sociedade, sensibilizar autoridades e pressionar por políticas públicas que garantam acesso a tratamento adequado, sobretudo medicamentoso, na rede pública. O comunicado cita que a obesidade, embora reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença crônica multifatorial, permanece como uma das únicas sem tratamento medicamentoso incorporado ao SUS. “Enquanto pacientes com hipertensão, diabetes, asma ou dislipidemia têm acesso gratuito a medicamentos, aqueles que vivem com obesidade permanecem sem qualquer alternativa terapêutica na rede pública”, destacou a Sbem. A entidade ressalta que, até o momento, nenhum fármaco para perda de peso foi incorporado ao SUS – nem mesmo medicamentos agonistas GLP-1, popularmente conhecidos como canetas emagrecedoras. “Nos últimos cinco anos, quatro medicamentos para o tratamento da obesidade foram submetidos à análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e tiveram sua incorporação negada: orlistate, sibutramina, liraglutida e semaglutida.” Números Dados do Atlas Mundial da Obesidade 2025, da Federação Mundial da Obesidade (WOF, na sigla em inglês), indicam que 31% dos adultos brasileiros têm obesidade, enquanto 68% têm sobrepeso – o que significa que quase sete em cada 10 vivem com excesso de peso. As projeções indicam que, se nada for feito, até 2044 quase metade da população adulta brasileira (48%) estará obesa. O relatório revela ainda que mais de 60 mil mortes prematuras no Brasil são atribuíveis ao sobrepeso e à obesidade por sua associação a doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2 e acidente vascular cerebral (AVC). “Além do impacto humano, o problema traz custos expressivos para o sistema de saúde”, destacou a Sbem, ao citar estimativas de estudo feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que apontam que, entre 2021 e 2030, os custos diretos ao SUS com doenças associadas à obesidade podem atingir US$ 1,8 bilhão. Já as perdas indiretas, como anos de vida produtiva, segundo o estudo, podem chegar a US$ 20 bilhões. Fonte

Campanha quer valorizar papel do jovem na defesa da democracia

Polícia tenta desvendar assassinato de 3 mulheres em praia de Ilhéus

Valorizar os jovens e seu papel na defesa da democracia, além de fortalecer a expressão como manifestação cultural e ferramenta de transformação social. Essa é a ideia da campanha Amplifique Democracia, lançada nesta semana pelo Ministério da Cultura. A ação é coordenada pelo Instituto Trocando Ideias, que dá apoio técnico no auxílio e execução de políticas públicas para a cultura. Um dos propagadores dessas ações são os agentes Cultura Viva, jovens de 18 a 24 anos formados pela rede de Pontões de Cultura, que atuam no mapeamento, diagnóstico, formação, articulação e mobilização da rede de Pontos de Cultura no país. Além deles, os Agentes Territoriais de Cultura desenvolvem ações de mapeamento participativo, comunicação e mobilização social, além de receberem formação voltada ao desenvolvimento cultural e territorial de suas comunidades. Uma extensa programação foi destaque neste fim de semana com o Circuito Cultura Viva Hip-Hop, no Rio de Janeiro. Shows, batalhas de rimas e oficinas marcaram o evento. Lideranças do Hip-Hop aproveitaram a ocasião e se reuniram com gestores públicos para debater sobre políticas culturais. Cultura

APARECIDA REALIZA EVENTO DA CAMPANHA…

Na manhã desta quarta-feira (13), o Auditório Cláudio Anísio Siqueira, na Vila Mariana, recebeu um importante encontro de mobilização pelo fim da violência contra a mulher, integrando a campanha Agosto Lilás. O evento reuniu especialistas, representantes da segurança pública e profissionais da assistência social, em um espaço de diálogo e conscientização voltado à comunidade. A abertura contou com a palestra da psicóloga Juliana de Oliveira Costa, servidora pública e técnica do CREAS de Aparecida, que apresentou o tema “Tipos de violência doméstica e formas de combate”, trazendo dados, exemplos práticos e orientações para identificação e denúncia. Em seguida, o Capitão Marcelo Henrique Lourenço Mendes e a Cabo Maria Helena Lima conduziram a apresentação “Conscientização pelo fim da violência contra a mulher”, abordando o papel da segurança pública e a importância da rede de proteção. Encerrando a programação, a advogada Paula Tatiane Claudovino ministrou a palestra “O poder da comunicação não violenta”, destacando estratégias para fortalecer relações respeitosas e prevenir conflitos. O evento, gratuito e aberto ao público, com ampla participação popular, reforçou a importância de reconhecer e combater todas as formas de violência, além de promover o fortalecimento das redes de apoio e uma cultura de respeito e equidade. Prefeitura de Aparecida

Brasil fecha Jogos Pan-Americanos Júnior com campanha histórica

Uma campanha histórica. Esta é a avaliação que Comitê Olímpico do Brasil (COB) faz da campanha brasileira na última edição dos Jogos Pan-Americanos Júnior, que chegaram ao final no último sábado (23) em Assunção (Paraguai). No evento esportivo o Brasil bateu recorde de pódios (175), de medalhas de ouro (70) e de vagas conquistadas para o Pan adulto de Lima, que será realizado em 2027. “Nosso balanço é extremamente positivo. Tínhamos três metas para esses Jogos. A primeira era ser Top 3, que eu até brinquei com a equipe que era muito fácil. Mas, em Jogos Pan-Americanos, a meta será sempre essa, estar entre os três primeiros. Fomos campeões em Cali e desejávamos repetir esse resultado. Garantir esse primeiro lugar foi muito importante e, mais do que isso, mostrar a evolução de todos os esportes. Em todos os itens da meta melhoramos os resultados de Cali. Superamos o número de ouros, o número de vagas por atletas e de vagas por modalidade para o Pan de Lima, em 2027. Essa era uma meta muito importante, pois o Pan de 27 distribuirá vagas para os Jogos Olímpicos de Los Angeles. Foi fundamental também para os atletas terem essa experiência, usufruir dos serviços de uma missão do Comitê Olímpico do Brasil e entender como funciona toda essa sistemática”, declarou o presidente do COB, Marco La Porta. A delegação brasileira em Assunção contou com 363 atletas, que garantiram 48 vagas diretas para o Pan adulto de Lima. “Os resultados acabaram ultrapassando os objetivos e, mais do que isso, vimos como os atletas valorizaram a participação nesses Jogos”, declarou o chefe de missão pelo COB, Leandro Guilheiro. EBC Esporte

Campanha alerta para falhas na prescrição de antibióticos em hospitais

Campanha alerta para falhas na prescrição de antibióticos em hospitais

Uma pesquisa realizada com pouco mais de 100 hospitais brasileiros alerta para um cenário preocupante: um em cada cinco não ajusta corretamente a dosagem de antibióticos. O estudo foi lançado nesta quarta-feira (20) pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), como parte da campanha “Será que precisa? Evitando a resistência antimicrobiana por antibióticos e antifúngicos”. Realizada pelo Instituto Qualisa de Gestão (IQG) em unidades de saúde públicas e privadas, a pesquisa alerta para a necessidade de evitar o uso excessivo ou ineficaz desses medicamentos, o que aumenta o risco de infecções por bactérias resistentes. Entre os 104 hospitais públicos e privados onde a pesquisa foi feita, 87,7% ainda usam os antibióticos empiricamente, o que quer dizer que os médicos prescrevem as dosagens e medicamentos por tentativa e erro. “Todos os indicadores reforçam a urgência de políticas públicas robustas. Precisamos urgentemente combater o uso indiscriminado de antibióticos”, afirmou a presidente do IQG, Mara Machado. Segundo os médicos, a falta de ajuste correto dos antibióticos é um ponto a mais no cenário de risco de infecção hospitalar e aumento da resistência de bactérias a esses remédios, além de problemas no meio ambiente. Sem o ajuste ideal, o uso excessivo desses medicamentos cria o risco aumentado do surgimento de microorganismos resistentes, contra os quais eles não farão mais efeito. Mara Machado explicou que a resistência antimicrobiana impede o real controle de uma infecção. No Brasil, estima-se que 48 mil pessoas morram por ano por infecções resistentes, totalizando mais de 1,2 milhão de mortes até 2050. “Por isso o controle dessa cadeia da prescrição até o descarte dos antibióticos, é importante para diminuir a resistência a esses medicamentos”, disse. “A pesquisa revelou, no entanto, que todos os hospitais avaliados, por exemplo, não possuem nem protocolo de descarte nem análise de efluentes hospitalares, tornando essa situação também um problema ambiental”, acrescentou a pesquisadora. A CEO do Instituto Qualisa de Gestão, Mara Machado, fala sobre a pesquisa Infecção Hospitalar: situação dos hospitais públicos e privados no Brasil Rovena Rosa/Agência Brasil Os organizadores da campanha destacam que a resistência antimicrobiana já é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma crise silenciosa, capaz de superar o câncer em número de mortes até 2050. Infecções comuns, como urinárias, pneumonias e ferimentos cirúrgicos, se tornam cada vez mais difíceis ou até impossíveis de tratar, levando a mais de 5 milhões de mortes por ano. “Fazer uso empírico e sem evidências pode levar a outros graves problemas de saúde pública. A resistência aos antibióticos é um fator agravante em muitos casos de morte, por exemplo, em UTIs. São riscos desnecessários que poderiam ser evitados com maior controle. Os hospitais possuem as comissões de controle de infecção hospitalar, mas existem muitas falhas”, ressaltou a infectologista coordenadora do Comitê de Resistência Antimicrobiana da SBI, Ana Gales.   A infectologista e coordenadora do Comitê de Resistência Antimicrobiana da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Ana Gales Rovena Rosa/Agência Brasil Para a presidente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado de São Paulo (AHOSP), Anis Ghattás, os hospitais têm papel central nesse combate. “Por isso, estamos trabalhando ativamente para a implementação de protocolos rigorosos e capacitação de equipes para uso racional de antimicrobianos. Nosso compromisso é a orientação técnica. Queremos promover uma resposta coletiva coordenada”, finalizou. Fonte