Vacina brasileira de covid ajuda a combater negacionismo, diz ministra

O Brasil publicou este mês o primeiro artigo científico sobre testes de segurança envolvendo uma vacina contra a covid-19 totalmente nacional. Os resultados demonstram que o imunizante, chamado SpiN-TEC, é seguro. A dose avança agora para a fase final de estudos clínicos e deve estar disponível para a população até o início de 2027. Desenvolvida pelo Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a vacina conta com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Ao todo, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) investiu R$ 140 milhões, por meio da RedeVírus, apoiando desde os ensaios pré-clínicos até as fases clínicas 1, 2 e 3. Em entrevista à Agência Brasil e à TV Brasil, a chefe do MCTI, Luciana Santos, classificou o desenvolvimento do imunizante como algo revestido de simbolismos em meio à luta contra o negacionismo. Ela se mostrou otimista em relação a uma futura aprovação da dose pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e citou outras iniciativas de fomento de novas tecnologias em andamento no país. Confira os principais trechos da entrevista: TV Brasil: Ministra, o que representa o desenvolvimento dessa vacina para a ciência brasileira?Luciana Santos: Um grande marco da luta contra as evidências científicas e do negacionismo se deu no auge da covid-19, uma pandemia que impactou o mundo todo. No Brasil, tínhamos um chefe de Estado que negava a ciência. E todos nós sabemos os impactos disso: fomos a segunda população do planeta com mais mortes por covid. Acho que o desenvolvimento dessa vacina se reveste de muitos simbolismos. Primeiro, da capacidade da inteligência brasileira. Nós temos um histórico, através de instituições que são longevas, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan, que, naquele momento de pandemia, acudiram através de transferência de tecnologia, o que salvou o povo brasileiro. Os desafios para as pandemias vão ser cada vez mais urgentes. No caso específico, a SpiN-TEC, do Centro de Tecnologia de Vacinas da UFMG, que a gente apoiou com investimentos no montante de R$ 140 milhões, mostra que o Brasil é capaz de produzir soluções brasileiras, da inteligência brasileira. Penso que é um momento de afirmação da necessidade de virar a página do negacionismo no país e de dizer que a inteligência brasileira resolve questões, resolve problemas. Fico imensamente feliz, orgulhosa e com a certeza de que a gente tem capacidade de enfrentar vários desafios. A SpiN-TEC é um libelo à inteligência brasileira, 100% produzido no Brasil. TV Brasil: O fomento do MCTI foi fundamental para o desenvolvimento da vacina. Que outras iniciativas de fomento de novas tecnologias estão em andamento para a melhoria da qualidade da saúde pública no Brasil?Luciana: Como é um centro de tecnologia de vacinas que, inclusive, funciona em rede, contando com o Parque Tecnológico de Belo Horizonte, esse ecossistema é que faz valer as soluções. São muitas pessoas envolvidas no processo, muitas mãos para chegar a soluções complexas. Lá, nós vamos tratar da malária, da doença de Chagas, doenças propriamente do nosso clima, da nossa floresta tropical. Além das terapias que já existem hoje, nós vamos garantir uma vacina. Tudo isso está em andamento. É algo muito importante e animador. Assim, a gente vai poder dar ênfase aos desafios do complexo industrial da saúde, que são garantir equipamentos, insumos, medicamentos e vacinas que possam enfrentar coisas que são próprias do Brasil, contra as quais só a gente mesmo é que pode apresentar soluções. TV Brasil: O Brasil vem conquistando cada vez mais reconhecimento no mundo em vários campos da ciência. Um exemplo foi o mapeamento do genoma do coronavírus, realizado pela cientista Jaqueline Goes de Jesus. Como as políticas de fomento podem contribuir para esse processo?Luciana: O complexo industrial de saúde engloba desafios propriamente da área de saúde, equipamentos, insumos e medicamentos. Aliás, esse é o segundo déficit da balança comercial do Brasil, próximo de US$ 20 bilhões. E eles integram a Nova Indústria Brasil [política industrial lançada pelo governo federal em janeiro de 2024, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento da indústria nacional até 2033]. É um desafio. Uma das escolhas que o Brasil fez foi nos tornarmos independentes, diminuir a nossa dependência desse conjunto de questões que diz respeito ao povo brasileiro. E, com isso, baratear custos, dar mais acesso, facilitar. Só pra dar um exemplo, a produção nacional do fator recombinante 8, que é um IFA [insumo farmacêutico ativo] de hemoderivados, vai significar US$ 1,2 bilhão a menos na balança comercial brasileira. Toda essa agenda que o presidente Lula lidera vai na direção de superar a dependência, ainda mais no contexto que a gente está vivendo, de muito ataque à nossa soberania. Soberania diz respeito a conseguir garantir que algumas soluções para o povo brasileiro a gente não precise importar. Nossa infraestrutura de pesquisa, nossa inteligência, pesquisadores e pesquisadoras, esses milhares de brasileiros e brasileiras que estão nos laboratórios, nos estudos de ciência e tecnologia, nas universidades, produzindo soluções, precisam cada vez mais ter visibilidade pra gente dar valor. Vacina SpiN-TEC desenvolvida na UFMG, que protege contra mais variantes do vírus da covid-19. Foto: Virgínia Muniz/CTVacinas Agência Brasil: A senhora citou um certo otimismo para levar a vacina até a Anvisa. O governo trabalha com algum tipo de prazo para essa aprovação junto à agência reguladora? Seria algo a se esperar ainda este ano ou em meados do ano que vem?Luciana: Esse é um debate que todo o ecossistema de medicamentos tem reiterado. A necessidade de a gente dar celeridade, ter corpo, gente suficiente. E a expectativa é que a vacina já vai entrar pra poder fazer a avaliação junto à Anvisa. Eu sou otimista, eu acho que nós vamos conseguir fazer isso de modo a garantir que ela entre em produção ainda no ano que vem. Agência Brasil: A gente já tem algumas vacinas produzidas no Brasil. Qual a diferença, exatamente, no caso da SpiN-TEC?Luciana: A diferença é que não vamos precisar importar insumos ou princípio ativo, que chamam de insumo farmacêutico ativo. No
Vacina brasileira contra covid entra na fase final de estudos

O Brasil está prestes a ter uma vacina contra a covid totalmente nacional. O país publicou o primeiro artigo científico sobre os resultados dos testes de segurança da vacina SpiN-TEC que mostram que o imunizante é seguro. A vacina avança agora para a fase final de estudos clínicos. A expectativa é que até o início de 2027, ela possa estar disponível para a população. A vacina foi desenvolvida pelo Centro de Tecnologia de Vacinas (CT-Vacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), gerido pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Nos testes conduzidos, de acordo com o pesquisador e coordenador do CT-Vacinas, Ricardo Gazzinelli, a SpiN-TEC mostrou ter inclusive menos efeitos colaterais do que a vacina da norte-americana Pfizer. “Concluímos que a vacina se mostrou imunogênica, ou seja, capaz de induzir a resposta imune em humano. O estudo de segurança foi ampliado e ela manteve esse perfil, na verdade foi até um pouco mais, induziu menos efeitos colaterais do que a vacina que nós usamos, que é da Pfizer”, diz o pesquisador. A SpiN-TEC adota estratégia inovadora, a imunidade celular. Isso significa que ela prepara as células para que não sejam infectadas. Caso a infecção ocorra, a vacina capacita o sistema imunológico a atacar apenas as células atingidas, que são destruídas. Essa abordagem mostrou-se mais eficaz contra variantes da covid-19 nos ensaios em animais e em dados preliminares em humanos. Testes clínicos Ao todo, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) investiu R$ 140 milhões no desenvolvimento da vacina, por meio da RedeVírus, apoiando todas as etapas de testes, desde os ensaios pré-clínicos até as fases clínicas 1, 2 e 3. A fase 1 do estudo contou com 36 voluntários, de 18 a 54 anos, e teve como objetivo avaliar a segurança do imunizante em diferentes dosagens. Já a fase 2 contou com 320 voluntários. Agora, os pesquisadores aguardam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a fase 3, com estimativa de 5,3 mil voluntários de todas as regiões do Brasil. De acordo com Gazzinelli, esse é também um marco para o Brasil. O país, segundo o pesquisador tem “um ecossistema de vacinas quase completo”, com pesquisas em universidades, fábricas de produção de vacinas e distribuição dos imunizantes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “O que nós não temos é exatamente essa transposição da universidade para o ensaio clínico, né? Não temos exemplo disso feito no Brasil. Os ensaios clínicos normalmente são com produtos vindo de fora. Ideias, vacinas idealizadas fora. E esse foi um exemplo de uma vacina idealizada no Brasil e levada para os ensaios clínicos”, explica. Gazzinelli destaca que esse é um passo importante inclusive para outras pesquisas. “Eu acho que isso agrega uma expertise que nós não tínhamos e também um aspecto muito importante não só na área de inovação tecnológica de vacinas, mas para outros insumos da área de saúde”, diz . Caso seja aprovada em todas as fases do estudo, a expectativa, de acordo com o pesquisador, é que a vacina brasileira possa ser disponibilizada no SUS até o início de 2027. Outras vacinas O CT-Vacinas é um centro de pesquisas em biotecnologia criado em 2016, como resultado da parceria entre a UFMG, o Instituto René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-Minas) e o Parque Tecnológico de Belo Horizonte. Atualmente, reúne cerca de 120 pesquisadores, estudantes e técnicos. “O MCTI observou, durante a pandemia, que o Brasil não tinha uma autonomia, não tinha soberania para desenvolver vacinas. Eu digo que um dos grandes legados desse programa além, obviamente, da vacina contra covid, é que aprendemos o caminho de levar uma vacina para a Anvisa e fazer o teste clínico”, diz Gazzinelli. Além da pesquisa sobre covid, o centro trabalha no desenvolvimento de vacinas contra outras doenças, como malária, leishmaniose, chagas e monkeypox. O pesquisador e coordenador do CT-Vacinas reforça: “Nós sabemos que vacinas realmente protegem. Evitam, inclusive, a mortalidade. De novo, quanto mais gente vacinado, mais protegida está a população”. Fonte
SUS: 76% da população brasileira têm atendimento gratuito de saúde

O Sistema Único de Saúde (SUS) completa, nesta sexta-feira (19), 35 anos de existência e, na avaliação do Ministério da Saúde, se consolida como o maior sistema público, gratuito e universal do mundo. Em nota, a pasta destacou que o SUS surgiu como resultado de um movimento histórico na 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986, e ganhou forma na Constituição de 1988, que definiu a saúde como direito de todos e dever do Estado. “Antes do SUS, apenas trabalhadores formais vinculados à Previdência Social tinham atendimento garantido nos hospitais públicos. Na prática, apenas 30 milhões de pessoas eram beneficiadas”, lembrou o ministério. “Para o restante da população, a alternativa era a caridade, serviços filantrópicos ou o pagamento direto. Hoje, toda a população tem direito aos atendimentos”, completou o ministério. Dados do governo mostram que, atualmente, 76% da população brasileira, de um total de 213,4 milhões de pessoas, dependem diretamente do SUS. Os números indicam ainda 2,8 bilhões de atendimentos ao ano e 3,5 milhões de profissionais em atuação. SUS: 30 mil procedimentos realizados em 2024. Foto-arquivo: Marcelo Camargo/Agência Brasil – Marcelo Camargo/Agência Brasil Saúde da família Para o ministério, uma das ações de destaque no SUS é a Estratégia Saúde da Família (eSF). Lançada em 1994 com foco na atenção primária, a estratégia conta com equipes presentes em todas as regiões do país. As ações incluem promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento em unidades básicas de saúde (UBS) e em áreas remotas e fluviais, além de consultórios na rua e territórios indígenas. Transplantes A pasta ressaltou ainda que o Brasil detém hoje a maior rede pública de transplantes do mundo. Em 2024, o país bateu recorde histórico no SUS, com 30 mil procedimentos realizados. O sistema fornece ainda medicamentos imunossupressores necessários para transplantados. Vacinação O SUS conta também com o maior programa público de vacinação da América Latina, o Programa Nacional de Imunizações (PNI). Atualmente, são disponibilizados 48 imunobiológicos, sendo 31 vacinas, 13 soros e quatro imunoglobulinas. “As ações contribuíram para marcos como a erradicação da poliomielite, em 1994, até resultados mais recentes, como a recertificação de país livre de sarampo pela OPAS [Organização Panamericana da Saúde],” destacou o ministério. O Brasil ainda foi pioneiro na oferta de vacina contra a dengue, ofertada atualmente para crianças e adolescentes com idade entre 10 e 14 anos. .Brasil ainda foi pioneiro na oferta de vacina contra a dengue, segundo o Ministério da Saúde. Foto-arquivo: Paulo Pinto/Agência Brasil. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil – Paulo Pinto/Agência Brasil Outros destaques Para a pasta, a trajetória do SUS é marcada também pela criação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em 2003; do programa Brasil Sorridente, em 2004; do Farmácia Popular, em 2004, da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em 2004; da Rede Cegonha, atual Rede Alyne, em 2011; e do Programa Mais Médicos, em 2013, dentre outros. “Desde 2023, o governo federal retomou a agenda voltada ao fortalecimento do complexo econômico-industrial da saúde com medidas para reduzir a dependência do Brasil. A expectativa é que, em até dez anos, 70% das necessidades do SUS em medicamentos, equipamentos e vacinas sejam produzidos no país”, completou o ministério. Desafios A pasta avalia como um dos desafios históricos o tempo de espera para atendimento na rede pública. A expectativa do governo é que a questão seja sanada por meio do programa Agora Tem Especialistas, que tem como foco seis áreas estratégicas: oncologia, cardiologia, ginecologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia. Outra estratégia apontada pelo ministério é a expansão da telessaúde, que pode reduzir em até 30% o tempo de espera por atendimento especializado no SUS e figura como um dos eixos do programa. Os dados mostram que, em 2024, foram registrados 2,5 milhões de atendimentos em telessaúde. Ainda de acordo com a pasta, por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Saúde, o governo pretende entregar novas unidades básicas de saúde (UBS), salas de teleconsulta, unidades odontológicas móveis, policlínicas, maternidades, centros de atenção psicossocial (Caps) e ambulâncias. “A meta é universalizar o serviço de emergência até o final de 2026 e ele, agora, está presente também em território indígena, com atendimento 24 horas e profissionais bilíngues”, concluiu o ministério. Fonte
Valor da produção agrícola brasileira recua 3,9% em 2024, mostra IBGE

Em um ano marcado por condições climáticas desfavoráveis e queda nos preços internacionais, o valor da produção agrícola no país ficou em R$ 783,2 bilhões. Esse resultado representa recuo de 3,9% em 2024, na comparação com o ano anterior, e foi divulgado nesta quinta-feira (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa Produção Agrícola Municipal. O ano de 2024 foi o segundo seguido de queda no valor da produção do campo. Em 2023, a retração foi de 2,3% ante 2022. O valor de produção menor é explicado tanto pelas condições climáticas desfavoráveis à agricultura quanto pelos menores preços no mercado internacional, uma vez que grande parte da colheita brasileira é destinada à exportação. Os produtos que mais contribuíram para a queda no valor de produção agrícola nacional foram a soja e o milho, que apresentaram queda de 5% e 12,9% na produção, respectivamente, além de terem sofrido com a retração dos preços no mercado internacional. Apesar do recuo na soja, o país segue como maior produtor e maior exportador global da oleaginosa. A produção em 2024 ficou em 144,5 milhões de toneladas, com valor de R$ 260 bilhões. Colheita de milho em colheitadeira – Wenderson Araujo/Trilux Produção recua A pesquisa Produção Agrícola Municipal traz informações como área plantada, colhida, produção e valor de venda de 64 produtos agrícolas, com detalhamento por municípios, estados e regiões. A produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2024 foi de 292,5 milhões de toneladas, volume 7,5% menor que em 2023. Já a área plantada no país somou 97,3 milhões de hectares, com expansão de 1,2% ante o ano anterior. Para se ter noção, essa área de plantio supera a dimensão do estado de Mato Grosso, que tem 90,3 milhões de hectares. O IBGE lembra que 2024 foi comprometido pelo El Niño ─ aquecimento anormal das águas da porção leste da região equatorial do Oceano Pacífico. “O ano foi marcado mais uma vez pela influência climática do fenômeno El Niño que, ao contrário dos anos anteriores, provocou estiagem prolongada mais severa no Centro-Norte do país, no Sudeste e parte do Paraná, com efeitos negativos na produtividade das culturas de verão”, descreve o instituto. No Rio Grande do Sul, aponta o IBGE, o problema foram chuvas e alagamentos. Economia Gov BR
Inspirado em Ronaldo, Yago Dora destaca supremacia brasileira no surfe

Um atleta brasileiro, com o número 9 às costas, do outro lado do mundo, conquistando o maior título da carreira. As semelhanças que aproximam o surfista Yago Dora e o ex-jogador de futebol Ronaldo não são meras coincidências. “Eu cresci com as memórias do Ronaldo jogando pela seleção brasileira. Quando eu era criança, o Brasil ganhou o penta [da Copa do Mundo, em 2002] e isso ficou marcado. E há dois anos, eu quis mudar o número da minha lycra [traje utilizado pelos surfistas] para nove”, disse Yago, em entrevista coletiva. “Ele [número 9] representa o cara que chega na hora importante e define o jogo, faz as coisas acontecerem. Queria isso para a minha carreira. Senti que era um simbolismo legal, algo que eu queria me tornar. Um cara decisivo, de momentos grandes”, emendou o brasileiro, que imitou o corte de cabelo adotado pelo Fenômeno na final da Copa de 2002, apelidado de “Cascão”, em alusão ao personagem de mesmo nome do desenho “Turma da Mônica”. É muita HISTÓRIA com a amarelinha e a 9 🇧🇷🏆#WSLBrasil #BrasilNoWSLFinals pic.twitter.com/AlujVzWbiS — WSL Brasil 🇧🇷 (@WSLBrasil) September 4, 2025 O surfista paranaense, de 29 anos, atendeu à imprensa – Agência Brasil inclusa – de forma on-line, direto das Ilhas Fiji, onde se sagrou, na última segunda-feira (1º), campeão da temporada 2025 da Liga Mundial de Surfe (WSL, na sigla em inglês). Ele se tornou o quinto brasileiro a chegar ao topo da modalidade e garantiu o oitavo título verde e amarelo desde 2014, quando o paulista Gabriel Medina abriu a sequência de vitórias do país no circuito. Medina voltaria a conquistar o mundo em 2018 e 2021. Além dele e de Yago, são campeões os também paulistas Adriano de Souza, o Mineirinho (2015), e Filipe Toledo (2022 e 2023), além do potiguar Italo Ferreira (2019). O único não-brasileiro a vencer o circuito desde 2014 foi o havaiano John John Florence (2016, 2017 e 2024). “Além da base forte, do talento, acho que é dedicação [do surfista brasileiro]. A galera virou atleta mesmo, começou a levar muito a sério o surfe. Pela minha experiência no circuito, os brasileiros são os que trabalham mais duro. Vejo a galera botando mais tempo de treino, sempre buscando essa evolução. É esse sangue, esse fogo brasileiro, de querer a vitória e de não desistir nunca”, analisou o campeão mundial, que frequenta a elite do surfe desde 2017. Aura.#WSLBrasil #BrasilNoWSLFinals #WSLFinalsFiji pic.twitter.com/9CXGR1Yryl — WSL Brasil 🇧🇷 (@WSLBrasil) September 2, 2025 O título de Yago foi confirmado no WSL Finals, última etapa do ano, que reuniu em Fiji os cinco melhores surfistas dos circuitos masculino e feminino. Como estava na liderança da temporada, com vitórias nas etapas de Peniche (Portugal) e Tresles (Estados Unidos), o paranaense entrou na disputa diretamente na final, que normalmente ocorre em uma melhor de três baterias. Uma mudança no regulamento anunciada em julho, porém, determinou que, caso o líder da temporada vencesse a bateria inicial da decisão, o título ficaria com o detentor da lycra amarela (a usada por Yago Dora, o líder da temporada regular). Se na final feminina a australiana Molly Picklum precisou virar o confronto contra Caroline Marks, dos Estados Unidos, para confirmar o favoritismo, Yago liquidou o duelo com o norte-americano Griffin Colapinto na primeira oportunidade. “É doido, não parece real [a conquista do título]. É uma sensação muito boa, um trabalho de muitos anos. Consegui essa coroação aqui em Fiji, um lugar que amo tanto. No ano passado, tive um resultado frustrante aqui, fiquei a uma bateria da final. Mas acreditei que esse lugar teria algo especial reservado para mim”, comemorou Yago. O TOPO DO MUNDO É SEU, YAGO! 🏆🇧🇷 Obrigado por todos os shows proporcionados! Chegou com a lycra amarela em Fiji e representou o Brasil da melhor maneira possível! VALEU, SKINNY GOAT! #WSLBrasil #BrasilNoWSLFinals #WSLFinalsFiji pic.twitter.com/ibETWaJvXw — WSL Brasil 🇧🇷 (@WSLBrasil) September 2, 2025 A relação entre surfe e futebol no bate-papo com Yago não se limitou a Ronaldo. O surfista foi perguntado sobre a dica que daria ao Athletico-PR, seu time do coração. Rebaixado no Campeonato Brasileiro no ano passado, o Furacão está nas quartas de final da Copa do Brasil, mas ocupa somente a 11ª posição na Série B, principal objetivo de 2025. Para voltar à elite do Brasileirão em 2026, o Rubro-Negro tem de alcançar um dos quatro primeiros lugares da competição. “Está sendo difícil ser torcedor do Athletico ultimamente [risos]. Mas acho que, em todo esporte, a gente tem de ir [para cima], mesmo na dificuldade, continuar acreditando e trabalhando. É isso que tira a gente do buraco. Isso é o mais difícil, eu acho, do esporte. Consegui evoluir muito nisso nos últimos anos e tem sido muito bom para mim, porque, uma hora, as coisas viram”, concluiu o campeão mundial. EBC Esporte
Seleção encara Chile e se despede da torcida brasileira no Maracanã

O Maracanã recebe nesta quinta (4) à noite o último jogo do ano da seleção brasileira de futebol masculina no país. Depois do duelo de hoje contra o Chile pela penúltima rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo, o escrete canarinho joga contra a Bolívia fora de casa na próxima terça (9). Já classificados, os brasileiros encaram os chilenos, últimos colocados e fora do Mundial de 2026. A partida terá início às 21h30 (horário de Brasília) e terá transmissão ao vivo da Rádio Nacional com narração de André Marques, comentários de Rodrigo Ricardo e a reportagem de Carlos Molinari. Setenta mil ingressos foram colocados à venda para o jogo de despedida da seleção, que terá show de abertura com a cantora baiana Ivete Sangalo. Durante o intervalo, está prevista uma homenagem aos jogadores que foram campeões mundiais vestindo a amarelinha. Aos 90 anos, José Macia, o Pepe, campeão em 1958 e 1962 pelo Brasil já confirmou presença. Há 100 dias no comando da Seleção, o italiano Carlo Ancelotti também vai estrear à beira do gramado do estádio Jornalista Mário Filho. “Uma experiência nova, muito bonita, minha primeira vez no templo do futebol mundial”, disse Ancelotti, esperando o máximo da equipe, e que atue com confiança e equilíbrio. “É o caminho que queremos correr até o Mundial.” Em terceiro lugar nas Eliminatórias, com 25 pontos, o Brasil já garantiu a vaga para a Copa de 2026. Situação diferente dos chilenos, que amargam a lanterna da disputa, com 10 pontos, e estão fora pela terceira vez consecutiva da maior competição de seleções do mundo. A La Roja vai ser guiada por um treinador interino, Nicolás Córdova, técnico do Sub-20, no lugar de Ricardo Gareca, demitido na última rodada. As estatísticas também apontam um amplo favoritismo da seleção. Os chilenos são os maiores “fregueses” da história do futebol brasileiro. Em 74 partidas, foram 52 vitórias da amarelinha, 14 empates e oito derrotas. Após três treinos na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), Ancelotti deve escalar o time brasileiro com Alisson, Wesley, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Douglas Santos; Casemiro e Bruno Guimarães; Raphinha, Gabriel Martinelli, Estevão e João Pedro. A arbitragem de duelo Brasil x Chile será venezuelana. Alexis Herrera (árbitro); Lubin Torrealba e Albeto Ponte (assistentes); Alejandro Velázquez (quarto árbitro) e Ángel Arteaga (VAR). EBC Esporte
Em 12 meses, economia brasileira acumula 6º maior crescimento do G20

O desempenho da economia brasileira no segundo trimestre, divulgado nesta terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coloca o país na sexta posição entre os membros do G20 que já divulgaram o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) para o mesmo período. O PIB ─ conjunto de bens e serviços produzidos no país ─ do Brasil acumula alta de 3,2% nos últimos 12 meses. Em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento é de 2,2%. Já na passagem do primeiro trimestre de 2025 para o seguinte, a expansão foi de 0,4%, o que representa uma desaceleração. Uma análise da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda classifica 16 países do G20 que já divulgaram o resultado do PIB do trimestre encerrado em junho. Tanto em relação ao acumulado de 12 meses quanto na comparação com o segundo trimestre de 2024, Brasil figura na sexta colocação. O G20 é composto por 19 países, além da União Africana e da União Europeia: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia. Os integrantes do grupo representam cerca de 85% da economia mundial, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população do planeta. Veja o ranking de variação do PIB nos últimos 12 meses: Índia: 6,8% China: 5,2% Indonésia: 5% Arábia Saudita: 3,7% Turquia: 3,3% Brasil: 3,2% Rússia: 2,6% Estados Unidos: 2,3% União Europeia: 1,5% Reino Unido: 1,3% Japão: 1,3% França: 0,8% Coreia do Sul: 0,7% México: 0,7% Itália: 0,6% Alemanha: -0,1% Já em relação ao desempenho na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2025, o Brasil é o nono colocado: Indonésia: 4,0% EUA: 3,3% Arábia Saudita: 2,1% Índia: 1,7% Turquia: 1,6% China: 1,1% México: 0,6% Coreia do Sul: 0,6% Brasil: 0,4% Japão: 0,3% França: 0,3% Reino Unido: 0,3% União Euroeia: 0,2% Itália: -0,1% Alemanha: -0,3% Canadá: -0,4% >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Desaceleração O resultado de 0,4% entre trimestres imediatamente seguidos significa desaceleração, uma vez que, no primeiro trimestre, o avanço havia sido de 1,3% ante o quarto trimestre de 2024. A coordenadora da Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, atribuiu a desaceleração à política monetária restritiva, ou seja, juros altos, ferramenta do Banco Central (BC) para conter a inflação. Os juros altos têm o efeito de desestimular o consumo e o investimento, esfriando a economia e diminuindo a demanda por bens e serviços, consequentemente, tirando força da inflação. Próximo trimestre Para o terceiro trimestre, a SPE projeta ritmo de crescimento do PIB “pouco inferior” ao observado para o segundo trimestre. “Embora a desaceleração nas concessões de crédito venha se acentuando nos últimos meses, junto com o aumento nas taxas de juros bancárias e na inadimplência, o mercado de trabalho segue resiliente, podendo impulsionar a atividade junto ao pagamento dos precatórios [dívidas judiciais do governo] e à recente expansão do crédito consignado ao trabalhador”, escreve a análise. Com o resultado dessa terça-feira, a SPE afirma que a projeção inicial de crescimento de 2,5% para 2025 tem “leve viés de baixa devido à desaceleração mais acentuada do crescimento no segundo trimestre comparativamente ao esperado em julho e ainda em repercussão aos efeitos defasados e cumulativos da política monetária na atividade econômica”. Economia Gov BR
Economia brasileira cresce 0,4% no segundo trimestre, mostra IBGE

A economia brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre do ano. Com esse resultado, o PIB atingiu o maior patamar da série histórica, iniciada em 1996. Em relação ao segundo trimestre de 2024, a atividade econômica brasileira teve alta de 2,2%. No semestre e no acumulado em quatro trimestres, o PIB cresceu 2,5% e 3,2%, respectivamente. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) foi divulgado na manhã desta terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o instituto, o PIB brasileiro chega a R$ R$ 3,2 trilhões. Expectativa para 2025 Na segunda-feira (1º) o Banco Central divulgou o Boletim Focus, que traz expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Em relação ao PIB fechado de 2025, o mercado estima crescimento de 2,19%. A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda calcula expansão de 2,5% em 2025, de acordo com a edição de julho do bimestral Boletim Macrofiscal. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%, quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando a economia cresceu 4,8%. O que é o PIB O Produto Interno Bruto (PIB) é o conjunto de todos os bens e serviços produzidos em uma localidade em determinado período. Com o dado, é possível traçar o comportamento da economia do país, estado ou cidade, assim como fazer comparações internacionais. O PIB é calculado com o auxílio de diversas pesquisas setoriais, como comércio, serviços e indústria. Durante o cálculo, há cuidados para não haver dupla contagem. Um exemplo: se um país produz R$ 100 de trigo, R$ 200 de farinha de trigo e R$ 300 de pão, seu PIB será de R$ 300, pois os valores da farinha e do trigo já estão embutidos no valor do pão. Os bens e serviços finais que compõem o PIB são medidos no preço em que chegam ao consumidor. Dessa forma, levam em consideração também os impostos cobrados. O PIB ajuda a compreender a realidade de um país, mas não expressa fatores como distribuição de renda e condição de vida. É possível, por exemplo, um país ter PIB alto e padrão de vida relativamente baixo, assim como pode haver nação com PIB baixo e altíssima qualidade de vida. Economia Gov BR
Brasileira supera campeã olímpica e vence Grand Prix de taekwondo

A brasileira Maria Clara Pacheco alcançou novamente o topo do pódio de um Grand Prix, uma das principais competições do taekwondo mundial. Neste domingo (31), a paulista de São Vicente (SP) venceu a etapa de Muju, na Coreia do Sul, na categoria até 57 quilos, com direito a triunfo sobre a anfitriã Kim Yu-jin, atual campeã olímpica, na final. A lutadora de 22 anos já tinha sido campeã do Grand Prix de Charlotte, nos Estados Unidos, em junho, tornando-se a primeira brasileira a vencer um torneio deste nível. Antes dela, somente o mineiro Maicon Andrade, bronze na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, na categoria acima de 80 quilos, havia alcançado esse feito para o taekwondo do Brasil. A brasileira Maria Clara Pacheco superou a campeã olímpica Kim Yu-jin – Foto: World Taekwondo/Divulgação Maria Clara fez cinco lutas para chegar ao título em Muju. Os atletas disputam três rounds, e vence quem ganhar dois deles, conforme a pontuação dada pelos golpes, que pode variar de um ponto (soco ou chute no tórax) a quatro pontos (chute giratório na cabeça). Na final contra Yu-Jin, a brasileira foi soberana, levando o primeiro round por 10 a 0 e o segundo por 5 a 4. Medalhista de bronze no Campeonato Mundial de 2023, em Baku, no Azerbaijão, Maria Clara conquistou, em julho, o primeiro ouro do Brasil nos Jogos Mundiais Universitários de Essen, na Alemanha. Naquela decisão, a paulista venceu a tunisiana Chaima Toumi, a quem também superou neste domingo, na semifinal. Na Olimpíada de Paris, na França, a brasileira ficou em sétimo. EBC Esporte
População brasileira chega a 213,4 milhões em julho deste ano

A população brasileira alcançou o contingente de 213,4 milhões de habitantes em 1º de julho de 2025. A estimativa foi divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e representa crescimento de 0,39% em relação ao ano anterior. A publicação da estimativa populacional no Diário Oficial da União é um requisito do Tribuna de Contas da União e serve como base para cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios, transferências de recursos da União para os entes federativos. Para se chegar à estimativa populacional, o IBGE parte do último censo realizado (2022) e faz projeção anual em cima de dados como taxas de mortalidade e nascimento. Os dados também são fundamentais para indicadores econômicos e sociodemográficos nos períodos entre os censos. Na publicação, o IBGE aponta a população de todos os estados, do Distrito Federal, regiões metropolitanas e municípios. Uma novidade de 2025 é a inclusão de Boa Esperança do Norte, com 5.877 habitantes no Mato Grosso, o mais novo município do país, que soma atualmente 5.571 cidades. De acordo com o gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Marcio Minamiguchi, o Brasil vivencia tendência de crescimento cada vez menor. “Os resultados mostram uma desaceleração, o que já era indicado pelo Censo 2022 e pelas Projeções da População”, avalia. De acordo com o instituto, a população brasileira seguirá em trajetória de crescimento até 2041, atingindo 220,43 milhões de habitantes, passando a encolher a partir de 2042. Em 2070, o país deve ter 199,2 milhões de pessoas. Destaques São Paulo é o estado mais populoso do país, com 46 milhões de habitantes, o que representa 21,6% da população. É quase o mesmo de dizer que um em cada cinco brasileiros mora em São Paulo. Roraima, com 738.772, é o estado menos populoso. A cidade de São Paulo é a mais populosa do país, com 11,9 milhões de habitantes. Se a capital paulista fosse um estado, seria mais populosa do que 23 estados brasileiros, perdendo apenas para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. Entre as capitais, Palmas, no Tocantins, tem a menor população, 328,5 mil pessoas. Doresópolis, em Minas Gerais, é a menor cidade brasileira, com 1,498 habitantes. Confira a população de todas as unidades da federação: São Paulo: 46,1 milhões Minas Gerais: 21,4 milhões Rio de Janeiro: 17,2 milhões Bahia: 14,9 milhões Paraná: 11,9 milhões Rio Grande do Sul: 11,2 milhões Pernambuco: 9,6 milhões Ceará: 9,3 milhões Pará: 8,7 milhões Santa Catarina: 8,2 milhões Goiás: 7,4 milhões Maranhão: 7,0 milhões Amazonas: 4,3 milhões Paraíba: 4,2 milhões Espírito Santo: 4,1 milhões Mato Grosso: 3,9 milhões Rio Grande do Norte: 3,5 milhões Piauí: 3,4 milhões Alagoas: 3,2 milhões Distrito Federal: 3,0 milhões Mato Grosso do Sul: 2,9 milhões Sergipe: 2,3 milhões Rondônia: 1,8 milhão Tocantins: 1,6 milhão Acre: 884,4 mil Amapá: 806,5 mil Roraima: 738,8 mil Economia Gov BR



