Brasil inicia ação para usar Lei de Reciprocidade contra os EUA

O governo brasileiro deu mais um passo visando a aplicação da Lei de Reciprocidade econômica contra os Estados Unidos, em resposta ao tarifaço de 50% aplicado pelos EUA contra produtos brasileiros. A aplicação da lei – aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada em abril pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva – possibilita ao Brasil uma resposta a eventuais medidas unilaterais adotadas por outros países contra produtos brasileiros. Ela permite ao Brasil contramedidas tarifárias em situações como a atual, em que o EUA sobretarifam importações prejudicando a competitividade das empresas de outros países. Ajuda para negociação Diante da situação, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) – órgão colegiado de 10 ministérios, responsável por formular, implementar e coordenar as políticas de comércio exterior – foi provocada, dando início a um processo que tem, entre suas etapas, a de notificar os Estados Unidos sobre a resposta brasileira ao tarifaço. Antes de embarcar de volta ao Brasil, após missão oficial ao México, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que a Lei de Reciprocidade pode ajudar o Brasil na negociação com os EUA. “Espero que isso até possa ajudar a gente acelerar o diálogo e a negociação. Essa é a disposição que o Brasil sempre teve. Precisamos lembrar que temos 201 anos de parceria e amizade com os Estados Unidos e que temos uma boa complementariedade econômica”, disse Alckmin. Aço e carvão Ele citou como exemplo o setor do aço. “Nós somos o terceiro comprador de carvão siderúrgico dos Estados Unidos [utilizado para a fabricação de aço]. Fazemos o semiplano e vendemos para os Estados Unidos, que fazem o aço para o automóvel, para o avião, para as máquinas. Você tem uma complementariedade, uma integração. Essa é a lógica do comércio exterior”, argumentou. Dessa forma, acrescentou o vice-presidente, “quem ganha é o conjunto da sociedade com produtos mais baratos que beneficiam a sociedade”. Economia Gov BR
Bahia abre vantagem sobre Fluminense nas quartas da Copa do Brasil

O Bahia derrotou o Fluminense por 1 a 0, na noite desta quinta-feira (28) na Arena Fonte Nova, em Salvador, e conseguiu uma pequena vantagem na busca por uma vaga para as semifinais da Copa do Brasil. Com este resultado o Esquadrão de Aço pode até mesmo empatar na partida de volta, que será disputado no 10 de setembro no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, que avança na competição. 🙌🏽 GANHAMOOOOOSSSS! Esquadrão vence 1º jogo das quartas de final da Copa do Brasil contra o Fluminense: 1 a 0. Golaço de Juba com assistência absurda de Jean Lucas já no final. Decisão da vaga será 10 de setembro no Maracanã. Domingo tem Mirassol, em SP, pelo Brasileirão. #BBMP pic.twitter.com/oHWlFln7OJ — Esporte Clube Bahia (@ecbahia) August 29, 2025 As equipes comandadas por Renato Gaúcho e Rogério Ceni ofereceram ao público presente na Fonte Nova uma partida muito movimentada no primeiro tempo. Quem chegou primeiro com perigo foi o Bahia, aos 16 minutos, que colocou acertou a trave com Jean Lucas, de cabeça após Luciano Juba levantar a bola em cobrança de falta. Aos 23 quem ficou perto de marcar foi o Fluminense, quando o uruguaio Canobbio ficou sozinho de frente para o gol e bateu para defesa do goleiro Ronaldo. Quatro minutos depois o time carioca conseguiu colocar a bola no fundo do gol do Bahia, quando Renê cobrou escanteio, Martinelli escorou de cabeça e Serna aproveitou para marcar. Porém, o lance acabou invalidado por causa de posição irregular do atacante colombiano. 📷 Imagens da etapa inicial #BBMP pic.twitter.com/ZlPfaEI9jk — Esporte Clube Bahia (@ecbahia) August 28, 2025 A partir daí o Tricolor das Laranjeiras passou a mandar nas ações. No entanto, aos 40 minutos da etapa final, o Esquadrão de Aço aproveitou um momento de desatenção da defesa da equipe carioca para marcar o gol da vitória. Jean Lucas fez lançamento longo para Luciano Juba, que dominou a bola com muita liberdade, driblou Guga e bateu para superar o goleiro Fábio. EBC Esporte
Brasil e México abrem mercados para novos produtos agrícolas

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, avaliou como positiva a visita oficial ao México, encerrada nesta quinta-feira (28), na Cidade do México, a capital do país. O último compromisso e ponto alto da viagem foi uma audiência com a presidenta mexicana, Claudia Sheinbaum, no Palácio Nacional. “Convidei a presidenta Claudia para a COP30, em Belém, no mês de novembro. Falamos de multilateralismo, fortalecimento da democracia, inclusão e combate à fome. Então, foi uma conversa muito proveitosa”, destacou Alckmin em uma entrevista coletiva pouco antes de embarcar de volta a Brasília. Brasil e México são as duas maiores economias da América Latina e possuem uma corrente de comércio que soma US$ 13,6 bilhões em 2024. Um dos objetivos da viagem foi tentar ampliar negociações comerciais em setores estratégicos, como agronegócio e indústria. Acompanhado por empresários, pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, o vice-presidente anunciou a assinatura acordos para abertura de novos mercados entre os países. “São três produtos que o Brasil abrirá o comércio: aspargos, pêssego e derivados de atum. E eles abrem o mercado para a farinha de ração animal para bovinos e suínos”, destacou. Pacote contra a inflação O governo brasileiro também solicitou ao México a continuidade dos incentivos do Pacote contra a Inflação e a Escassez, conhecido como Pacic, na sigla em espanhol, que facilita a compra alimentos pelo Brasil. “O México é o segundo destino da carne bovina brasileira. Solicitamos a continuidade do Pacic, e ele complementa a agropecuária mexicana. Eles têm uma exigência de que haja uma rastreabilidade individual [da carne]. Vamos cumprir, mas queremos que não se interrompa essa venda enquanto o Brasil caminha na rastreabilidade. O Brasil cumprirá na rastreabilidade, temos um cronograma”, observou. O vice-presidente comentou o avanço em conversas para a atualização do Acordo de Complementação Econômica nº 53 (ACE 53) assinado com o México em 2002 e que trata da eliminação ou redução de tarifas de importação para um universo de aproximadamente 800 posições tarifárias. Também foram assinados acordos nas áreas de vigilância sanitária para a aprovação de novos fármacos e na área de pesquisa sobre arboviroses, que incluem troca de experiências no desenvolvimento de vacinas, como a da dengue, em que o Brasil está em estágio avançado. Venda do KC-390 Outro destaque da agenda, segundo o vice-presidente, foi o avanço dos negócios da Embraer no México. A empresa brasileira fechou a venda de 20 aeronaves das famílias de jatos E190 e E195 para a companhia estatal Mexicana de Aviación, a maior do país. Segundo o vice-presidente, o governo também ofereceu a possibilidade de abrir negócios no setor militar, com a venda do cargueiro KC-390, também fabricado pela Embraer, uma aeronave multimissão com capacidade para transportar até 26 toneladas, realizar reabastecimento aéreo e atuar em missões como busca e salvamento e ajuda humanitária. “A Embraer está presente no México, tem aqui fábrica de componentes com mais de mil colaboradores”, destacou Alckmin. “Colocamos a pretensão de oferecer o cargueiro KC-390. Não foi resolvido, mas ficou o pleito brasileiro com todos os argumentos favoráveis”, finalizou. Economia Gov BR
Brasil derrota República Dominicana e alcança semifinal da Americup

O Brasil derrotou a República Dominicana pelo placar de 94 a 82, na noite desta quinta-feira (28) em Manágua (Nicarágua), e garantiu a classificação para as semifinais da edição 2025 da AmeriCup. 𝘽𝙍𝘼𝙎𝙄𝙇 𝙉𝘼 𝙎𝙀𝙈𝙄𝙁𝙄𝙉𝘼𝙇! 🇧🇷 A vaga é nossa. Vitória contra a Dominicana por 94 a 82 e classificação GARANTIDA! 🔥 🏀 Georginho • 28 pontos🏀 Yago Mateus • 25 pontos🏀 Bruno Caboclo • 19 pontos VAMOS PRA CIMA, BRASIL! ISSO É SELEÇÃO BRASILEIRA! 💚💛 pic.twitter.com/Xx7vxwuq7t — Basquete Brasil – CBB (@basquetebrasil) August 28, 2025 O destaque da seleção brasileira neste confronto foi o ala/armador Georginho de Paula, que somou, diante dos dominicanos, 28 pontos, 7 assistências e 5 rebotes. Agora a equipe comandada pelo técnico Aleksandar Petrovic volta a entrar em ação no próximo sábado (3). Porém, ainda falta ser definido o seu adversário, que sairá do confronto entre Estados Unidos e Uruguai. EBC Esporte
Lula anuncia apoio ao acordo de neutralidade do Canal do Panamá

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta quinta-feira (28), o reconhecimento direto do Brasil ao tratado sobre a neutralidade permanente e a operação do Canal do Panamá. Lula recebeu o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, para uma visita oficial, e, em seu discurso, fez referência às ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em retomar o controle da via interoceânica. “O Brasil apoia integralmente a soberania do Panamá sobre o Canal, conquistada após décadas de luta. Há mais de 25 anos, o país administra o corredor marítimo com eficiência e respeito à neutralidade, garantindo trânsito seguro a navios de todas as origens”, disse Lula em declaração à imprensa no Palácio do Planalto. “Tentativas de restaurar antigas hegemonias colocam em xeque a liberdade e a autodeterminação de nossos povos. Ameaças de ingerência pressionam instituições democráticas e comprometem a construção de um continente integrado, desenvolvido e autônomo. O comércio internacional é utilizado como instrumento de coerção e chantagem”, acrescentou. O tratado de neutralidade do Canal do Panamá é um dos atos bilaterais dos Tratados Torrijos-Carter, assinados pelos Estados Unidos e pelo Panamá, que regem o funcionamento e a neutralidade da via aquática, com o Panamá assumindo a administração total do canal em 1999. O Brasil, como nação-membro da Organização dos Estados Americanos (OEA), reconhece a validade desses tratados, que visam garantir o trânsito seguro e não discriminatório para todas as nações. As obras do Canal do Panamá foram iniciadas pela França em 1880 e assumidas pelos Estados Unidos em 1904. O empreendimento reduziu muito o tempo de viagem para se cruzar os oceanos Atlântico e Pacífico de navio, fundamental para o comércio internacional. O canal é gerenciado e operado pela Autoridade do Canal do Panamá, uma agência do governo do país. “Não há duvida de que a questão do canal nos afeta muito porque é uma luta de um século, conquistada por negociação e conseguimos alcançar a plena soberania”, disse o presidente panamenho José Raúl Mulino. Hoje, o Ministério dos Portos e Aeroportos do Brasil e a Autoridade do Canal do Panamá firmaram memorando de entendimento para otimizar as exportações brasileiras e modernizar a operação dos portos brasileiros. Ele prevê o intercâmbio de experiências e transferência de informações sobre o funcionamento do Canal do Panamá, estudos sobre o uso de novas rotas e avaliação de rotas marítimas e fluviais mais sustentáveis. Durante a visita oficial, também foi assinado memorando para cooperação sobre desenvolvimento agrícola e pecuário, em áreas como capacitação técnica, sanidade animal e vegetal, produção sustentável e inovação. Ainda, a Embraer anunciou o acordo para a venda de quatro aeronaves do modelo A-29 Super Tucano para o Serviço Nacional Aeronaval do Panamá. Segundo o presidente Lula, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também vai atuar junto ao país ampliar a capacidade panamenha de produção de vacinas e contribuir para o estabelecimento de um polo farmacêutico regional. Meio ambiente O presidente Mulino confirmou sua participação na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, em novembro, e contou sobre o impacto das migrações nas florestas da Região de Darién, na divisa de Colômbia e Panamá. Segundo ele, os caminhos foram devastados e toneladas de lixo foram deixados pelas milhares de pessoas que cruzam a região em direção à América do Norte. O país também é afetado pelas secas e está construindo um reservatório para abastecer, inclusive, o lago do Canal do Panamá, que torna possível a navegação no local. “Precisamos de água, de florestas e lutar todos os dias contra a mudança do clima”, disse Mulino. O presidente Lula destacou que Brasil e Panamá são responsáveis por uma imensa biodiversidade e merecem ser remunerados pelos serviços ambientais. Ele pediu que o país faça a adesão ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que será lançado na COP30, um mecanismo financeiro para recompensar países por preservar suas florestas tropicais. “Apesar de ser um dos poucos países que absorvem mais gases de efeito estufa do que emitem, o Panamá já lida com os efeitos da elevação do nível do mar em seu território. O deslocamento do povo indígena Guna de seu arquipélago ancestral é um exemplo concreto da injustiça climática”, disse o presidente brasileiro. Politica
Brasil mira mercado chinês com apoio de rota marítima inédita no Amapá

Reunião com governo de Guangdong abre espaço para exportações de produtos da bioeconomia amazônica (Foto: Alexandre Costa/MIDR) Iniciativa liga diretamente o Porto de Santana (AP) à região da Grande Baía de Guangdong, ampliando oportunidades de investimento em infraestrutura, desenvolvimento regional e inovaçãoCompartilhe: Guangzhou (China) — Um dos resultados mais significantes do fortalecimento das relações bilaterais entre Brasil e China é a criação da rota marítima direta entre a região da Grande Baía de Guangdong e o Porto de Santana das Docas, no Amapá, que atualmente funciona de forma experimental. Considerando o impacto dessa iniciativa para a inclusão brasileira nas cadeias globais de valor, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, se reuniu, nesta sexta-feira (15), com o Vice-Governador da Província de Guangdong, Zhang Hu. O encontro teve como foco apresentar oportunidades de comércio dos produtos da bioeconomia da Amazônia, especialmente do Amapá, que desempenham papel fundamental na valorização das práticas de manejo agrícola das populações tradicionais.Ministro Waldez e o Vice-Governador de Guangdong, Zhang Hu Reconhecida como a maior potência econômica da China, a Província de Guangdong lidera o Produto Interno Bruto (PIB) nacional e é um dos principais motores do crescimento e inovação do país. Além disso, concentra o maior número de empresas com atuação no Brasil, incluindo setores como o automobilístico, o industrial e o de tecnologia da informação e comunicação (TIC). Na ocasião, Waldez Góes afirmou que a experiência da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau pode inspirar parcerias voltadas à bioindústria, transição energética, infraestrutura sustentável, desenvolvimento urbano e cooperação educacional e científica. “É muito importante estreitarmos essa cooperação e fortalecermos o desenvolvimento regional do Brasil e da China. Devemos utilizar todas as possibilidades de cooperação no comércio para ampliar essa lista, indo além da soja, do café e da carne, com produtos que também despertam o interesse dos chineses, como açaí, cacau, mel, chá, champanhe, vinho e café”, exemplificou o ministro. Em resposta às propostas brasileiras, o vice-governador da Província de Guangdong, Zhang Hu, afirmou que o governo local está disposto a ampliar as cooperações bilaterais e fortalecer a integração logística entre Brasil e China por meio da rota marítima entre a Baía de Guangdong e o Porto de Santana. “Essa rota ainda está em fase experimental, mas Guangdong está disposta a fortalecer a conexão portuária e marítima do lado do Brasil, otimizando o layout das rotas e elevando a existência logística”, declarou. O ministro do Desenvolvimento Regional também ressaltou que o governo brasileiro acompanha com atenção os avanços da China em políticas territoriais e considera essencial o diálogo com governos subnacionais que lideram processos de transformação econômica e social. “O Brasil e a China estão vivendo, depois de décadas, um dos melhores momentos de cooperação. São mais de cinquenta instrumentos de cooperação, nas mais diferentes áreas, construídos pelo presidente Lula e pelo presidente Xi Jinping”, resumiu. Um dos órgãos que apoiam o governo brasileiro e as empresas nacionais que promovem a integração com empreendedores chineses de tecnologia, inovação e inteligência artificial é a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), que abriu um escritório em Shenzhen em julho. A cidade está localizada na província de Guangdong. Rota marítima O Brasil e a China firmaram, em 04 de novembro de 2024, um protocolo para a criação da rota marítima direta entre a região da Grande Baía (Guangdong‑Hong Kong‑Macau) e o Porto de Santana das Docas, no Amapá. Essa conexão reduz em aproximadamente 14 dias o tempo de transporte em comparação às rotas tradicionais, posicionando Santana como um centro estratégico para importação de biofertilizantes e futuro escoamento de produtos agrícolas brasileiros para a China. Além do acordo de infraestrutura, foi lançada a Plataforma Integrada de Serviços Econômicos e Comerciais Sino‑Latino‑Americana, em parceria com a empresa chinesa Zhuhai Sino‑Lac e a Companhia Docas de Santana. O ministro Waldez Góes formalizou o protocolo durante visita da comitiva ao Amapá, destacando o esforço para simplificar processos comerciais, reduzir barreiras e ampliar a cooperação sino‑brasileira em logística estratégica. Comunidade Brasil-China A formação conjunta da Comunidade Brasil–China de Futuro Compartilhado para um Mundo Mais Justo e um Planeta Mais Sustentável, representa um avanço relevante na construção de uma agenda internacional estratégica visando os próximos 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países. Para implementar essa estratégia de cooperação, a Casa Civil da Presidência da República e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (NDRC) estabeleceram a criação de sinergias entre a iniciativa chinesa Cinturão e Rota, e programas de desenvolvimento brasileiros, incluindo o Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Plano de Transformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-Americana.
Tempo de espera por transplante de córnea no Brasil dobra em 10 anos

A média de espera por uma cirurgia de transplante de córnea no Brasil atualmente é de 374 dias – mais que o dobro do registrado há 10 anos, quando a média de espera era de 174 dias. O cálculo compara informações do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) no período entre 2015 e 2024. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) alerta que a tendência de crescimento da fila deve se manter: nos seis primeiros meses deste ano, o indicador já estava 369 dias. “Esses números correspondem à média nacional consolidada, que pondera informações por volume de procedimentos, e não à simples média aritmética dos estados”, detalhou a entidade. Os dados foram apresentados durante o 69º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, em Curitiba (PR). Para o CBO, o cenário tem origem em múltiplos fatores, incluindo a falta de reajuste nos valores pagos pelos procedimentos e o impacto da pandemia de covid-19, que causou o represamento de pacientes, sobretudo entre 2020 a 2023. “Além de repasses congelados durante anos e repercussão do coronavírus na regulação do sistema de saúde, os especialistas apontam a necessidade de contornar o problema enfrentado pelos bancos de olhos para sua manutenção frente aos custos dos insumos cotados em dólar”, destacou o CBO. Outro ponto identificado pelo conselho trata do incremento nas exigências durante as fases de produção e processamento da córnea, como a necessidade de gestão de qualidade. “Essas causas alinhadas geram uma fatura que não fecha para o banco de olhos, que recebe a mesma coisa que há uma década, quando não existiam tantos requerimentos na legislação”. Estados O levantamento do CBO indica que, entre os estados, o tempo de espera para transplantes de córnea é diversificado. Em 2024, Acre, Alagoas e Rio Grande do Norte, por exemplo, registraram fila que ultrapassou mil dias, chegando a 1.424 no Rio de Janeiro. Outros estados mostraram melhor desempenho e foram classificados pela entidade como “bons exemplos”, incluindo Ceará (58 dias), Santa Catarina (164 dias), Mato Grosso (227 dias), Amazonas (243 dias), São Paulo (247 dias) e Paraná (256 dias). “Apesar de preocupantes, os especialistas do CBO ressaltam que o Brasil, em termos gerais, permanece muito bem avaliado em nível internacional, com um desempenho compatível com Canadá, Austrália e países da Europa. Na América Latina, é o grande destaque regional, bem à frente de Argentina, Chile, Colômbia e México.” Pacientes Até julho de 2025, o Brasil contabilizava 31.240 pessoas inscritas na fila por um transplante de córnea. São Paulo concentrava o maior número, 6.617 pacientes (21% do total nacional), seguido por Rio de Janeiro (5.141) e Minas Gerais (4.346). Entre os estados com menor demanda estão Mato Grosso (55) e Ceará (58). As mulheres são maioria na fila (55,7% dos pacientes). Já pessoas com 65 anos ou mais representam quase a metade dos que aguardam pelo transplante (47%) o que, segundo o CBO, reflete o envelhecimento da população e o aumento das doenças degenerativas da córnea. Jovens também estão presentes na lista: 17% dos pacientes que aguardam um transplante de córnea têm entre 18 e 34 anos, casos provocados, em sua maioria, pelo ceratocone, doença que afeta a estrutura da córnea. Há ainda 458 crianças e adolescentes na lista de espera. >>Cartilha sobre saúde ocular na infância orienta pais e professores Desempenho Apesar de classificar o momento atual como algo que exige atenção, o CBO avalia que o desempenho dos transplantes de córnea no Brasil ainda apresenta um resultado positivo. Entre janeiro de 2015 e julho de 2025, foram realizadas 150.376 cirurgias desse tipo. No período, o destaque foi São Paulo, com 52.913 procedimentos realizados – cinco vezes mais que o Ceará, segundo colocado no ranking, com 10.706 transplantes. Também apresentaram alto desempenho Minas Gerais (10.397), Paraná (9.726), Rio Grande do Sul (6.895) e Goiás (6.533). No extremo oposto, estão Acre (212), Tocantins (451) e Alagoas (866). *A repórter viajou a convite do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) Fonte
Brasil tem 15 cidades com mais de 1 milhão de habitantes

O Brasil tem 15 cidades com mais de 1 milhão de habitantes. Nesses municípios, moram 42,8 milhões de pessoas, o que representa 20,1% da população brasileira, ou seja, um em cada cinco habitantes. Das 15 cidades, apenas duas não são capitais, Guarulhos e Campinas, em São Paulo. Os dados estão na estimativa da população, com base em 1º de julho de 2025, divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O instituto revelou que o país alcançou 213,4 milhões de pessoas, crescimento de 0,39% em um ano. A capital paulista é a maior cidade do país, com 11,9 milhões de habitantes. Se fosse um estado, a cidade seria o quarto mais populoso, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Na lista das quinze maiores cidades do país, duas paulistas entram na relação mesmo não sendo capitais, Guarulhos e Campinas. Cidades brasileiras com mais de 1 milhão de pessoas: São Paulo: 11,9 milhões Rio de Janeiro: 6,7 milhões Brasília: 3,0 milhões Fortaleza: 2,6 milhões Salvador: 2,6 milhões Belo Horizonte: 2,4 milhões Manaus: 2,3 milhões Curitiba: 1,8 milhão Recife: 1,6 milhão Goiânia: 1,5 milhão Belém: 1,4 milhão Porto Alegre: 1,4 milhão Guarulhos (SP): 1,3 milhão Campinas (SP): 1,2 milhão São Luís: 1,1 milhão Apesar de a população brasileira ter crescido de um ano para o outro, o instituto nota que cinco capitais perderam população de 2024 para 2025: Salvador (0,18%); Belo Horizonte (0,02%); Belém (0,09%); Porto Alegre (0,04%) e Natal (0,14%), que com 784,2 mil habitantes, não chega a entrar na lista das 15 cidades mais populosas. O gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Marcio Minamiguchi, explica que o decréscimo populacional tem relação com a interligação com cidades vizinhas. “As capitais maiores, esses municípios mais centrais, em geral têm um entorno mais conurbado e perdem população para ele. O crescimento vai do centro para a periferia. Entre as capitais que perderam população, com exceção de Salvador, houve aumento de habitantes na respectiva região metropolitana”, aponta. De acordo com o IBGE, o Brasil tem 30 regiões metropolitanas, que concentram 103,5 milhões de pessoas, 48,5% da população. As maiores são a de São Paulo (21,6 milhões de habitantes), do Rio de Janeiro (12,9 milhões) e de Belo Horizonte (6 milhões). Menores cidades O Brasil tem 26 cidades com menos de 1,5 mil habitantes. Quatro têm menos de mil moradores: Serra da Saudade (MG): 856 Anhanguera (GO): 913 Borá (SP): 932 Araguainha (MT): 997 Para efeito de comparação, o avião AirBus A350-1000 acomoda de 375 a 400 passageiros. Fundo A divulgação da estima populacional por parte do IBGE é um requisito legal e serve para o Tribunal de Contas da União (TCU) calcular valores do Fundo de Participação de Estados e Municípios, que são recursos repassados da União para os demais entes federativos. Para se chegar à estimativa populacional, o IBGE parte do último censo realizado em 2022 e faz projeção anual em cima de dados como taxas de mortalidade e nascimento. De acordo com o instituto, a população brasileira seguirá em trajetória de crescimento até 2041, atingindo 220,43 milhões de habitantes, passando a encolher a partir de 2042. Em 2070, o país deve ter 199,2 milhões de pessoas. Economia Gov BR
Brasil e China terão nova rota marítima comercial

Brasil e China terão, a partir deste sábado (28) uma nova rota de comércio. Ela ligará o porto de Santana, no Amapá, ao de Zhuhai, na China. Segundo o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a nova rota diminuirá custos e tempo de viagem dos produtos brasileiros até o país asiático. “Tenho uma boa notícia: no sábado, agora, chega o primeiro navio dessa rota Zhuhai-Santana, no Amapá. Agora o Arco Norte tem mais essa alternativa de rota marítima”, anunciou Góes nesta quinta-feira (28) durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A nova rota ligará o Porto Santana das Docas à chamada Grande Baía (Guangdong‑Hong Kong‑Macau), onde fica, entre outros portos, o de Gaolan, em Zhuhai – um dos principais terminais da região e ponto estratégico para o fortalecimento do coméricio entre os dois países. De acordo com o ministro, essa rota foi vista pelos governos dos dois países, com potencial para o escoamento de bioprodutos da Amazônia e do Centro Oeste brasileiro. “As vantagens são gigantes. Na comparação com o porto de Santos, a saída de produtos do Centro-Oeste por Santana ou pelo Arco Norte para a Europa diminui, por exemplo, o custo da soja em US$ 14 por tonelada. Se for para a China, a economia é de US$ 7,8 por tonelada. Isso, sem falar do além do tempo de viagem, que diminui”, acrescentou. A vantagem, segundo Góes, agregará muito no trabalho, no lucro e na recompensa do produtor. Seja ele da Amazônia ou do centro-oeste brasileiro, além de organizar melhor a logística no país. “Daí para frente, vai da nossa capacidade. Da capacidade da Região Amazônica de articular produtos de interesse da China”, completou. O ministro ressaltou que as cooperações entre Brasil e China têm crescido muito, potencializando ainda mais essa rota, em especial para os produtos da bioeconomia da Amazônia, região que, segundo ele, tem muito por crescer economicamente. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, dá entrevista ao programa Bom Dia, Ministro. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil “Vai demorar, mas a melhor estratégia para Amazônia é se industrializar. É agregava valor, beneficiar os produtos da Amazônia para agregar valor, gerar emprego e renda. Isso para o açaí, o cacau, o café, a castanha, a madeira, o pescado, a piscicultura e demais atividades, como os fármacos. Temos um potencial grande nos fármacos porque a Amazônia só faz fornecer matéria-prima”, argumentou. Com um mercado de 1,4 bilhão de pessoas, a China é um dos principais parceiros comerciais do Brasil. “Para você ter uma ideia, o café, que já entra muito forte na China, tem um consumo per capita de um café por mês. Imagina se dobrarmos isso, e passar a ser de dois cafés por mês. Isso vale para o café, para a soja e para o agro de modo geral. Eles têm muito interesse por mel, açaí, chocolate, Cacau”, detalhou ao ressaltar que produtos da biodiversidade têm uma abertura muito grande na China. Economia Gov BR
Copa do Brasil: Cruzeiro vence Atlético por 2 a 0 e fica perto da semi

O Cruzeiro mostrou muita força para derrotar o Atlético-MG por 2 a 0, na noite desta quarta-feira (27) na Arena MRV, em Belo Horizonte, na partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Desta forma a Raposa avança para as semifinais da competição até mesmo com um revés por um gol de diferença na partida de volta, que será disputada no dia 11 de setembro no Mineirão. 🕘 Fim de jogo e VITÓRIA DO 𝐂𝐀𝐁𝐔𝐋𝐎𝐒𝐎!!! 🦊 NO PRIMEIRO JOGO DAS QUARTAS, O CRUZEIRO DERROTA O ATLÉTICO, POR 2 A 0, NA ARENA MRV!!! VAMOS COM FOCO TOTAL PARA A SEGUNDA PARTIDA!!! 🔷 #CAMxCRU | 0-2 | #ReiDeCopas pic.twitter.com/UUkKWOWkZA — Cruzeiro 🦊 (@Cruzeiro) August 28, 2025 Apoiado por mais de 44 mil torcedores, o Galo criou muitos problemas para a equipe comandada pelo técnico português Leonardo Jardim no primeiro tempo. Porém, após o intervalo o Cruzeiro tomou conta das ações, em especial após o bonito gol do zagueiro Fabrício Bruno, logo aos quatro minutos, com um chute de fora da área que morreu no ângulo do gol defendido por Everson. A partir daí a Raposa mostrou muito pragmatismo para fechar espaços na defesa e apostar nas jogadas de contra-ataque. Já o Galo pouco conseguia fazer. E a situação do time comandado por Cuca piorou de vez aos 19 minutos, quando Wanderson levantou a bola na área em cobrança de escanteio, Fabrício Bruno escorou de cabeça e Kaio Jorge, com muita liberdade, ficou livre para dar números finais ao placar. Empate em São Januário O outro clássico regional das quartas de final da Copa do Brasil terminou em empate. Vasco e Botafogo protagonizaram um confronto muito disputado que terminou com igualdade de 1 a 1. O Alvinegro de General Severiano abriu o placar, aos 7 minutos do primeiro tempo, com o atacante Arthur Cabral. Porém, nove minutos depois, o volante Jair deixou tudo igual. Fim de partida em São Januário. ⚽️ Jair #VASxBOT 1️⃣-1️⃣ #CopaDoBrasil2025 #VascoDaGama pic.twitter.com/CJkO8SlE7G — Vasco da Gama (@VascodaGama) August 28, 2025 Botafogo e Vasco voltam a medir forças no 11 de setembro no estádio Nilton Santos para definir quem segue vivo na competição. Vitória do Timão Na terceira partida de ida das quartas da Copa do Brasil, o Corinthians foi até Curitiba e derrotou o Athletico-PR por 1 a 0 graças a um gol do atacante Gui Negão. O Timão e o Furacão disputarão a partida de volta em 10 de setembro em Itaquera. FIM DE JOGO NA ARENA DA BAIXADA!!! ☑️ Com gol de #FilhoDoTerrão, o Timão saiu na frente em busca de uma vaga na semifinal da Copa do Brasil 2025! 🙏🏽 Athletico 0 🆚 1 Corinthians ⚽ Gui Negão A partida de volta será no dia 10/09, às 21h30, na Neo Química Arena! 🔜… pic.twitter.com/WPGGRfFPbg — Corinthians (@Corinthians) August 28, 2025 EBC Esporte