Em Brasília, movimentos organizam agenda em defesa da tarifa zero

Representantes de movimentos sociais de 12 estados estão em Brasília esta semana para denunciar a situação do sistema de transporte público e defender a ampliação da tarifa zero para todo o país. O modelo de transporte gratuito é adotado integralmente em 136 municípios, a maioria de pequeno e médio porte. Em algumas capitais, como Brasília e São Paulo, a gratuidade ocorre apenas aos domingos e feriados. A Caravana pela Tarifa Zero, de 6 a 10 de outubro, é uma ação nacional articulada por movimentos populares, sindicatos de rodoviários e metroviários, coletivos urbanos e partidos políticos que pedem soluções estruturais para a crise no transporte público.   “Existe uma crise terminal no atual sistema de transporte público, especialmente no modelo de financiamento e de gestão”, aponta Paíque Duques Santarém, do Movimento Passe Livre (MPL) e pesquisador do Observatório das Metrópoles. A programação da caravana inclui aulas públicas, panfletagens, plenárias com movimentos do Distrito Federal, exibição de um documentário, audiência pública na Câmara dos Deputados e uma reunião na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SRI). O tema da tarifa zero vem ganhando força nas últimas semanas e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a pedir um estudo amplo sobre o assunto para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Nosso interesse, com essa caravana, é justamente o de construir um espaço permanente de voz dos movimentos sociais para a garantia desse direito”, destaca Paíque. Resistência Apesar da expansão sem precedentes da tarifa zero no país, sua ampliação sofre resistência, especialmente nas grandes cidades. Na semana passada, por exemplo, a Câmara Municipal de Belo Horizonte rejeitou uma proposta para implantar a gratuidade total no transporte coletivo da cidade, com previsão de implementação em até quatro anos. O projeto previa a criação de uma Taxa de Transporte Público (TTP), que seria cobrada de empregadores com dez funcionários ou mais, e arrecadação de recursos também por meio de publicidade em ônibus e terminais, multas aplicadas a concessionárias e a criação de um fundo municipal para custear o novo sistema. “No Brasil, a gestão do transporte público é municipalizada e realizada basicamente por empresas privadas. A gente entende que é preciso criar entidades nacionais e reorganizar o transporte público como um direito social essencial”, observa Paíque. No ano passado, uma pesquisa publicada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) apontou que 86,7% da população é favorável ao financiamento público dos transportes, 60% apoiam a tarifa zero universal e 21,8% defendem passe livre para grupos específicos. Na avaliação do MPL, a crise do setor se agrava porque o modelo exploratório da mobilidade urbana, baseada no lucro, está sobrecarregando ainda mais o conjunto dos trabalhadores, que sofrem diretamente os efeitos dessa redução de custos promovida pelas empresas. “A classe trabalhadora está com salários menores, crescentemente na informalidade e adoecida pelas jornadas precárias. Esse cenário gerou uma redução de 41% no número de passageiros nas últimas décadas. Além de aumentar tarifas, as empresas pioraram os serviços: cortaram linhas, lotaram os veículos, aumentaram o desconforto, reduziram manutenções. Tudo isso pra aumentar seus lucros”, diz a organização em uma carta pública divulgada para impulsionar a mobilização em Brasília.   Politica

Brasília recebe festival internacional Curicaca a partir desta terça

Polícia tenta desvendar assassinato de 3 mulheres em praia de Ilhéus

A partir desta terça-feira (7), a capital federal será palco do Festival Curicaca, festival internacional sobre tecnologia e sustentabilidade na indústria. O evento conta com diversas atrações, como o escritor Itamar Vieira Júnior, a banda Olodum, e nomes de referência em diferentes áreas de atuação, como a especialista em finanças Natália Arcuri, responsável pelo canal Me Poupe. O festival é idealizado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, que é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, em conjunto com diversos parceiros do setor produtivo brasileiro. O evento tem patrocínio da Petrobras e do Ministério da Cultura. Ricardo Capelli, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, explica como surgiu a ideia do evento: “A ideia surgiu porque a gente vive um momento de retomada da indústria brasileira com a Nova Indústria Brasil, e a gente sentiu a necessidade de fazer um festival pra celebrar esse novo momento da indústria brasileira. E também pra aproximar a indústria das universidades, dos institutos federais, da educação, do debate sobre o futuro do Brasil”. A expectativa de público para esta primeira edição do festival supera as 100 mil pessoas, segundo Capelli: “A nossa expectativa é de receber mais de 100 mil pessoas, de idades variadas, e a gente tem shows também pra idades variadas. Tem desde Jorge Aragão até o MC Ariel. Então é pra toda a família, pra todo mundo vir participar. É gratuito”. O nome do festival homenageia uma ave típica do Cerrado, conhecida por anunciar mudanças no tempo quando canta, segundo a crença popular. A ideia é simbolizar uma nova era da indústria nacional: mais verde, digital, conectada e sustentável. O evento vai contar também com uma imersão gastronômica na culinária do Cerrado, batizada de Tour Gastronômico Festival Curicaca. Cinquenta estabelecimentos da capital federal vão oferecer pratos que utilizam ingredientes e sabores desse bioma, entre os dias 3 e 23 de outubro. O Festival Curicaca acontece até o dia 11 de outubro, no estádio Arena BRB e em outros pontos de Brasília. Os ingressos são gratuitos e estão disponíveis no aplicativo Festival Curicaca ou pelo site abdi.com.br/curicaca.. Cultura

Rapper Hungria recebe alta de hospital em Brasília

Rapper Hungria recebe alta de hospital em Brasília

O rapper Hungria, de 34 anos, recebeu alta médica neste domingo (5). Ele estava internado no hospital DF Star, em Brasília, desde o dia 2, por suspeita de intoxicação por metanol, após ingestão de bebida alcoólica. Segundo o boletim médico, o artista apresentou “excelente evolução clínica” e deverá seguir com os cuidados em casa. O cantor fez exames no hospital para confirmar a intoxicação por metanol, mas os resultados ainda não foram divulgados.  Até a tarde de sábado, o Brasil tinha registrado 14 casos confirmados de intoxicação por ingestão de metanol, segundo dados do Ministério da Saúde. Há ainda 181 casos em investigação.    Fonte

Brasília: conferencistas exigem políticas para todas as “mulheridades”

A canção Maria, Maria, de Milton Nascimento e Fernando Brant, foi cantada em coro pelas quase 4 mil credenciadas na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), em Brasília, nesta quarta-feira (1º), último dia da mobilização nacional. Juntas, elas homenagearam a força e a resiliência das mulheres brasileiras. Com o tema Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas, a 5ª CNPM debateu questões como o enfrentamento às desigualdades sociais, econômicas e raciais; fortalecimento das mulheres em espaços de poder e decisão; combate a todos os tipos de violência de gênero, políticas de cuidado. Multifacetadas Pelos corredores do evento, o novo conceito de “mulheridades” foi amplamente difundido para informar e destacar a pluralidade e a diversidade de identidades das mulheres que vivem no Brasil e suas experiências. Mulheres negras, com deficiência, LBTs [lésbicas, bissexuais e transgêneras], indígenas, quilombolas, de povos e comunidades tradicionais, jovens, idosas, mães atípicas, mulheres das cidades, do campo e das águas, ciganas, migrantes e refugiadas enviaram suas representações. Uma a uma encarregada de lutar por direitos e de dar visibilidade às suas causas. De Jundiaí (SP), Mayara Alice Zambon pediu respeito a toda diversidade, a toda a ‘mulheridade’. Ela se descreve como mulher cis, pansexual. Mayara acredita no feminismo interseccional, abordagem que reconhece diferentes eixos de opressão que se interligam, como raça, sexualidade, deficiência e classe econômica. “Mulheres são mulheres em sua totalidade. Ninguém nasce [mulher]. Se torna uma”, parafraseando a escritora e feminista francesa, Simone de Beauvoir. Dalvilene Cardoso se considera uma mulher de fibra – José Cruz/Agência Brasil Já a enfermeira Dalvilene Cardoso, que integra o coletivo de mulheres com deficiência de São Luís do Maranhão, considera-se uma “mulher de fibra”. O punho dela levanta pelo fim da escala de trabalho 6×1, da violência de gênero, e pela valorização de profissão dentro da política de cuidados da sociedade. “Viva as mulheres. Quero menos violência, não anistia [aos golpistas], mais democracia, mais respeito e, claro, mais educação. Somente por meio da educação nos tornaremos mulheres decididas e determinadas”, entende Dalvilene. Em uma roda de mulheres cadeirantes, na entrada do prédio da conferência, a produtora cultural de São José do Rio Preto (SP), Vanessa Cornélio, se agiganta contra o capacitismo, que é a discriminação e o preconceito contra pessoas com deficiência (PCD), baseado erroneamente na crença de que são inferiores e incapazes. “Precisamos de políticas educacionais que atinjam a população para desmistificar e tirar a imagem e o rótulo pejorativo e pesado de uma dependência. E ainda que as pessoas nos reconheçam para além da deficiência visível.” Vanessa completa com o modo que é vista em sociedade. “Muitas vezes, somos tratadas com infantilização, não reconhecem o nosso potencial. É um leão por dia, todos os dias. Temos que nos colocar e explicar quem somos”, lastima. Magna Caibé levou as demandas dos povos indígenas baianos para a conferência  José Cruz/Agência Brasil A indígena Magna Caibé viajou 1,5 quilômetros (km) de Euclides da Cunha (BA) até a capital federal para trazer as demandas dos povos originários da Bahia. Ao relatar violências que as indígenas sofrem, Magna não admite que a violência masculina seja encarada como um fenômeno cultural e do patriarcado, onde os homens supostamente deteriam a autoridade e o poder sobre as mulheres. “A violência não é cultural. Nossa cultura é a nossa ancestralidade, são nossas tradições.  A mulher indígena não está acostumada a ser violentada. Eu vim aqui para falar “não” à cultura de violência das mulheres indígenas.” A professora Maria Elisângela Santos, de Aracaju, quer uma sociedade justa e igualitária, frente à discriminação e ao racismo. “As mulheres negras querem nessa conferência que todos estejam colocados em uma linha tênue, onde nenhuma mulher tenha mais e outras menos. A mesma saúde que é dada a uma mulher não-negra, deve ser dada a outra mulher negra, a uma mulher trans, independentemente da sua raça e da sua religião.” Maria Elisâgela dos Santos quer uma sociedade justa e igualitária, frente à discriminação e ao racismo- José Cruz/Agência Brasil A conferencista ainda questiona o fato de que a média salarial de uma mulher negra pode ser cerca de 50% menor que a de um homem branco. “As mulheres negras se encontram abaixo da pirâmide salarial. Brigo por um espaço mais justo, porque nós trabalhamos igualmente aos demais, cuidamos de casa, da família, na maioria das vezes somos mães-solos. Por enquanto, sororidade, está sendo somente uma palavra bonita.” A estudante de direito Ana Eva dos Santos, de 24 anos, reconhece que sofre com a transfobia diariamente, mas diz que conta com o apoio materno. Ana Eva é voluntária do projeto solidário Associação Gold, casa de acolhimento de pessoas LGBTQIA+, em situação de vulnerabilidade socioeconômica. “A conferência é um espaço de diálogo democrático para discutir políticas públicas e espaço de escuta para o Estado entender nossas demandas, enquanto pessoas trans, em situação de rua, dentro das diversas interseccionalidades: de pessoas negras, com deficiências e com as nossas mulheridades.” Iyá Nifá Ifálere, sacerdotisa de umbanda, religião que escolheu há 35, trouxe com orgulho na mala as mesmas vestes que usa no terreiro de Cuiabá. No Distrito Federal, ela circula na conferência para marca posição e exigir respeito às mães de axé, que ela diz serem invisibilizadas.  Iyá Nifá Ifálere marcou presença na conferência para pedir respeito às mães de axé – José Cruz/Agência Brasil “Tentaram nos calar. Sofremos muito, principalmente pelas nossas vestes, não somos aceitas perante a sociedade, tudo isso precisa ser desmistificado. Porque essa é a minha identidade, eu sou uma mulher de axé, eu carrego meu Axé e sem ele não sou ninguém.” A secretária municipal da Mulher de Tutóia (MA), Cristiana Rocha Diniz, relata que mesmo tendo implantado o programa Patrulha Maria da Penha, de segurança pública, o município não tem recursos públicos para proteger as mulheres vítimas de violência. “Vejo nas localidades que a secretaria da mulher em si, só tem o nome. Não temos verbas para quebrar essa violência. A mulher do interior sofre violência e não há um transporte para socorrê-la. Existe muita política, sim. Mas cadê as

“Futuro, futuro” vence o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

A 58ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro foi encerrada neste sábado (20), com a cerimônia de entrega dos troféus candango no Cine Brasília. O destaque da noite foi “Futuro, futuro”, do diretor gaúcho Davi Pretto, consagrado com o prêmio de melhor longa-metragem pelo júri oficial. A produção levou, ainda, os prêmios de roteiro, montagem e menção honrosa para o ator Zé Maria Pescador. Já o público preferiu “Assalto à Brasileira”, de José Eduardo Belmonte, eleito em votação ao final das sessões, como o melhor longa. O filme de Belmonte também arrebatou os prêmios de melhor ator, para Murilo Benício, e melhor ator coadjuvante, para Christian Malheiros. As atrizes Dhara Lopes e Maria Ibrain venceram como melhor atriz e melhor atriz coadjuvante, respectivamente, pelo filme “Quatro Meninas”, da diretora carioca Karen Suzane. A diretora Karol Maia foi reconhecida com o Candango de Melhor Direção pelo documentário “Aqui Não tem Luz”. Na Mostra Brasília, em disputa pelo 27º Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal, o grande vencedor foi “Maré Viva, Maré Morta”, de Cláudia Daibert, melhor longa tanto do júri oficial como do júri popular. Além de ser lembrado por melhor edição de som e pelo Prêmio Sesc. A Edição comemorativa dos 60 anos do Festival alcançou um público de 39 mil pessoas durante os 9 dias de programação. Foram exibidos 80 filmes e distribuídos 50 prêmios, além de homenagear a atriz Fernanda Montenegro com o Troféu Candango pelo Conjunto da Obra. Ela não pôde participar da cerimônia, mas enviou um vídeo de agradecimento. Fernanda foi a primeira a receber o prêmio de Melhor Atriz no festival, em 1965, pelo filme “A Falecida”. Os longas-metragens vencedores das mostras competitivas Brasília, Nacional e Caleidoscópio serão reprisados na programação do Cine Brasília neste domingo (21/9) e na segunda-feira (22/9). A lista completa com os premiados nesta edição do Festival está disponível no site festcinebrasilia.com.br  Cultura

Esquerda mobiliza manifestações em diversas capitais contra anistia e PEC da Blindagem

Movimentos de esquerda voltaram às ruas em diversas capitais brasileiras neste domingo, 21 de setembro de 2025, para protestar contra o Projeto de Lei da Anistia e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que recentemente foi aprovado na Câmara dos Deputados. As manifestações ocorreram em pelo menos 30 cidades e 22 capitais, incluindo Brasília, Salvador, Belo Horizonte, Maceió, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Organizadas por frentes como o Povo Sem Medo e Brasil Popular, além de partidos como PT e PSOL, as mobilizações receberam apoio de centros sindicais, movimentos sociais, artistas e políticos. Um dos principais lemas das manifestações foi “Congresso inimigo do povo”, com críticas à aprovação da PEC que dificulta a abertura de processos criminais contra deputados e senadores, exigência de autorização prévia das casas legislativas para levantamento do foro privilegiado. Os manifestantes também se posicionaram contra o Projeto de Lei da Anistia, que propõe anistiar condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento em tentativa de golpe de Estado, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão pelo STF. Segundo os organizadores, a aprovação desses projetos representa um retrocesso na luta contra a impunidade política e o fortalecimento de uma “cegueira” para parlamentares corruptos. Em Brasília, o ato começou em frente ao Museu Nacional da República, com apresentações culturais e uma marcha em direção ao Congresso Nacional. No Rio de Janeiro, artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Djavan participaram das manifestações em Copacabana. Já em São Paulo, os protestos aconteceram na Avenida Paulista, contando com representantes como Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB). As mobilizações refletem o clima de tensão política do país em meio à tramitação dos projetos controversos no Senado Federal, onde a PEC da Blindagem deverá enfrentar forte resistência. Os movimentos sociais destacam a importância da participação popular para barrar o que se classifica como um ataque à justiça e à democracia brasileira. Foto: Agência Brasil/EBC

Festival de Brasília do Cinema Brasileiro vai até sábado, 20

Brasília está sediando, até sábado (20), um dos mais tradicionais eventos do país dedicados à sétima arte. É o Festival do Cinema Brasileiro, que está completando 60 anos. Ao longo de nove dias de programação o público confere exibições de filmes em diferentes mostras e atividades paralelas. Sara Rocha, diretora-geral do Festival, fala sobre o cuidado dos realizadores na escolha das produções…. “Os filmes eles são escolhidos a partir de uma ampla seleção, de uma chamada pública que é feita para o Brasil inteiro com filmes preferencialmente inéditos em Brasília, e a curadoria é capitaneada pelo Eduardo Valente, que é o nosso diretor artístico, com as comissões de seleção de curta e longa-metragem, respectivamente. Cada uma delas compostas por profissionais de notório saber, e grande especialização em audiovisual, em curadoria, em realização e conformação de programas, especializados no cinema brasileiro”. Um dos destaques do festival é a Mostra Brasília, com exibição gratuita de filmes produzidos na cidade ou que tenham maior parte da equipe de produção local. Além das telas, atividades paralelas às exibições também prometem atrair os apaixonados por cinema, como explica Sara Rocha…. “Também o festival traz uma série de outras atividades formativas, compostas de oficinas que acontecem em diversos formatos e diversas localidades de Brasília. Também as atividades do ambiente de mercado, que congrega players nacionais, internacionais, de todos os lugares do Brasil procurando dinamizar os negócios e as atividades próprias do setor audiovisual, com rodadas de negócios, encontros com players, o pitching aberto. E um painel sobre tendências internacionais pro cinema brasileiro. A gente vai ter uma masterclass com a Yasmin Tainá, que é uma jovem diretora cuja trajetória é muito inspiradora, e que a gente tem certeza de que vai inspirar uma série de novos realizadores aqui em Brasília também”. A edição 2025 do Festival de Cinema de Brasília vai trazer de volta a Conferência Nacional do Audiovisual, um fórum em que o público poderá participar de debates centrais para o desenvolvimento de políticas públicas de incentivo ao setor. A diretora-geral dá mais detalhes… “A Conferência Nacional do Audiovisual é um grande encontro de entidades, representantes relevantes do setor audiovisual, autoridades, gestores e pessoas importantes na indústria do cinema para que a gente possa fazer esse grande balanço de como a política audiovisual vem se construindo, e vem atendendo a fortalecendo o setor audiovisual e também de tecer prognósticos e uma mobilização absolutamente relevante para que essas políticas públicas continuem sendo ativas, potentes e adequadas ao setor, para que ele continue crescendo”. O Festival acontece no Cine Brasília e outros pontos da cidade, com parte da programação gratuita ou a preços populares. Cultura

Festival de Brasília do Cinema Brasileiro exibe 80 produções nacionais

A capital federal recebe, até o dia 20 deste mês, a edição de número 58 do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Além da exibição de 80 produções nacionais, a programação inclui mostras especiais, debates, oficinas, atividades formativas e sessões comentadas. Neste ano, o festival celebra seis décadas de história. O diretor artístico do evento, Eduardo Valente, destaca a relevância dele para o cenário audiovisual do país:  “Uma das marcas do festival, que já são muitas ao longo desses 60 anos, é essa possibilidade de representar o cinema brasileiro como um todo. Eu acho que quando é um festival que tem essa marca de servir de ponto de encontro e discussão sobre o cinema brasileiro e das pessoas de diferentes lugares e poder juntar pessoas de todas as regiões, para nós é uma é um conceito muito caro.” As sessões acontecem ao longo do dia no Cine Brasília, no Complexo Cultural de Planaltina e nas unidades do Sesc no Gama e em Ceilândia. Nesta terça-feira, a Mostra Brasília presta homenagem à atriz Fernanda Montenegro, às 11h, no Cine Brasília, com a exibição de A Falecida, de Leon Hirszman, em versão com legenda descritiva e audiodescrição. Já no Sesc do Gama, às 9h30, acontece o Festivalzinho com o filme Notícias da Lua, de Sérgio Azevedo. No Complexo Cultural de Planaltina, às 19h45, será exibida a Mostra Competitiva Nacional com os filmes Boi de Salto, de Tássia Araújo, Couraça, de Susan Kalik e Daniel Arcades, e Corpo da Paz, de Torquato Joel. No mesmo horário, o Sesc Ceilândia recebe a Mostra Brasília com os filmes O Bicho que Eu Tinha Medo, de Jhonatan Luiz, A Brasiliense, de Gabriel Pinheiro, O Fazedor de Mirantes, de Betânia Victor e Lucas Franzoni, e Mil Luas, de Carina Bini. Para assistir à Mostra Brasília, é necessário retirar o ingresso gratuito na bilheteria do Cine Brasília com duas horas de antecedência. Já para a Mostra Competitiva Nacional, a sessão das nove da noite no Cine Brasília tem ingressos a R$ 20, disponíveis a partir das duas da tarde na bilheteria ou pelo site ingresso.com. Todas as outras programações são gratuitas e não precisam de ingresso. *Com supervisão de Bianca Paiva Cultura

Autorizado pelo STF, Bolsonaro faz exames em hospital de Brasília

Polícia tenta desvendar assassinato de 3 mulheres em praia de Ilhéus

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou por volta de 8h deste domingo (14), ao Hospital DF Star, em Brasília, para realizar procedimentos médicos de remoção de lesões na pele.  Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto. A ida de Bolsonaro para o hospital foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. É a segunda vez que ele deixa sua residência, em um bairro nobre de Brasília, para acompanhamento médico. O ex-mandatário chegou escoltado por um comboio da Polícia Penal, que permanece na unidade até a saída dele, que deverá retornar à residência localizada no Lago Sul. A decisão de Moraes prevê que o ex-presidente permaneça na unidade de saúde apenas pelo tempo necessário ao atendimento médico e retorne em seguida à sua residência. Além disso, após o procedimento, o ex-presidente deverá apresentar um atestado de saúde em até 48 horas ao STF. Politica

Brasília ganha biofábrica de mosquitos com tecnologia contra a dengue

Brasília ganha biofábrica de mosquitos com tecnologia contra a dengue

Mosquitos com a bactéria Wolbachia foram soltos, nesta terça-feira (9), para ajudar no combate à dengue, zika e chikungunya no Distrito Federal e nos municípios goianos de Valparaíso de Goiás e Luziânia. A ação marcou a inauguração da biofábrica do método Wolbachia, localizada na região administrativa do Guará, a 10 quilômetros de Brasília. A tecnologia insere a bactéria nos mosquitos Aedes aegypti e impede o desenvolvimento do vírus no organismo do inseto, reduzindo a transmissão. Quem explica é o secretário de Saúde do Distrito Federal, Juracy Cavalcante Lacerda. “A produção é de um mosquito com a bactéria, que se chama Wolbito. A ideia é que a gente possa fazer a soltura desses mosquitos em massa para fazer uma mudança dessa população de mosquitos. Hoje, os Aedes aegypti que estão circulando têm a capacidade de transmitir várias doenças: zika, dengue e os vários tipos de dengue. Mas o Wolbito, a partir do momento que ele entra nesse mosquito, ele impede a replicação desses vírus. Então, obviamente, você reduz drasticamente a possibilidade desse vírus de transmitir essa doença.”  Dezesseis cidades brasileiras já implementaram a técnica Wolbachia – Marcelo Camargo/Agência Brasil No primeiro semestre de 2025, houve redução de 75% nos casos de dengue e de 73% das mortes pela doença no país. Apesar da queda nos números, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alerta que não é o momento de baixar a guarda. “Por isso que nós estamos lançando agora, a partir do mês de setembro, toda a ação nesse segundo semestre de orientação à população. Esse período, que é o período de menor transmissão, é exatamente, na opinião do Ministério da Saúde, o melhor momento para conscientizar as pessoas, orientar as pessoas, fazer os levantamentos de dados, de onde está a concentração dos mosquitos, do impacto do aumento da temperatura média das cidades na multiplicação dos mosquitos e na multiplicação dos casos.” A nova fábrica vai beneficiar dez regiões do Distrito Federal, além dos dois municípios goianos, impactando mais de 750 mil pessoas. A unidade tem uma das maiores operações do método Wolbachia no Brasil, com capacidade para produzir 6 milhões de mosquitos adultos por semana. O material é distribuído semanalmente em 20 mil potinhos, com a liberação envolvendo 26 viaturas e 52 servidores por dia.  Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na inauguração da biofábrica de Wolbachia de Brasília – Marcelo Camargo/Agência Brasil Método Wolbachia No Brasil, 16 cidades já implementaram a técnica. Em julho, Curitiba (PR) inaugurou a maior biofábrica Wolbachia do mundo.  Em Niterói, no Rio de Janeiro, dados recentes mostram uma redução de 88% nos casos de dengue após a adoção da estratégia. Até o fim do ano, a novidade deve ser lançada em Natal (RN), Uberlândia (MG) e Presidente Prudente (SP). Pelo método, os mosquitos Aedes aegypti são inoculados com a bactéria Wolbachia, o que os torna “imunes” ao contágio por vírus que causam doenças – Marcelo Camargo/Agência Brasil Fonte